Opinião

Opiniao 15332

Tendinite

Marlene de Andrade

  

Não seja sábio aos seus próprios olhos; tema ao Senhor e evite o mal. Isso lhe dará saúde ao corpo e vigor aos ossos.” (Provérbios 3: 7 e 8 

  

  

tendinite  é uma inflamação que lesiona o tendão, o qual é uma fibra.  Ele é responsável por unir o músculo ao osso. Essa inflamação provoca dor e edema (inchaço) na região lesionada. Esse problema no tendão pode ocorrer em qualquer parte do corpo humano, porém ela é mais frequente no ombro, punho, joelho e tornozelo.  

Os tendões servem para controlar, e ao mesmo tempo transmitir a força dos músculos, capacitando assim à movimentação dos ossos. Nesse caso, a tendinite pode dificultar os movimentos do paciente. Como o tendão não é tão forte quanto o osso e nem tampouco elástico quanto o músculo, ocorrendo uma sobrecarga, ele é quem mais sofre.  

Tendinite não é bursite, pois as bursas são estruturas que estão muito próximas aos tendões.  Elas têm a forma de sacos cheios de líquido que ficam debaixo de um tendão, amortecendo-o e protegendo-o de uma lesão.   

Os sintomas de tendinite são: fadiga; perda da força; fisgadas; dor aos movimentos; edema (inchaço); calor; vermelhidão; formigamento; perda da mobilidade e atrofia muscular. Sendo assim, a pessoa deve, mediante esses sintomas procurar um médico e ele saberá chegar ao diagnóstico através do histórico do paciente, exame físico e, se for necessário, solicitará exames de imagem.   

As causas da tendinite podem ser por falta de alongamento, visto que assim os músculos sobrecarregam os tendões. Nesse caso as recomendações do médico e do fisioterapeuta, geralmente são: evitar movimentos repetitivos; alongar-se durante o dia; praticar exercícios físicos regularmente; não exceder a intensidade dos treinamentos; ter cuidado com o peso corporal; nunca se esquecer de alongar-se antes e depois de exercícios físicos; sempre prestar atenção na postura; evitar movimentos do local afetado; se submeter a sessões de fisioterapia; corrigir a postura; mudar hábitos nocivos à saúde e adotar pausas de forma regular.  

Em alguns casos, quando os tratamentos tradicionais falham, pode ser necessário que o médico tenha que realizar um procedimento cirúrgico, porém a tendinite quando é tratada nos estágios iniciais tem cura.   

  

Médica formada pela UFF  

Título em Medicina do Trabalho/ANANT  

Perita em Tráfego/ABRAMET  

Perita em Perícias Médicas/Fundação UNIMED  

Especialização em Educação em Saúde Pública/UNAERP  

Técnica de Segurança do Trabalho/SENAI-IEL  

CRM-RR 339 RQE 341  

  

  

  

A Competição fora do octógono entre “cara de sapato” e a Síndrome de Tourette

Psicanalista descortina sintomas do distúrbio que atinge participante

 

O BBB 23 por ser um programa que descortina emoções e sentimentos, através da exposição nua e crua a que se propõe um reality, tende a evidenciar as fragilidades humanas e traz para a tela assuntos cotidianos que a sociedade, muitas vezes, tem dificuldade em abordar.

Tanto que, quem assiste uma luta onde o paraibano Antônio “cara de sapato”, mestre em Jiu-Jitsu e artes marciais que demonstra toda sua força e garra para vencer as competições, nem imagina que o atleta, campeão brasileiro de 32 anos, enfrenta um problema relacionado à saúde mental: a Síndrome de Tourette somada a constantes crises de ansiedade.

O drama do participante acendeu o alerta em relações aos sintomas, causas e tratamentos para a Síndrome.

Em uma conversa captada pelas câmeras do reality show, o lutador contou que recebeu esse diagnóstico aos 7 anos de idade e ali viu sua vida se transformar em função dos cuidados e preocupações com a Síndrome de Tourette.

É um distúrbio neuropsiquiátrico caracterizado por “tiques nervosos ” que se manifestam de maneira involuntária, como: piscar os olhos; inclinar a cabeça; encolher os ombros; tocar no nariz; fazer caretas; movimentar de forma contínua, os dedos das mãos; fazer gestos obscenos; chutes; sacudir o pescoço; bater no peito; usar de xingamentos; soluçar; gritar; cuspir; cacarejar; gemer; uivar; limpar a garganta; repetir palavras ou frases; usar diferentes tons de voz. Ou qualquer um outro “tique”, seja motor ou vocal, mas que seja repetitivo. Pode durar anos ou seguir ao longo de toda a vida.

Existem causas genéticas e hereditárias, mas também relatos de pessoas que foram diagnosticadas depois de sofrer um traumatismo craniano ou alguma infecção ou problema cardíaco. O participante “cara de sapato’ declarou que as causas de seu problema estavam relacionadas a problemas familiares, discussões entre os pais, presenciadas quando criança. O que demonstra que a síndrome também pode se manifestar através de fatores ambientais e de desenvolvimento.

O tratamento adequado requer uma consulta especializada com o neurologista para determinar o plano terapêutico, para que o paciente se sinta confortável e livre dessas repetições incômodas. Além disso, além do acompanhamento neurológico, faz-se necessário a terapia para desenvolver um processo de reeducação cerebral, onde através de técnicas e ferramentas específicas, o profissional de saúde mental irá trabalhar com o paciente mecanismos de defesa que possam barrar as repetições e bloquear a associação de novos transtornos oportunistas, como os transtornos obsessivos compulsivos, a hiperatividade e as crises de ansiedade (também manifestadas no BBB 23 pelo participante “cara de sapato”) que atingem cerca de 40% das pessoas diagnosticadas com a Síndrome de Tourette.

Enfim, em momentos de crise de ansiedade e manifestação da Síndrome de Tourette que, em muitos casos, constrangem o indivíduo, o ideal é acolher a pessoa e provocar ações para diminuição dos sintomas físicos, como a respiração profunda, por exemplo.

A busca por ajuda com profissionais especializados é fundamental para o controle do quadro clínico a promoção de qualidade de vida. Ou seja, conhecer e reconhecer em si mesmo o problema é muito importante para buscar ajuda, objetivando a redução dos impactos negativos.

 

Dra. Andréa Ladislau / Psicanalista

Sempre em frente e chegará

Afonso Rodrigues de Oliveira

“Sucesso é caminhar de fracasso em fracasso, sem perder o entusiasmo”. (Abraham Lincoln)

Os caminhos são longos, já sabemos. E é precisamente por isso que devemos ser mais cuidadosos e preparados para a caminhada. Todos nós vivemos à procura do sucesso. Só que nem todos sabem exatamente o que é sucesso. Quantos famosos não caem na ribanceira do fracasso por não saberem identificar o sucesso. E não vamos perder tempo mencionando-os, porque você já sabe dos que estou falando.

Sucesso é ser sempre feliz. E só somos quando sabemos enfrentar e encarar o fracasso. Ele também faz parte da caminhada. Mesmo porque se não errássemos não aprenderíamos a acertar. Simples pra dedéu. O importante é que aprendamos a aprender com os erros. Você sente saudade de algum momento de sua infância e mesmo de sua adolescência? Às vezes eu sinto falta das minhas. Não foram momentos fáceis, mas muito felizes por eu ter sabido viver cada momento. E o mais importante é que vivi com simplicidade.

Recentemente eu ia saindo, à tarde, do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. Do alto do Museu fiquei olhando para a velha e bem tratada, Praça Mauá. Senti saudade. Explorei toda a Praça, lembrando-me de velhos tempos. Setenta anos já se passaram, mas os momentos não se apagaram da memória. Foi a época dos marujos-da-Praça-Mauá. Eu ainda era um adolescente, mas nos divertimos muito durante o café da manhã, no barzinho que já não existe. O café era muito raro. Eu morava em São Paulo, mas estava no Rio com frequência. E foi dos marujos que guardei o ditado: “Bronca é ferramenta de otário”. Outros eram ditos, mas fica pra depois.

Enquanto falava do Museu do Amanhã, e dos marujos da Mauá, minha lembrança caminhou pela Praça, e o bairro da Sé, em São Paulo. Desci ali pela Rua Conde de Sarzedas e parei, em pensamentos, em frente ao Museu da Justiça. Frequentei muito aquele Museu pequeninho. Mas foram momentos que não consigo esquecer. São momentos simples de nossas vidas que ficam sempre na memória, quando foram bem vividos. Não sei se já contei pra você, do dia em que eu e a Salete saímos do Museu do Amanhã, à tarde, na hora em que o Museu fechou. Ficamos sentados no banco do jardim, fitando o mar, quando a Salete quase gritou: Ai, meu Deus… esqueci minha bolsa no banheiro do Museu, e agora? Se ainda não contei esse caso pra você, contarei depois. Foi legal pra dedéu. Sobretudo a maneira legal como obtivemos a bolsa de volta sem nenhum prejuízo. Coisas e acontecimentos simples que ficam guardados na memória, para sempre. Sinta-se feliz com a simplicidade e muito amor. Pense nisso.

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