Conhecimento e aprendizagem – Vera Sábio*”Quem ensina aprende a ensinar e quem aprende, ensina ao aprender”(Paulo Freire)Esta frase muito bem relata o quanto aprendemos ao ensinar e o quanto é importante aprendermos sempre. Todavia, entre diversas coisas que aprendo ao ler os textos desta página, Affonso Rodrigues já repetiu em vários de seus textos que a escola repassa conhecimentos, enquanto a cultura ensina vivências.
Isto fica claro para a psicologia quando, em uma dramatização, o personagem é autor da sua história, colocando em representações o que vive e deixando fora de si o que tanto lhe prejudica e atrapalha sua convivência consigo mesmo.
Podemos fugir de qualquer pessoa e qualquer ambiente que nos deixe mal, porém só não tem como fugirmos e não estarmos o tempo todo conosco mesmo. E aí está a chave da representatividade.
Só conseguimos nos perceber realmente quando tivermos algo concreto que nos represente, nos reconstrua e nos observe detalhadamente. Assim é possível pensar sobre quem somos, o que precisamos, o que nos falta e como alcançar o que queremos.
Muitas vezes, o que não gostamos no outro nada mais é do que o que temos em nós, mas não enxergamos. Aprender é bem mais complexo e profundo do que conhecer. Conhecer requer um ensino de qualidade e oportunidades de aproximação das ciências, da informática e de todos os meios disponíveis e acessíveis para a educação.
Já aprender depende da genética, da inteligência, da cultura, do respeito mútuo, características de cada um. Aprender é se transportar para fora de si e absorver apenas o que te faz melhor, mais completo e mais feliz.
Aprender é um conhecimento de personalidade, o aperfeiçoamento das qualidades e diminuição dos defeitos. Uma vontade de ser irmão, mais humano, mais justo, mais pleno e mais parecido com o Criador.
Se este aprendizado fosse transmitido na escola, com certeza teríamos menos índice de depressão e outros transtornos de personalidade. Valorizaríamos mais o (ser), a essência, do que o (ter), as aparências que são sustentadas pelas ambições desmedidas e causadoras de tanta corrupção e miséria.
Pense nisto e volte-se ao verdadeiro aprendizado deixado por Jesus como seu único mandamento.
“Amai a Deus e ao próximo como a si mesmo”.
*Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cega CRP: 20/[email protected].: 991687731——————————-Política Atual – Patrícia Bueno*Acostumados com um clima de “Fla-Flu” político, nossos representantes exaltam disputas dicotômicas de “nós contra eles”, de pobres contra ricos e outras asneiras impregnadas em seus espíritos embolorados. Espíritos esses que também buscam na história até mesmo a absolvição de malfeitos atuais. Nada mais reducionista e falso.
A política não se resume a grupos de interesses. Ao contrário, são os desinteressados que congregam o maior número de pessoas. A ausência de preocupação imediata com os assuntos públicos pode ser debitada aos mais distintos fatores, que vão do desconhecimento à necessidade de empenho em outras tarefas, tais como trabalho e estudos.
No entanto, recentemente, houve uma grande transformação na política nacional: o número daqueles que passou a também a se ocupar das questões transindividuais se multiplicou. Não são apenas as ruas que são preenchidas por pessoas, o debate político transbordou para as redes sociais e se mantém fervoroso até mesmo nos protestos de sofá, os panelaços. Ou será que a mudança de atitude ocorreu ao contrário? Das redes para a rua?
A segunda hipótese parece mais acurada. A internet possibilitou novas formas de organização. Partidos, sindicatos e outros canais de “participação popular” foram complementados com a possibilidade criada pelas redes. Pessoas comuns não dependem mais exclusivamente de guias oficiais para conduzirem as demandas públicas. Criou-se uma nova ágora.
Os antigos atores, mal acostumados, não escondem em seus discursos a perda do controle não apenas do espaço público, mas, principalmente, do próprio público. As prostitutas político-ideológicas, alimentadas com pão com mortadela e recursos estatais, já não garantem a pseudo-hegemonia de qualquer pensamento. Existe, pela primeira vez, um debate livre.
Desesperados, os políticos tentam novas censuras travestidas de andrajos dos controles sociais de qualquer coisa ou mesmo da disseminação do politicamente correto. Nada parece funcionar, nem mesmo a volta ao passado. Anistiados no último ano da década de 70, diversos brasileiros perseguidos pelo regime antigo retornaram ao solo nacional. Muitos deles fizeram das disputas democráticas suas novas arena. Tinham um discurso perfeito, pois, afinal, haviam combatido a ditadura e com esta propaganda, desde 1992, assumiram a presidência.
Itamar, Fernando Henrique, Lula e Dilma, com suas múltiplas tonalidades rubras, conduziram a política nacional pela senda esquerda. Sempre à esquerda.
Reformas “neoliberais” permitiram um novo discurso do “nós contra eles”. A própria esquerda dividiu-se ou ao menos fingiu tornar mais profundas suas próprias fissuras. O estado, apesar do “tropeço neoliberal”, se manteve com taxas de agigantamento crescentes. Foi, no entanto, durante o período lulopetista que um partido pretendeu se tornar hegemônico e utilizou o estado para tentar não apenas cooptar, mas também para determinar quem eram os representantes e os cidadãos.
A sociedade pareceu reagir e começou a se mostrar. Em 2013, o povo-massa saíra às ruas, mas se negara a empunhar bandeiras partidárias. A esquerda criara um gigante que não mais respondia aos seus comandos. Era um monstro que parecia insatisfeito com a política em geral, mas que, golpeado por coquetéis molotov, ficara ao menos silencioso. Cogitou-se um plebiscito por uma “constituinte exclusiva”. Tentou-se criar os conselhos populares. Era preciso correr com a implantação dos sovietes modernos. Não houve tempo.
Novas eleições trouxeram os debates de novo para a sociedade. A opinião pública estava dividida e as políticas ditas sociais, somadas às ingerências governamentais, cobravam seu preço. As contas estatais já não fechavam, um novo escândalo de corrupção eclodira e a mentira e a intimidação foram armas na guerra democrática.
Acreditou-se que as eleições limpariam todos os crimes, inocentariam os corruptos e possibilitariam a continuação do projeto autoritário lulopetista. Porém, após o pleito, a população voltou às ruas. Atônitos os petistas e seus sequazes recorreram aos seus discursos históricos de demonização do outro.
Só poderiam ser golpistas, órfãos da ditadura, essas pessoas que não aceitavam o seu pedido de mais “direitos”, mais Estado e mais Estado. Simultaneamente, as investigações sobre a corrupção foram expondo a falácia da pretensão ao bem-comum. Os representantes do PT haviam se preocupado principalmente com o enriquecimento pessoal, e o povo, bem, o povo, livre de amarras ideológicas esconjurou os fantasmas passados, pediu diminuição do patrimonialismo e menos estado. E agora exige uma nova política.
*Diretora-executiva do Movimento Endireita Brasil————————————-Deançando na música – Afonso Rodrigues de Oliveira*“A alma humana é como a água: ela vem do céu e volta para o céu, depois retorna à terra num eterno ir e vir”. (Goethe)Antes de começar nosso papo de hoje, vamos a uma correção. Tenho um acordo com a Folha para que não haja revisão na minha matéria, já que sou responsável pelos meus erros. Mas quando li o jornal, ontem, tomei um susto. Eu falava sobre um caso que vivi em mil novecentos e setenta e dois. Mas o jornal dizia que foi em mil novecentos e dois. Tomei um susto danado. Será que tenho toda essa idade? Corri ao computador e no arquivo estava mil novecentos e setenta e dois. Foi um equívoco. Mas tudo bem, isso é comum. Já pensou, eu com toda essa idade?
Já lhe falei que sou apaixonado pela música clássica, desde criança. Sempre corri para os teatros sempre que havia um concerto e eu podia ir. Há três músicas clássicas que são minha paixão. A que marcou minha infância foi a “Clair de Lune”, do Debussy. Eu era criança e havia na minha cidade, um serviço de rádio comunitário, muito comum à época, que mantinha altofalantes nos postes das ruas. E havia um bem em frente à minha casa. E por isso eu acordava todos os dias ao som de Clair de Lune, que era o prefixo da emissora. A segunda música é “Pour Elise”, do Beethoven. Uma música que me para no meio da rua se eu a ouvir. Já lhe falei, recentemente, de um dia em que, em São Paulo, emocionei-me com um garotinho de rua, que caminhava na minha frente assobiando a Pour Elise. A terceira música é “Summertime”, do George Georshwin. É uma canção de ninar, ária da única ópera do Georshwin, “Porgy and Bess”, Georswin foi um dos maiores compositores de músicas para o cinema americano.
Summertime foi gravada por cantoras de sucesso, entre as quais a Diana Ross. Afinal é uma canção de ninar. O travesseiro ideal para a emoção. Mas você não precisa ser emotivo para se apaixonar pelo encanto da música clássica. E não se esqueça de que ela só se torna clássica se for relmente de qualidade. E é a qualidade que armazena o sentimento evoluído. E você não precisa ser evoluido culturalmente para ser sensível à qualidade musical. Deixe que a emoção, e não a euforia, aflua para que você se sinta feliz no que é. Sensivel, mas com maturidade. Esteja sempre encantado pela emoção. E esta deve ser controlada, sanão não será emoção e sim embriaguez. E não tema as topadas. já tive uma miga judia, e vivemos, juntos, um dos maiores exemplo de como você pode ser surpreendido para aprender com a música. Depois eu. Foi legal pra dedéu. Foi num vestibular para a faculdade “Álvares Penteado no ano de 1968. Pense nisso.
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ESPAÇO DO LEITOR
PCCR 1Sobre a reunião dos servidores efetivos estaduais com deputados na Assembleia Legislativa, cobrando aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), o internauta Deyvison Correa Fernandes disse: “Parabéns a todos que participaram dessa reunião que busca apenas o reconhecimento e valorização dos servidores públicos do Estado de Roraima”.PCCR 2“Espero que a governadora e os deputados aprovem nosso PCCR e não nos discrimine como os governos passados fizeram. Nós merecemos ser respeitados e valorizados. Não é admissível que servidores estaduais recebam R$ 580 por mês. É menos que um salário mínimo”, comentou o internauta Deoniz da Silva Marques.DEMOLIÇÃOO leitor Rosiel Gonçalves Dantas afirmou que o prédio que abriga o Mercado Municipal Laura Pinheiro, no Pintolândia, poderia ter a sua estrutura reaproveitada. “Se está oferecendo riscos à segurança, é porque o gestor público deixou que tal situação ocorresse, já com a intenção de demolir o prédio para poder justificar mais uma obra que mais tarde será abandonada pelo próximo gestor, que a demolirá e etc etc etc. É dinheiro público indo pelo ralo e ineficiência da gestão pública”, afirmou.REFORMA“Essa administração da prefeita Teresa Surita está nadando no dinheiro. Já está reformando as praças que vão custar milhões, alugando prédios caros para a Emhur e Smec, asfaltando onde já tinha asfalto. Enquanto isso, a N6, no Pintolândia, não tem asfalto. As pernas das crianças são cheias de ferradas de mosquito”, comentou o internauta Frank Roosevelt Gomes de Souza. PRISÃOSobre a prisão de uma quadrilha formada por deficientes, que foi desarticulada pela Polícia Civil nesta semana, a leitora Francisca Vanda dos Santos Silva afirmou: “Não vai haver espaço para tantos criminosos e projetos de criminosos na cadeia”.