Todas as espécies de violência – Dolane Patrícia*Falar de violência não é tão fácil como parece.
Existem situações em que passamos a refletir. Por exemplo, como um ser humano é capaz de praticar tanto gesto eivado de crueldade?
É mais chocante quando a violência é cometida contra criança ou outro incapaz, no entanto, todos os tipos de violência são reprováveis.
A violência não é um ato inteligente! Apenas pessoas fracas e desinteligentes se submetem a prática de uma conduta violenta!
O mal permanente que a violência faz, é um dos motivos pelo qual ela precisa ser evitada.
Recentemente uma mãe e um padrasto foram presos por estuprarem uma criança de 1 ano de idade, além de mordê-la em todo corpo, inclusive no pênis. As marcas de mordidas estavam bastante visíveis nas fotos divulgadas na imprensa. O padrasto alegou estar drogado e mãe alegou desconhecer o fato. Dormiam os três na mesma cama.
Recentemente uma criança de 10 anos estava realizando um assalto à mão armada. A criança tinha a aparência de alguém com 7 anos de idade.
A violência tem atingido as mulheres, em maior escala, mas o brasileiro tem sido vítima de todas as espécies de violência. A própria corrupção é um tipo de violência, se levarmos a fundo o seu conceito.
No que diz respeito à mulher, de acordo com o artigo 7º da Lei nº 11.340/2006, são formas de violência doméstica, dentre outras, a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal, violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação.”
Além dessas, traz ainda a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força.
Apresenta ainda: “A violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades, e a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria”, o que é bastante comum.
Segundo o CNJ, a violência intrafamiliar/violência doméstica – acontece dentro de casa ou unidade doméstica e geralmente é praticada por um membro da família que viva com a vítima. As agressões domésticas incluem: abuso físico, sexual e psicológico, a negligência e o abandono.
Aqui chamo a atenção para os bebês que são jogados no lixo, abandonado nas praças ou para o adolescente que tem sua vida violentada pelo abandono dos pais. Órfãos de pais vivos.
Mas, na verdade, esses não são os únicos tipos de violência que existe. O Brasil passa por um momento negro da história da política nacional. Mas é a corrupção, também um tipo de violência?
Segundo Marilena Chauí, um dos significados da violência seria “todo ato de violação da natureza de alguém ou de alguma coisa valorizada positivamente por uma sociedade” (Folha de S.Paulo, 14/03/99: 5-3). “A corrupção pode ser percebida como um mal público, cuja noção só é passível de construção quando existe algo percebido como um “bem público”, digno de defesa. Nesta lenta e conflituosa construção da noção de um bem público, de uma nova noção de qual será o conteúdo de uma vida justa em comum, insere-se a tentativa de compreensão da corrupção como uma violência, um mal público, um crime.”
A propósito, viver no país com o maior índice de homicídios no mundo, não é algo que se possa orgulhar, pelo contrário, está na hora de refletir, onde está o problema.
O site www.valor.com.br informa que “o Brasil registrou 59.627 homicídios em 2014, o maior número já registrado em território nacional e uma estatística, que coloca o país no primeiro lugar no ranking mundial desse tipo de crime.“
Já o site mapadaviolência.org.br traz dados importante, como a mortalidade por armas de fogo no Brasil no período de 1980 a 2012. São homicídios, suicídios e acidentes, pela ação de armas de fogo.
Já o site http://www.inf.ufes.br, noticia que trezentos milhões de reais por dia é o custo estimado da violência no Brasil, o equivalente ao orçamento anual do Fundo Nacional de Segurança Pública, e um valor superior ao envolvido na reforma da Previdência que tanto mobilizou os governos.
E esses valores não contabilizam o sofrimento físico e psicológico das vítimas da violência brasileira, uma das mais dramáticas do mundo. Com 3% da população mundial o Brasil concentra 9% dos homicídios cometidos no planeta.
Para o site brasilescola.uol.com.br, a solução para a questão da violência no Brasil envolve os mais diversos setores da sociedade, não só a segurança pública, mas também demanda com urgência, profundidade e extensão a melhoria do sistema educacional, saúde, habitacional, oportunidades de emprego, dentre outros fatores.
Requer principalmente uma grande mudança nas políticas públicas e uma participação maior da sociedade nas discussões e soluções desse problema de abrangência nacional.
É preciso banir todas as espécies de violência e isso começa com cada um, na maneira como trata as pessoas, na consciência de que, pode-se está roubando algo que alguém levou anos para adquirir, ou seja, simplesmente se colocar no lugar do outro.
Assim, é preciso tomar a decisão de ir à luta e conquistar seus próprios objetivos, com trabalho e honestidade, respeitando mulheres, crianças, idosos, enfim, todos os seres humanos precisam de respeito.
É necessário tornar outras vidas melhores e não tirar delas a esperança e a dignidade.
Afinal, é preciso uma reflexão geral, dos pequenos e dos grandes, ricos e pobres, pois, é preciso contribuir para um mundo melhor, começando dentro da nossa própria família, na certeza de que: “se o mal nunca desiste, o bem nunca se cansa.”
*Advogada, Juíza Arbitral, Personalidade da Amazônia e Personalidade BrasileiraTwitter: @DolanePatricia_ You Tube: DOLANE PATRICIA RR. #dolanepatricia FACEBOOK Dra Dolane Patrícia. INSTAGRAM: DRADOLANE_PATRICIA————————————Pense alto – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Nenhum problema pode ser resolvido pelo mesmo estado de consciência que o criou. É preciso ir mais longe. Eu penso 99 vezes e nada descubro. Deixo de pensar, mergulho num grande silêncio e a verdade me é revelada”. (Albert Einstein)Você nunca irá encontrar a solução, concentrado no problema. Deixe o problema de lado e se concentre na solução. E a maneira mais eficaz é o silêncio. Nada de barulho. Concentre-se e deixe a mente circular. Nada de preocupação nem aborrecimentos. Quanto mais você pensa no problema, mais ele cresce. E vai chegar um momento em que ele vai dominar você. É quando ele leva a vaca para o brejo e você afunda no pantanal do desespero. Por maior que seja seu problema, nunca permita que ele seja maior do que você. Lembre-se de que o poder está com você. Nada é mais forte do que você, se você não se sentir fraco. Você não vai resolver o problema no mesmo estado de consciência em que ele foi gerado.
Alexandre Magno Rodrigues de Oliveira é um dos exemplos de superação em que me escudo. Atingido pela, ELA – Esclerose Lateral Amiotrófica em 1997, foi avisado pelos médicos de que não sobreviveria ao ano de 2001. Já com os membros superiores paralisados, batalhou firmemente pela vida, sem se preocupar com a morte. Em 2008, ainda em tratamento constante, formou-se em letras, pela USP de São Paulo.
Continuamos batalhando pela saúde, sem desânimo. Os membros superiores continuam, paralisados, mas o Alexandre continua o mesmo. Batalhando sem luta. No silêncio do poder. Na próxima sexta-feira, 17 de junho, ele será homenageado na Câmara Municipal de São Paulo, pelas medalhas que trouxe, do exterior, em campeonatos de parataekwondo. Parabéns, Alexandre. Orgulho-me dos anos que passei ao seu lado, na luta hercúlea, frente a uma doença considerada fatal e que você a dominou com mestria e muita categoria.
Não sei se o Alexandre vai gostar de eu tê-lo usado com exemplo. Mas sempre o considerei assim. Durante todos os anos que passei ao seu lado, cuidamos de sua saúde, e não da doença. Em nenhum momento nos sentamos à mesa para o café da manhã, antes de irmos para a clínica, falamos sobre a doença. Não era a doença que nos interessava, mas a saúde. Parabéns Alexandre. Lamento não estar aí ao seu lado, cumprimentando-o pelo evento que orgulha nossa família. Estamos todos orgulhosos de você. Continue como um exemplo de superação, para todos. Você nos deu, e nos dá, o maior exemplo de como podemos superar problemas considerando-nos superiores a eles. Porque é o que somos: superiores. Nada nos vence quando nos sabemos vencedores. Pense nisso.
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