Plante pra colher – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Obviamente, se desejamos felicidade, precisamos aprender a semear felicidade”. (Deepark Chopra)Na medida em que a população mundial cresce, o ser humano descamba para o mundo da crueldade. Processo natural do desenvolvimento humano. E isso porque não evoluímos baseados no número populacional, mas no desenvolvimento tradicional. E é difícil pra dedéu, o ser humano entender isso. E enquanto isso, continuamos na vereda escura. Ainda não entendemos que não devemos, embora possamos, tentar transmitir felicidade através de caridades. Quando o importante é que façamos pelos outros o que gostaríamos que os outros fizessem por nós. E ninguém, num estágio de imunização racional, fica feliz com caridades. Você nunca vai ser uma pessoa feliz enquanto não fizer o que deve fazer para que os outros se sintam felizes. E não devemos esquecer que tudo que podemos fazer nesse sentido é fazer o que devemos fazer sem preocupação com o resultado. Porque se nos preocuparmos não estaremos respeitando o estágio de evolução da outra pessoa.
Nenhum de nós tem o poder de fazer os outros se sentirem felizes. Mas o mais importante é que façamos nossa parte. Nada nos faz mais feliz do que saber que fizemos alguém feliz. Mas sem esquecer de que o resultado depende da outra pessoa. Ela se sentiu feliz porque estava a fim de ser feliz. Porque se não estivesse, nada conseguiria fazê-la feliz. E quando estamos cientes disso nos preocupamos apenas em fazer nossa parte como ela deve ser feita. E você nunca vai fazer uma pessoa se sentir feliz, mostrando-se superior a ela. Porque quando você se sente superior a alguém está considerando-o inferior. E não há como fazer alguém se sentir feliz sabendo que está sendo considerado inferior. Simples pra dedéu.
Acredito que você conheça alguém que tenha saído do mundo inferior das ruas e vencido na vida com superioridade. São exemplos que raramente são vistos como exemplo. Aplaudimos com palmas, mas dificilmente seguimos os exemplos, por não estarmos na situação. Quando na verdade, o exemplo deve ser observado e seguido, mesmo pelos que vivem socialmente em nível elevado. Mesmo porque o pódio em que estamos depende do nosso desenvolvimento racional, e não social. Nunca deixe de cumprimentar um gari, quando passar por ele na rua. Ele não é inferior a você, seja você quem for. E se você não considerar isso, nunca vai ser uma pessoa realmente superior. Ainda não aprendeu a diferença em não confundir cordialidade com familiaridade. Aproveite sua semana pra uma boa reflexão sobre isso. A reflexão faz parte do amadurecimento. Pense nisso.*[email protected]———————————-Humor bandido – Tom Zé Albuquerque* Não é sem motivos que o Brasil é o país da piada pronta. Não é por menos que no exterior se enxerga o Brasil como o país da festa (referência aos abobalhados que tão somente se prendem à carnaval e axé), da bunda (leia-se exploração infantil e pederastia), da corrupção (dólar na cueca, real na meia, mensalão, petrolão…) e da bola (segundo a Globo, ainda o melhor futebol do mundo).
Mas o Brasil é, sem nenhuma réstia de dúvida, o país do humor trágico. A última pilhéria brasileira ocorreu na semana passada quando o Ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Valdir Simão, afirmou categoricamente que as empresas investigadas na Operação Lava Jato podem participar livremente de licitações para área de infraestrutura, inclusive no plano de privatizações (sim, o PT está privatizando) de aeroportos, portos e rodovias. Tecnicamente não há óbice legal, é verdade. Mas no país, onde surrupiar os cofres públicos se transformou em hobby, provas materiais de nada adiantam. Os ritos, as formalidades, os excessos burocráticos se sobrepõem ao incontestável. Os tecnocratas do poder alimentam a corrupção pelos pilares de uma legislação montada para não punir.
Por outro lado, os procuradores da República que integram a força-tarefa da operação Lava Jato anunciaram seu intento em que sejam aplicados mais de 30 (trinta) anos de prisão para os executivos da empreiteira OAS, denunciados por envolvimento com o cartel que teria provocado rombo estimado em R$ 6 bilhões na Petrobras. A organização criminosa, segundo o Ministério Público Federal, “atuou de forma a influenciar o processo eleitoral, diante do pagamento de propinas via doações oficiais e não oficiais”. Mesmo com esse manifesto, o fluxo processual vai navegar de mesa em mesa, de órgão em órgão sabe lá Deus em quanto tempo, com recursos vários e desvios de curso do objeto da denúncia suficientes para blindar os infratores. Eita Brasilzão carinhoso com corruptos.
Os deboches dos pilantras de colarinho branco são muitos para com o povo brasileiro. Também na semana passada, uma empresa de fachada – sem registro, sem sede, sem capital, sem empregados – foi contratada para realizar uma auditoria nas obras realizadas em Cuiabá para a Copa do Mundo de 2014. Agora tem que ser criada a CPI da CPI, afinal, CPI no Brasil não serve pra nada mesmo… para se ter uma ideia do quão cômico é uma CPI, o recém-empossado diretor de assuntos internacionais da CBF, o deputado federal Vicente Cândido (PT-SP) disse que abrirá mão do cargo na confederação caso a CPI do Futebol seja instalada na Câmara dos Deputados. Detalhe: ele está cotado para ser membro da própria CPI, mesmo sendo sócio do investigado, o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, no escritório de advocacia em São Paulo que leva o nome dos dois: “Marco Polo Del Nero e Vicente Cândido Advogados”. É ou não é pra rir!!!
No país da roubalheira, o tragicômico predomina numa sociedade passiva, de eleitores alienados. A democracia no Brasil é esquisita, porque os racionais pagam um preço alto pela decisão dos dementes ao alojarem no poder crápulas da devassidão pública. *Administrador———————————–A crise é o ventre do novo – Ruy Chaves*A vida é um ato político, ocorre em sociedade organizada sob império do direito e da ética.O homem é um animal naturalmente político, disse Aristóteles, e oEstado, a organização política e jurídica da nação.
A vontade do homem institui o Estado, o homem é o seu fim, sua razão única. O Estado existe para o bem do homem, para a realização plena da condição humana.
A ação política é o elemento dinâmico do Estado,a vontade o elemento dinâmico do poder da nação. Cabe à ação política maximizar a compatibilização entre fins a atingir e meios disponíveis, a razão sempre subordinando interesses e paixões. No Estado democrático de direito, razões de governo obedecem a razões de Estado.
A vida organizada política e juridicamente obedece a pressupostos básicos e a sociedade depende de unidade funcional, fruto do trabalho, e de unidade psicológica, pelo desenvolvimento de consciência humana e social. Interagindo permanentemente, os homens dependem de estoques comuns de sentimentos,valores e crenças, de estruturas normativas decorrentes de suas necessidades e que levam a experiência humana a certas molduras compartilhadas.
Duas razões principais determinam a vida em sociedade, a satisfação de necessidades da cidadania e a proteção contra efeitos negativos de comportamento. Administrar esta questão é missão essencial do Estado na busca do bem comum.
Os fins da atividade política são os objetivos da nação, a realização de suas necessidades, interesses e aspirações.Ações políticas que ofendam o bem comum são inadmissíveis nas sociedades cidadãs do século 21. Capitanias hereditárias, feudos, ilhas de exceção, tudo que indica o ranço dos privilégios se transforma em corrupção e impunidade, rompe protocolos,rasga o tecido social, leva ao confronto exacerbado, à crise ou ao caos.
O Estado aético e a não realização dos direitos da cidadania significam exclusão social e dor, degradam valorese violentam a legitimidade; razões de governo afrontam razões de Estado, homens e instituições passam a descrer dos homens e das instituições: é a crise.
Mais oportunidades que ameaças,a crise é o ventre do novo e impõe à ação política o retorno à ética de princípios, a liberdade e a justiça consolidando os valores e a dignidade da nação.Mais ameaças que oportunidades, o caos.Panta rei.
*Diretor da Estácio————————————-Diversidade a conquista – Rubens Marchioni*Inspirando-nos na multiplicidade de cores, formas, aromas, sabores, texturas e tantos outros milhares de tons que compõem a sinfonia da natureza, podemos nos tornar mais sensíveis e abertos à diversidade.
Só quem abre as janelas da alma pode se beneficiar dessa brisa. Esse sopro é renovador. Ele varre e areja a mente com um novo oxigênio. Joga no lixo o ranço de velhos preconceitos. Constrói o novo ser humano que deve povoar o mundo em fase de reconstrução e mudanças profundas. É a vida sob nova direção.
No entanto, um detalhe é crucial: essa fechadura só abre por dentro. Nem todos os artigos, nem todos os livros do mundo conseguirão tal façanha. Fácil? Vencer-se a si mesmo é, de longe, uma das batalhas mais difíceis, que integram a nossa folha corrida de estrategistas, na grande luta que travamos pela via afora.
Somente olhos novos têm esse poder de quebrar essas muralhas, eliminar os paradigmas que transformam a vida num enfadonho samba de uma nota só, capaz de desafinar até em relação a si mesma.*Publicitário, jornalista e [email protected]://rubensmarchioni.wordpress.com———————————–
ESPAÇO DO LEITORDCE 1O internauta Flávio Rabelo comentou a disputa entre duas chapas que concorriam à direção do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal de Roraima (UFRR). “Uma briga tão grande apenas para saber quem vai expedir carteirinha de estudante nos próximos anos. Fala sério!”, disse.DCE 2Ainda sobre a disputa, a internauta Khatlen Almeida se manifestou: “Vejamos… “DCE de luta” deve ser um novo sinônimo para agressão física, verbal e psicológica. “DCE de luta” agora é um reflexo da covardia, autoritarismo e completo desrespeito à dignidade humana. “DCE de Luta” é chegar a um ponto em que acadêmicos precisaram registrar boletins de ocorrência. “DCE de Luta” é equivalente a um movimento em que partidos e sindicatos tomam a frente. “DCE de Luta” é levantar a bandeira de um movimento estudantil que não representa nem a metade de um total de quase 10 mil alunos. Um “DCE de Luta” que não me representa”.ENTREVISTA 1Sobre a entrevista dada pelo ex-governador Anchieta Júnior à Rádio Folha, o internauta Sousa comentou: “Quem não engana mais ninguém é este senhor. Fez o que pode para saquear os cofres públicos, tanto é que envergonhou o nosso Estado mais de uma vez em nível nacional. O valor de seus bens não condizia com o que ele ganhava”.ENTREVISTA 2“Quanto ao asfalto que ele bate no peito que fez, tanto ele quanto o Sr. Jucá estavam envolvidos com aquela empresa denunciada por desvio de dinheiro no ano passado. Agora, cobrar da senhora governadora um milagre é muito cinismo. Tenha santa paciência! Até o próprio Chico Rodrigues o denunciou dizendo que ele deixou um rombo de mais de R$ 700 milhões nos cofres públicos. Com esse papinho, você não engana mais ninguém”, afirmou.