Crédito consignado para beneficiários do Auxílio Brasil: pavimentando a trilha para a rampa de ascensão social
Erik Figueiredo
A política de microcrédito vem sendo utilizada como ferramenta para a inclusão produtiva e social por meio dos bancos de desenvolvimento, há quase 25 anos. Motivados por essa postura, o Ministério da Cidadania editou um decreto regulamentando o crédito consignado para beneficiários do Auxílio Brasil. Em sua exposição de motivos, o ministério destaca que a medida “se mostra importante e de extrema relevância tendo em vista a necessidade de continuar a proteger os segmentos mais vulneráveis da população, possibilitando que os beneficiários possam usufruir efetivamente desse direito.”
Para além da democratização de um direito fundamental, a política objetiva fornecer mais um elemento para a chamada “rampa de ascensão social”, somando-se à possibilidade de acúmulo do emprego formal com o Auxílio Brasil, nos dois primeiros anos, ao benefício de inclusão produtiva urbana e rural e à garantia de retorno ao programa social no caso da perda do vínculo formal. Logo, o crédito pode também ser entendido como uma ferramenta para a inclusão produtiva. Diante desse esforço, surge uma pergunta natural: os programas de microcrédito são capazes de atender a seus objetivos, promovendo o fortalecimento e inclusão produtiva dos pequenos empreendedores?
Em um relatório recente, pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) desenvolveram uma avaliação detalhada acerca dos impactos dos programas de microcrédito, como os do Programa Crescer (IPEA, 2020). Essa avaliação ganha relevância por conta do público beneficiado – indivíduos pertencentes ao Cadastro Único (CadÚnico). O objetivo principal do estudo era demonstrar como as iniciativas de microcrédito podem auxiliar na superação da pobreza. O Programa Crescer elevou a renda dos indivíduos em até 10,1%. Dado que a amostra consiste apenas em pessoas que estão no Cadastro Único, percebe-se que esse programa promove um aumento nos ganhos de uma parcela da população em maiores condições de vulnerabilidade socioeconômica.
Contudo, algumas observações devem ser feitas. Muitas delas estão sintetizadas no volume temático do American Economic Journal: Applied Economics, volume 7, número 1, de 2015, onde são tratados os impactos do microcrédito como ferramenta de combate à pobreza. Em resumo, há dois conjuntos de resultados voltados para economias em desenvolvimento. Parte deles aponta dois pontos que podem reduzir o efeito do microcrédito na prosperidade dos pequenos empreendimentos: i) vários beneficiários podem direcionar o recurso para o consumo, em detrimento do investimento em suas atividades; e ii) outros podem utilizar o crédito em seus empreendimentos, mas empregando em “tecnologias” obsoletas e ineficientes.
Em contraponto, estudos estimam que para empreendedores (empreendimentos) já existentes antes da política, os feitos foram expressivos; crescimento de até duas vezes nos lucros mesmo após dois anos da implementação da política. Essa evidência foi reforçada em 2018 por um estudo que contava com a prêmio Nobel de Economia, Esther Duflo, como coautora. Nele demonstra-se que a preexistência da atividade econômica é o fator mais importante para a política, visto que os demais beneficiados são pessoas que direcionam o crédito ao consumo e/ou a negócios “relutantes”.
Esses resultados indicam que o programa de crédito ligado ao programa social pode se configurar como uma política capaz de atender aos seus propósitos, pavimentando o caminho da rampa de ascensão social. Contudo, deve-se reforçar a focalização nos beneficiários com alguma atividade pregressa. Em seguida, recomenda-se, fortemente, o processo de capacitação, e posterior formalização, evitando o investimento em processos obsoletos e ineficientes. Ao atender a esses pontos, o programa de microcrédito superará os principais pontos de crítica elencados pela literatura especializada.
Erik Figueiredo
Presidente do Ipea
A importância da psicologia
*Dra. Marihá Lopes
A psicologia foi reconhecida como profissão no dia 27 de agosto de 1962. Ao longo das últimas seis décadas, tivemos muitos avanços científicos a respeito da atividade, porém ainda há muitas crenças negativas na população sobre a saúde mental. Infelizmente, algumas pessoas ainda possuem o preconceito de que psicólogo é lugar de gente “doida”. Esse pensamento, no entanto, é completamente equivocado. Mais do que nunca, é essencial a consulta com especialistas que possam cooperar no entendimento e no tratamento dos problemas da mente. Esses problemas não são só distúrbios ou transtornos, mas podem ser estresse, traumas e qualquer tipo de situação que nos gera desconfortos psicológicos ou emocionais. O Brasil, por exemplo, é o país mais ansioso do mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
O que um psicólogo faz e como ele pode me ajudar, afinal? Pois bem! Assim como um médico que cuida da saúde do corpo, podemos afirmar que o psicólogo cuida da saúde da mente das pessoas. Ou seja, ele é o profissional responsável por estudar, analisar, identificar e tratar as questões internas de um indivíduo, que refletem em seu comportamento. Sendo assim, o psicólogo, a partir de análises, consegue identificar traumas, medos e receios pessoais que podem estar prejudicando o indivíduo, acarretando uma vida frustrada e sem esperança. Dessa forma, o psicólogo auxilia o paciente a superar situações difíceis ou problemáticas em sua vida através de métodos científicos para a compreensão da psique humana.
O psicólogo é importante no processo para que a pessoa coloque para fora aquilo que não entende. Essas conversas podem agregar em autoconhecimento, superação, autoconfiança e em várias outras questões que nossa mente nos impõe todos os dias. Portanto, supere esse tabu e converse com um p
rofissional de psicologia caso ache necessário.
*Marihá Lopes é psicóloga clínica, especialista em terapia cognitiva comportamental e Doutora em Psicologia Social
O importante é mudar sempre
Afonso Rodrigues de Oliveira
“Bendita crise que vai me ensinar o que é verdadeiramente importante”. (Mirna Grzich)
Nada mais valioso, hoje, do que um “Bom-dia” carinhoso. Que é o que estou enviando para você, inspirado na beleza da manhã deste dia maravilhoso. Vamos procurar viver a vida como um presente divino. Não desperdice seu tempo se martirizando com os maus acontecimentos causados pela crise que está saindo de mansinho. Vamos esquecê-la. São coisas que acontecem para nos mostrar o caminho que devemos tornar simples veredas. É isso aí, e fim de papo. Vamos viver o dia, hoje, como preparativo para o amanhã.
Cada um de nós tem o poder de fazer sempre o melhor para melhorar o que já é bom. Porque nada é perfeito neste mundo em transformação. E como fazemos parte deste mundo, ainda em constante transformação, devemos nos reconhecer como elementos em constante transformação. Ainda somos seres humanos. O que nos dá a responsabilidade de mudar a cada instante. Sabemos que nunca alcançaremos a perfeição enquanto estiver sobre esta Terra em mudanças.
Vamos viver o dia, hoje, fazendo o melhor para um dia melhor amanhã. E cada um de nós tem o poder de fazer isso. Como você está se preparando para a eleição que se aproxima? E nada de briguinhas comadrescas. Chega de vulgaridade. Vamos nos preparar em nós mesmos. E só conseguiremos isso nos respeitando como merecedores do que somos. O que estamos ouvindo de mediocridades nas primeiras entrevistas com candidatos à Presidência, é estarrecedor. Vamos abrir nossos olhos o suficiente para enxergarmos o caminho que precisamos para chegar onde merecemos chegar.
Cuidado com a educação que você está dando a seus filhos. E nada de querer guiá-los, de acordo com os seus pensamentos. O importante é que você esteja mirando no horizonte do futuro. Que mundo queremos para nossos filhos e que mundo podemos e devemos lhes dar. Nada de influenciar, apenas orientar. Cada um de nós já nasce no seu nível de crescimento racional. O que necessitamos é de orientação para o mundo em que iremos crescer humana e racionalmente. E só conseguiremos isso com amor, respeito e sinceridade.
Vamos viver nosso dia com atenção a nós mesmo, na responsabilidade que temos para construir o mundo em que vivemos. Nada de arrufos. No amor não há exageros. Quando amamos sabemos o que queremos. E quando sabemos buscamos. E como os caminhos estão sempre abertos, escolhamos o nosso e vamos em frente. E o importante é que saibamos o que queremos de melhor para a humanidade. E você pode, mas só se achar que pode. Não podemos construir com os tijolos das dúvidas. Pense nisso.
99121-1460