Migração moderna no Brasil

Daniel Pedrosa*

Durante um período de nossa história, muitos artistas brasileiros retrataram a dor do migrante em obras primas das mais diversas. O famoso quadro “Retirantes”, do renomado pintor paulista Candido Portinari, e a obra literária “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos, eternizaram a realidade de muitos que enfrentaram a fome e a violência.  

Mas, quase um século depois, poderíamos dizer que esta realidade é apenas um recorte específico de nosso passado e deve ser lembrada de forma nostálgica como um período superado? O mundo moderno nos trouxe novas tecnologias e com elas a possibilidade de evitar que a fome e o sofrimento façam parte da vida. Porém, em um país onde praticamente 10% da população vive a margem da pobreza extrema, não seria correto acreditar que eliminamos definitivamente esta realidade.  

Então, por que não vemos mais notícias que relatam migrações em massa e pessoas carregando seus filhos em estradas, morrendo de fome ou sede pelos caminhos? Uma das hipóteses que podemos explorar é que a migração se tornou um negócio na nova sociedade e que acontece de maneira mais organizada, sem que seja percebida, mas enfrentando muitos dos problemas vividos em meados do século passado.  

Os migrantes, e até mesmo imigrantes internacionais, muitas vezes refugiados, não caminham mais em estradas sob o sol escaldante, mas ainda chegam às grandes cidades e acabam explorados, quando não viram moradores de rua ou se envolvem na criminalidade para poder conseguir o que comer. É como se existisse um muro que separasse a realidade de uma parcela da sociedade que decide se aceita ou não a inclusão de novos membros. 

Observados o passado e o presente, fica o questionamento sobre o futuro. No meu novo livro “Retirantes: O Legado das Sombras”, crio uma história distópica e apresento uma família que enfrenta a fome, o medo e a violência para vencer as barreiras que os impedem de fazer parte da sonhada sociedade em que a vida é digna e abundante.  

Ao colocar em palavras o individualismo e o preconceito inserido no subconsciente de cada um, torço para estar enganado: que o futuro nos surpreenda com uma realidade diferente da que prevejo na obra e que sejamos capazes de ver para além dos espelhos.  

* Daniel Pedrosa é escritor e autor do livro Retirantes: O Legado das Sombras 

Faça sempre o melhor

Afonso Rodrigues de Oliveira

“É fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer”. (Aristóteles)

Todos nós vivemos o aprendizado da vida. E é por isso que sabemos, ou devemos saber, que enquanto seres em desenvolvimento nunca alcançaremos a perfeição. Sempre há o melhor a fazer, depois do melhor que já fizemos. E isso nos tira da arrogância. Os que vivem na moda no vestir, por exemplo, descobrirão depois, que mais cedo ou mais tarde terão que doar o modelo, porque eles já estão fora de moda.

O mundo evolui, independentemente da nossa evolução pessoal. Mas não nos esqueçamos de que somos responsáveis pela evolução. Ou evoluímos ou ficamos parados, atracados no cais do ostracismo. E, com certeza, nenhum de nós quer ficar no cais da indolência. O que quer que você faça neste fim de semana, faça melhor do que você fez no fim de semana da semana passada. Divirta-se e faça com que os outros se divirtam no que há de melhor para a felicidade.

Confúcio também tocou bem no assunto, quando disse: “Só os extremamente sábios e os extremamente estúpidos é que não mudam”. O que indica que no nosso mundo em evolução não há sábios. Estúpidos, sabemos que há, e em quantidade extrema. São os que ficam parados esperando que as coisas mudem, quando eles é que deveriam mudar. O extremamente sábios, não sei. Não sou nem tão inteligente nem sábio para saber o que dizer sem errar. Mas se você se considera o dono da “cocada-preta”, no que faz, cuidado.

Por mais que você já tenha vivi, fazendo sempre o melhor, mantenha sua experiência como uma medalha incentivadora para você ganhar muitas outras, fazendo sempre o melhor. Outro alerta do Confúcio é: “A experiência é uma lanterna dependurada nas costas, que apenas ilumina o caminho já percorrido”. É com as experiências que trazemos do passado, que melhoramos o que fazemos no presente. O que indica que devemos ser sempre o melhor, mas sem arrogância.

As coisas só continuarão difíceis até que as tornemos fáceis. E todos nós temos esse poder, é só acreditar nisso. Mas vamos nos acalmar e procurar viver este fim de semana como ele deve ser vivido. Nada de pensamentos negativos nem preocupações, que na verdade fazem parte do negativo. As coisas sempre melhoram quando as melhoramos. Então vamos melhorar o mundo fazendo, no nosso dia a dia, o melhor que podemos e devemos fazer. Sorria de você mesmo, ou mesma. Olhe-se sempre no seu espelho interior. Quando sabemos quem e o que somos vivemos com felicidade. Tenha um bom fim de semana, viva com alegria e não permita que os maus momentos joguem você no abismo do pessimismo. Pense nisso.

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