Opinião

Opiniao 14 02 2015 628

Pátria educadora: receitas simples e que funcionam – Ronaldo Mota* A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) acaba de divulgar estudo analisando mais de 450 iniciativas implementadas por 34 países com o objetivo de aperfeiçoar seus sistemas educacionais. O grupo reúne em sua maioria países consideradosricos, e não inclui o Brasil. Certamente, as soluções educacionais dizem respeito a cada realidade específica e não podem ser simplesmente copiadas ou transportadas, sem inteligência, para outros países. Mesmo assim, vale a pena prestar atenção em algumas delas,tomando por base a compilação feita pela BBC Brasil. 1) Mercado de trabalho ou continuidade dos estudos: a medida mais comum observada diz respeito à preparação dos estudantes para o mercado de trabalho, principalmente via ensino profissional e técnico, fazendo intenso uso de tecnologias digitais, resultando em forte impacto na produtividade dos trabalhadores. 2) Melhorias no ambiente das escolas: ênfase na redução do número de alunos por turma, reformas curriculares e, principalmente, capacitação de professores. Estes foram os objetivos de um quarto das reformas analisadas. Alguns criaram institutosdedicadosexclusivamenteà formação contínua e permanente de professores, aliando preparação prática e teórica. Outros desenvolvem programas que visam a atrair os melhores estudantes para as faculdades de educação. 3) Garantir qualidade e equidade na educação: em torno de 16% das iniciativas adotam como ponto centralaimplementação de políticas para garantir que todos os cidadãos tenham acesso a um nível mínimo de educação, independentemente de circunstâncias pessoais ou sociais. Evitar que a seleção para escolas de ensino fundamental tenha como critério renda ou performance, limitar a possibilidade de as escolas expulsarem alunos com resultados ruins ou financiar adicionalmente escolas que consigam manter nas classes crianças em risco social têm mostrado bons resultados. 4) Sistemas de avaliação: aproximadamente 14% das medidas centraram em aprimorar as medidas de rendimentos, tanto dos alunos quanto das escolas. Padronizar as avaliações, estimular a adesão voluntária e consciente das escolase tornar públicos os resultados são boas medidas. 5) Reformas de financiamento: melhorar as formas de financiar os sistemas de educação é um dos grandes desafios e foi o ponto centro para 12% das medidas adotadas. Em geral, os agentes recebem fundos com base em seus planos para o futuro e qualidade dos professores, alunos e escolas. Construir um forte sistema de aferição posterior aos resultados obtidos, frente às propostas apresentadas, é a solução mais adotada. Não seremos jamais competitivos, tampouco poderemos almejar um desenvolvimento econômico, social e ambiental sustentável, sem uma política educacional consistente que conheça sua própria realidade, valorize suas próprias iniciativas e que não se iniba em conhecer as boas experiências dos demais países. Precisamos que as receitas funcionem, sejam elas quais forem e venham de onde vier, mas precisamos urgentemente de bons resultados. *Reitor da Universidade Estácio de Sá e diretor de Pesquisa do Grupo Estácio —————————————- Vaticano e vida extraterrestre – Célio Pezza* Falar sobre vida extraterrestre sempre desperta nosso imaginário e vemos reações diversas entre as pessoas. O fato é que as informações na mídia são tão desencontradas que grande parte da população não sabe no que acreditar. Por outro lado, parece que algo está mudando rapidamente nesse cenário e o próprio Vaticano está tomando a frente em revelações significativas. Dá a impressão de que algo muito grande está para acontecer e que o Vaticano participa ativamente desse acontecimento. Francisco é o primeiro jesuíta a ocupar o papado e os jesuítas são famosos por pertencerem a uma elite dentro da Igreja, voltada aos estudos da ciência. São homens que, por norma, não têm apenas a formação teológica, mas também outras. São médicos, físicos, astrofísicos, engenheiros, etc.. O próprio papa é formado em engenharia química.  Desde 2008 a Igreja trabalha a ideia de que os extraterrestres são nossos irmãos e na existência de outros seres inteligentes criados por Deus. Isso não vai contra a fé cristã, pois o próprio Cristo já falava que “na casa de meu Pai existem muitas moradas” e “meu reino não é deste mundo”. Os jesuítas administram dois grandes observatórios estelares; um em Castel Gandolfo, a 30 km do Vaticano, onde os papas se hospedam durante o verão, e outro no Monte Graham, Arizona-EUA. Esse último possui um dos mais poderosos e avançados telescópios do mundo, com câmeras super-resfriadas infravermelhas conhecidas como LTB (Large Binocular Telescope). Para termos uma ideia, esse telescópio tem uma resolução 10 vezes maior que o telescópio espacial Hubble. Outro jesuíta, Guy de Colsomagno, um dos lideres da preparação cientifica para a divulgação de vida extraterrestre, medalha de ciência Carl Sagan da Sociedade Americana de Astronomia, é um dos conselheiros habituais do papa Francisco. Essa abertura do Vaticano para a discussão da vida extraterrestre não é apenas um acidente. É uma estratégia bem definida que começou em 2008 com o padre José Funes, à época, diretor do observatório de Castel Galdolfo, e vem tomando corpo a cada ano. Na verdade, é uma politica de abertura que vem sendo adotada pelas Nações Unidas. O ex-ministro da Defesa do Canadá, Paull Hellyer, declarou durante uma audiência pública em Washington (EUA), que os UFOS são tão reais quanto os aviões que voam sobre nossas cabeças.  Dentro dessa estratégia, o Vaticano tem um papel preponderante na preparação do mundo católico para a divulgação da existência de vida extraterrestre. Não fiquem surpresos se, no futuro, tivermos uma declaração oficial sobre um contato com uma cultura alienígena. Essa posição não é uma exclusividade do Vaticano, mas, através dele, o diálogo global com as massas fica mais fácil. O Vaticano, através dos jesuítas, está desempenhando um papel construtivo na preparação do público para suportar essa revelação. Vamos acompanhar com atenção e seriedade os próximos desdobramentos desse evento. *Colunista, escritor e autor de diversos livros, entre eles: As Sete Portas, Ariane, A Palavra Perdida e o seu mais recente A Tumba do Apóstolo. www.facebook.com/celio.pezza ————————————— Enem x Enade – Adilson Luiz Gonçalves* O Exame Nacional de Cursos, “Provão” foi criado em 1996 para avaliar as Instituições de Ensino Superior. Na época, ele foi criticado não por sua pertinência, mas por ter sido implantado no final do ciclo de formação acadêmica, antes que o Ensino Médio fosse avaliado, o que passou a ocorrer em 1998, com a criação do Enem. O Enade – Exame Nacional de Desempenho de Estudantes substituiu o “Provão”, em 2008, trazendo mudanças como a avaliação discente em duas fases: alunos entrantes e concluintes. Essa avaliação externa é importante para as Instituições de Ensino Superior, pois, somada aos mecanismos de autoavaliação, permite reflexões e ações estratégias. Isso sem falar em aspectos de marketing. No entanto, a aplicação de mantenedores e docentes para prover instalações adequadas e aprimorar processos pedagógicos nem sempre encontra eco nos avaliados, pois, embora prestar o Enade seja obrigatório aos alunos convocados, sua nota será mantida sob sigilo, garantido por lei. Assim, basta o aluno registrar sua presença para ter direito ao diploma. E não falta quem incentive, até de forma organizada, ao boicote do Enade, por múltiplos motivos. Essa falta de compromisso de parte do alunado, e seus reflexos sobre a avaliação das instituições de ensino, fazem com que estas promovam conscientização sobre a importância de um bom desempenho no exame. No entanto, vários alunos, após anos de estudo e trabalho, têm pouco interesse nessa avaliação. No caso do Enem, a situação era idêntica, agravada pela compreensível falta de maturidade da faixa etária. Essa condição só foi alterada em 2009, quando o Ministério da Educação criou o Sisu – Sistema de Seleção Unificada, que guindou o Enem ao status de vestibular de acesso a universidades federais. O sucesso foi imediato! Tanto que outras instituições, públicas e particulares, também o adotaram! A motivação foi criada de forma simples e objetiva, embora não necessariamente inovadora, posto que esse modelo é tradicional em outros países, como é o caso da França, com seu “Baccalauréat”. Mesmo assim, esse expediente não contribuiu necessariamente para a melhoria de qualidade dos Ensinos Médio e Fundamental. Prova disso é o sistema de cotas para universidades, que estipula critérios tão discriminadores quanto as discriminações que tenciona compensar, colocando o mérito em segundo plano ou não dando condições adequadas para o pleno desenvolvimento de potencialidades. Mas essa é outra questão. A pergunta, no caso do Enade, é: Como motivar os convocados a fazerem mais do que registrar presença e entregar a prova em branco, por preguiça, saturação ou protesto? Bem, salvo engano, a maioria dos egressos de cursos superiores quer entrar no mercado de trabalho e/ou prosseguir sua formação profissional ou acadêmica. Já as empresas buscam melhores quadros, e as universidades, pesquisadores. Então, porque não vincular o preenchimento de cargos iniciais de empresas públicas e particulares ao desempenho no Enade? Porque não preencher vagas de pós-graduação de universidades públicas da mesma forma? Um banco de dados de vagas poderia ser criado nos moldes do Sisu, de forma que os melhores classificados em suas especialidades tivessem acesso imediato ao mercado de trabalho, ou, ao menos, acesso mais rápido a processos seletivos. Seria bom para todos os envolvidos! Caso ninguém ainda tenha pensado nisso, fica lançada a ideia. *Escritor, Engenheiro e Professor Universitário (Unisanta), membro da Academia Santista de Letras ———————————- Caia na folia – Afonso Rodrigues de Oliveira* “A vida é uma peça de teatro que não permite ensaio. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos”. (Charles Chaplin) Você sabe qual foi a origem da palavra carnaval? Por que ela surgiu, por quem foi criada, e pra que? Deixa pra lá, e pergunte isso ao seu professor. É importante pacas. Mas, mais importante é que o carnaval existe e está onde estamos. E por que não vivê-lo intensamente? Não importa se você gosta ou não de pular. Eu não gosto, e só pulo quando chove. Saio pulando sobre as poças de água pelas ruas. Mas o carnaval não é uma brincadeira como é encarado. Ele foi criado para tirar o estresse. E nada mais incentivador para o ser humano do que a folia. E nada mais agradável do que viver foliando. Faça isso. Mas muito cuidado, não vá se estressar no carnaval. Viva-o e brinque intensamente. Mas com parcimônia. Cante, dance, chore, ria muito e viva intensamente. Não tenha nem crie restrições ao seu prazer. Não importa o que nos traz e nos dá prazer. O que importa é que sejamos maduros, suficientemente, para viver o prazer com prazer. Deixe as águas rolarem. Que elas rolem, e não você. Brinque para que, já que não há mais cinzas na quarta-feira, você não perca seu tempo curtindo o mal-estar por conta do desmantelo da terça-feira. Divirta-se cortando esse barato, nada barato, de se preocupar com os comportamentos dos outros. Viva sua vida no momento mais intenso da brincadeira brasileira. Naquela de “Com dinheiro ou sem dinheiro, meu amor, eu brinco”. Exatamente hoje se inicia a folia. Pena que não tenhamos, em Boa Vista, o carnaval que deveríamos ter e que merecemos. Mas isso não deve abalar nem abater. O que importa é que cada um de nós tenha o que é suficiente para viver o carnaval. Ria muito, alegre-se, independentemente da sua situação nada carnavalesca. Não procure se isolar, hipocritamente, tentando fugir do que poderia lhe dar muito prazer que é o que todos merecemos. Se você considera o carnaval um vandalismo moral ou coisa assim, cuide-se. Porque se está havendo alguma coisa errada, é com você e não com o carnaval. O carnaval é um divertimento e não uma zorra. Como cada um de nós se diverte, é problema de cada um de nós. Procure saber com seu professor qual a origem das palavras “Carna val”. Aí você vai se divertir para dedéu. Faça isso. Os brasileiros, estamos realmente necessitando de momentos que nos tirem a peia da incompetência. E o carnaval é uma das chaves que abem as algemas. Mas cuidado com as algemas da polícia. Vá com calma. Pense nisso. *Articulista [email protected]     99121-1460 ——————————————- ESPAÇO DO LEITOR ENERGIA 1 Os moradores da vicinal 10 do Município de Caroebe, Sudeste do Estado, ligaram para a Redação relatando a falta de energia há dois dias naquela localidade. “Um absurdo. Todo o alimento que tínhamos armazenado se perdeu e inúmeros outros transtornos, como as crianças e idosos que ficaram o dia inteiro no calor e, à noite, sem energia. Ficamos literalmente à luz de velas, um desrespeito com a comunidade local”, relatou o vereador Claudinei Olimpio (PSDB) RORAINÓPOLIS Os moradores do Município de Rorainópolis, Sul do Estado, relataram que estão há mais de uma semana sem água no bairro Portelinha. “Quando buscamos saber da direção da Caer [Companhia de Águas e Esgotos de Roraima] sobre o que está acontecendo, ninguém fala nada. Já nem sabemos a quem apelar. As crianças são as mais prejudicadas pela inoperância do serviço”, relatou um morador. ALERTA Cleonilce Novaes chamou a atenção para a segurança neste período de Carnaval. “Apesar do anúncio de reforço no policiamento das duas situações, chamaram a atenção as notícias divulgadas na imprensa. A primeira foi o roubo de todo o dinheiro de um caixa eletrônico ao lado do Comando da Polícia Militar. A segunda foi o sequestro de uma adolescente próxima ao quartel do 6º BEC, no Centro”, comentou. MUCAJAÍ Sobre a nota “Mucajaí”, de sexta-feira, a Secretaria de Comunicação do Governo do Estado informou que, assim que a nova direção do Departamento Estadual de Trânsito assumiu, foi constatado que nenhum Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito) possuía internet. “No entanto, o Detran está providenciando a regularização do serviço em todos os municípios. Um procedimento licitatório para contratação do serviço está sendo providenciado. Provisoriamente, estamos trabalhando uma alternativa e em breve teremos restabelecido o sinal de internet. Em algumas cidades já resolvemos e logo solucionaremos esse problema em Mucajaí”, informou o presidente do órgão, Juscelino Pereira.