Final de mais uma análise de Juliet: Como amar? – Roberta de Souza Cruz*
Mais uma vez, a analista deixa claro a Juliet que o amor tem várias formas de ser entendido. Para Juliet, durante muito tempo este sentimento foi perdido e ela não sabia doar ou receber, sentir não era com ela. Mas, ela falou e se ouviu e, ao terminar a análise, parou para refletir no seu dia a dia. Como num espelho, buscou avaliar o que significava hoje esse sentimento para ela, pois tanto tempo perdida no escuro ficou o amor em sua plenitude.
Nada fácil, mas, para um início, seu pensamento foi mais ou menos assim: receita simples, mas que ela simplesmente não se percebia. “Só assim o amor está contido, quando se aprende a respeitar a liberdade de cada um e saber somar com o outro e não ser uma dependência sua ou dele. Não há o que procurar externamente e sim deixar a vida prosseguir e ser. Ser apenas, nada mais. Como aprender isso?
Primeiramente, é necessária uma reflexão interior muito grande, descobrir de você e, quando se entende a si mesmo, mais se pode ofertar. Seria bom poder ser completude e só trazer a festa da união quando em grupo. Sim, viver é um aprendizado e deve-se dar um primeiro passo, nem que seja o mínimo de sua possibilidade atual.
Como saber quando ou os porquês? Quando, enfim, aceitamos a imperfeição, ou, como aprendemos na psicanálise lacaniana, fazer sua autoanálise. Assim, devemos nos dar as mãos, mas não sufocar, reprimir ou ignorar. Precisamos uns dos outros, como eu, um dia, precisei de uma mão acolhedora nas horas de desespero ao iniciar meu tratamento de psicanálise.
Porém, só se ajuda alguém quando podemos estar bem com nós mesmo, afinal, poucos conseguem ouvir a si mesmo ou ouvir o que fala para o outro. Isso depende de respiração e autoconhecimento, não de culturas ou modas, mas de si próprio e da realidade de si mesmo. Só assim o amor existe, sendo ele você e não a busca por alguém. Alguém, simplesmente acontece, não é você que vai determinar o universo. Pense no seu mundo, já é muita coisa, não?”
Juliet relaxou ao final de seus pensamentos e agradeceu às oportunidades que teve na vida, as suas novas chances e a cada dia em que o broto do amor amadurece no seu coração. Juliet saiu corajosamente de encontro ao sol e ao olhar o céu sorriu com leveza ao léu. Está feliz!
*Jornalista
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Perdão – Vera Sábio*
É complexo escrever sobre uma pequena palavra, porém de significados indescritíveis. E mais ainda difícil pedir sua utilização quando se relatam argumentos dolorosos, injustos e muito sérios por aqueles que afirmam não conseguir perdoar. O perdão, tal como o oxigênio, é indispensável para permanecermos vivos, por isto brincarei com as letras da composição desta palavra: “perdão”.
“P” de persistência: é preciso persistir se quiseres continuar saudável. Por vezes, inspiramos muita fumaça, toxinas, mau odores e pouco é o oxigênio puro que nos mantém. Todavia, queremos sobreviver e buscamos eliminar o que não presta; sejamos puros de coração para que mereçamos o reino dos céus.
Respiremos bondade, compreensão, desapegos; perfume de esperança, alegria, solidariedade, fraternidade e paz, e nessa persistência, sem percebermos, o perdão acontece.
“E” de engrenagem: só tem como construir uma corrente, uma ponte, uma barreira, algo forte e resistente, se estivermos unidos. É claro que a inveja, a fofoca, as injurias, a ambição por vezes quebram o nosso elo e nos enfraquece, fazendo a vingança sobressair e retirar a vontade de perdoar.
No entanto, não devemos esquecer que apenas uma engrenagem fraterna, em que uns dependem dos outros, e todos constitui a existência, deve ser sempre retomada, pois se quisermos viver seguros, fortes e unidos, precisamos perdoar mutuamente.
“R” de retificação: ninguém acerta constantemente, ou não seríamos seres humanos, falhos e frágeis; assim o sentimento de compaixão pelos que erram é um ótimo ingrediente para aplicarmos o perdão.
Sabemos que perdoar não é fácil, porém, também não é nada simples se arrepender. Nessa reflexão utilize principalmente nas suas quedas, nas suas derrotas, nas suas perdas, o autoperdão, já que será mais fácil perdoar o outro no instante em que reconhecer atitudes dos outros cabíveis de acontecer conosco. Pois, a maior benção do perdão está em perdoar a si mesmo e retirar o fardo pesado da culpa, tentando não errar outra vez.
“D” de doação: doar é um gesto caridoso de agradecimento por tudo que temos, na certeza que nossas alegrias, saúde, conquistas e tantas realizações são motivos para doarmos e distribuirmos o que de graça recebemos das mãos do Criador. É bem mais feliz aquele que pode doar, do que aquele que precisa receber, porém não há ninguém tão pobre que não tenha nada a oferecer e nem tão rico que de nada necessite.
A doação te faz feliz e capaz de perdoar, pois estará doando amor, compaixão e deixando que Deus doador de todos nossos dons aplique a justiça, de acordo com o merecimento de cada um.
O “Ô será impossível, na gramática que utilizamos, estar no início de alguma palavra; todavia, o perdão nunca é o inicio e nem o fim. Ele é o recheio, a parte mais saborosa do bolo da convivência, o oxigênio mais puro e prazeroso, onde podemos respirar, recomeçar, reconstruir, reviver sentimentos bons e aquecer corações angustiado pela ausência de perdão.
O de ótimo: É ótimo perdoar, independente se o outro mereça ou não o seu perdão; pois perdoar é fazer a sua parte e deixar que Deus faça a dele.
Experimente as sensações de paz que sentirá no momento que fores capaz de testar dia a dia, passo a passo. o jogo das letrinhas que constitui esta palavra mágica chamada “perdão”, e sejas mais livre, mais leve e mais feliz.
*Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cegaCRP: 20/[email protected].: 991687731
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A semente do saber – Afonso Rodrigues de Oliveira*
“A neve e as tempestades matam as flores, mas nada podem contra as sementes”. (Gibran Khalil Gibran)
Ainda não fomos, nem somos, capazes de medir o grau de nossa civilização. Mesmo porque ela é a soma dos nossos esforços através de milhares e milhares de gerações. A genial e extraordinária matéria da Marlene de Andrade, publicada aqui na Folha, no dia 29-12-15, nos dá uma ideia forte do quanto podemos, tanto para construir quanto para destruir. Mas a maior lição é que sempre aprendemos e evoluímos com as lições da vida. Mesmo porque elas fazem parte da civilização. Tudo está no ritmo do tempo. Ou o acompanhamos ou ficamos marcando passo sobre o mesmo terreno. Se não acompanhamos o ritmo do tempo, acabamos nos perdendo e vegetando sem tempo.
Ainda não aprendemos que quando ficamos vendo o tempo passar estamos dando uma de tolo. Quando ele passa nos leva, sem que nos toquemos. Ou aprendemos a acompanhar o ritmo do tempo ou dançamos. E dançar na poeira do tempo é o que mais fazemos vida afora. O tempo nos leva, e só quando já estamos chegando ao final da linha é que acordamos. E só aí é que descobrimos o quanto desperdiçamos de nossas vidas. O quanto contribuímos para o desenvolvimento da humanidade; mas poderíamos ter contribuído muito mais.
São nossas atitudes mentais sadias que nos possibilitam a evolução. É com as atitudes mentais sadias que desempanamos a beleza de nossas vidas. Porque, queiramos ou não, estamos sempre agindo por trás da cortina, sem condições de participar ativamente, da peça em que somos atores. E porque não reconhecemos nossos poderes e a qualidade que temos, vivemos, na maioria, como atores coadjuvantes da nossa própria vida. O progresso e o desenvolvimento do mundo dependem do nosso desenvolvimento intelectual. E este depende do nosso desenvolvimento racional. Sem racionalidade não passaremos de meros animais, tidos como racionais. Ainda não nos desenvolvemos bastante para pensar e agir com racionalidade. Mas somos imortais. Nossas vidas são como a água; sobe da terra para o espaço e volta para a terra num espetacular ir e vir. Sem religiosidade, pense no seu desenvolvimento racional, mental, espiritual e cultural, como o maior instrumento para a evoluçao da humanidade. Você faz parte dela.
Procure fazer sua parte para que nos orgulhemos de ser o que somos, sabendo que “Devemos ser o que não somos, mas sem deixar de ser o que somos”. Victor Hugo tinha razão e sabia o que dizia, quando nos mandou esse recado. Acredite em você mesmo para poder usar a arma mais poderosa nessa batalha: o livre arbítrio. Pense nisso.
*[email protected] 99121-1460
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ESPAÇO DO LEITOR
FAVELAA leitora Graciella Pereira comentou que a favela que se formou no terreno em volta do Centro Socioeducativo (CSE), na estrada do Bom Intento, tem deixado um verdadeiro amontoado de lixo na estrada. “Dá vergonha de ver. Peço que sejam tomadas medidas para a limpeza e algo seja feito para evitar tanta imundície. Onde o ser humano aparece, parece que apodrece”, escreveu.
CONVOCAÇÃO“Em fevereiro de 2015, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR) promoveu um processo Seletivo Simplificado, visando à contratação por tempo determinado de professores substitutos e temporários para atender à necessidade temporária de excepcional interesse do IFRR, com lotação nos campi de Amajari, Boa Vista, Avançado Bonfim, Novo Paraíso e Zona Oeste. Até o momento, janeiro de 2016, poucos foram convocados e há campus para onde nenhuma convocação foi feita, a exemplo do Bonfim. A explicação que se dá é que não há previsão para convocação. Aí fica minha pergunta: se é substituto e temporário, não é para ser contratação imediata? Ou foi só para arrecadar dinheiro com esse certame? Fica aqui minha indignação e falta de respeito com os candidatos”, comentou um leitor que pediu anonimato.
PISLeitora que se identificou como Tereza escreveu sobre o pagamento do PIS do mês de janeiro na agência da Caixa Econômica Federal do bairro Asa Branca. “O pessoal está indo resgatar o PIS de janeiro, cujo pagamento para quem não tem conta está programado para hoje, conforme calendário no site da Caixa. Chegando lá, é informado que só vai receber quem tem cartão. O calendário prevê depósito em conta do mês de janeiro no dia 12, e quem não tem cartão deve receber a partir de hoje [ontem]. Confira no site: http://www.caixa.gov.br/beneficios-trabalhador/pis/paginas/defaul.aspx”, reclamou em Whats enviado ao jornal.