Opinião

Opiniao 13021

Porque esta paixão louca pelo atlético mineiro, o galo vingador

Wellington de Assis

A grande pergunta que se faz após o Atlético Mineiro ser Campeão do Brasileiro em 2021 é porque sua torcida é tão apaixonada?

O que tem neste time que leva pessoas a andar ao redor do campo de joelhos, pagando promessas pelo Bicampeonato, o que leva os torcedores a loucura conforme afirma a imprensa.

E essa discussão se torna ainda mais emblemática, pelo fato desse Clube Mineiro, não ser um time que ganhou muitos títulos. A prova disso é o jejum dos 50 anos do time em relação ao campeonato brasileiro.

No meu modesto entendimento, é aí que se encontra o enigma, a diferença, aí está o maior elo de identificação e de ligação do torcedor com seu time.

A questão de  não ganhar sempre, mas continuar lutando com garra o tempo todo, é o maior viés social de ligação, fator fundamental gerador dessa paixão louca pelo Clube Atlético Mineiro.

Porque a bem da verdade, a maioria dos brasileiros não conquistam prêmios todos os anos, comprar um automóvel, um imóvel, formar um filho na faculdade, são conquistas que acontecem poucas vezes na vida.

E o Galo Forte Vingador é isso,  uma expressão dessa realidade,  um reflexo do povo que apesar de não ganhar com frequência, luta sempre e não desiste nunca.

Ainda que a maioria dos torcedores possam não fazer essa leitura conscientemente, o inconsciente coletivo tem este conhecimento.

Um time que esteve tão perto de títulos e os perdeu, mas se levantou e perseverou, isso também é uma realidade na vida de muitos de nós, chegarmos perto de uma conquista e vê-la fugindo, saindo entre os dedos conforme dizem os mineiros.

Torcer para o Galo não é torcer apenas para um time, é torcer pela vida, é torcer por você mesmo, é acreditar na superação, na luta, no esforço em continuar lutando com poucos recursos.

É ser feliz na luta, na trajetória, é se apaixonar pela jornada e não somente pelo resultado positivo ao final.

Como o provérbio que diz, não existe um caminho para a felicidade porque a felicidade está em cada passo que se dá em sua busca.

Ser feliz enquanto luta, enquanto imprime raça e perseverar enquanto se perde, é a marca desse time é dessa torcida.

E quando a vitória vem amigo,  sai de baixo, porque a comunidade do Galo, extravasa todo o grito que há muito não acontecia, por uma conquista suada e rara.

Neste ano eu disse a uma pessoa que iria me avaliar em uma situação, não fique preocupado  se você tiver que me dar um não,  porque a vida me deu mais nãos do que sins, estou habituado com o não,  a minha surpresa é com o sim, parece que isso representa um pouco do espírito atleticano.

A nação Atleticana busca o resultado no final, claro, mas não é só isso que importa, o que conta mais é como se vive o percurso percorrido, se lutamos, se demos o melhor de nós, se temos forças para levantarmos após uma derrota.

É assim que se forja um campeão e um apaixonado pela vida.

Torcer para o Galo é acreditar na premissa de quem busca alcança, quem sonha realiza, quem luta um dia vence, quem perde, quem  parece ser frágil também pode se erguer e sagrar vencedor e se não o for,  vai morrer tentando.

Foi da torcida do Atlético Mineiro que ecoou o grito das arquibancadas, ” EU ACREDITÔOOOOOO” grito que surgiu quando parecia  impossível o Galo vencer, e que veio como barulho de muitas águas,  como tempestade que nada se detém em sua frente, e que empurrou o time para ser campeão da Libertadores em 2013.

O grito do “EU ACREDITÔOOO” não é apenas para um time, mas para cada um de nós, é um grito que todos deveriam gritar, em face das adversidades da vida, que muitas vezes se apresentam como impossíveis de solução.

É o grito da fé na nossa fé,  o grito da fé em Deus e em nós mesmos, é o grito da fé que há um potencial dentro de nós, que se fará erguer ante o caos para continuar buscando os ideais.

” Cada um carrega dentro se si, o dom, de ser capaz de ser feliz”.

Eu não me tornei Atleticano,  eu soube que eu era Atleticano rrrrrssss.

Certa vez um amigo de meu pai, um senhor chamado Zé Mariinha, que morava como nós no interior de Minas Gerais, perguntou ao meu pai, para qual time torcia, e o meu Velho lhe respondeu, ” aqui em casa, todos nós torcemos para o Atlético Mineiro”.

Quando ouvi isso me virei para o meu irmão e lhe disse, nós somos Atleticanos. Rrrrrssss.

E depois disso, todo mundo que nasceu na casa do Mariano, filhos, netos, bisnetos,  e também as gerações futuras que virão  e todos os agregados, rrrrrssss,  todo mundo é Galo, enquanto houver terra, será assim. Rrrrrssss.

O GALO GANHOU.

Porque a vida é assim, nós sempre estamos vencendo, nessa viagem linda que se chama vida, independentemente se levantamos muitas taças de campeões ou não.

Um abraço  a Nação do Espírito Lutador, que não é somente a torcida do Galo, mas todos os Brasileiros.

Um abraço.

Vamos com tudo.

Com Carinho.

Wellington de Assis – Advogado.

Quem sabe, sabe

Afonso Rodrigues de Oliveira

“A sabedoria verdadeira se percebe, geralmente, pela modéstia e pelo silêncio”. (Napoleon Hill)

Na modéstia de uma dona de casa, mãe humilde e sem estudos, minha mãe sempre nos alertava, quando discutíamos, quando crianças: “Quem muito fala muito erra”. Ela foi uma excelente educadora doméstica, que deixou uma família educada. Sempre me sinto bem quando uso o pensamento do Abraham Lincoln: “Tudo aquilo que eu sou ou espero ser eu devo ao anjo que foi minha mãe”. O que está faltando no desenrolar da sociedade, é exatamente a educação vinda do lar. Não é que aprendemos tudo no lar, mas adquirimos a sabedoria de aprender, fora do lar, dentro da racionalidade familiar.

O mudo seria bem mais racional se parássemos de gritar, berrar e espernear quando não aceitamos os pensamentos dos outros. Já sabemos que os inteligentes não discutem. Eles dizem o que pensam, e respeitam os pensamentos dos outros. Enquanto continuarmos com protestos fúteis em passeatas inúteis, continuaremos esperneando sem resultados positivos. Então vamos parar com os blá-blá-blás inúteis. Vamos nos educar para sermos educados. E os educados não fazem barulho. E isso não os coloca no balaio de gatos nem os tira do círculo de elefantes de circo. Vamos fazer nosso papel como artistas do circo da vida. Vamos ser o melhor que pudermos ser, porque sempre poderemos. Vamos em frente.

Não vamos permitir que a tempestade destrua o que construímos na nossa política. E não o conseguiremos sem a competência que está no saber. Não nos esqueçamos de que “A educação é como a plaina: aperfeiçoa a obra, mas não melhora a madeira”. E com esse conhecimento respeitamos os erros dos outros, tanto quanto os nossos. E só corrigimos os erros, aprendendo com eles.

Você nunca ganha uma discussão. É tolice pensar que está vencendo. Seu opositor pode estar parando para que você continue pensando que está acertando. Não entrar numa discussão não significa covardia, mas sabedoria. E se estiver com receio de ser considerado um bobo, lembre-se do Jaime Costa: “Não há bobo mais bobo do que o bobo que pensa que eu sou bobo”. Aquele delegado de polícia, numa conversa quando eu ainda era jovem, em São Paulo, certo dia me disse, numa resposta: “Não existiria vigaristas se não existisse otários”.

E o importante é que nos eduquemos considerando que somos todos iguais nas diferenças. Vá pensando nisso enquanto se prepara para a próxima eleição. Veja se você vai eleger o seu candidato para ele fazer o trabalho dele, ou para fazer o que você quer que ele faça. Veja se seu candidato merece sua confiança e o seu voto. Pense nisso.

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