Opinião

Opiniao 13013

Como a discriminação afeta as minorias sociais

Sebastião Pereira do Nascimento*

Atualmente é bastante evidente o índice de violência a partir das diversas formas de discriminação, que pode ser por questões ideológica, étnico-racial, religião, gênero, nacionalidade, orientação sexual, condição econômica ou qualquer outro aspecto social. Mas, seja qual for o modo, a discriminação vem tanto de forma escancarada quanto de forma velada. No Brasil, a população mais alienada parece até se sentir estimulada a praticar tal violência. Contudo, qualquer que seja a conduta discriminatória, fere intensamente a essência da pessoa ou do grupo que é ofendido.

Todas as formas de hostilidades sociais, são fatores que sintetizam a ideologia de quem foi doutrinado por um processo de endoculturação, que dentre outras conceituações, é o permanente aprendizado dentro de uma cultura que se dá pela assimilação de coisas, imitações, arremedos ou pelo condicionamento do meio social.

A discriminação que refulge hoje em vários setores da sociedade, com muita evidência nas esferas públicas governamentais, são os exemplos mais perversos no que se refere à onda de discriminação no Brasil, onde os argumentos ideológicos ganharam corpo e alma espalhando o ódio no nível mais alto desta vertente. Mazelas que sucedem várias atitudes de repulsa às diferenças humanas, embora não seja unânime entre a população brasileira.

Falando desse quadro discriminatório, Leonardo Boff explica que o Brasil atual trouxe à luz a intolerância latente na sociedade brasileira. A qual, é parte daquilo que o antropólogo Sérgio Buarque de Holanda chama de povo “cordial”, onde as discriminações vêm do interior do sujeito, disfarçadas de “hospitalidade” e “afeto”. Noutro enquadramento, Leonardo Boff prefere dizer que o povo brasileiro é “cordial” e “passional”, visto que se mostra motivado excessivamente pela paixão da discriminação, preconceito e intolerância, o que qualifica a sociedade brasileira como uma entidade cordial-passional”.

Também, pode-se dizer que essas anomalias à brasileira, se derivam do arquétipo da “casa grande”, como especulam alguns autores, introjetadas em todas as estratificações sociais, sendo os grupos humanos estigmatizados como “minoria social” (pobres, negros, índios, homoafetivos, refugiados, etc), os mais hostilizados, mesmo entre os agentes públicos que revelam diversas formas de discriminações de modo intoleráveis. Em suma, isso aquece uma doutrina ultrapopulista que vem se irradiando no melhor estilo neofascista.

E, à luz dessa corrente ideológica, há pessoas que tentam tornar absoluta a sua vontade e a sua verdade, ao mesmo tempo em que se tornam discriminatórias e intolerantes por não respeitarem a vontade e a verdade do outro. As diversas formas de injúrias provocadas por essa parcela da sociedade brasileira, têm por base a falta de habilidade humana, que é o mesmo entendimento ideológico radicalizado pelo atual mandatário do Brasil. Onde de forma geral, sua ideia não é apenas tentar idiotizar as pessoas, mas também tentar convencê-las de que suas intenções estão sendo apregoadas em conformidades com as regras constituídas pela sociedade – circunstancialmente próprias dos grupos sociais dominantes.

No contexto universal, um fator que contribuiu, ou que vem contribuindo, muito para que a humanidade atingisse esse alto índice de acometimentos discriminatórios, se deu a partir do momento em que se pensou dividir a sociedade em categorias sociais, onde os grupos humanos são tratados diferentes entre si e ocupam lugares diferentes na sociedade, contrariando o próprio princípio de paridade do homem.

Sendo a mais disforme estratificação social, a camada que se convencionou chamar de classe média, que apesar de ser um contingente menor do que as minorias desassistidas, é a camada de maior poder de coerção, onde insatisfeita com o estado das coisas que lhe convém, hostiliza as categorias minoritárias e bajula a casta ultramilionária, ou melhor, a classe média é a principal força motriz que suscita a concentração de renda e promove a pobreza extrema. Essa classe – aprisionada a uma zona de conforto – quando exaltada deseja a todo custo ampliar sua carga de benefícios, muitas vezes impróprios, utilizando todos os meios possíveis de se apoderar de interesses existencialmente corrompidos. Condições perturbadoras que levam a tratar a pessoa das categorias menos favorecidas de maneira diferente e parcial.

A classe média é um corpo social elitista que sofre de profunda oligofrenia – déficit de inteligência composto pela tríade: debilidade, imbecilidade e idiotia. Portanto, uma categoria de sujeitos débeis, imbecis e idiotas que forma a força destrutiva de uma sociedade. Como julga a filósofa Marilena Chauí, “a classe média é o que tem de mais reacionário, conservador, petulante e arrogante. Ela é uma abominação política, porque ela é fascista, uma abominação ética porque ela é violenta, e uma abominação cognitiva, porque ela é ignorante”.

Não o suficiente, quando as diferentes categorias sociais (médias e pobres) se unem em prol de interesses comuns, diluem-se numa massa humana amorfa e passam a pensar e agir contra salutares inspirações e a própria liberdade, perdendo todo o poder de reação humana, e como categorias que vivem em constantes conflitos são facilmente doutrináveis, permanecendo na dependência do poder instituído, pois, como trata o filósofo Renato Bittencourt, são socialmente desmobilizadas e desprovidas de uma axiologia que lhes permita transformar a ordem estabelecida num verdadeiro progresso social.

*Filósofo, consultor ambiental e escritor. Autor dos livros “Sonhador do Absoluto” e “Recado aos Humanos”. Editora CRV. Coautor do livro “Vertebrados Terrestres de Roraima”. Publicado por Biologia Geral e Experimental.

O Evangelho bíblico, Segundo Jesus Cristo

Debhora Gondim

Por que não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como nosso Senhor. (2 Coríntios 4:5)

 Muitos evangelhos têm surgido ao longo dos tempos, todos eles sendo atribuída a autoria de Jesus. Porém, a Bíblia deixa claro que só existe um evangelho e um só Jesus Cristo. Afinal, quando é difundido um evangelho diferente é descrito um Jesus diferente do Jesus Filho de Deus e que veio ao mundo, narrado na Bíblia. Encontramos o evangelho das minorias; da teologia da prosperidade, dos politicamente corretos; dos coach’s; dos legalistas, no qual Jesus se amolda a cada um destes padrões humanos e que não O tem como centro e sim o ser humano. Em Gálatas, Paulo nos alerta sobre este outro evangelho e nos aconselha a ficarmos atentos para não sermos enganados, pois não há outro evangelho além do que foi ensinado por Cristo (Gálatas 1: 6-10).

Quando há padronização humana na mensagem dita “evangelho”, e ou existem exposição de versículos fora de contextos para satisfazer seus desejos, recortes que tira o que confronta o seu pecado e matem o que a seu ver massageia o ego, não é o Evangelho segundo Jesus Cristo. É apenas o helenismo em sincretismo com o cristianismo. Quando há tentativa de redefinir o evangelho ele fica vazio do seu conteúdo proposital. Ele é reduzido a alguns dos seus conceitos, como o “evangelho é amor” ou “o evangelho é Jesus”, limitando a um mero romantismo religioso, sem a compreensão da profundidade do que realmente é o evangelho.

  Como o missionário Ronaldo Lindorio trouxe em um dos seus textos: “Esse tipo de discurso pode soar “bonito”, mas gera confusão, além de ser perigoso. Porque, embora a prática das boas obras e o sentimento religioso sejam parte integrante da nossa relação com Deus, essas coisas têm os seus simulacros. Quando confundido com elas, não raramente, o Evangelho acaba substituído por eles. Dias atrás, eu vi a entrevista de um renomado pastor brasileiro, na qual ele dizia: “eu não sei o que é ortodoxia; sei o que é amar o próximo, repartir o pão, isso é Evangelho”. Ora, se é assim, são evangélicos [no sentido radical da Palavra] todos aqueles que, mesmo não conhecendo o Cristo das Escrituras, realizam boas ações ou tem o seu sentimento religioso.” E o evangelho é puro e único, ele não abre espaço para as misturas impuras deste mundo e nem para ser reduzido. Jesus veio viver e ensinar O evangelho, o único que aponta o caminho para Deus e sua vontade para a humanidade.

Então, se nenhum destes evangelhos citados a cima é o de Jesus, o que é o evangelho bíblico, segundo Jesus? O evangelho segundo Jesus Cristo é a mensagem do amor de Deus, contada na Bíblia. Começa na criação (Gênesis 1-2), depois relata a queda do homem (Gênesis 3), redenção em Jesus Cristo e a restauração (João 3:16). É onde o Deus trino planeja e executa a reconciliação e restauração da criação (Romanos 8:19-22)e da humanidade, que um dia foi distorcida pelo pecado, feita escrava de satanás e do pecado que passou a habitar em si, do seu ego e das consequência desta queda. Que agora é resgatada para um relacionamento com seu Criador, através de Jesus Cristo, em sua vida, morte e ressureição, pelo poder do Espírito Santo para a Glória de Deus. Vai de Gênesis a Apocalipse, pois toda a Bíblia aponta para Jesus, do inicio ao fim. E Jesus é o mistério do evangelho.

O evangelho é poder de Deus para a salvação para todo aquele que crê (Romanos 1:16). Nele é revelada a justiça de Deus, que é inteira pela fé. Sendo nós pecadores justificados pela fé em Jesus como nosso único e suficiente salvador (Romanos 1:17). O evangelho da Bíblia nos afirma que por meio da graça de Deus podemos ser justificados por Deus, por meio da nossa fé em Jesus como salvador. Isso foi possível porque Jesus foi oferecido como sacrifício, como propiciação, derramando o seu sangue na cruz, como ato de justiça. Pois a ira de Deus que deveria ter caído sobre mim e sobre você, por conta dos nossos pecados, caiu sobre Jesus. Toda a culpa dos nossos pecados estava sobre Ele. O seu castigo nos trouxe paz, salvação e perdão (Isaías 53: 4-10). E isto é a justificação em Jesus. No qual Sua ressureição foi suficiente para expiar os nossos pecado (cobrir a nossa culpa, nos purificar de nossos pecados) e abrir um novo e vivo caminho até Deus, nos dando a vida eterna (João 14:6).

“Irmãos, quero lembrar-lhes o evangelho que lhes preguei, o qual vocês receberam e no qual estão firmes. Por meio deste evangelho vocês são salvos, desde que se apeguem firmemente à palavra que lhes preguei; caso contrário, vocês têm crido em vão. Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o que recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras,” (1 Coríntios 15:1-4)

Este é o verdadeiro evangelho da Bíblia, e Jesus é o Senhor de toda criação, Senhor da sua vida. Você crendo ou não. Arrependam-se de seus maus caminhos, dos seus pecados e creiam neste evangelho, o de Jesus Cristo Filho de Deus, que lhes apresentei. Procurem-no enquanto Ele ainda pode ser achado (Isaías 55:6).

Teóloga e Professora

A astúcia na política

Afonso Rodrigues de Oliveira

“O Estado é o mais frio de todos os monstros frios: mente friamente, e eis a mentira que rasteja de sua boca: “eu, o Estado, sou o povo””. (Nietzsche)

Não é o que parece. Eu amo a política. O que me preocupa é o descaso que os quase cidadãos têm pela política. Porque ela é composta por habilidades, astúcia, e tantas outras coisas que exigem inteligência e dedicação. Infelizmente ainda temos uma política dirigida e vivida pelos que ainda acreditam que a política é a maior fonte de enriquecimento. E vem daí os enriquecimentos ilícitos, na política. Que na verdade não é política.

A astúcia na política não deve ser confundida com engodos e enganações. São respostas e atitudes inteligentes que levam a resultados realmente políticos. Já citei, aqui, casos exemplares, como o do Abraham Lincoln, na resposta que ele deu ao político que disse que ele, Lincoln, era um político d
e duas caras. Uma resposta simplesmente genial. Já falei dela, várias vezes, não precisamos repeti-la.

Há um número considerável de exemplos de como a política partidária, em toda a história da humanidade, não tem respeitado a astúcia como ela realmente é. O Mansour Challita, por exemplo, fala de casos extraordinários, que nos remete a tempos remotos. Ele se refere ao Alcorão, dizendo-nos como Deus era visto como o rei da astúcia. E, claro, ele se referia à astúcia na política. O mais interessante é o caso do Jó, que prometeu castigar sua mulher, com 100 chibatadas. Mas depois arrependeu-se, porque iria maltratar muito a sua mulher. Mas não sabia o que fazer, porque não podia recuar da sentença. Foi aí que ele recorreu a Deus. E astuto, Deus lhe disse: “Você pega 100 chibatas, junta-as, e com o rolo dá uma só chibatada, e pronto. Missão cumprida”.

Vamos levar isso a sério e começar a ver a política como uma necessidade para o crescimento da humanidade. Somos o único animal sobre a Terra que necessita de dirigentes, para que possa viver e crescer. E nossa mente é a força e o poder que temos para sermos realmente independentes. Mas primeiro precisamos aprender a usar a mente. E nunca saberemos se não a estudarmos. Vamos parar de eleger corruptos, iludidos pela sua vigarice que confundimos com astúcia.

Vamos refletir e nos prepararmos para as próximas eleições. Chega de sermos enganados pela nossa ignorância política. Chega de blá-blá-blá. Vamos prestar mais atenção ao que dizem, do que ao falam. E para isso temos que aprender a ouvir mais do que escutar. Porque só escutamos, mas não ouvimos o que deveríamos ouvir. Vamos nos educar politicamente, para sermos cidadãos. Pense nisso.

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