Opinião

Opiniao 13 08 2015 1323

Você é o que você come – Lindomar Neves Bach*“Comida para quem precisa, comida para quem precisa de comida. Você precisa de quê? você tem fome de quê?” –  TitãsA segurança alimentar é um tema que deve ser amplamente discutido em todos os níveis e com toda sociedade (comunidades quilombolas, ribeirinhos, colônias de assentados) para assim gerar políticas públicas que sejam eficazes para todos. A alimentação está enraizada no cerne da questão da promoção da justiça social, passando pela educação e a qualidade do desenvolvimento humano.

Qualquer governo que se preze tem por obrigação promover a inclusão das parcelas mais carentes da população a esse direito primordial. É inadmissível que ainda existam famílias sofrendo o flagelo da fome no país, quando não, se alimentando de maneira inadequada.

No entanto, muitos aspectos devem ser levados em conta como a diversidade do povo em todas as regiões dos inúmeros recantos do brasil. Cada região tem características próprias e recursos que podem ser aproveitados para sanar o déficit nutricional desse povo. Não tem como minimizar a importância dessa questão. Não tem como adiar esse debate.

Por outro lado, hoje, os países desenvolvidos têm se mobilizado para ensinar sua população a comer (dentro das escolas e em campanhas institucionais). Porque era crescente o número de obesos mórbidos nesses países, aumentando a demanda com cuidados no sistema de saúde. Esse é outro aspecto da segurança alimentar a ser debatido.

Porém, a realidade enfrentada na América Latina, na África e em muitos países da Ásia é a da escalada na produção de monoculturas na vastidão de seu território para uso como matéria-prima na produção de biocombustíveis. Também o êxodo rural, somado as desigualdades sociais, tem asseverado os problemas de alimentação para população de baixa renda.

A região Norte dispõe de uma infinidade de recursos naturais, mas isso não garante que a população tenha uma alimentação de qualidade. Falta uma educação alimentar para que se evitem alguns vícios na hora de comer. Um deles é que para suprir à demanda de uma população crescente, a industrialização de alguns produtos tem baixado o valor nutricional dos alimentos. Não gostaria, mas vou citar o consumo de refrigerantes, salgadinhos e enlatados como exemplo (salsicha e miojo nem pensar). Outro vício é não aproveitar o potencial das frutas regionais fora da sua época de ocorrência (na entre safra), seja como polpas e em conservas, seja desidratando ou com métodos de armazenamento mais práticos. Basta observar a infinidade de alimentos desperdiçados na natureza.

Em Roraima, a quantidade de alimentos produzida não faz sequer vulto diante da pecuária de corte, do agronegócio na monocultura da soja, ou a extração de produtos minerais e de madeira. Porém o estado desperdiça o potencial das frutas regionais como o caju, o araçá, o jenipapo, o caçari, a manga, o abil, o cajá, o murici, o buriti e diversas outras que poderiam estar suprindo o déficit nutricional da população, sendo incorporados à merenda escolar, nos programas de assistência social e de educação alimentar.

Uma solução viável e de baixo custo seria o Estado adotar as políticas públicas sugeridas e aprovadas, de comum acordo com a sociedade civil organizada (atuantes e que representem suas referidas comunidades), fechando parcerias para ensinar técnicas de cultivo de subsistência e ministrar cursos de aproveitamento do potencial das frutas, tubérculos e grãos da região ensinando a conservar alimentos e aproveitar ao máximo seu potencial em novas receitas; doces, compotas etc… Desmitificando assim a desvalorização dessas frutas em relação àquelas com a glamourização de outras regiões que são amplamente usadas em receitas pelo mundo afora. Nada contra morango, maçã, pêssego, pêra… Entenderam, né?

Hoje temos que repensar nossas atitudes e nos preparar para realidades já enfrentadas em outros países. A escassez de água e alimento é uma delas. Não respeita fronteiras nem governos. A Europa é prova disso. Imagino se não houvesse o Atlântico entre nós e a África? A população do planeta tem crescido assustadoramente. Não comemos dinheiro. Será se tem comida de qualidade suficiente para todos, pense nisso?

*Artista plástico, cartunista, designer gráfico e [email protected]——————————————-

Você se prepara? – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Eu sempre me preparo para o fracasso e acabo sendo surpreendido pelo sucesso”. (Steve Spielberg)Você está realmente se preparando para o futuro ou alguém está preparando você? É simples pra dedéu. Não devemos ficar esperando que nos ensinem. Nós é que devemos aprender a aprender. E aprendemos mais com os exemplos do que com as palavras. Conhecemos um zilhão de pessoas que vivem ligadas aos livros e acabam perdendo sua capacidade de pensar; de externar seus próprios pensamentos. Não são capazes de expressar o que pensam, porque não sabem se os pensamentos batem com o que os livros lhe dizem. Leia tudo que cair nas suas mãos, até o que está escrito na caixa de fósforo. Mas não limite seus pensamentos ao que apenas está escrito.

Você nunca vai ser uma pessoa de sucesso enquanto ficar preocupado com o fracasso. Preparar-se para o fracasso é não permitir que ele se aproxime de você. Que sempre foi o que o Spielberg fez. Ele sempre se preparou para o fracasso indo de encontro ao sucesso. Quem conhece sua história de sucesso sabe como ele iniciou seu trabalho. Uma luta homérica, e sem temer o fracasso. E se ele fez, você também pode fazer. O importante é que você saiba o que quer. E quando sabemos o que queremos vamos atrás. Nunca perca seu tempo com pensamentos derrotistas. Ninguém está livre de problemas. A diferença entre o derrotado e o vencedor está na maneira como cada um enfrentou o problema. E enfrentá-lo é não lhe dar atenção. Todo problema tem solução. E se é assim, porque se preocupar com o problema quando deve se preocupar com a solução? E a solução nunca é motivo para preocupação.

Não perca seu tempo pensando naquilo que você não quer. Todos os nossos sucessos ou derrotas são frutos dos nossos pensamentos. Quando aprendemos a pensar sadiamente somos pessoas sadias. A doença não vai se afastar de você enquanto você ficar lhe dando a atenção que ela não merece. Não se esqueça de que quando você procura o médico não é levado pela saúde, mas pela doença. E a maneira mais eficiente de cuidar da doença é mantê-la fora e longe de você. Porque é isso que o médico vai fazer pra você. Uma vez que ele afasta a doença de você, você começa a cuidar da sua saúde. E você pode, e deve, fazer isso concentrando-se nos seus pensamentos sadios. Temos inúmeros exemplos de pacientes que se recuperaram de doenças consideradas incuráveis. E seu maior remédio saiu da sua mente, fortalecendo o efeito dos remédios indicados pelo médico. E todos os grandes médicos sabem disso. O que fortalece a importância que damos aos nossos pensamentos positivos. Pense nisso.

*Artista plá[email protected]    99121-1460  ———————————————-

ESPAÇO DO LEITOR

EDUCAÇÃO 1O internauta Natal Altair acredita ser louvável a participação dos alunos da rede estadual de ensino na Gincana dos Estudantes. “No entanto, o que se espera dos estudantes, conhecedores da realidade da educação no Estado, é a participação deles na luta pelas melhorias necessárias. Com a recente divulgação das notas das escolas no último Enem, temos um lamentável diagnóstico das escolas públicas em relação às escolas particulares”, comentou.EDUCAÇÃO 2“O atual governo prometeu melhorar a qualidade do ensino com o implemento de novas tecnologias, o que não se visualiza nas unidades escolares de maneira significativa. É lamentável que, no Dia do Estudante, haja professores em greve, pais e alunos apreensivos por dias letivos paralisados. Penso que as entidades estudantis estão devendo participação na luta por uma educação pública de qualidade há muito tempo”, complementou Altair.ATRASOUma leitora, que pediu para não ter o nome divulgado, reclamou da demora na entrega de correspondências pelos Correios. “Estão entregando nossas correspondências, principalmente as contas, com atraso. Por isso, vivo pagando juros”, reclamou.CASA PRÓPRIASobre a crise no mercado imobiliário, o leitor identificado como Hunt3r comentou: “Quem é que aguenta comprar a tão sonhada casa própria com os valores impraticáveis de Boa Vista? Um verdadeiro absurdo. Casas velhas caindo aos pedaços que valem mais que apartamentos à beira-mar, e Roraima não oferece tantos benefícios para que esses preços sejam praticados”.TERCEIRIZAÇÃOQuanto à terceirização dos exames laboratoriais nos postos de saúde, José Orlando Mota e Silva comentou que essa era uma reivindicação antiga da população, em especial dos moradores da zona Oeste.