Como criar meninas que conhecem o próprio valor?
*Por Rita Cota
Todo mundo sabe o quanto empoderar é importante, mas e quando precisamos fazer isso com as nossas filhas? Já ouviu aquela frase de que “os pais são responsáveis pelo sucesso e os insucessos de seus filhos?” Pois é, a arte de educar é mais complexa do que se imagina.
O dever dos pais vai além de oferecer segurança e garantir que os direitos de desenvolvimento físico, psicológico, moral e social dos pequenos, garantidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), sejam cumpridos.
Abrir um diálogo franco com as meninas sobre os desafios que encontrarão em suas vidas, compartilhando fatos cotidianos, auxiliarão essas futuras mulheres a refletirem sobre a importância do posicionamento feminino.
Assim como os adultos precisam ser respeitados em suas individualidades, as crianças também necessitam desse acolhimento. É imprescindível que sejam valorizadas por suas competências e estimuladas a construir autonomia e protagonismo.
Por exemplo: se a mãe de Maria adora balé, mas a garotinha gosta de vôlei, então devemos oferecê-la a oportunidade de fazer as suas escolhas, mesmo que contrarie as expectativas da família e as idealizações dos pais. É através desse ato de amor que mostraremos a Maria qual é o seu lugar no mundo.
A leitura é capaz de auxiliar aos pais nessa difícil tarefa. Livros com histórias inspiradoras ajudam as crianças a buscarem exemplos, e através desse entendimento, elas aprendem a transformarem seus sonhos em realidade. Estas referências empoderam devido às histórias de superação de mulheres que enfrentaram seus próprios medos e encontraram seus lugares na história.
Meninas nascem mulheres. É necessário ensinar quais são os desafios frente ao popular epiteto “sexo frágil”, a busca pela garantia dos seus direitos na luta pela igualdade de gênero e seus deveres para que suas vozes sejam ouvidas onde quer que estejam. E esse ensinamento precioso começa desde a primeira infância.
Os pais que optarem por empoderar suas filhas, através de uma criação que respeite suas essências, capacitarão essas meninas para se tornarem mulheres inspiradoras no futuro. Quebrar os paradigmas e deixar que nossas meninas busquem o que as agrada, garantirá uma autoestima estruturada em uma rede de apoio familiar, onde os valores são legítimos e inspiradores.
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Rita Cota é escritora e mãe da Chloe, 4 anos, e Desireé, 12
Cresça e seja feliz
Afonso Rodrigues de Oliveira
“Não viva emoções mornas ou vazias. Cultive seu interior, extraia o máximo de pequenas coisas. Seja transparente e deixe que as pessoas saibam que você as estima, e precisa delas. Repense seus valores e dê a si mesmo a chance de crescer e ser mais feliz”. (Aristóteles Onassis)
O Onassis foi o armador mais intelectual e inteligente que conhecemos. É impressionante, os ensinamentos que ele nos transmite com seus pensamentos. Não é à toa que ele foi o armador mais conhecido, no século vinte. Durante os anos que trabalhei nos estaleiros do Rio de Janeiro tive a felicidade de perceber a importância profissional no mundo da indústria naval. Viajei, hoje pela manhã, neste assunto, lendo pensamentos do Onassis.
Mas tudo bem. Estamos chegando ao término de mais um ano de lutas, batalhas, perdas, ganhos e tudo mais que faz parte da vida. Até o covid-19 nos chamou a atenção para a grandeza dos pensamentos da Mirna Grzich. E um dos que mais me chamam a atenção é: “Bendita crise que traz a transformação”. Seria bom que nos concentrássemos mais nos bons resultados que as crises nos trazem. Mas há um resultado a que não damos a menor importância, que é o aprendizado. Ainda não percebemos o quanto aprendemos com as crises. E porque não aprendemos, elas dificilmente se afastam definitivamente. Continuam no ir e vir, por séculos e séculos.
É isso aí. Vamos iniciar o novo ano jogando para a lixeira, os maus momentos causados pela crise atual. Vamos viver nossas vidas com racionalidade. Afinal, somos todos de origem racional. Só ainda não aprendemos a viver dentro da racionalidade, por estarmos e continuarmos num processo lento de imunização. Ainda não aprendemos a ser o que realmente somos. Ainda não prestamos atenção à fala do Victor Hugo: “Devemos ser o que não somos, mas sem deixar de ser o que somos”. Analise esse pensamento e mude sua maneira de viver, se as coisas não estiverem dando certo. Não leve com você, para o novo ano, os pensamentos que não lhe trouxeram bons momentos neste ano. No novo ano procure ser o que você não é, mas sem deixar de ser o que é. Porque é assim que progredimos.
Mesmo não percebendo, estamos escutando, sem ouvir, o barulho na chegado do novo ano. Cabe a cada um de nós distinguir que barulho estamos ouvindo. E tudo vai depender da evolução racional de cada um de nós. Procure manter nos seus pensamentos tudo que for agradável, para festejar a chegada do novo ano, mas sem esquecer de abraçar, numa despedida feliz, o ano que sai e nunca mais voltará. Porque ele deixou muita felicidade que você armazenou durante a existência dele. Pense nisso.
99121-1460