A tragédia Yanomami: uma questão de exclusão social!
André Naves (*)
Esqueletos vivos, doenças e muita miséria: enquanto alguns golpistas rechonchudos reclamavam, pelas redes sociais, de imaginários campos de concentração, uma ampla tragédia, convenientemente ignorada pelo poder público e pela sociedade civil, desnudava um amplo e verdadeiro esquema de violência e criminalidade que impossibilitava a reprodução dos modos de vida Yanomami.
Um esquema ilícito e mórbido de ganância levou bandoleiros, pelas mais diversas razões, a envenenarem o meio ambiente e violentarem corpos e mentes, aprisionando os povos da floresta em reais campos da morte. Eles foram excluídos socialmente: encontraram barreiras e obstáculos intransponíveis.
Muralhas à inclusão podem ser físicas ou estruturais. Essas, originadas nos preconceitos ou atitudes exclusivistas nascidas em motivos de raça, condição social, origem, orientação sexual, religiosidade ou diversidade funcional. Ou seja, esse grupo, sujeito a um ambiente de tamanha bandidagem, tinha uma deficiência de inclusão. Os limites percebidos como inerentes a essas pessoas, devem ser encarados como capacidades!
A sociedade é mais pobre sem os saberes, as práticas e os modos de vida Yanomami! A deficiência é do ambiente, e nunca das pessoas!
O ambiente deficiente, portanto, determina a exclusão social, já que contém barreiras, tanto físicas quanto sociais, que em interação com as funcionalidades pessoais de cada indivíduo levam à marginalização, à exclusão ou à inclusão precária.
Agora, cabe a nós, da sociedade civil, exercer nossa cidadania por meio da crítica, da fiscalização e da participação, nos limites de nossa possibilidade, para determinar políticas públicas que levem à construção de estruturas sociais inclusivas! *André Naves é Defensor Público Federal, especialista em Direitos Humanos e Inclusão Social; Mestre em Economia Política.
Over dose alimentar
Marlene de Andrade
“O prudente antevê o perigo e toma precauções; o ingênuo avança às cegas e sofre as consequências.” (Provérbios 27:12)
Ter cuidado com o peso corporal é uma prevenção importantíssima e nesse viés é bom que saibamos que a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica/ABESO, afirma que o Índice de Massa Corporal/IMC ideal é aquele entre 18,6 e 24,9 e que de 25 a 29,9 a pessoa já passa a ser considerada com sobrepeso.
Muitas são as causas que desencadeiam a gordura em excesso nas nossas vidas e como, exemplo, é possível citar: vida sedentária, comer rápido demais, ingerir alimentos até ficar saciado de forma desconfortável, consumir grandes quantidades de alimentos mesmo não estando sentindo fome, falta de exercícios físicos, alimentação incorreta, consumo excessivo de açúcar e, entre outros, gorduras saturadas que se apresentam nos alimentos como bacon, toucinho, carne engordurada e, por exemplo, queijos amarelos.
Ah, então não podemos comer nada disso? Não é bem assim, pois o que não se pode é ser dependente desses tipos de alimentação e ingeri-las sem receio de estar nos adoecendo de forma silenciosa e contínua.
Para não adoecermos temos que preferir alimentos naturais e aprender mastigar bem nossos alimentos, pois é na boca que se inicia a digestão. Não podemos nos esquecer de que os dentes são estruturas essenciais no processo de digestão, visto que eles cortam e amassam os alimentos e isso facilita grandemente o processo digestivo. Sem dentes os alimentos sólidos não seriam digeridos eficientemente e é por isso que os bebês se alimentam de sopinhas e líquidos como leite e sucos naturais, pois eles não nascem com dentes.
Não se pode comer de tudo que vemos à nossa frente, visto que as gorduras em excesso no nosso organismo acabam desencadeando inúmeras doenças, a saber: diabetes, hipertensão arterial, acúmulo de gordura no fígado e diversos tipos de câncer como os de mama e do intestino grosso.
A obesidade também pode causar doenças renais, asma, agravamento de doenças, dores nas articulações, interrupção da respiração (apneia), infarto do miocárdio e, acidente vascular cerebral/AVC. Além de poder ocasionar todas essas doenças, o excesso de gordura no sangue, reduz a qualidade de vida da pessoa podendo leva-la à morte precocemente.
Médica formada pela UFF
Título em Medicina do Trabalho/ANANT
Perita em Tráfego/ABRAMET
Perita em Perícias Médicas/Fundação UNIMED
Especialização em Educação em Saúde Pública/UNAERP
Técnica de Segurança do Trabalho/SENAI-IEL
CRM-RR 339 RQE 341
Coisas da política
Afonso Rodrigues de Oliveira
“Sob um governo ruim, o homem bom é um mau cidadão; sob um governo normal um homem bom é ser um cidadão bom: as duas expressões são então sinônimas”. (Dante Alighieri)
Como é que vamos ser cidadãos bons se ainda não somos cidadãos? O que já rodamos à procura de bons governos não está no gibi. Mas, como é que vamos criar bons governos se ainda não aprendemos sobre o que é ser um bom governo? E como ainda aprendizes de cidadãos, continuamos votando em candidatos que não correspondem aos nossos sonhos de cidadania. Ainda somos da civilização que quando ouvimos alguém falar muito dizemos: esse provavelmente vai ser político. Ainda somos dos que acreditam que a política é um meio de enriquecimento rápido.
Chega de blá-blá-blá. Vamos aprimorar nossa política que está no fundo do poço. Foi no início da década dos cinquentas, quando o Jânio Quadro era candidato ao governo de São Paulo que ouvi essa. Estávamos em um churrasco, em São Miguel Paulista, na residência do Vereador Tarcílio Bernardo. Enquanto a carne assava o Jânio Quadro falava mais do que a boca. E estava irritado porque alguém citou o nome do Adhemar de Barros, seu maior adversário. Enquanto o Jânio falava, eu conversava com a filha do Vereador, sentados no sofá da sala. Ela era minha amiga querida.
Enquanto conversávamos, o Deputado Emílio Carlos precisou sair para uma viagem. Na saída ele passou pela sala onde conversávamos, tocou no meu ombro e falou, referindo-se aos gritos do Jânio: “São briguinhas comadrescas”, Afonso…”. Que é o que ouvimos atualmente, sobretudo pela televisão, sobre o resultado da última eleição. Está ficando cansativo o nhem-nhem-nhem. Os políticos ainda não desconfiaram que sua tarefa é fazer o que eles devem fazer, e não ficar o tempo todo protestando e criticando administradores anteriores. Chega de papo furado. Continuamos votando em maus políticos porque não temos nada melhor. E o que precisamos é cuidar de nossa educação para que possamos querer e exigir, partidos políticos responsáveis, que nos apresentem candidatos à altura da cidadania.
Vamos respeitar o Brasil, fazendo com que o exterior o respeite no País que ele é e não deixamos que ele seja. Vamos parar de protestar em protestos sem sentido e bagunceiros. Não é com destruição nem com bagunça que iremos ser um País de cidadãos de fato e de direito. Chega de ficar tentando melhorar o País com os mesmos políticos que não conseguem fazer sua parte com civilidade. Vamos nos respeitar para que sejamos respeitados. Vamos cuidar da nossa educação política, criando uma política de verdade e com respeito. Pense nisso.
99121-1460