Opinião

Opiniao 14976

A (IN)DEPENDENCIA DO GÁS RUSSO PELOS PAÍSES EUROPEUS

Priscila Elise Alves Vasconcelos*

Paulo Sérgio Vasconcelos*

Desde 2020 o mundo vem enfrentando desafios diários em decorrência da pandemia do COVID-19. Iniciaram as campanhas de vacinação em 2021 e quando todos acreditavam que o “mal do século” estaria sob controle, um novo problema surge: bombardeio à Ucrânia pela Rússia.

Desde o dia 24 de fevereiro de 2022, a Ucrânia vem sofrendo constantes ataques russos, na tentativa de rever o território da antiga URSS.

Ocorre que as questões geopolíticas do leste europeu passaram a ter destaque em todo mundo. Isso pelo simples fato da Rússia ser o maior fornecedor de gás para a Europa e o gasoduto por onde é distribuído se encontra em território ucraniano (a maior fornecedora de gás russo, a Gazprom, usa gasodutos pela Ucrânia e Belrus para fornecimento e distribuição).

Esses fatos ocorrem no instante em que as discussões ambientais para neutralização nas emissões de gases de efeito estufa e a descarbonização como forma de minimizar os impactos do aquecimento global estão em voga (Plano Clima Energia Europeu por exemplo).

A União Europeia apresentando políticas de carbono zero, a fim de efetivar acordos internacionais e trazer resultados para a COP 27, passa a buscar alternativas viáveis a ausência da fonte de energia russa.

Em meio a várias discussões, países como Alemanha e França iniciam os procedimentos de ativar as usinas nucleares. Afinal, o inverno europeu está por vir e é preciso de energia para evitar uma catástrofe com mortes por hipotermia, além de manter as indústrias funcionando (questões econômicas também estão em jogo). Os países escandinavos passam a derrubar parte de suas florestas para obtenção de carvão vegetal, além do uso de carvão mineral. Um verdadeiro desastre ambiental.

O desespero passa a viger no continente europeu no momento em que se preparavam para a transição energética e que havia um aumento gradual nas fontes renováveis.

Há cerca de dez dias, a COP 27 findou com a elaboração de um acordo onde os países integrantes deverão assumir o compromisso de anualmente informar o quanto conseguiram reduzir de emissão de gases de efeito estufa – GEE. Mais um desafio árduo tendo em vista a realidade geopolítica atual.

Soluções começam a ser buscadas a fim de minimizar ou até mesmo encerrar a dependência ao gás russo. No dia 29 de novembro, a Alemanha fechou um acordo de fornecimento de gás pelo Catar – esse mesmo, o país da Copa de 2022 e exportador de petróleo – a se iniciar em 2026. Tal medida vem como alternativa à dependência ao gás russo e como forma de estimular que outros países façam o mesmo.

 Há uma esperança não apenas da guerra contra a Ucrânia encerrar o mais breve possível, mas que a normalidade volte a reinar no mundo.

*Priscila Elise Alves Vasconcelos é Pós-doutora em Direito das Cidades e Doutora em Direito. Professora do ICJ UFRR.

*Paulo Sérgio Vasconcelos é Doutor em Planejamento Energético. Professor da FACE UFGD.

É simples educar

Afonso Rodrigues de Oliveira

“Vamos investir primeiro em educação, segundo em educação, terceiro em educação. Um povo educado tem as melhores opções na vida, e é muito difícil que os corruptos mentirosos os enganem”. (José Mojica)

Já ouvimos inúmeros vezes, que “O bom exemplo é e sempre será a melhor didática”. O que não deve faltar na educação. O que ratifica a verdade, que a educação se inicia no lar. E não conseguiremos isso sem educação. Então vamos cuidar de nós mesmos para construir uma nação exemplar para o mundo. Sabemos que é difícil pra dedéu, mas é possível. Se não fosse as dificuldades não teríamos por que aprender. E comecemos aprendendo com os erros. Eles causam dificuldades. E é aí que devemos estar preparados para o enfrentamento. E o melhor escudo é a educação.

Ali, no início da Rua Gaúcho Dias, há um grupo de perturbadores. Eles atemorizam os transeuntes todos os dias. Já é uma espécie de costume. Eles ficam exatamente na esquina da rua. São quatro cachorros feios e maltratados. Mas não são moradores de rua. Têm donos. Só que estes não estão nem aí para a bagunça que os caras fazem. E não sei como explicar, mas eles não estão nem aí para minha presença. Eu passo e eles ficam quietinhos. E, não sei se você vai creditar, mas nunca deixo de os cumprimentar. Só que nem olho pra eles, apenas dou um leve sorriso e levanto, tranquilamente, o polegar, mas com muita calma. Funciona pra dedéu.

Mas se estiver pretendendo fazer isso com os barulhentos das ruas, cuidado. Tem que ser com muita personalidade. Certa vez li, em um dos livros sobre relações humanas, que os cachorros e os covardes sabem quando você está com medo deles. Se eles perceberem que você está com medo, eles montam no seu pescoço. Se perceberem que você não está nem aí, eles ficam na deles. E acredite, isso é verdade. Mas requer treinamento. E não são só cães e covardes. Já tive experiências com outros animais.

Já lhe falei de duas experiências que tive com um cachorro, e com uma ave, cu
ja raça desconheço. O cachorro foi pertinho do supermercado, aqui no São Francisco. A ave foi recentemente, na Ilha Comprida, no litoral Sul de São Paulo. Mas não tenho mais espaço para repetir os casos que são exemplares. Fica para depois. Mas, vou te dar uma dica: não menospreze as dicas que recebemos nos ensinamentos sobre Relações Humanas. Elas nos tornam verdadeiramente capazes de lidar com os outros, independentemente da classe. Tanto devemos respeitar os humanos quanto os considerados irracionais. Porque o que me parece é que a irracionalidade está na falta de educação. Estamos vivendo em um mundo irracional. Pense nisso.

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