O mal em nós
A humanidade ainda está presa nos grilhões da violência e da ânsia por poder e que permite presentear o ego, a vaidade e o orgulho de maneira inconsequente. A liberdade geral deve partir de cada indivíduo, como expressava Sócrates. Todavia, não por meio da adoção de regras exteriores ou do cumprimento das convenções sociais, mas da iluminação interior e do alinhamento com a consciência superior. Não adianta brandir as mãos contra as trevas e permanecer com as más inclinações pessoais. É essencial que se acendam as luzes, da mente e do coração, para que se compreenda e aja de forma digna e responsável. Por meio da renovação dos domínios mental e dos sentimentos, perdoando, esquecendo, agindo pelo bem é que se torna possível, de forma gradativa e com o tempo, substituir o mal pelo bem.
Reconhecer o mal em nós é o primeiro passo nesta limpeza. Apenas com o olhar criterioso da consciência, legítimo tribunal íntimo, é possível combater nossas imperfeições. Quem não percebe e reconhece, não trabalha em prol das mudanças. Ou nas palavras de Carl Jung: “O que negas te subordina. O que aceitas te transforma”.
Por meio do esforço repetitivo e constante obtém-se a melhoria gradual de pessoas menos presas aos ímpetos dos instintos da violência. Somente assim é possível adentrar em nova etapa de vivência Crística. De não combater a ira com cólera, pois não se apaga a fogueira instalando ainda mais combustível. A paz de Cristo é o amor que purifica e transmuta o ser humano em luz de Deus.
Paulo Hayashi Jr. – Doutor em Administração pela UFRGS. Professor e pesquisador da Unicamp.
Megatendências ditam o novo mundo da mobilidade
As novas tecnologias mudam a forma como enxergamos o mundo e os produtos e serviços que consumimos e, além delas, há um fator ao qual precisamos ficar atentos: as megatendências. Nos negócios, é indispensável considerar a relação que elas têm com o mercado global e local, pois são elas que moldam o presente e o futuro.
Megatendências têm o poder de mudar a forma como as pessoas vivem, além da economia, cultura, tecnologia, entre outros. No caso da mobilidade, há, atualmente, duas grandes: Greener e Smarter. Isto é, nos moveremos, cada vez mais, de forma sustentável e inteligente. E o que isso significa? Podemos separar as duas tendências em mais três: ascensão da mobilidade compartilhada, digitalização e transporte tornando-se cada vez mais sustentável.
A tecnologia revolucionou a forma como nos locomovemos, com o surgimento de soluções como aplicativo de transporte individual, aluguel de bicicleta, pagamento de transporte público e até de multas de trânsito. Porém, todas essas possibilidades de modais foram surgindo em diferentes plataformas, o que faz com que o usuário tenha de baixar vários aplicativos e acabe não encontrando com facilidade o que gostaria. Dito isso, destaco a mobilidade compartilhada, em que uma pessoa pode usufruir de bicicletas e carros, por exemplo, sem ser dona desses itens. Falo de apps que trazem a mobilidade como um serviço, com diversas possibilidades de modais em uma única plataforma, de forma que o usuário possa analisar a melhor opção para o seu deslocamento, de acordo com o dia, e realizar o pagamento de forma simplificada.
A segunda tendência é a digitalização, com carros conectados à internet, que funcionam como um hub de dados. Isso tem sido um diferencial na hora da compra de um carro, pois traz uma série de benefícios, como a comunicação bidirecional, que oferece serviços variados para o dono, como acesso a streaming e destravamento automático. Quando trazemos isso para o setor de gestão de frotas, transformamos esses dados em inteligência para o negócio e apoio à tomada de decisão, que inclui ações como ajudar o gestor a identificar qual o melhor momento para realizar a manutenção do veículo, chamar um serviço de emergência e sugerir a melhor rota para abastecimento, entre outras.
A última, mas não menos importante tendência, é a sustentabilidade
Imagine um futuro com essas e outras megatendências em curso e a tecnologia ainda mais presente no nosso dia a dia e nos centros urbanos movimentados, agilizando a vida das pessoas e cuidando do meio ambiente. Devemos nos preparar agora, pois, em uma época em que tudo evolui muito rápido, se já é tendência, é também realidade.
* Douglas Pina é diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil
Falou mais do que a boca
Afonso Rodrigues de Oliveira
“Pena que todas as pessoas que sabem como governar o país estejam ocupadas a dirigir táxi ou cortar cabelos”. (George Burns)
A manhã marota de hoje levou-me a meus velhos tempos de jovem. Lembrei-me de uma série de coisas que aconteceram nas minhas infância e adolescência. Algumas até parecem ridículas, mas não são. Elas mostram como devemos mirar o caminho que percorremos. Casos acontecidos nas escolas que frequentei em Natal e São Paulo me trouxeram muitas observações que permanecem vivinhas na minha memória. Eu ainda era criança quando estudei numa escola em Macaíba, no Rio Grande do Norte. Estávamos no curso primário. A parede da escola tinha muitas fotos de grandes personalidades. A foto do José Bonifácio tinha algo parecido com a nossa professora. Uma garotinha ficava o tempo todo olhando para a foto do Bonifácio. Até que certo dia, ela perguntou:
– Professora, por que é que sua foto está aqui no meio das deles?
O riso explodiu dentro da classe. O que impediu que a professora respondesse de imediato. Mas os risos atingiram a garotinha e ela começou a chorar. A professora veio até ela e explicou que aquela foto era do Bonifácio e não dela.
O segundo caso foi já em São Miguel Paulista, em São Paulo. Eu já era adolescente e terminávamos o segundo-grau. Foi no dia do encerramento das aulas, quando comemoramos. E eu fui escolhido para falar, na entrega dos diplomas. Mas você já sabe que sou um péssimo falador. Pedi, e o professor me substituiu por um colega falador e muito aplicado. Na entrega dos diplomas, postamo-nos de pé, o diretor ao lado do garoto, os professores cada um no lugar indicado, e por aí.
Iniciou-se a cerimônia, e entusiasmado o colega iniciou seu discurso:
– Boa noite, Senhores. Eu estou me sentindo muito honrado e orgulhoso por estar participando deste evento bélico de minha vida.
Não houve risos, mas muitos sorrisos. O diretor quase pulou para a frente e ficou olhando para o garoto. Os professores sorriram, e você não imagina o sufoco que o garotão viveu, depois do evento.
Todos nós já vivemos momentos simples e que ficaram marcados em nossas memórias. Como eu gostaria de me encontrar com aquele colega de escola, para revivermos aqueles tempos que não voltam mais. Procure viver cada momento com felicidade, mesmo que ele lhe pareça desagradável. Talvez meu sentimento de alegria em me lembrar de detalhes interessante na sua simplicidade, seja pelo respeito que sempre mantive pelos acontecimentos, sejam bons ou maus. E nesses momentos me lembro do Miguel Couto: “No Brasil só há um problema nacional: é a educação do povo”. Pense nisso.
99121-1460