Opinião

Opiniao 14671

Reflexões pós-eleições

Vanete Maria Aguiar Ventura*

Você cidadão, cidadã acredita que o seu compromisso termina com o ato de votar? Acredita que ao escolher bem os seus representantes já cumpriu com as suas obrigações políticas? Acha que os eleitos poderão cumprir ou não com as promessas de campanha, mas você, como eleitor, depois das eleições nada mais pode fazer?

Se sim, ledo engano, pois não é bem assim que as coisas funcionam em nosso país e, talvez, em nenhum lugar do mundo. De fato deveriam cumprir com todas as obrigações inerentes aos cargos que desejaram ocupar. Deveriam nos representar muitíssimo bem, afinal foi para isso que foram eleitos, todavia não é o que ,comumente, vemos na prática.

Vamos aos fatos, o ato de votar, refiro-me ao voto consciente, impôs-nos uma série de questões relacionadas à consciência política, pois tivemos que buscar saber quem eram os candidatos, saber sobre seus valores, causas que defendem propostas, dentre outros aspectos que nos ajudaram a ter ideia se serão bons representantes.

Entretanto o nosso compromisso não terminou aí, visto que esses pré-requisitos não são garantias de que farão bons mandatos. Nesse sentido, faz-se necessário entrar em cena uma ferramenta chamada controle social, que na prática nada mais é que acompanhar, fiscalizar e cobrar, pelos canais corretos, resultados positivos dos nossos governantes, ou seja, buscar garantir o bom uso dos recursos públicos.

Mas será, que nós, eleitores, temos essa cultura, sabemos e estamos dispostos a fazer controle social? Pelo que observo da realidade, acredito que ainda não, apesar de termos boas iniciativas Brasil a fora, como os Observatórios Sociais, inclusive já participei de inúmeras tentativas de implantação de um aqui em Boa Vista, infelizmente a ideia ainda não se materializou, porém não desisti.

Temos muitos dispositivos legais que favorecem o controle social e a transparência, como as leis de acesso a informação, os conselhos de políticas públicas, audiências públicas, orçamento participativo, ouvidorias, portais da transparência, dentre outros. Entretanto, creio que falta-nos um pouco mais dessa cultura de engajamento político e o conhecimento necessário para a correta utilização dessas ferramentas. Resende (2022) na obra Transparência Pública na Gestão Municipal, numa linguagem clara e objetiva expõe, dentre outras questões importantes, os alcances e limitações desses instrumentos de participação social.  Recomendo.

Precisamos avançar buscar aprender, criar estratégias e efetivamente participar. Vamos fazer nossa parte no que diz respeito a acompanhar o trabalho dos eleitos, pois serão nossos representantes. Devemos ficar de olho no que irão fazer com o dinheiro público, caso contrário não terá retorno em forma de boas políticas públicas, não teremos nossas necessidades atendidas. Sem acompanhamento por parte da população esses políticos poderão utilizar a estrutura do Estado em causas próprias, deixando a sociedade desassistida. O ato de votar é tão somente uma das nossas obrigações. Acompanhar, fiscalizar, cobrar também faz parte do exercício da cidadania.

Procure-a em você mesmo

Afonso Rodrigues de Oliveira

“A alegria não está nas coisas: está e, nós”. (Goethe)

Os aborrecimentos nos adoecem. E se é assim, por que se aborrecer quando podemos deixar o aborrecimento na dele? Não há como evitar os aborrecimentos, mas não devemos nos entregarmos a eles. Não devemos permitir que os trancos nos tornem meras vítimas. Corta essa. O mundo seria outro se nós fossemos outros. Então vamos ver o que nos interessa para mudar o mundo, e vamos em frente. Claro que temos o poder de mudar o mundo. Mas não o conseguiremos enquanto não mudarmos a nós mesmos. Então vamos mudar nossa maneira mesquinha de pensar.

Não podemos ir além, enquanto ficarmos olhando para os bicos dos sapatos. Temos que olhar para frente, e seguir em frente. Não nos esqueçamos de que quando sabemos pensar, aprendemos com os erros. E se eles nos ensinam não temos por que nos aborrecermos com eles. Simples pra dedéu. Sei que é difícil entender, mas não é a facilidade que nos ensina, mas as dificuldades. Não fosse assim, não necessitaríamos de ir para a escola, quando crianças.

Dê um tempinho pra você, sempre que estiver sentindo necessidade de assistir a certos programas que só alimentam assuntos negativos. Você se sentirá bem melhor, depois de assistir a um programa de humor sadio. Porque a futilidade sempre nos prejudica, mantendo-nos fúteis. E não há como atingir a racionalidade com futilidades. Mas não confunda simplicidade com futilidade. São as coisas mais simples que abem caminho para a felicidade. Desde que saibamos separar o fútil do simples.

Ontem, casualmente, assisti a um especialista no assunto, falando sobre o ciúme. Decepcionei-me, porque o ciúme não tem o que discutir. Ele não é mais do que descontrole mental. E não deve ser confundido com descontrole emocional. Porque o descontrole emocional está na paixão. Esta sim, é puro descontrole emocional. E ainda a confundimos com amor, levando-nos ao desequilíbrio mental. Passagem que pode ser evitada com a evolução racional. Uma pessoa racionalmente preparada não se deixa levar pela onda da emoção. E a paixão não é mais do que uma emoção desequilibrada.

A alegria não deve ser confundida com euforia. A alegria é felicidade, e a felicidade está dentro de cada um de nós, nas nossas mentes. Porque é nas nossas mentes que está a força maior de que necessitamos para dirigir as nossas vidas. Mantenha-se no círculo da felicidade, mantendo-a dentro de você mesmo, ou mesma. Valorize-se no que você é para poder ser feliz. Lembre-se de que: “Nada nem ninguém tem o poder de fazer você se sentir feliz ou infeliz, se você não estive a fim”. Pense nisso.

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