Opinião

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Somos todos (i)migrantes em algum momento da vida

*Por Marcos Vinícius De Bortolli

A imigração é um fenômeno milenar inerente ao ser humano que possibilitou o desbravamento de novos territórios. Por definição, imigrante é quem sai de um país e vai para outro e migrante é quem sai de uma cidade e vai para outra no mesmo país. Podemos discutir, porém, o conceito de (i)migração de uma forma mais ampla, quase filosófica.

Penso que migrar pode significar recomeçar a vida em um cenário diferente. Por isso, defendo que todos somos migrantes ou imigrantes em algum momento de nossas jornadas. Quando você deixa a casa dos pais para estudar fora ou para formar uma nova família, você é um (i)migrante.

Nesta linha, migrar significa sair do seu próprio conforto de cenários, cultura e relações conhecidas para o oposto: o completo desconhecido. Para que isso aconteça, é necessário um processo de ruptura, quase sempre dolorido, em que se deixa tudo para trás e enfrenta-se o novo e assustador desconhecido.

Na prática, saímos da casa de nossos pais por vários motivos, mas principalmente porque o ninho deles não é o nosso. Queremos construir algo novo, com a nossa cara. E quem diz que um casamento não representa esta ruptura também? Sair da rotina comida, roupa lavada e boletos pagos para enfrentar os desafios da vida a dois? Um verdadeiro choque cultural!

A (i)migração é um fenômeno que produz morte e vida. Morte “matada”, morte “acidental” e morte “natural”. Explico: só conseguimos sair de casa quando “matamos” ou enterramos os sonhos relacionados ao lugar em que nascemos. Fazemos isso para um dia talvez voltar. Ou não.

Ainda durante nosso trajeto, podemos sofrer “acidentes” e decepções, que “matam” os desejos antigos. E na nova vida, que pode ser além-mar, em outro estado ou um novo bairro na mesma cidade, descobriremos sonhos que viverão muito tempo e morrerão um dia, bem velhinhos, de morte “natural”.

Estas andanças (i)migratórias são repletas de novidades com mudanças de cenários, perspectivas e relações. Sair da nossa zona de conforto nos permite conhecer novas culturas e formas de pensar. Só assim, a vida se reinventa, geralmente para melhor.

Migrar é como colocar um enxerto na velha árvore, dando força aos galhos e frutos que nascerão. Fica então o convite: que tal (i)migrar para conquistar novos mundos?

*Marcos Vinícius De Bortolli é professor universitário, palestrante das áreas de ciência, tecnologia e inovação e autor da trilogia “Quando Meninos Viram Homens”, saga familiar que retrata a luta por sobrevivência no interior do Brasil.

O orgulho de ser

Afonso Rodrigues de Oliveira

“Seja orgulhoso de si mesmo, mas não arrogante, de quem você é, o que faz, ou onde trabalha. Não se desculpe pela sua situação na vida ou por si mesmo. Você é o que é. Então conduza a si mesmo com orgulho e respeito”. (Les Giblan)

Mantenha-se sempre no patamar mais alto. Mas sempre com o objetivo de levar as outras pessoas com você. E o patamar escolhido deve ser, sempre, o mais racional. Inicie a tarefa refletindo sobre a racionalidade. Para sermos racionais precisamos nos conhecermos como, e no que somos. Até podemos, mas não devemos oferecer, a alguém, senão o que temos de melhor. E o melhor está na racionalidade. E ser racional não é seguir orientações que vêm em forma de direção. Nunca permita que alguém, seja quem for, dirija você. Você tem o poder para seguir as veredas da racionalidade, sem esforços.

Se prestarmos mais atenção aos estudos sobre o universo, veremos que estamos atrasados. Que muitos já descobriram há milênios e milênios, o que estamos tentando descobrir. Ainda pensamos que o universo é o céu. Antônio Vieira já disse que “Aquele céu azul que vedes não é céu nem é azul”. Na verdade, ainda não sabemos de onde viemos nem para onde iremos. O que sabemos é que um dia teremos que voltar. E se não tomarmos cuidado e não nos prepararmos racionalmente, ainda iremos viver, e sofrer, vários dilúvios.

Tudo é tão simples que não conseguimos entender. Mas vamos continuar tentando. Mas não fique aí, tentando entender. O que realmente importa é que cada um de nós viva sua própria vida, mas sem deixar de colaborar para o desenvolvimento do próximo. A racionalidade e o respeito são a maior arma para a paz. Mas temos que entender que para sermos vitoriosos temos que usar a arma da racionalidade, que está em nosso raciocínio. E enquanto ficarmos perdendo tempo com arengas destrutivas que não nos levam a lugar nenhum, não sairemos do carrossel do ir e vir.

Estamos iniciando mais um dia de luta. E devemos evitar que a luta seja renhida. Basta que façamos o que realmente devemos fazer dentro da racionalidade. E essa nos guia para o caminho certo. Então vamos ser mais responsáveis por nós mesmo, para que possamos ser responsáveis pelos outros. Esteja sempre presente. Faça com que as outras pessoas sintam sua presença no que você realmente é, e não no que você quer que elas pensem que você é. “Não viva para que sua presença seja notada, mas para que sua falta seja sentida”. (Bob Marley)

Nada mais agradável do que um momento de lembranças agradáveis. E elas só vêm se tivermos sido felizes no passado. E só devemos nos prendermos a lembranças ag
radáveis. Pense nisso.

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