INCLUSÃO NO PRESENTE MOMENTO – Patrícia Zacarias*Um pouco de Inclusão e as dificuldades que cingem esse processo.
Segundo os estudos investigados, a inclusão é garantida por lei, contudo, muitos professores saem da faculdade apenas com conhecimento en passant sobre a educação Inclusiva. Geralmente a discriminação surge da necessidade que a pessoa tem de qualificar indivíduos e coisas dentro dos padrões socialmente aceitos, os ditos normais.
Desde a organização da sociedade, que o ser humano se organiza socialmente, centrado em si mesmo e é pertinente salientar que não se está aqui fazendo apologia a atitudes preconceituosas, o que se quer, de fato, é enfatizar a importância da formação dos professores que lidam ou que irão lidar com crianças especiais.
Eles deveriam ser preparados e capacitados, inclusive, com cursos teóricos e práticos para desenvolver tal ofício. É absolutamente inconsequente tratar de inclusão no espaço escolar sem trabalhar previamente essa questão, bem como adotar toda uma infraestrutura adequada.
Ressalte-se que o ambiente escolar é um espaço privilegiado de aprendizagem, não é lugar de sofrimentos e preconceitos. Assim, os professores e a comunidade escolar devem estar preparados para receber os alunos especiais com afetividade, respeito e solidariedade.
O tema em questão, do assunto relativo à política de Educação Inclusiva no Brasil é para discutir um tema atual, complexo, em função do contexto brasileiro de exclusão, pois ainda se observa inúmeras crianças fora das escolas e famílias sem informação com respeito ao tema.
O processo de inclusão não pode ser avaliado pelo número de alunos com esse perfil que foram matriculados, mas sim pelo resultado consistente observado no desenvolvimento desses alunos.
Cumpre ressaltar que a inclusão é um direito garantido por Lei, pois mais do que viável, porém, deve ser pensada levando-se em conta as especificidades desse público-alvo.
A Lei nº. 4.024/61 dedicou um capítulo à Educação Inclusiva, em seu Art. 88 estabelece que “a educação inclusiva deverá, no que for possível, enquadrar-se no sistema geral de educação a fim de integrá-los na comunidade”.
O Art. 89 da referida lei prescreveu que “toda iniciativa privada considerada eficiente pelos Conselhos Estaduais de Educação e relativa à educação Inclusiva, receberá dos poderes públicos tratamento especial mediante bolsas de estudos, empréstimos e subvenções”.
A Lei nº. 5.692/71 coloca a questão como um caso de ensino regular, cita alguns pareceres do Conselho Federal de Educação sobre diversos aspectos da Educação Inclusiva e salienta a constituição pelo Sr. Ministro, de um Grupo de Trabalho que deverá reunir esses e outros elementos para delinear a política e as linhas de ação do Governo na área da Educação Inclusiva.
A Lei nº. 5.692/71, em seu Art. 9º, determina que:
Os alunos que apresentam deficiências físicas ou mentais, os que se encontram em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e os superdotados deverão receber tratamento especial de acordo com as normas fixadas pelos Conselhos de Educação.
Destaca-se que os professores e os pais não devem ser responsabilizados pela não-inserção desses alunos no sistema educacional regular. O Estado gestor, sim, é o responsável por políticas públicas que efetivamente promovam a educação inclusiva.
Caso o Estado e a Sociedade civil organizada queiram realmente fazer Inclusão, deverão dar suporte técnico e financeiro a essa empreitada, inclusive capacitando líderes, professores e demais seguimentos e adaptando as estruturas físicas para esse fim. *Profª. MSc. Especialista [email protected]/ [email protected]——————————————Por que as ONGs surgem em momentos de crise e como criá-las com sucesso? – José Alberto Tozzi*Sabemos que a sociedade precisa de muitos cuidados: em saúde, educação, assistência social, moradia, cidadania, meio ambiente, etc. Historicamente, os governos não têm conseguido atender estas demandas de forma integral, surgindo assim diversas organizações do Terceiro Setor, cada vez mais relevantes para os países em desenvolvimento e buscando respostas para os anseios da população. Estas organizações têm cumprido seu papel e apresentado resultados para aquilo que foram fundadas? Quais são seus principais desafios? Antes de criar uma entidade sem fins lucrativos é preciso ter estas perguntas em mente. Dessa forma, menos surpresas aparecem no caminho.
Responder a relação entre o esforço das entidades e o resultado apresentado para seu público é tarefa árdua, mas podemos ter alguns direcionamentos. As primeiras iniciativas quanto às Organizações Não Governamentais na América Latina apareceram entre as décadas 1940 e 1960. Na ocasião, o cenário das diversas formas de exclusão social fez com que a população, de certa maneira revoltada com a política local, se organizasse em grupos para defender seus direitos em busca de justiça e liberdade. A partir daí uma quantidade enorme de organizações foi estabelecida, chegando ao número aproximado de 290 mil organizações em 2010, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na pesquisa FASFIL (As Fundações privadas e associações sem fins lucrativos no Brasil).
Um dos resultados apresentados pela pesquisa é “a dificuldade de manutenção das entidades menores ao longo dos anos”. Ou seja, mais do que responder as demandas da sociedade, a sobrevivência das entidades sem fins lucrativos é fator crucial.
Muitas vezes, com a aspiração de “mudar o mundo” e pensando que cada cidadão precisa colaborar para a mudança no meio em que vive, alguns empreendedores criam projetos e abraçam causas por meio da criação de uma ONG. Porém, aquilo que começa mal, termina mal. Ainda segundo o IBGE, “as pequenas entidades, que não possuem sequer um empregado formalizado, somam 72,2% das Fasfil”. “A forte presença do trabalho voluntário e da prestação de serviços autônomos pode explicar, parcialmente, tal fenômeno”.
Em outras palavras, a falta de planejamento ao iniciar seu trabalho, é realidade entre as organizações. Para criar uma ONG de sucesso, é necessário estabelecer uma linha lógica de ações, inclusive previstas em lei. É válido um conhecimento básico sobre leis, como o novo Marco Regulatório da Sociedade Civil (Lei 13.019/14).
Parte fundamental para a criação de uma ONG é seu “plano de negócio”. Não que a entidade vise lucro, mas seus gestores precisam ter claramente: o que ela fará, como e de onde virá o recurso. Não faz sentido ter uma causa sem saber o quanto ela custa.
Outro ponto fundamental é: com quem a organização irá repartir suas atividades, quem serão os envolvidos? Um dos principais erros de uma organização é achar que contará com centenas de parceiros, pessoas engajadas que, com o passar do tempo, se tornam 50 e, no fim, são apenas cinco atuando na organização. Precisamos ser conscientes que, após o calor inicial, muitos podem desistir. A falta de mão-de-obra especializada é outro desafio também para o Terceiro Setor.
Com este plano em mãos, é hora de criar o estatuto, ele é a carta magna da entidade. Daí em diante uma série de ações burocráticas são feitas, tornando aconselhável a contratação de um contador. Entre estas ações estão a obtenção do CNPJ, o entendimento sobre as obrigações na Receita Federal, o registro fiscal na prefeitura do município, até chegar à criação de uma conta bancária.
Na prática, as coisas acontecem às avessas. Mistura-se a conta bancária da pessoa física com a pessoa jurídica, mas chega uma hora em que isso se confunde e o andamento do projeto corre sério risco. Não se pode pensar apenas em captação de recursos. ONG não é só captação de recursos, mais do que isso, a falta de profissionalização na gestão é o principal inimigo responsável pela falta de sucesso das ações.
Não estou burocratizando algo que deveria ser prazeroso ou tornando deste processo algo caro e moroso. Mas, se queremos uma sociedade civil cada vez mais organizada e com apoio de diversas frentes, precisamos de pessoas e organizações de fato organizadas e planejadas. Não podemos mais trabalhar na base da vontade. Somente com este novo pensamento, conseguiremos caminhar ao desenvolvimento da sociedade com conceitos, modelos e argumentos essenciais para que o projeto concretize a missão destinada.*Consultor, professor, palestrante, pesquisador e articulista de temos voltado ao Terceiro Setor também é autor de vários artigos e do curso à distância – Gestão Profissional no Terceiro Setor——————————————O espelho da alma – Afonso Rodrigues de Oliveira*“A vida é um espelho, quando sorrimos para ela, ela sorri para nós”.
É só uma questão de harmonia. Não podemos ser felizes se não formos capazes de sorrir para nós mesmos. E se não formos capazes de sorrir, não seremos capazes de ser feliz. Quando lhe digo para você se olhar no seu espelho interior, o que quero dizer é que sorria para a vida como se ela fosse seu espelho. Toda a felicidade que você procura está em você mesmo. Não importa qual seja sua idade, você estará vivendo mais uma vida. E é nela que você vai plantar a semente para sua vida futura. Viva, cada momento de sua vida como se ele fosse o último. Mas sem preocupações, porque você ainda viverá infinitas vidas. A vida é o momento. É agora. Cada momento que você desperdiça está jogando fora o que você não sabe se seria bom ou mau. Por que não arriscar e viver cada momento como se fosse o melhor? É na alegria que plantamos a felicidade.
É no espelho da vida que você vai se ver como você realmente é. Se não estiver se agradando com o que vê, sorria e tudo mudará. Não tenha medo de sorrir para não parecer tolo, ou tola. A tolice está em quem não entende o valor do sorriso. Só quando nos amamos somos felizes. Não ignore os aborrecimentos, mas não se deixe levar por eles. Quando o aborrecimento estiver lhe perturbando, o melhor que você deve fazer para se livrar dele é ignorá-lo. E para isso basta você sorrir para o espelho da vida que está sempre no seu interior. Está ficando repetitivo, mas vale a pena: “Ninguém, além de você mesmo, tem o poder de fazer você se sentir feliz ou infeliz, se você não estiver a fim”. A beleza ou a feiura na vida dependem de como você as olha.
Nossa boa memória consiste em nos lembrarmos apenas do que deve ser lembrado. Quando nos lembramos de coisas que deveriam ser esquecidas, temos uma péssima memória. E isso acaba se tornando um mau hábito. Um defeito inerente ao ser humano. Somos mais inclinados a nos lembrarmos mais dos maus momentos do que dos bons. Mas são os maus hábitos que nos tornam pessimistas e incapazes de sermos felizes.
Sorria sempre para sua vida. Você está vivendo um momento de Imunização Racional. E não nos imunizaremos se não soubermos viver a vida. E não a viveremos na euforia da vulgaridade nem da superficialidade.
Somos todos da mesma origem. E é por isso que somos todos iguais nas diferenças. Mas somos todos iguais. E discutir isso é navegar em piroga furada. Se cada um de nós aprender a encarar a vida com otimismo, o pessimismo se autodestruirá. O que ratifica a verdade sobre o poder que temos sobre nós mesmos. Pense nisso.*[email protected]