As cidades podem responder aos desastres naturais?
*Giselle Luzia Dziura
Nos últimos meses, os desastres naturais decorrentes do excesso de chuvas abalaram vários municípios brasileiros. De norte a sul, estradas desmoronaram, edificações foram destruídas, instalações públicas e privadas foram danificadas, o meio ambiente sofreu desequilíbrios e vidas foram impactadas, entre desalojados, desabrigados e vítimas de morte.
Conforme o Observatório dos Desastres Naturais, eles se caracterizam como “resultados de eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem sobre um cenário vulnerável, causando grave perturbação ao funcionamento de uma comunidade ou sociedade envolvendo extensivas perdas e danos humanos, materiais, econômicos ou ambientais, que excede a sua capacidade de lidar com o problema usando meios próprios” (https://desastres.cnm.org.br/).
De acordo com o relatório sobre zonas econômicas críticas para a economia global, realizado pela XDI, empresa de consultoria australiana, especializada na avaliação de riscos climáticos, o aquecimento global é uma das principais causas destes desastres, e o Brasil está no ranking mundial dos 50 países, juntamente com a China, Estados Unidos, Índia e Indonésia como altamente vulneráveis às catástrofes naturais. A metodologia inclui os perfis de Risco Climático Interno para o ambiente construído, devido aos perigos das mudanças climáticas: inundações ribeirinhas e superficiais, inundações costeiras, calor extremo, incêndios florestais, subsidência do solo (na seca), ventos extremos (ciclones sinópticos e tropicais) e degelo. Por se concentrar em danos e falhas de recursos no ambiente construído, esta análise não inclui os efeitos sociais, ambientais e econômicos das mudanças climáticas – como escassez de água ou impactos na produção agrícola, biodiversidade ou bem-estar humano. Não está incluído o crescimento das áreas edificadas, e tampouco a densidade da população humana.
Vemos a importância do tema também no Levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM), em relação ao mês de dezembro de 2022, em que o excesso de chuvas foi gerador de diversos prejuízos e danos. Neste período, conforme aponta do levantamento “foram R$ 931,4 milhões em prejuízos, uma média de R$ 30 milhões por dia. A Bahia foi o Estado com o maior número de registros, com 91 decretos de anormalidades, ou 37,1% do total. Os Estados de Santa Catarina e Minas Gerais registraram 43 decretos de anormalidades cada, ou seja, 17,5%; o Espírito Santo registrou 20 decretos, um total de 8,1% dos decretos”. Além disso, a CNM identificou naquele mês mais de 525 mil pessoas afetadas, sendo 15,6 mil desabrigados e 72,3 mil desalojados, decorrentes do fato gerado pelo excesso de chuvas decorrentes de enxurradas, inundações, deslizamentos, entre outros. Entre 2013 e 2022 ocorreram mais de 50 mil desastres naturais no Brasil, principalmente de origem climática, e impactaram cerca de 340 milhões de pessoas. Isso demonstra a vulnerabilidade do Brasil perante a crise climática. E, primeiramente, há que se questionar as causas para discutir algumas soluções possíveis. Será que é possível prever esse tipo de situação para que seja possível tomar medidas táticas ou preventivas? Ou ainda, até que ponto é possível realizar gerenciamento de riscos ou elaborar planos de mitigação?
Não é novidade que grande parcela destes eventos são provenientes da ação do homem. E mesmo com tantos prejuízos, há que ser otimista e concentrar esforços para que tais desastres não ocorram ou, caso aconteçam, sejam minimizados, evitando o advento de novos riscos e reduzindo os existentes. Assim, compilo algumas estratégias a serem compartilhadas, entendendo que dependem do contexto de implantação e intervenção:
ão e preservação dos ecossistemas naturais, com desenvolvimento sustentável dos ecossistemas de agricultura alimentar;
No dia 23 de março é o Dia Mundial da Meteorologia, uma data propícia para que os habitantes do planeta possam se conscientizar ainda mais sobre o impacto do aquecimento global nas cidades e que seja um alerta contra fenômenos climáticos extremos. Com isso, fica evidente a necessidade de se repensar os atuais sistemas de produção e ocupação das cidades, baseando-se em atitudes sustentáveis, no âmbito individual e coletivo, alinhado com o desenvolvimento de políticas públicas coerentes e efetivas, encontrando maneiras de utilizar os materiais de formas mais eficientes e fontes de energias mais sustentáveis.
*Giselle Luzia Dziura, arquiteta e Urbanista (PUCPR/Erasmus École Paris La Seine), Doutora em Arquitetura e Urbanismo (FAU USP), Coordenadora de Cursos Pós-Graduação (UNINTER). Coordenadora Projetos e Orçamentos FUNDEPAR, órgão do Governo do Paraná no desenvolvimento de escolas estaduais.
HIV/AIDS
Marlene de Andrade
“A vontade de Deus é que vocês sejam santificados: abstenham-se da imoralidade sexual. Cada um saiba controlar o próprio corpo de maneira santa e honrosa, não com a paixão de desejo desenfreado, como os pagãos que desconhecem a Deus.” (1ª Tessalonicenses 4:3-5)
A Síndrome da Imunodeficiência humana/AIDS é transmitida pelo vírus HIV, caracterizada pelo enfraquecimento do sistema de defesa do corpo e pelo aparecimento de doenças oportunistas.
Esse vírus foi reconhecido nos Estados unidos no meado de 1981. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2021, aproximadamente 650 mil pessoas morreram devido o HIV e mais de um milhão adquiriram esse vírus e há até crianças contaminadas por essa doença.
Essa enfermidade é crônica e danifica o sistema imunológico, o qual é um órgão de defesa do nosso organismo para regenerar lesões, combater doenças e, entre outros, promover a cura de infecções provocadas por micro-organismos.
HIV é adquirido sexualmente e também pelo uso de seringa por mais de uma pessoa, transfusão de sangue contaminado, da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, através do parto ou da amamentação e, entre outros, pelo uso de instrumentos cirúrgicos não esterilizados.
Os sinais podem ser: febre, fraqueza, emagrecimento, diarreia prolongada, gânglios na virilha, axilas e pescoço. Também ocorre perda de peso, transpirações noturnas, afecções dos gânglios linfáticos, dores musculares, dores nas articulações, feridas na boca, esôfago, órgãos genitais, faringite, sensação constante de cansaço, náuseas, vômitos, sensibilidade à luz e, entre outros, perda de peso.
A AIDS não tem cura, mas a boa notícia é que já existem medicamentos disponíveis capazes de garantir uma qualidade de vida melhor para o paciente. Devido essa doença ser grave, as pessoas precisam se relacionar sexualmente obedecendo aos critérios preventivos, éticos e morais.
É bom saber que a libertinagem carnal e o desejo imoderado de satisfazer a sensualidade são muito responsáveis pelo aparecimento, não só da AIDS, como também de outras doenças sexualmente transmissíveis. Sendo assim, prevenir é a melhor solução, porém se adoecer com essa enfermidade o médico infectologista é quem indica o medicamento mais adequado de acordo com cada caso dos pacientes.
Médica formada pela UFF
Título em Medicina do Trabalho/ANANT
Perita em Tráfego/ABRAMET
Perita em Perícias Médicas/Fundação UNIMED
Especialização em Educação em Saúde Pública/UNAERP
Técnica de Segurança do Trabalho/SENAI-IEL
CRM-RR 339 RQE 341
Na amizade e na família
Afonso Rodrigues de Oliveira
“Há pessoas que amam o poder, e outras que têm o poder de amar”. (Bob Marley)
No último domingo duas pessoas a quem prezo de verdade me levaram a esse pensamento sobre amizade. O amigo, Coronel Lima, lá em Fortaleza, e minha irmã, Zizelda, em São Paulo. Dois contatos seguidos que me chamaram a atenção. Pela manhã a Zizelda me ligou e batamos um papo divertido e cheio de risos. Até aí tudo bem. Ela e Lima não se conhecem. Mas têm as mesmas características de vida. Têm quase a mesma idade e vivem a vida como ela deve ser vivida. A Zizelda me falou, o tempo todo, sobre a bronca que ela tem sobre a maior idade. Ela sempre foi considerada a “Miss” da família. Não por vaidade, mas pelo seu estilo elegante.
No telefonema ela me falou sobre a chatice de ser idoso. E o importante é que ela fala sobre isso, divertindo-se:
– Ihh… Afonso. De que adianta você morar num condomínio de luxo e não poder viver o luxo? Eu me levanto pela manhã, tomo banho, me troco, visto meu melhor vestido para ir passear, tomo o café e fico presa dentro de casa! Faz sentido?
Ela fala tudo isso rindo como se fosse uma brincadeira, e realmente é. Embora eu saiba que ela realmente se veste bem, faz a maquiagem do dia e fica presa, porque as filhas respeitam mais a idade dela. É muito legal. Mas o que tem a vida da Zizelda com a do Lima?
Não sei se isso tem alguma coisa em comum, mas depois das risadas e da alegria com o papo da minha irmã, fiquei pensando em ligar para o Lima para saber como ele está de saúde. Coincidência ou não, não importa. O fato é que liguei para o Lima, um amigo de verdade dos amigos de verdade que tenho. E foi legal. Sem ter a menor ideia da minha conversa com minha irmã, o Lima navegou pelo oceano da maior idade. E o mais interessante é que durante as conversas nenhuma reclamação. Ambos se referiram sobre as mudanças que vivemos no caminhar da vida. Os dois me falaram que já não estão mais em condições de descer as escadas com o mesmo vigor. Os dois, o amigo e a irmã, me deram um domingo muito feliz.
Na conversa com o Lima, ele fez referência à fala do Bob Marley, que sempre uso nas minhas matérias: “Saudade é um sentimento que quando não cabe no coração escorrega pelos olhos”. É isso aí, Lima. Nada mais gratificante do que a amizade. Você em Fortaleza e a Zizelda em São Paulo foram o motivo de toda minha alegria num domingo quente pra dedéu, em Boa Vista. Que continuemos alimentando o amor que a amizade alimenta em nossas vidas, não carentes de vidas. Um abração do tamanho do mundo para os dois que admiro e respeito. O amor constrói a vida. Pense nisso.
99121-1460