Pautando a sociedade: A importância do primeiro voto
Evandro Pereira
Em ano eleitoral, é importante que os cidadãos e cidadãs estejam bem informados sobre as realidades do Brasil. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), até março desse ano, mais de 850 mil jovens de 15 a 18 anos haviam emitido o título de leitor para votar pela primeira vez. Sendo assim, lembra dos buracos na sua rua durante o inverno? Da longa espera por ônibus nas paradas nos bairros menos privilegiados da sua cidade? Do preço da botija de gás e da gasolina? Daquela praça sem manutenção do seu bairro? Da situação do hospital que você precisou? Todas essas são questões resolvidas pela política. Por isso, todas e todos precisam participar dessas decisões. O primeiro passo dessa participação é o voto nas urnas.
Outra questão importante em ano eleitoral é conhecer o perfil do candidato, a trajetória e o trabalho dele. Isso é tão importante quanto exercer o direito de votar. Milhares de jovens acima de 16 anos votarão pela primeira vez em 2022 no país. Para isso, é importante estar com o título em mãos e saber que essa ação individual decidirá nossa vida coletiva. Por isso, falar sobre o assunto é fundamental.
O espírito republicano e o fortalecimento da democracia dependem do senso de participação, do debate saudável e respeitoso. Por outro lado, sabemos que, historicamente, a má política, a corrupção, a retórica falsa de candidatos e outras distorções na política desanimam muitas pessoas. Mas é importante que o jovem eleitor de 16 e 17 anos participe da vida política com base em suas pesquisas sobre a cultura política, sobre aquele ou aquela que ele quer que o represente. Esse é um ato que simboliza também o ingresso na vida adulta, exigindo compromisso com a coletividade e com a democracia.
A discussão qualificada e a formação política melhoram a consciência política e, por fim, interferem nas nossas decisões. Os brasileiros irão às urnas em 2022 para escolher presidente da República, governadores dos estados, senadores e deputados federais, estaduais e distrital. O eleitor pode votar com segurança, exercendo seu direito. De acordo com a pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada em abril deste ano, 82% da população brasileira confiam no sistema de votação e nas urnas eletrônicas.
É importante destacar que o voto no Brasil é obrigatório para todo cidadão, nato ou naturalizado, alfabetizado, com idade entre 18 e 70 anos. O voto é facultativo para os jovens com 16 e 17 anos, para as pessoas com mais de 70 anos e para os analfabetos. Então jovem eleitor, sua participação é importante! Aproveite, participe desse “rolê das eleições”. Faça a diferença.
Sociólogo, ex-coordenador da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores indígenas de Roraima e membro do Comitê Pró-cultura de Roraima.
O Batman é um homem muito rico
Era uma vez um rapaz chamado Bruce Wayne. Um dia, ele decidiu livrar sua cidade da criminalidade e por isso criou o Batman, personagem que domina artes marciais, mas tem um único super poder: é herdeiro de uma multinacional.
Pode não ser igual, mas a história é parecida com a de John D. Rockfeller, que fez aniversário de morte na última terça, dia 23. Primeiro bilionário da história, sua fortuna equivalia a 1,8% do Produto interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos. Em valores atuais, seu patrimônio seria de US$ 420 bilhões, conquistados com muito trabalho e também… monopólio do mercado. O magnata do petróleo, por exemplo, comprava concorrentes para queimar bondinhos elétricos e substituí-los por ônibus a diesel.
De qualquer forma, se aposentou aos 57 anos, vivendo mais quatro décadas desfrutando do dinheiro e financiando pesquisas que levaram à descoberta de medicamentos. Talvez tenha feito isso para prolongar sua própria existência, mas os remédios desenvolvidos com suas doações estão nas farmácias e hospitais, salvando vidas diariamente.
A natureza do dinheiro
Os US$ 420 bilhões do Rockfeller são mais que o dobro da fortuna do sul-africano Elon Musk, que esteve no Brasil no último dia 20. Herdeiro de jazidas de esmeraldas, investiu em empresas de tecnologia, como a Space X, que envia suprimentos e turistas para o espaço. Dono da maior fortuna da atualidade, US$ 200 bilhões, talvez Musk aposte em energia limpa por ser uma tendência do mercado: o petróleo acaba após ser extraído, enquanto a eletricidade é renovável. Uma de suas empresas, por exemplo, é a Tesla, montadora de carros elétricos. Aliás, esse nome explica muita coisa: trata-se de uma homenagem a Nikola Tesla, autor de mais de 700 invenções, incluindo a lâmpada fluorescente. Entretanto, é como diz uma música dos Titãs, “riquezas são diferentes”. Enquanto Tesla morreu pobre, Musk entende mesmo é de dinheiro, que não é bom nem mau, depende apenas de como ele é gasto. No caso do Brasil, fica a expectativa de que a parceria do bilionário com o governo renda bons frutos para a população. É esperar para ver.
Sem ela não seríamos
Afonso Rodrigues de Oliveira
“É a mente que faz o bem e o mal, que faz o feliz ou infeliz, o rico ou o pobre”. (Edmund Spenser)
Fica difícil você não se preocupar com esse assunto. Ou você se levanta do sofá e vai dar uma caminhadazinha, ou cai em depressão. Se se prestar bem atenção, é o que está acontecendo com os noticiários a que assistimos todos os dias. É como se a mente humana estivesse à deriva. E como todos nós fazemos parte da raça humana, vamos tomar cuidado com os campos minados que estão pelas veredas da vida.
O ser humano é um animal hediondo. E quem se aborrecer com essa verdade está colaborando com o andar da carruagem. Vamos valorizar mais a nossa mente. Vamos usá-la como o timão do nosso subconsciente. Porque se não prestarmos atenção a isso, continuaremos caminhando como caranguejos. Vamos nos valorizar no que somos. Vamos refletir mais sobre a nossa racionalidade. Vamos caminhar pelas veredas da Imunização Racional. Nós sempre estivemos na caminhada do nosso retorno ao nosso mundo de origem. E ainda há quem cometa o erro de confundir isso com religiosidade. Quando na verdade é o progresso na nossa caminhada, num progresso a regresso.
Ou conhecemo-nos como meros animais racionais, ou não seremos mais do que animais. As barbáries a que temos assistido e vivido em todas as nossas vidas, sempre existirão. Não sabemos, nem tem como saber, quantas eternidades ainda viveremos por aqui, sobre esta Terra. As caminhadas são infinitas. Afinal vivemos um eterno ir e vir. E nem sempre nos preparamos para o próximo retorno. E é aí que a jiripoca pia.
Vamos refletir mais sobre nós mesmos. Vamos nos conhecer para poder sermos o que somos e não sabemos que somos. E só quando nos conhecermos no que somos, seremos de fato. Comecemos por não desperdiçarmos nosso tempo com assuntos e pensamentos negativos. O universo é rico e está à nossa disposição. Todo o poder que podemos usar para sermos racionais está dentro de nós mesmos. No dia em que conhecermos e aprendermos a usar o poder do nosso subconsciente, seremos racionais.
Vamos com calma, sem a tentativa de avançar na caminhada, sem a racionalidade. Para vivermos o amanhã com mais felicidade, é necessário que aprendamos a caminhar orientados pela nossa mente. Ela está à nossa disposição e não a usamos porque não sabemos usar. O que nos mantém encoleirados na irracionalidade. O que faz com que continuemos na marcha sem rumo. Busque dentro de você o que você necessita para ser você mesmo ou mesma. É sua mente que vai fazer de você uma pessoa feliz ou infeliz. Então use-a para poder viver melhor, no próximo retorno. Pense nisso.
99121-1460