Obesidade: o outro lado da fome
Valter Casarin
Você sabia que quase 23% dos brasileiros apresentam obesidade? Isso representa uma população de aproximadamente 50 milhões de obesos. Essa é considerada uma doença crônica, definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como acúmulo anormal ou excessivo de gordura corporal que pode prejudicar a saúde, que continua a aumentar e gera muita preocupação entre os médicos e especialistas.
Para entender melhor esse cenário, uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde (2021), mostrou que 57,25% das pessoas no país estão com sobrepeso; os homens lideram com 59,9% enquanto as mulheres representam 55%. Em contrapartida, a condição de obesidade foi maior entre o público feminino (22,6%) do que no masculino (22%). E se mostrou frequente nas faixas etárias de 35 a 44 anos (25,5%), 45 a 54 anos (26,24%) e de 55 a 64 anos (26,22%). Além disso, estima-se que esses dois fatores sejam a causa de 168 mil mortes por ano.
O que sabemos é que a obesidade é uma doença crônica multifatorial complexa. A sua causa raiz é um desequilíbrio energético entre as calorias consumidas e as calorias gastas, mas também pode ser originada por questões genéticas, em 30% dos casos; estilo de vida, com má alimentação e sedentarismo; e fatores comportamentais e psicológicos, situações geralmente levam a transtornos alimentares (TCA), como mordidelas, compulsão, anorexia e compulsão alimentar.
Essa condição ainda tem crescido entre o público infantil. De acordo com o Relatório Mundial de Obesidade, só no Brasil existem 7,7 milhões de crianças obesas, afetando 23% nas faixas de 5 a 9 anos e 18% dos adolescentes de 10 a 19 anos. Nesse caso, a doença está associada a um risco aumentado de obesidade, morte prematura e incapacidade na vida adulta. Mas, além desses riscos para o futuro, esses meninos e meninas podem apresentar dificuldades respiratórias, risco aumentado de fraturas, pressão alta, aparecimento dos primeiros marcadores de doenças cardiovasculares, resistência à insulina e problemas psicológicos.
Se por um lado, temos dados tão alarmantes sobre o excesso de peso e suas complicações, por outro podemos observar o quadro de desnutrição na população brasileira. A desnutrição é uma condição clínica em decorrência da falta ou excesso de nutrientes essenciais na alimentação. A estimativa é que o Brasil tenha em torno de 33 milhões de pessoas em insegurança alimentar. Os problemas relacionados podem ser por motivos sociais e econômicos, como por exemplo, pelo efeito ocasionado pela pandemia de Covid-19 e a má distribuição de alimentos.
Diante desse contraponto, ainda quando falamos em obesidade, podemos observar que essa condição é responsável por um grande número de patologias associadas, entre as quais encontramos principalmente: problemas cardiovasculares e respiratórios, complicações reumatológicas com dor nas articulações, distúrbios psicológicos e risco aumentado de certos tipos de câncer (mama, útero, ovário, próstata, cólon, ductos biliares).
O tratamento da obesidade requer manejo multidisciplinar de longo prazo. Em primeiro lugar o médico para diagnosticar as patologias associadas, nutricionista ou nutrólogo para definir e acompanhar as alterações dos hábitos alimentares apoiadas por um acompanhamento psicológico para tratar os traumas, causas profundas na origem das perturbações alimentares. Por fim, o apoio de um profissional de atividade física é fortemente recomendado para a retomada do esporte.
E nesse sentido, os fertilizantes desempenham uma função importante no processo da redução da obesidade, pois esse insumo é utilizado para a produção de alimentos in natura e com qualidade nutricional, o que é valorizado na reeducação alimentar das pessoas que sofrem de sobrepeso e de obesidade. Vale aqui lembrar a dica dada pelos nutricionistas e nutrólogos: “desembale menos e descasque mais”.
Outro ponto importante a se destacar é que os fertilizantes colaboram, também, com a função de aumentar a produção de alimentos, permitindo o barateamento e maior acesso por parte da população mais carente. Portanto, assim como na qualidade nutricional e para a saúde das pessoas, esse insumo é de extrema importância quando o assunto é diminuir a fome e também a insegurança alimentar.
Sobre a NPV
A NPV – Nutrientes para a Vida – nasceu com objetivo de melhorar a percepção da população urbana em relação às funções e os benefícios dos fertilizantes para a saúde humana. Braço da fundação norte-americana NFL – Nutrients For Life – no Brasil, a NPV trabalha baseada em informações científicas.
Se não gosta não faça
Afonso Rodrigues de Oliveira
“O homem é um sucesso se ele acorda de manhã e vai para a cama à noite e entre as duas coisas ele faz o que gosta de fazer”. (Bob Marley)
Estou sentindo falta dos dias vividos no litoral sul de São Paulo. Conheço aquela região desde minha adolescência. Eu adorava descer a Serra em um trem pendurado por uma corrente. Recentemente fui morar na Ilha Comprida, litoral de São Paulo. Os três anos que passei na Ilha, foram os anos mais agradáveis de minha vida. Já falei pra você o quanto me diverti e aprendi com o comportamento dos animais, observando-os curiosamente. Se você ainda não prestou atenção a tais momentos, preste. Mas faça-o com maturidade e não com sentimentalismo. Preste atenção ao comportamento de um pássaro, por exemplo, quando ele estiver cantando sobre o jambeiro. Ele tanto pode estar cantando quanto gritando. Procure observar isso.
Sei que muitos dos que leram minha matéria, falando sobre aquele pássaro que avançou contra mim e rasgou minha sacola do pão, não acreditaram. Pensaram que foi fantasia minha. Mas nunca irei esquecer aquele comportamento do pássaro. Ainda rio quando me lembro do acontecimento. Aí fico pensando o que será que aquele pássaro estava observando quando eu o atrapalhei, xingando-o por ele não estar nadando com os colegas. O cara irritou-se quando o xinguei e me atacou. Só que não me irritou. Ao contrário, me fez muito feliz em ver como um animal considerado irracional pode dar uma lição a um animal considerado racional. Legal pra dedéu.
Os momentos felizes que a gente vive podem até parecer tolice, mas não é. É só você prestar atenção com racionalidade. Aquele pássaro que rasgou minha sacola do pão também vive o eterno ir e vir. E quem vive nessa gangorra vive um processo de evolução. Comece a observar o comportamento dos animais, mas sem considerá-los animais. Eles têm seu comportamento como nós temos os nossos, cada um dentro do seu grau de evolução. Os momentos que vivi naquelas praias da Ilha Comprida ensinaram-me como viver para ser feliz.
Já lhe falei também, daquele cachorro que me encantou, na ponta norte da Ilha, com a maneira como ele levantou-se da areia da praia e foi se banhar nas ondas. Foi um momento encantador para mim. A maneira como ele levantou-se, caminhou até a água, entrou no mar e banhou-se num estilo absolutamente humano. Já lhe falei disso, então deixemos para depois. Porque tenho outro exemplo já citado, do cachorro que arrancou o bolso da minha calça e correu para se esconder. E isso foi aqui, pertinho do supermercado, em Boa Vista. Comportamentos animais que devemos observar. Pense nisso.
99121-1460