Opinião

Opiniao 15101

No Natal, presente é estar presente.

Todos corridos, parece que o tempo acelerou as horas, os dias, as semanas, os meses, os anos. Não temos tempo para nada. Estamos açambarcados de coisas quase sempre inócuas. Perdemos tempo com coisas inócuas. Vivemos a época do descartável. Não precisa nem quebrar, basta avariar. Joga-se fora, troca-se, coloca outro no lugar. Isso serve para objetos, coisas e relacionamentos.

É Natal outra vez. Tempo de reunir, juntar, ajuntar, aglomerar, para celebrar. Mas celebrar o que mesmo? O Papai Noel e suas renas? O panetone e os presentes? Roupas novas e reluzentes?

Com o mundo cada vez mais mercantilista, onde o consumismo virou religião, falar em Jesus Cristo ficou quase démodé.

O número de agnósticos cresce no mundo todo, especialmente nos países ditos “desenvolvidos”.

 A mídia nos bombardeia a cada segundo: compra, compra, compra.

Importamos novo modismo norte americano, -mais um, a black friday, onde compramos o que não precisamos, gastando o que não temos, nos endividamos. Tempos em que tudo tem preço, nada tem valor.

Aprendi que o melhor desconto da tal black friday foi aquele que não comprei o que não precisava e economizei 100%.

Natal para mim remete ao tempo em que minha querida e saudosa mãe Dinha, com seu salário de professora primária, ia ao comércio, nos armazéns, e comprava “pano”, como era chamado o tecido e seus aviamentos. Depois íamos todos na costureira, nossa vizinha, para tirar as medidas e fazer a roupa nova de toda a família para a noite de Natal. Nossa pequena casa, com piso em cimento corrido, vermelho, era encerrado com um escovão pesado e cera parquetina vermelha. A pequena árvore de Natal verde, com ponteira dourada, bolas que lembravam casca de ovo de tão frágeis, e pisca pisca de frutinhas e papai noel. Na radiola Telefuken, pé de palito, madeira clara, togava ‘Dingo bell’.

Embaixo da árvore os presentes, que por mágica amanheciam debaixo de nossas camas de campanha no dia seguinte. Presentes de Papai Noel.

As melhores comidas que tenho registradas em minha memória gustativa vêm dessa época. Arroz com passas, farofa, pernil, torta de camarão, macarronada e peru. Detalhe, o peru era morto de véspera. Acompanhado de refrigerantes e espumante George Aubert, da garrafa verde, que à época era chamado de champanhe. E, o melhor, as sobremesas: pavê, bolos, torta fria e rabanadas. O Natal era a única época do ano que se comia nozes, tâmaras, damasco, castanhas portuguesas e queijo do reino Jong, o famoso queijo cuia.

Tudo tão simples, tão marcante. Antes da meia noite, íamos, mamãe e os filhos maiores, para a igreja do bairro para assistir à Missa do Galo.

Hoje fico a me perguntar como minha mãe, com seu minguado salário de professora primária fazia para nos sustentar. Milagre de mãe, bênçãos divinas.

Nos Natais eu ganhava carros de fricção ou de controle remoto. Tive carro de polícia, dos bombeiros, ambulância; além de Forte Apache. Quando o dinheiro dava, até autorama e ferrorama da marca Estrela, o maior fabricante de brinquedo da época, eu ganhava.

Hoje tudo mudou. Os brinquedos são eletrônicos e tecnológicos, de última geração. Crianças de dois anos se entretém com celulares e tablets.

Não via tantas pessoas passando fome em nosso entorno.

É vergonhoso e aviltante vê 33 milhões de pessoas passando fome, segundo o IBGE, em um país tão rico, um dos mais produtores de alimentos do mundo.

O Brasil com enorme concentração de renda e má distribuição, nos torna iníquos e bestiais. Sai governo, entra governo, de todas as colorações partidárias, muitas promessas, e as coisas só pioram.

Se você não tem muito para dar, dê atenção e afeto neste Natal, são coisas que nunca envelhecem, não saem de moda. E, lembre-se que celebramos o nascimento de Jesus Cristo, o filho de DEUS.

Mas é Natal, é nascimento, tempo de renovar a esperança de tempos melhores. Fico com a simplicidade da poetisa goiana Cora Coralina: “Enfeite a árvore de sua vida com guirlandas de gratidão! Coloque no coração laços de cetim rosa, amarelo, azul, carmim. Decore seu olhar com luzes brilhantes, estendendo as cores em seu semblante. Em sua lista de presentes em cada caixinha embrulhe um pedacinho de amor, carinho, ternura, reconciliação, perdão. Tem presente de montão no estoque do nosso coração e não custa um tostão”. E, lembre-se o Natal não é somente em dezembro, mas o ano todo.

Feliz Natal para todos, com saúde, fé, paz, amor, respeito e proteção divina.

Lu
iz Thadeu Nunes e Silva

Eng. Agrônomo, Palestrante, escrevinhador, cronista e viajante. O latino americano mais viajado do mundo com mobilidade reduzida, visitou 151 países em todos os continentes. Autor do livro “Das muletas fiz asas”.

É Natal!

                  

           É o mundo celebrando o nascimento de Jesus de Nazaré ocorrido há mais de dois mil anos, em Belém, na Palestina. Comemorado todos os anos no dia 25 de dezembro. É tempo de reflexão. É tempo de paz. É tempo de colher os grãos que plantamos o ano inteiro. Os grãos que são os retratos do que fomos nesse período de doze meses. Somos o somatório de tudo aquilo que diz respeito aos nossos atos como cidadãos, no cotidiano de qualquer sociedade. Portanto, vale ressaltar que é preciso cultivar as nossas lavouras em áreas férteis da concórdia, da sensatez e da tolerância. Com certeza, nada assolará as colheitas daqueles que plantarem em terras fecundadas pela generosa chuva!

         Almejamos o mundo abraçado ao manto do compartilhamento. Essa enorme mola propulsora que eleva a alma, salva e une os indivíduos.  Porque compartilhar é amar, é realizar é unir; é proporcionar horizontes inspiradores. É chegar ao ápice do entendimento humano culminando, consequentemente, com a tão almejada paz! A paz da edificação por um mundo melhor, onde o amor prevaleça na essência de todos os seres humanos! O amor sem fronteiras. Amando como os católicos, os budistas, os evangélicos, os mulçumanos, os protestantes, os anglicanos, os espíritas, os judeus e todos aqueles que imprimem suas preces para celebrar a paz. Todos nós, certamente, temos algo de bom para oferecer aos outros em qualquer lugar do mundo. Vamos comungar de todos os credos cantando a canção pela vida!

         Façamos que o Planeta Terra, este mosaico maravilhoso impregnado de vida, onde haja algum vestígio da presença humana, seja parte do grande celeiro da fraternidade e da união entre todas as pessoas. Vamos fortalecer os mais fragilizados atingidos por algum tipo de adversidade e estender o nosso longo braço em todas as direções. O braço que conforta, pacifica e restaura a vida em todas as suas dimensões! 

     Feliz Natal e muita Luz no Ano Novo de 2023!!

     Brasilmar do Nascimento Araújo * Jornalista e Poeta

     [email protected]

Uma descoberta válida

Afonso Rodrigues de Oliveira

“A maior descoberta de minha geração é a de poderem as criaturas humanas modificar as atitudes do espírito”. (Willian James)

Quando nos conscientizamos do poder que realmente temos, começamos a viver a vida como ela deve ser vivida. E só seremos timoneiros da vida quando aprendermos a vivê-la. Não tem dinheiro suficiente para comprar o presente de natal para o amigo? E daí? Por que o presente é mais importante do que a felicidade do Natal? Modifique sua maneira de pensar e modificará as atitudes do espírito. Comece não vendo o espírito como o fantasma que assusta. Aí você já começou a mudar o rumo dos pensamentos.

Tenha e viva um bom e feliz Natal. Abrace e ame com sinceridade e muito amor. Não importa nem interessa como lhe dizem que o Natal é. O que importa é que você sinta a felicidade que aprimora o seu comportamento espiritual. Divirta-se e não deixe nem permita que os dissabores sejam mais importantes nem mais fortes que seu grau de racionalidade. Somos todos os donos dos nossos destinos. Divirta-se dentro dos limites da razão. Ser feliz é estar de bem com a vida.

Sentei-me aqui ao computador para enviar um número enorme de e-mails para amigos que não vejo há muito tempo. Mas estou vivendo uma vida interessantíssima. Estou numa idade que não me permite, mesmo contra minha vontade, a ir aos eventos. E isso porque os filhos não permitem, mesmo não demonstrando isso. O que significa que já não vou, eles me levam. E como é véspera de Natal, as programações estabelecidas por eles me tiram da vereda já caminhada e conhecida. E minha programação do dia mudou drasticamente.

Mas não se preocupe, porque ainda não estou inútil. Só quero obedecer para não causar transtornos. O que eu não admitiria no âmbito familiar. E ter uma família maravilhosa como a minha, vale dizer que está vivendo a vida como ela deve ser vivida. Tudo baseado no amor, no respeito e na racionalidade. Construa sua vida com dedicação. E quando nos dedicamos, o resultado será sempre positivo.

Estou enviando um abração a todos. A meus amigos a quem eu iria enviar o e-mail, hoje, um abração e votos de muita felicidade, e que nos encontremos em breve para matar a saudade que pulou do meu coração e está escorregando pelos olhos. Mas o mais importante é que quando sentimos saudade é porque fomos felizes. E eu fui e sou, com minhas amizades. O amor perdura. Nas se destrói o amor. E quando construímos com amor, o mal não pode substituir o bem. O que nos garante força para lutar sem lutas, para vencer na vida, com amor e carinho. Viva e ame neste Natal, com amor, carinho e respeito. Pense nisso.

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