Nicotina e suas consequências
Marlene de Andrade
“Eu, o Senhor teu Deus, te tomo pela tua mão direita e te digo: não temas, porque eu estou contigo.” (Isaías 41:13)
O tabagismo é uma dependência a nicotina podendo desencadear inúmeras doenças como, por exemplo, impotência sexual no homem, menopausa precoce, angina, infarto agudo do miocárdio, enfisema pulmonar, bronquite crônica, asma, hipertensão arterial, catarata, acidente vascular cerebral, trombose, câncer de estômago e de pâncreas, aneurisma, câncer colo de útero e vários outros tipos de câncer como o de pulmão, laringe, faringe, esôfago e fígado.
Os tabagistas desencadeiam doenças com muito mais frequência do que as pessoas não tabagistas, pois eles têm a saúde muito comprometida e acabam se tornado pessoas mais fragilizadas em relação aos que não fumam.
Nesse viés, cabe uma pergunta: como é possível entender que existam pessoas que gostam de fumar tabaco, mesmo sabendo que estão acabando, pouco a pouco, com as suas próprias vidas? Não dá para entender tal ofensa a si mesmo e quem deve estar sempre dando pulos de alegria são os fabricantes de cigarro e enquanto eles se enriquecem à custa da desgraça alheia, o povo dependente da nicotina vai abreviando suas vidas em tempo recorde.
É verdade que parar de fumar é extremamente difícil, muito difícil mesmo, mas o governo, desde 2002, através do SUS, vem oferecendo tratamento gratuito para as pessoas se livrarem dessa dependência, a fim de que elas possam ter uma vida mais saudável, contudo a maioria delas não querem saber disso e vão tentando deixar esse terrível mal por conta própria, tentativa essa quase impossível, e que pode não dar certo, a não ser que haja muita força de vontade dessas pessoas para abandonar esse terrível vício.
Algo que atrapalha muito a tentativa delas se livrarem dessa dependência é a sensação de ansiedade com inúmeros sinais e sintomas, pois o corpo pode ser afetado pela liberação de substâncias como a noradrenalina e o cortisol, as quais aumentam a pressão sanguínea e os batimentos cardíacos gerando apreensão, insônia, dificuldade de concentração, boca seca, angústia, tonturas, tremores e entre outros, dificuldades para relaxar.
Sendo assim, os adultos devem trabalhar com a prevenção dessa dependência com crianças pequenas e as escolas deveriam dar essas informações tanto as crianças quanto aos adolescentes e até mesmo aos jovens. E o pior de tudo isso, é que quanto mais cedo o adolescente começa a fumar, mais complicações surgirão no seu organismo e mais difícil será sair dessa dependência. É por isso que prevenir é a melhor escolha.
Marlene de Andrade
Médica Especialista em Medicina do Trabalho/ANAMT- AMB
Técnica de Segurança do Trabalho- SENAI/IEL
CRM/RR-339 RQE-341
A automação do RH em 2022
*Por Rafael Kiss
A Revolução Industrial transformou a forma das empresas produzirem e, também, os processos de trabalho no universo corporativo. A partir desta disruptura na forma de se produzir, as pessoas passaram a buscar tecnologias capazes de trazer mais eficiência para suas tarefas diárias. Atualmente, realizamos isso de forma tão automática que nem percebemos que, até os dias atuais, somos influenciados por um conceito que se iniciou em meados do século XVIII.
Contudo, mesmo que não percebamos o quanto este conceito antigo ainda impulsiona o desenvolvimento das empresas, seguimos em uma busca constante pela ampliação da eficiência. Durante o século XX, esta procura das companhias esteve focada, em grande medida, em tecnologias que permitissem a sofisticação da linha de produção, principalmente visando à redução de custos e à sua ampliação. É evidente que este foco assegurou avanços extraordinários em diferentes setores, como, por exemplo, automotivo, agroindústria, varejo e etc.
À medida que as empresas avançaram neste processo, um ponto começou a ficar evidente para muitos gestores: Não seria possível ser plenamente eficiente se ela não modernizasse, também, seus processos administrativos. Em especial, aqueles que interferem diretamente na força de trabalho. Por este motivo, nos últimos anos, a automação da área de Recursos Humanos passou a ser uma das principais prioridades das empresas, principalmente nos últimos tempos, com o novo cenário imposto pela pandemia da Covid-19.
Se antes os processos de automação implementados pelas empresas consistiam na aplicação da tecnologia para acelerar um processo produtivo, agora, na área de RH, os gestores se depararam com o desafio de automatizar atividades que estavam, diretamente, relacionadas às relações humanas. Em muitos casos, impactando a vida e a rotina de milhares de trabalhadores.
Encontrar a forma de obter mais eficiência nas atividades relacionadas à gestão de pessoas, considerando as peculiaridades que envolvem a interação humana, foi o grande desafio enfrentado pelos gestores. Neste processo, observo alguns executivos da área de RH questionarem: Não seria mais eficiente contar com uma inteligência artificial na gestão de todas as atividades ligadas à gestão de pessoas?
A minha resposta para esta pergunta é sempre não. Cada empresa tem as suas necessidades e especificidades que não, necessariamente, serão plenamente atendidas por um sistema de inteligência artificial. Por isso, é preciso entender quais são as “dores” do negócio, o que precisa ser aprimorado, para, a partir disso, implementar automações que tragam realmente mais eficiência.
Quando a empresa consegue fazer esta análise, na maioria das vezes, ela percebe que existem processos administrativos da área de RH que estão tomando um tempo precioso dos profissionais e são justamente eles que podem ser automatizados. Os negócios que conseguem implementar um sistema híbrido, com o uso da tecnologia para automatizar processos repetitivos, liberando o tempo dos profissionais de RH para fazerem tarefas mais nobres e estratégias, como a gestão da força de trabalho, lidando com as peculiaridades da interação humana, sem dúvida, serão os mais bem-sucedidos.
A Covid-19 trouxe um novo cenário para as empresas e, sem dúvida, já mudou a forma de trabalho em muitos segmentos. Contudo, acredito que a modernização da área de RH seguirá em formatos hídricos, onde as tecnologias e a interação dos profissionais de Recursos Humanos caminharão juntos para obter a tão almejada eficiência.
* Rafael Kiss é diretor de Produtos e Inovação da ADP
Será que sabemos?
Afonso Rodrigues de Oliveira
“Pena que todas as pessoas que sabem como governar o país estejam ocupadas a dirigir táxis ou cortar cabelos”. (George Burns)
O mais saber é saber o que não se sabe. Que é o que mais ignoramos. Estamos sempre indo nos arrufos dos que não sabem e pensam que sabem. Quando cada um de nós souber como se deve governar, pararemos de gritar e espernear. Será um tempo em que saberemos o que queremos, não só para nós, mas para o país que será governado. Simples pra dedéu.
Mas vamos deixar esse engodo de lado e vamos destrinchar a peneira e peneirar nossa ignorância. Porque só assim iremos ser cidadãos de fato e de direito. Numa marcha nem tão lenta, vêm aí as eleições. E estamos preparados para elas? Quando deveriam estar educando o eleitor, estão alimentando briguinhas comadrescas, sobre se as urnas deverão ser com não são ou continuarão sendo o que são.
Deixar ou pôr o engodo fora, é difícil pra dedéu. Tão difícil que não estou conseguindo, neste papinho do dia. Mas vou tentar novamente. Vamos estar mais atentos e sermos mais cautelosos, tanto nas nossas decisões quanto nas nossas ações. E estas estão nas nossas discussões. Porque ainda não aprendemos que ninguém ganha uma discussão. Só os tolos pensam que ganharam, quando a adversário para de discutir, por ser mais inteligente. Nunca pensou nisso? Então reflita um pouco sobre isso. E nunca se meta numa discussão.
Você ainda deve se lembrar da fala do futuro marido, na peça “Compra-se um marido”, a que assisti, no início dos cinquentas, no Teatro Carlos Gomes, em Natal, no Rio Grande do Norte. O candidato a marido, para uma garota estrambelhada, foi advertido por um amigo que lhe disse que ele estava dando uma de bobo. Ao que ele respondeu: “Meu amigo, não há bobo mais bobo do que o bobo que pensa que eu sou bobo”. Deixe que os bobos pensem que você foi bobo na discussão, e caia fora dela.
Que tal se nos ensinassem isso no período escolar? Não teríamos tantos iludidos gritando, pelas ruas, pensando que sabem como governar o país. O ser humano está sempre atrelado ao negativo. Acho que por isso já nascemos chorando. Quando saímos de uma gruta escura e entramos num mundo iluminado, nos assustamos. E como ainda não temos como nos orientar, continuamos chorando aos gritos de ruas. Vamos nos encontrar em nós mesmos. Somos de origem racional. E como no mundo de onde viemos não há unidade de tempo, o tempo que passarmos por aqui nesse eterno ir e vir não faz diferença. Cada milênio nem é um segundo. E como nossa embalagem, que ainda chamamos de corpo, tem validade, preferimos acreditar que nós é que morremos. Pense nisso.
99121-1460