Opinião

Opiniao 15087

Natal feliz é Natal com Cristo! *Osvaldo Luiz

Domingo já é Natal. Nossa Igreja se preparou durante semanas para acolher o Senhor que vem. O Advento nos prepara para essa grande festa, lembrando que Jesus virá uma segunda vez. Monsenhor Jonas Abib, fundador da Canção Nova, que completaria 86 anos neste dia 21, bem que poderia ser chamado de “padre do advento”. Além da alegria do Natal, ele anunciava com insistência a segunda vinda de Cristo.

Padre Jonas sempre viveu esta época com empolgação. Lembro-me dos chamados “Natal com os pobres”, quando, após a missa, colocava um gorro vermelho e organizava a entrega de cestas básicas e um almoço para os mais carentes, em Cachoeira Paulista (SP).

O sacerdote, falecido no dia de Nossa Senhora de Guadalupe, 12 de dezembro, aguardava ansiosamente a vinda definitiva de Jesus. Sonhava com o que será o ponto alto da história humana: Jesus sendo avistado entre as nuvens, voltando para libertar os povos da terra de todos seus males e sofrimentos.

Vivia nessa expectativa. Tinha, por isso, pressa, melhor dizendo, foco. Pregava, cantava, vivia a necessidade de nos prepararmos para esse momento, com vidas transformadas, vivendo a bondade, a misericórdia e a fé.

Como o apóstolo Paulo, monsenhor Jonas de certo pensava: “viver pra mim é Cristo, morrer pra mim é ganho” (Cf. Fl 1,21). Mas, no momento mais difícil da doença que enfrentava, ele demonstrou tamanha força e vontade de viver, lutando até o fim. Seria uma contradição?

A cofundadora da Comunidade Canção Nova, Luzia Santiago, que o acompanhou por mais de 40 anos, testemunhou, antes do seu sepultamento, um dos motivos: monsenhor Jonas entendia que sua missão ainda não tinha terminado. O discípulo Jonas desejava muito se encontrar com Jesus, mas o missionário Abib pensava nos seus irmãos de Comunidade e em tantos fiéis que ainda precisavam de sua presença de pastor.

Jonas Abib vive agora seu primeiro Natal pleno e, se prestarmos atenção, poderemos ainda escutar o eco de uma frase por ele tantas vezes repetida: “Natal feliz é Natal com Cristo!”

 

* Osvaldo Luiz é jornalista, trabalha há 32 anos na Canção Nova e escreveu o livro “A Vida é Caminhar”, que relata

fatos da década de 1970 da vida de Padre Jonas Abib.

Mais um ano se despede

Afonso Rodrigues de Oliveira

“Persistem, ainda, comportamentos característicos do homem, idênticos aos comportamentos subumanos dos chimpanzés”. (Waldo Vieira)

São dois mil e vinte e dois anos que o ser humano acha e pensa que está vivendo. Quando na verdade, a Cultura Racional nos diz que chegamos aqui, sobre esta Terra em evolução, há vinte e uma eternidades. É tempo pra dedéu. E se você não sabe como se mede o tempo numa eternidade, eu também não sei. Já li um cientista explicando como se mede uma eternidade. Mas a coisa é tão absurda que não vamos assustar você. Mas o mais importante é que saibamos que estamos vivendo a era cristã. O que indica que já seria tempo suficiente para sermos uma humanidade mais civilizada. Mas ainda não acordamos e pensamos que a humanidade se iniciou com Cristo.

Você não vai acreditar, mas não faz tanto tempo, uma senhora já bem idosa me perguntou se realmente existia alguma coisa antes de Jesus. É verdade que a informação está abrindo as mentes. Só que, a meu ver, deveria ser mais esclarecedora, sobretudo menos fantasiosa. Não vamos esquentar a cabeça com esse assunto aparentemente vazio. Estamos vivendo a era cristã, e pronto. O importante é que deixemos de lado os comportamentos ainda de eras anteriores. A barbárie a que estamos assistindo no comportamento dos seres humanos, atualmente, é preocupante.

Vamos fazer nossa parte para que no início do próximo século não sejamos tão bárbaros assim. Coisas que deveríamos não ignorar, mas encarar como erros que devem ser corrigidos e não nos torturem, mas nos alerte para nosso dever. Vamos educar nossos filhos para que a humanidade progrida, porque ela está estagnada. Mas precisamos primeiramente nos educarmos para educar. Alguém já disse: “A educação é como a plaina: aperfeiçoa a obra, mas não melhora a madeira”. Só quando levarmos isso a sério, seremos capazes, para educar.

Mais um ano está passando e continuamos os mesmos. Estamos mais preocupados com os problemas do que com as soluções. Não consideramos que enquanto ficarmos pensando no problema ele conti
nuará nos torturando. E olha que o conjunto de problemas que nos tortura atualmente é praticamente o mesmo que torturou os seres da época dos chimpanzés. Vamos acordar e viver intensamente a vida que temos. Já que temos a certeza de que ela é passageira. Viva seu dia, seu mês, e o ano que é o conjunto deles. Divirta-se no seu Natal, faça com que as pessoas se sintam felizes com você na lembrança. Curta o final do ano como uma oportunidade de um ano novo, e mais feliz.

Não se esqueça de que todos nós temos o que queremos para ser feliz. Pense nisso.

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