Opinião

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Cachorro não é presente: porque devemos acabar com essa cultura

*Por Thiago Calixto

Existe uma cultura em datas especiais, como o Dia das Crianças, celebrado em 12 de outubro, de presentear os pequenos com animais de estimação. Mesmo com a forte conscientização em relação aos direitos deles, isso ainda acontece. É preciso fortalecer a ideia que cachorro não é presente, pois é um ser vivo que precisa de um lar responsável e tutores que realmente o desejam, no mínimo. Hábitos culturais são mudados com muito esforço e aos poucos. Por isso, temos que falar sobre essas mudanças e fazer diferente a partir desta data.

No Brasil, foi aprovado em 7 de agosto de 2019 um Projeto de Lei da Câmara que afirma que animal não deve ser considerado como uma coisa. Isso significa que aqueles que são de estimação não são posse, mas sim seres vivos que precisam de cuidado e proteção. Iniciativa como esta já vem sendo construída também em outros países, por isso os pets não podem ser associados a  presentes, muito diferente de uma boneca ou um carrinho, por exemplo. 

Mesmo quando uma criança quer um animal de estimação, é necessário explicar que ele é um ser vivo e que demanda atenção e cuidados especiais diariamente. Inclusive, este é um bom exercício para o pequeno, que desde novo aprende sobre  escolhas e consequências.

Cuidar de um ser vivo requer  responsabilidade diária, com atenção, custos com alimentação, banho e tosa e cuidados veterinários, além do laço afetivo que é criado com o animal. Eles merecem um lar e tutores que realmente os queiram. Por isso, se você pensou em presentear alguém, converse com essa pessoa antes, fale sobre o compromisso e, caso ela insista, convide-a para acompanhar uma feira de adoção. Com certeza este ato será lembrado com mais carinho e cumplicidade no futuro. 

Veja o lado bom

Afonso Rodrigues de Oliveira

“Bendita crise que me traz de volta a aventura de viver” (Mirna Grzich)

No bailado da política esquecemos a covid-19. Ainda bem, porque mesmo que não prestemos atenção, a volta à aventura de viver prevaleceu. E se é assim, por que ficar se preocupando com crises? Mas toda moeda tem duas faces. Esquecemos a crise da covid-19 e naufragamos na crise política. O que nos indica que devemos ser espertos e não encarar a crise como uma crise. Vamos nos acalmar e fazer nossa parte. E comecemos por cuidar de nós mesmos, aprendendo que as crises sempre existiram e sempre existirão. Ela faz parte da caminhada para a imunização racional. E quando, e como, seremos racionais enquanto ficarmos presos aos limites mentais?

No domingo, pela manhã, eu estava na fila do caixa, no supermercado. Na minha frente estava já sendo atendida, uma senhora. Seu carrinho estava superlotado. Ela começou a colocar as mercadorias no balcão do caixa e foi aí que ela me chamou atenção. Ela começou a fazer caretas, a fazer como se quisesse cuspir. Passava a mão na boca, fazia careta e reclamava: imundície, nojenta, tudo empoeirado.

Segurei o riso, mesmo porque a cena era mais ridícula do que cômica. Ela saiu do caixa ainda fazendo careta e quase correndo.

Faça você mesmo uma análise do comportamento daquela senhora. A meu ver, é o tipo de pessoas que ficam o tempo todo procurando doenças. São as que passam pela vida pensando que estão vivendo. São pessoas que não cumprimentam as outras por considerá-las inferiores. Quando na verdade, a inferioridade está com ela mesma contra ela. São pessoas que não sabem buscar a felicidade onde, estão. E a felicidade está sempre onde estamos. O Emerson já nos disse: “Você é tão pobre ou tão rico quanto o seu vizinho, senão não seria vizinho dele”.

Os cientistas afirmam que o dia, hoje, não tem mais vinte e quatro horas. Que é por isso que os dias passam tão depressa. Enquanto isso ficamos botando a culpa pela pressa, na azáfama do dia a dia. Quando na verdade a aceleração é causada pela inclinação do eixo da Terra. O que provavelmente nos levará a um novo dilúvio. E como será que iremos voltar como uma nova humanidade, depois de sermos jogados no espaço? Com certeza voltaremos exatamente como somos hoje. Então vamos nos prepararmos para que possamos voltar um pouco mais competentes, para o nosso retorno ao nosso Mundo Racional. Vamos viver a vida num processo de evolução. E cada um de nós é responsável pelo seu desenvolvimento. Use com responsabilidade, o poder que você tem em você mesmo, ou mesma, para ser feliz doando felicidade ao próximo. Pense nisso.

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