Opinião

Opiniao 14836

Paciência

Por meio dos pensamentos e das comunicações, verbais e não verbais, moldamos as nossas ações e influenciamos o nosso destino. Do abstrato para o concreto, do interior para o exterior. Todavia, somos muitas vezes incompreendidos não por aquilo que fazemos, mas por aquilo que os outros querem entender. A escuta e o olhar seletivo, as vistas parciais, as provocações gratuitas e fundamentadas em birras e manhas, tal como o ser vivesse em uma contínua etapa de infância do espírito. Agora, mais do que a explosão da raiva ou o descontrole, a paciência e a tranquilidade para não agravar o problema.

Tolerância, paciência, equilíbrio emocional são condições vitais, como capacete e escudo, para se proteger das intempéries que todos estão aptos a sofrer. De agir não com o clamor do momento, mas a tranquilidade de que o tempo é o grande mestre que tudo ensina e transforma. Por meio do tempo vem as lições da vida, a experiência, o conhecimento que apenas podem ser moldadas em situações específicas de colheita. Como nos adverte o apóstolo dos Gentios, Paulo de Tarso: “Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém” (1 Cor 6:12).

Saber o momento da paciência e do resguardo representa maturidade e ser parceiro e amigo do tempo. De jogar com as horas a seu favor e de se responsabilizar pelos seus atos e atitudes. Segundo dito popular, cada um dá o melhor que tem dentro de si. Sejamos como os faróis firmes e fortes que iluminam sem medo das ondas da vida. A tempestade vem, mas o sol sempre aparece depois.

Paulo Hayashi Jr. – Doutor em Administração pela UFRGS. Professor e pesquisador da Unicamp. 

Alerta da ONU pede urgência nas decisões

Marcellus Campêlo

A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou novo relatório, que deve servir de alerta para o mundo e pautar as discussões a serem tratadas na Conferência do Clima, que será realizada este mês, no Egito.

De acordo com o relatório da ONU, a maioria dos países signatários do Acordo de Paris, assinado em 2015, não cumpriu as metas dos acordos climáticos que foram firmados. As medidas tomadas ainda são insuficientes para limitar o aquecimento global a 1,5ºC, como é recomendado.

Para cumprir o Acordo de Paris, os países devem reduzir em 43% as emissões de gases de efeito estufa, até 2030. Hoje, conforme alerta a ONU, ainda não estão nem perto desse patamar e, mais, caminham no sentido contrário e preocupante. Segundo o relatório, do jeito que está, o aquecimento do planeta atingirá 2,5ºC até 2100, o que poderá causar períodos de secas e de queimadas jamais vistos na história.

Todos sofrerão as consequências, mas os efeitos maiores, com certeza, serão sobre os países mais pobres, aprofundando, assim, as desigualdades no planeta.

E não será preciso esperar até 2100. As respostas a esse descaso já estão ocorrendo hoje, com o aumento acima do normal das tempestades, inundações, enchentes e ondas de calor, em especial em países tropicais. A tendência é que esses problemas cresçam ainda mais e a grande preocupação é o impacto que terão sobre a produção de alimentos no mundo.

O alerta na Conferência do Clima, no Egito, deverá ser para que os governos estabeleçam planos efetivos, que possam resultar na contenção dos problemas ambientais e climáticos. E que essas ações sejam implementadas com a máxima urgência.

No Amazonas, nesse contexto, há uma grande preocupação em torno dos fenômenos das enchentes e estiagens, levando-se em conta essa perspectiva das dificuldades para conter o aquecimento global no planeta. Enfrentamos uma cheia severa e, agora, os indícios são de uma seca igualmente preocupante.

Oito municípios amazonenses já decretaram situação de emergência em decorrência da vazante dos rios, fenômeno que tem provocado o isolamento de algumas comunidades e que já atinge quase 112 mil pessoas. Os municípios em emergência são Tefé, Benjamin Constant, Uarini, Japurá, Alvarães, Maraã, Coari e Amaturá, localizados nas calhas do Solimões e Médio Solimões. Com os decretos homologados pela Defesa Civil do Estado passam a ter acesso aos recursos públicos para enfrentamento da crise e receber a ajuda necessária. Mais 26 municípios encontram-se em situação de atenção e 25 em alerta, conforme levantamento da Defesa Civil do Amazonas (dados do dia 31 de outubro).

A estiagem e as enchentes não são fenômeno novos na região. Ocorrem sazonalmente. Mas, não resta dúvida que poderão ter seus efeitos agravados, com o persistente aumento das emissões de gases de efeito estufa e do aquecimento global.

As ações precisam vir de todos os lados e em especial dos países mais ricos. O futuro já se desenha aqui e agora!

Marcellus Campêlo é engenheiro civil, especialista em saneamento básico.

Só vence quem luta

Afonso Rodrigues de Oliveira

“Nossa maior glória não reside na ausência de fracasso, mas no fato de nos erguermos sempre que fracassamos. (Confúcio)

Já batemos muito forte nessa tecla. Mas não podemos deixar de lado aquilo que podemos usar para o nosso desenvolvimento racional. Porque somos todos de origem racional, e estamos todos na caminhada a retorno. E nunca caminharíamos com tanta força, se não houvesse os trancos. Não há como valorizar uma vitória numa lutazinha tonta, no balcão do bar. Estamos caminhando para mais um final de um ano turbulento. Mas as vitórias só vêm depois das lutas. Então vamos continuar lutando, mas com o aprendizado nos desacertos.

Estamos hoje numa sexta-feira lindinha. O Pedrão, lá encima, está brincando conosco. E nada mais agradável do que a atenção do poderoso dono das chuvas. Ele está nos ameaçando a todo instante, mas não manda a chuva. É como se estivesse nos preparando para um sábado gostoso. E ele sabe que tudo depende de cada um de nós. Tenho certeza de que tem muita gente, por aí, reclamando porque não pode sair, porque não está confiando no tempo. Tomara que você não seja um desses pessimistas.

Tenha um bom fim de semana para que sua nova semana lhe seja um presente do Pedrão. O cara é legal. Até mesmo quando ele manda a chuva quando você está no meio da rua, não se apoquente. Ele está só brincando com você. Então vamos encarar o dia, hoje, como um dos momentos mais agradáveis de nossas vidas. Procure a felicidade em você mesmo, ou mesma. Lembre-se do velho e saudoso Chaplin: “A vida é uma peça de teatro que não permite ensaio. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva a vida intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos”.

Todos nós somos atores na ribalta. O importante é que desempenhemos nosso papel dentro dos padrões racionais. E você tem tudo de que necessita para ser um ator na classe superior. Só que não deve se prender ao fato de se sentir superior. O importante não é só se sentir, mas ser. E quando somos superiores respeitamos os que poderiam ser superiores como nós somos. O importante é transferir-lhes o respeito que temos por eles, para que eles se sintam no nível de igualdade. O respeito eleva a estima, e é sempre um objeto de troca. Porque só os superiores respeitam. E só os que respeitam são respeitados.

Viva cada momento do seu fim de semana na caminhada para chegar a ser o que você realmente quer ser. E não se esqueça de que estamos todos a caminho do horizonte que é inatingível. Mas isso só enquanto estivermos neste planeta Terra em desenvolvimento e em evolução racional. Pense nisso.

[email protected]

99121-1460