Opinião

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Fica em casa

Marlene de Andrade

“Balança enganosa é abominação para o Senhor, mas o peso justo é o seu prazer”. (Provérbios 11.1)

  

Mandaram todo mundo ficar em casa, arrasaram o comércio por causa de um vírus criado para matar grande parte da população mundial e agora querem culpar o Governo Federal? Que absurdo é esse? É interessante perceber que tudo que acontece de ruim no Brasil é culpa de Bolsonaro. A gasolina aumentou? Aumentou, mas não foi culpa dele não. Esse líquido precioso está muito caro em todo planeta terra. Além disso, a pandemia arrasou a economia mundial.  

Por que a esquerdalha não fala que a roubalheira da Petrobras tem também muita responsabilidade com o aumento dos combustíveis? A canalhada esquerdista está chateadinha, por terem perdido a mamata, mas como disse a Maju, o choro é livre e como ela mesma também afirmou, é melhor chorar porque dói menos. E tem mais: esses comunistas precisam assumir que a corrupção ocorrida pelo governo petista, em nosso país, e dentro da Petrobras, tem muita responsabilidade pelo aumento do preço da gasolina e, por isso, eles precisam parar de ficar acusando o Governo Federal, o qual tudo tem feito para melhorar nossa economia.   

Outra situação que não pode passar em branco é quererem acusar o Governo do Estado de Roraima pelo fracasso da saúde em nosso Estado. A saúde só consegue funcionar se as prefeituras cooperarem com o Governo Estadual. Nosso estado possui 15 municípios, mas todo mundo que adoece, em Roraima, vem para Boa Vista a fim de ser atendido no Hospital Geral de Roraima/HGR. Ocorre que ele sozinho não consegue dar conta de atender todos os municípios, os quais têm que construir hospitais, maternidades e inclusive hospitais infantiis. E não venham me dizer que as prefeituras municipais de Roraima não têm dinheiro, visto que esse papo não cola.  

Por que as Prefeituras de Roraima não desembolsam o dinheiro e investem mais na saúde? O Governo do Estado já vai construir um hospital universitário dentro da Universidade Estadual de Roraima, mas isso a canalhada não fala nada. Que isso? A Universidade Federal de Roraima também já deveria ter construído um hospital universitário, mas não construíram. Será por quê? Sendo assim, deveriam todos eles correr atrás de uma trouxa de roupa pra lavar, em vez, de ficarem metendo o pau no Governo Federal e Estadual. E que fique bem claro, não conheço Bolsonaro e nem o Governador de Roraima e nem tenho intimidade com nenhum deles, nem tampouco minha família tem vínculo com nosso Governador ou com políticos. Sabe o que queremos deles? Que trabalhem pelo bem estar da população.  

 

Médica Especialista em Medicina do Trabalho/ANANT 

Perita em Tráfego/ ABRAMET 

Perita em Perícias Médicas/Fundação UNIMED 

Técnica de Segurança do Trabalho/SENAI-IEL 

CRM-RR 339 RQE 341 

Impossibilidade de julgamento da greve política

*Paulo Sergio João

A Constituição Federal, ao assegurar no artigo 9º o direito à greve e, dispondo que cabe exclusivamente aos trabalhadores “decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender”, fixou o direito sem reservas, mas que, certamente, não poderia ser exercido sem qualquer responsabilidade. Neste sentido, a primeira consequência de uma greve, política ou não, é a perda da remuneração dos dias parados (salvo raras exceções), situação que poderia ser superada se os sindicatos criassem o chamado fundo de greve, cuja finalidade é de assegurar aos grevistas a garantia, pelo menos, de parte dos salários durante a greve.

Toda greve é um ato político. Quando se trata de greve cujo conteúdo é de natureza trabalhista, voltado às reivindicações de normas de acordo coletivo ou convenção coletiva de trabalho, embora tenhamos posição contrária, a Justiça do Trabalho tem autorização de competência para julgar (artigo 114, II, CF) “as ações que envolvam o exercício do direito de greve”, confundido usualmente o exercício do direito de greve com a greve e seu conteúdo, parametrizado pela Lei nº 7.783/89 que trouxe para o judiciário a apreciação do movimento com expressões de abusividade do direito de greve ou ilegalidade, palavras que se confundem frequentemente.

Quanto à intervenção do Judiciário Trabalhista no julgamento dos dissídios, o parágrafo 2º do artigo 114 da CF resolveu sua competência, desde que as partes se manifestem de comum acordo.

Todavia, tema mais complexo para submeter a julgamento é o da greve política e as perguntas a responder seriam: deve ser submetido a julgamento a manifestação política? Até onde pode o Estado-juiz impor condenações à liberdade de manifestação? O objeto da greve de natureza política não é de natureza trabalhista stricto sensu, ou seja, não se pretende que o empregador ou empregadores atendam a reivindicação manifestada que, em geral, ocorre contra mudanças legislativas que possam afetar o direito dos trabalhadores ou de manifestações de solidariedade a uma causa social, regional, nacional ou internacional.

A greve nestes casos tem como objetivo tornar público uma denúncia ou ameaça de ato praticado ou a ser praticado e que pode afetar, na percepção dos grevistas, gravemente a sociedade. Neste sentido, na França, em 2018, as manifestações dos chamados “coletes amarelos” (gilets jaunes) foram enfrentadas pelo governo sem intervenção judicial.

Desta feita, considerando que a competência da Justiça do Trabalho está limitada a decidir, quando provocada, sobre movimentos paredistas de cunho essencialmente trabalhista, pareceria que quando a greve é de natureza política, não estaria no seu campo de competência.

Todavia, de fato, é frequente que a Justiça do Trabalho seja provocada para julgar greves de natureza política.

*Paulo Sergio João é advogado e professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Só se acreditar que pode

Afonso Rodrigues de Oliveira

“E a gente sempre pode melhorar, desde que não seja apenas para ser o que os outros querem que sejamos”. (Lya Luft)

O ser humano sempre viveu para os outros. Sempre se enfeitaram para parecer o tal, para os outros. Gravata-borboleta e tantas outras tolices foram instrumento para o exibicionismo tolo, e sem sentido. E continuamos os mesmos. As mulheres vêm sendo títeres da moda, desde os primórdios da chamada civilização. Elas mantêm os salões de beleza, com a intenção de se mostrarem belas, sem saberem que estão se cuidando para o encanto dos outros. Mas deixemos isso pra lá, e vamos falar de coisas mais construtivas. E as mulheres são o timão que ainda não aprendemos a manejar.

Mas se as mulheres são os timões, os homens não são mais do que marinheiros de primeira viagem. Ainda não entendemos, por falta de inteligência, que são elas que nos dirigem, até mesmo nas demonstrações de beleza. E ainda não entendi por que elas, as mulheres, continuam lutando por igualdade. Para serem iguais a quem ou a quê? Será que as mulheres ainda não prestaram atenção às Amazonas, heroínas gregas? Vamos pisar no breque.

Sempre podemos melhor no que somos. Não importa o que os outros acham ou pensam de nós. O importante é que sejamos o que somos, e não o que queremos que os outros achem ou queiram que sejamos. Baseado nisso a verdadeira educação nos diz que devemos orientar nossos filhos, mas não os dirigir. E quando orientamos não precisamos ficar batendo cabeça com a vida deles. Eu ainda era criança quando li essa, na capa do meu caderno, na escola: “A educação é como aplaina: aperfeiçoa a obra, mas não melhora a madeira”.

Quando temos conhecimento dessa sabedoria, orientamos os filhos para o futuro dele, e não o nosso. E é nesse futuro que aprendemos com o que escrevemos na vida dos nossos filhos. E quando aprendemos com o que ensinamos, estamos preparados para viver o mundo dos nossos filhos. Só aí descobrimos que não deveríamos ter vivido para ser o que os outros quiseram que fôssemos. E quando aprendemos que somos responsáveis pelo nosso futuro, aprendemos a ser.

Sempre podemos melhorar no melhor se somos. O horizonte é inatingível, e é para lá que caminhamos durante toda a nossa vida. Procure ser sempre o melhor, mesmo se você se considerar o melhor. Nada de vaidade, mas de respeito pelo que somos no que realmente somos. Respeite sempre seu semelhante. Nunca se esqueça de que somos todos iguais nas diferenças. Não é inteligente querer que os outros sejam iguais a nós, ou que sejamos iguais a eles. É por aí que crescemos dentro da racionalidade. Pense nisso.

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