Opinião

Opiniao 15072

Alvo Mais Que a Neve

Marlene de Andrade

 

“Cria em mim um coração puro, ó Deus, e renova dentro de mim um espírito estável.” (Salmos 51:10

 

O pastor e cantor gospel Kleber Lucas abraçado a outro cantor de esquerda: Caetano Veloso, se posicionou claramente contra o Hino da Harpa Cristã “Alvo Mais Que a Neve”, alegando que esse hino é racista. Esse cantor não deixa dúvidas que também é de esquerda, pois declarou apoiar  a eleição de Lula, o qual foi libertado da cadeia pelo STF. 

Como é possível entender que um condenado seja apoiado por um cristão e cantor gospel, ele que insensatamente afirmou que o hino Alvo Mais que a Neve tem um teor racista? Tal falácia é um absurdo, ainda mais quando vem de alguém que declara ser cristão e pastor. 

O que causa mais indignação é que esse cantor tentar usar esse lindo louvor, ao nosso Deus, para fazer uma divisão racial dentro da igreja de Cristo. Tal celeuma é um total absurdo e tem mais, esse hino inspirado no Salmo 51.7 nada tem a ver com racismo, pois ele diz o seguinte: “Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais branco do que a neve”. Nossa, que isso? Esse hino nada tem mesmo a ver com racismo, pois o que ele nos diz não aborda a cor da pele das pessoas e nem a raças como, por exemplo, negra, branca e, entre outras, amarela. 

Neste mesmo contexto vejamos também o que nos diz Isaias: “Venham, vamos refletir juntos”, diz o Senhor. “Embora os seus pecados sejam vermelhos como escarlate, eles se tornarão brancos como a neve; embora sejam rubros como púrpura, como a lã se tornarão.” (Isaías 1:18). 

E aí, o que dizer disso, quando o próprio Senhor deixa claro que nossos pecados têm cor vermelha e não preta? Sendo assim, de onde esse cantor tirou essa ficção? Ele quer aumentar o número de seus féis dentro de sua igreja, a qual ele é o pastor? Tudo bem, mas tentar dividir os cristãos é algo inadmissível e pecaminoso. 

É preciso lembrar que a tentativa de dividir a sociedade é uma tática bastante usada pela esquerda e tudo indica que o alvo da vez é justamente os evangélicos e católicos, pois a igreja sempre foi muito combatida pelos esquerdopatas, os quais odeiam Deus e seus seguidores. E tem mais: fatiar a sociedade vitimizando-a é o que a esquerda mais gosta de fazer. Precisamos enxergar, pois em muitos países os cristãos estão sendo perseguidos e muitos deles condenados à morte, enquanto condenados como Lula e Cabral foram soltos da cadeia. Como entender essa aberração?  

Médica formada pela UFF 

Título em Medicina do Trabalho/ANANT 

Perita em Tráfego/ABRAMET 

Perita em Perícias Médicas/Fundação UNIMED 

Especialização em Educação em Saúde Pública/UNAERP 

Técnica de Segurança do Trabalho/SENAI-IEL 

CRM-RR 339 RQE 341 

 

 

Maranatas e pastéis

Walber Aguiar*

A amizade é um amor que nunca morre   

                                                   Mário   Quintana

Sonhei que mergulhava nas águas claras e profundas do Maranata. De repente imergiu uma pessoa, uma figura, um ser humano fantástico. Sonhei que chorava no meio das águas. Chorava a profunda solidão de Samuel Coutinho. A ausência da mais louca e sincera alegria. O vazio do lavrado e do desejo de mergulhar nos campinhos e brincadeiras, na devocionalidade da canção, na liturgia dos pés descalços que encarnavam a liberdade dos cavalos selvagens do Maruai.

Aquele menino fora pedido a Deus, aliás , o significado do seu nome. Samuel fora pedido por tio Silas e tia Noemi; nascendo ali o primeiro fruto de um amor puro, sincero e duradouro. Duraria até a morte, até que o absurdo da morte nos roubasse a mulher meiga e simples, o anjo de cabelos brancos que pedira a Deus o primogênito da alegria, o devotado ao trabalho, o homem simples que conseguira arrebatar o coração de todos.

 E ele cresceu ali, entre o sonho do querer e a vontade do realizar. A maldição do trabalho, o suor que fabricara o pão e a massa do pastel, fora transformado em um ministério abençoado e abençoador da vida de todos que passavam por ele, na calçada, no quintal, na rua, nos passeios de moto, nas piruetas de avião, na liberdade louca de voar como os pássaros mencionados por Jesus no sermão do monte.

O poeta da Galiléia cativara o coração daquele homem/menino, daquele garoto que, à semelhança de Salomão, nada negara aos seus olhos e ao seu coração, no abençoado prazer concedido a ele. Debaixo da mangueira mágica a limonada lembrava e trazia tempos de refrigério, sob a bondade do pastor do salmo 23, sob a alegria mais escandalosamente linda e sincera que já nos foi apresentada.

Ora, o recheio dos pastéis ia pra além de queijo e carne. Bondade, alegria, ternura, misericórdia e amor estavam ali, recheando as tardes quentes e chuvosas, preenchendo os interstícios da alma, o espigão do ser, a conflitividade dos nossos mais quentes afetos. Trazendo a fé e a confiança mais estranhamente deliciosa que já pudemos viver e apreciar.

Mas, a maior ausência, o grande rasgo da solidão, a lacuna mais intensa e profunda foi sentida nas águas do sonho, da quimera marcada pela umidade e pela maior amizade na fé que alguém podia perceber e desfrutar. O homem que pilotava nas estradas da liberdade e voava com toda ousadia, também punha os pés no chão. Sim, até porque conversava não apenas com as palavras, mas olhava firmemente nos olhos de quem parasse pra ouvir dele os segredos da graça e da alegria. Com ele aprendemos a voar como os pardais, a dar asas ao riso e à imaginação.

Naquele dia sonhei que mergulhava junto com ele nas águas limpas, profundas e misteriosas do Maranata. Ele cochichou segredos da eternidade em meu ouvido, enxugou-me as lágrimas e mergulhou profundamente para nunca mais voltar. Um dia, qualquer dia desses, mergulharíamos no Maranata existencial e encontraríamos com ele. Sem pranto, sem choro, sem dor…

*Advogado, poeta, historiador, professor de filosofia e membro da Academia Roraimense de Letras

 [email protected]. 99144-9150

Quando seremos uma democracia?

Afonso Rodrigues de Oliveira

“Democracia é o regime que garante: não seremos governados nada melhor do que merecemos”. (Bernard Shaw)

É claro que só temos o que merecemos. Então vamos avançar e procurar ter o melhor, fazendo o melhor. E só conseguiremos o melhor se melhorarmos em nossos pensamentos e atitudes. Sem o conhecimento e a educação nunca melhoraremos nossa política. O George Burns falou: “Pena que todas as pessoas que sabem como governar o país estejam ocupadas a dirigir táxis ou cortar cabelos”. O que ouvimos de tolices em relação à política, não está no gibi. E haja tolice, mostrando exatamente nosso despreparo para governar o país.

“Toda revolução começa com os idealistas e acaba com os tiranos”. (Louis Latzarus). E enquanto não nos atentarmos para is
so continuaremos analfabetos políticos, fazendo arruaças para mostrar nossa ignorância, na tentativa de mostrar nossa sabedoria. E lá vamos nós sempre batendo palmas, alegando novo reinício. Como se pudéssemos progredir regressando ao passado. E ninguém dá atenção ao recado do Miguel Couto: “No Brasil só há um problema nacional: é a educação do povo”. Simples pra dedéu. Tão simples que não somos capazes para entender.

Ainda não entendemos que educação não é só ir para a escola, aprender. Quando na verdade a educação está no lar. Alguém também já disse que “seu filho aprende com o que você faz, e não com o que você diz”. E se não dermos o exemplo não teremos o resultado. Mas vamos a uma sugestão valiosa.

Já que não nos educam nas escolas, vamos fazer nossa parte, no nosso amadurecimento. E amadurecer não significa envelhecer. No profissionalismo do Les Giblin, ele diz: “As relações humanas constituem a ciência de se proceder com as outras pessoas de tal maneira que nossa autoestima e a autoestima das pessoas permaneçam intactas”. É muito importante respeitar para ser respeitado. E só respeitaremos com educação. E o mais preocupante em tudo isso, é que não ouvimos nenhum candidato, e até já eleitos, falar na educação. E quando falam, falam em construções de escolas e coisas tais.

E mudando um pouco o rumo do papo, lembrei-me de tudo isso ainda há pouco, quando me lembrei de um amigo que disse que o Brasil tem duzentos e trinta milhões de técnicos de futebol. Cara, percebi isso com os comentários que ainda ouço, dos que sabem exatamente como o Brasil teria ganhado a Copa. A verdade é que somos um País, assim mesmo, com P maiúsculo, que tem tudo para ser um líder mundial. Só nos falta a educação necessária para chegarmos lá. Quem vive a política, pessoalmente, desde a época Vargas, sabe do que estou falando. Pense nisso.

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