Opinião

Opiniao 13027

INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

Por Rafael Parente Ferreira Dias

A Declaração Universal dos Direitos Humanos proclamada em 1948 pela Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu princípios éticos universais para todos os 58 países signatários, incluindo o Brasil. Vejamos o que diz o segundo artigo deste importante documento: Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidas nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição .

Para além do pacto estabelecido pela ONU, o artigo 5º da Constituição Federal brasileira garante, pelo menos em tese, a tolerância religiosa e a laicidade do Estado Brasileiro. Ademais, a Lei nº 9.459/97 prevê em seu primeiro artigo a punição para crimes motivados por discriminação de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

Percebe-se que, do ponto de vista institucional, a religião está bem amparada, entretanto, na prática, toda a sua ancestralidade, ritos e liturgias estão ameaçadas por indivíduos que não conseguem conviver com a diferença, atacando e ofendendo pessoas de diferentes credos.

Uma interessante pesquisa ocorrida entre 2015 e 2017 constatou que a cada 15 horas no Brasil é registrada uma denúncia de intolerância religiosa . Vale destacar ainda que as religiões de matriz africana são as que mais sofrem com o problema.

Atualmente, em tempos de pandemia, o cenário continua desanimador. O número de denúncias de crimes de intolerância registrados pela Ouvidoria da Secretaria Estadual da Justiça de São Paulo cresceu 24,5% entre janeiro e julho deste ano em comparação com o mesmo período de 2020 .

John Locke, filósofo inglês do século XVII, escreveu a Carta sobre a tolerância, demonstrando em seus escritos que a perseguição religiosa é um ato irracional, ou seja, a fé não pode ser imposta por ninguém. Trata-se de uma escolha individual baseada em inclinações e preferências que estão em sintonia com a personalidade e idiossincrasia de cada ser humano.

Muitos filósofos, ao longo da História, propuseram o diálogo e não a violência como forma de crescimento individual e coletivo. Porém, diálogo não é monólogo. Antes de tudo, devemos estar pré-dispostos a escutar, sem julgamentos ou dogmas, estar abertos a diferentes pontos de vista. Será que estamos realmente abertos para a possibilidade de aprender com o outro? Debatemos para “marcar posições” e “impor verdades” ou acreditamos sinceramente que, através do diálogo, uma visão de mundo, mais sensata e equilibrada, poderia emergir?

As diferenças culturais, religiosas e políticas podem trazer importantes contribuições para o nosso crescimento pessoal, tudo depende da nossa pré-disposição em aceitar a alteridade, em reconhecer o valor do outro. Precisamos dar um voto de confiança para a diferença! Se estivermos abertos a ela, alguma lição relevante pode ser extraída. Aceite o convite da filosofia: ouse ser diferente!

*Rafael Parente Ferreira Dias é professor do Curso de Filosofia da UERR

O controle difícil

Afonso Rodrigues de Oliveira

“O homem que conseguir controlar totalmente a sua mente estará capacitado a tomar posse de qualquer coisa que ele venha desejar”. (Andrew Carnegie)

Controlar a mente não é difícil, é só você não dificultar. Quem não se controla não consegue seguir os parâmetros da racionalidade. E você nunca irá realizar seus sonhos enquanto não souber controlar sua mente. E não há nada de espetaculoso nisso. Tudo é tão natural e simples que não conseguimos entender. O que faz com que não consigamos viver a vida como ela deve ser vivida.

Seja sempre o timoneiro do seu destino. Ninguém, além de você mesmo tem o poder de fazer isso por você, fazendo você se sentir feliz. O que indica que só você pode dirigir sua vida. Enquanto você permitir que alguém faça isso por você, você nunca chegará onde quer chegar. Mesmo que você se sinta no patamar mais alto, há sempre caminho aberto para você ir mais longe. Logo, não se satisfaça com o que você tem, mas viva intensamente o que você tem. O que já facilita sua caminhada para o horizonte.

Torne sua vida mais fácil, sendo uma pessoa simples. A sabedoria está na simplicidade. Mas não confunda simplicidade com vulgaridade ou futilidade. Ser simples é se conhecer dentro da racionalidade e viver racionalmente. Quando alguém chama você de tolo e você se aborrece com isso, está ratificando o que ele disse. Porque só os tolos se aborrecem. E quando você se aborrece está discutindo com você mesmo.

Conheço duas mulheres extraordinárias. Elas ocupam lugares no profissionalismo enriquecedor. Mas ainda cometem o erro de confundir liderança com chefia. Ainda são chefes quando deveriam ser grandes líderes.

E a liderança deve estar, tanto no trabalho quanto na família. Vem daí a importância das Relações Humanas no Trabalho e na Família. Porque o início do nosso relacionamento humano começa na família. E é dela, a família, que levamos o conhecimento para o mundo do trabalho. Porque não importa o que você faz. O que vai dizer o que você realmente é, é como você faz o que faz. E o fazer inclui seu comportamento no ambiente, tanto profissional quanto familiar. Que temos que deixar de lado velhos e anacrônicos costumes familiares do passado, é verdade. Mas não devemos substituí-los com comportamentos vulgares.

Vamos aliar a família ao trabalho e seremos mais profissionais de qualidade. Mas não nos esqueçamos da importância da educação nessa tarefa importantíssima para o desenvolvimento da humanidade. E a família é o berço da educação. É no lar que armazenamos o elemento que necessitamos para fortalecer o que aprendemos fora do lar. Pense nisso.

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