Opinião

Opiniao 15020

Um olhar além das 4 linhas

*Liliane Mesquita

Bem amigos, leitores! A Copa do Mundo já se aproxima da fase final e sabemos que o futebol é uma paixão nacional. Um dos esportes mais populares em nosso país. Os olhos do mundo todo estão voltados para o Catar.

Sabemos que o esporte traz muitos benefícios para o indivíduo. Ajuda no desenvolvimento cognitivo, motor, melhora a qualidade de vida, previne doenças, melhora a autoestima, a autoconfiança, entre outros. Porém, não podemos chutar para escanteio um ponto muito importante. Que está além das quatro linhas! Então, proponho neste texto um bate-bola amistoso sobre algumas lições, que podemos aprender com esse esporte espetacular.

Para iniciar a partida, convoco para uma tabelinha o planejamento, as escolhas e as estratégias. São componentes importantes que entram em campo antes do apito do juiz. A comissão técnica necessita planejar todas as ações, pensar no esquema táticos, nas estratégias e nas escolhas, ou seja, quais jogadores dentre tantos irão representar nosso país vestindo a amarelinha. Assim como no futebol, a vida é feita de escolhas e quando desejamos alcançar um objetivo precisamos de bom planejamento para marcar um golaço.

Cartão vermelho para quem não respeita o seu oponente, pois a regra é clara: “adversário não é inimigo”. No mundo da bola e na vida precisamos ensinar aos nossos filhos: o Fair Play, ganhar e perder. Não aceitar a escolha do outro é falta de respeito, pois é um direito de cada um torcer por um outro time, seleção ou, até mesmo, por ninguém. Que a paz nas torcidas deve ser o décimo segundo jogador e que a violência nunca foi escalada, pois não está com nada.

Futebol é uma caixinha de surpresas pode até ser, mas que para alcançar a vitória e ter bons resultados é preciso suar a camisa, ter dedicação e disciplina. Para o time para ficar show de bola, é importante o trabalho em equipe, bem como um grupo precisa de um bom capitão, um líder que ajuda na motivação. Chegamos aos quarenta e cinco do segundo tempo e preciso encerrar a escalação das letras, as quais fiz embaixadinha para escrever este texto. Espero ter marcado um golaço refletindo sobre lições do futebol, por meio dos jargões futebolísticos. Agora, não há tempo para mais nada, ergue o braço…  apita o juiz: final de jogo!            

*Liliane Mesquita é pedagoga, psicopedagoga, orientadora educacional, dinamizadora de leitura e escritora de livros infantis – autora de “O desaparecimento do Senhor Abraço”, “Onde é o lugar de Dandara?”, “Qual é a sua forma?” e “Poesia no futebol”.

Terras por onde andei

Afonso Rodrigues de Oliveira

“Quem? Ninguém. Veleiro do Sul

Salinas do sal raios de sol

No sul do veleiro, veleiros com sal.

Salinas com sol com raios no sal.

(Salete Oliveira)

O tempo maroto faz a gente voar nos pensamentos. E sempre eles nos levam aonde já passamos ou vivemos. Pela manhã, lendo casualmente, esse texto da Salete, viajei pelas salinas. Não vamos registrar datas, nem coisas assim. Vamos apenas conversar. Bem recentemente caminhei pelas salinas de Macau, no Rio Grande do Norte. Foram momentos muito felizes. As salinas são sempre um espetáculo para os solhos e o espírito. E confesso que não é fácil eu me lembrar de momentos de minha infância. Mas as lembranças de coisas e momentos bons não envelhecem. Não importa quantas décadas já se passaram, mas a lembrança sempre chega quando sentimos saudade. Porque só sentimos saudade do que nos fez feliz.

Foi mais ou menos no início da década dos quarentas. Meu pai foi contratado para um serviço numa das salinas de Macau. Eu era bem criança e morávamos em Parnamirim. E não sei por que, meu pai resolveu me levar com ele para eu conhecer as salinas. E também não sei por que, sempre fui uma acriança curiosa. E lá fomos nós. Como eu dormi naquela noite, na salina, não me lembro. Mas, com certeza, foi um momento agradável, senão meu pai não teria me levado. Mas o que mais me encantou foi o estranho, no trabalho dos salineiros.

Muitas décadas se passaram, até que recentemente matei minha curiosidade, visitando as salinas. Ou pelo menos os ambientes das salinas, que estão bem diferentes. Adorei encontrar esse texto da dona Salete, aqui nos meus arquivos. Porque dona Salete é filha de Macau. E nossa ida a Natal, recentemente, teve o objetivo de levá-la para rever parentes que ela não via há décadas e décadas. Voltamos para a Ilha Comprida, e dias depois voltamos para Roraima. E aqui estamos com saudade dos velhos tempos.

Faça sempre isso. Procure sempre rever lugares, pessoas e reviver momentos que foram importantes na sua vida. É muito gostoso sentir saudade. O Laudo Natel já disse: “saudade é a presença da ausência”. E por isso não percamos tempo lembrando-nos de momentos que não nos trouxeram felicidade. E mais importante é que vivamos nossos momentos aliados à felicidade. Nada de aborrecimentos nem perder tempo com insignificâncias que não melhorem nossas vidas. O Universo é rico e está à nossa disposição. A felicidade depende de como encaramos a vida. E encarar não é enfrentar, mas aliar e viver. Tenha um bom dia e saiba vivê-lo, aproveitando cada momento d
o dia como se ele fosse o último. Viva você, no que você é. Pense nisso.

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