Opinião

Opiniao 15639

ARTRITE REUMATOIDE

Marlene de Andrade

“Deus enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor…”. (Apocalipse 21:4)

Artrite reumatoide é uma doença autoimune, cuja causa ainda é desconhecida. Ela afeta duas vezes mais mulheres do que homens entre 50 e 70 anos, mas pode manifestar-se em ambos os sexos e em qualquer idade. Não podemos nos esquecer de que a medicina não é uma ciência exata e que cada pessoa é totalmente diferente de qualquer outra. Nem os gêmeos univitelinos reagem da mesma forma e tanto isso é verdade, que eles possuem impressões digitais diferentes. Devido a esse fato, a artrite reumatoide pode ocorrer até em jovens.

Esse tipo de adoecimento possui um mau funcionamento no sistema imunológico e se esse sistema está funcionando mal, ele passa a atacar os seus próprios tecidos. E, algo que chama atenção, é que até hoje ninguém sabe o que desencadeia uma doença autoimune.

A artrite reumatoide é uma das inúmeras doenças autoimunes e seus sintomas variam de acordo com a parte do corpo afetada. Ela afeta as membranas sinoviais que é uma fina camada de tecido com função de revestir as estruturas como as cápsulas articulares. Essas cápsulas apresentam-se com duas camadas: a membrana fibrosa e a sinovial interna. A primeira é mais resistente.

Esse problema de saúde também pode atingir órgãos internos, como pulmões, coração e rins de pessoas geneticamente predispostas. A artrite reumatoide pode ir piorando e por isso acaba deformando as articulações, prejudicando assim, os movimentos.

No início os sintomas da artrite reumatoide podem ser sutis e comuns a outras enfermidades, mas também pode ocorrer abruptamente já que em medicina tudo é possível. Os sintomas mais comuns são: rigidez matinal, grande mal-estar, perda do apetite e do peso, cansaço, febre baixa, edema nas juntas das mãos, punhos, joelhos e pés, as quais vão se deformando com a evolução dessa doença.

Toda pessoa que apresentar esses sinais e sintomas deve procurar imediatamente um médico reumatologista e jamais se automedicar, pois a falta de tratamento médico de forma contínua e também de outros profissionais de saúde como, por exemplo, fisioterapeuta piora o quadro clínico do paciente tornando-o totalmente incapaz de movimentar-se. Quanta a automedicação é totalmente contra indicada, por isso todas as pessoas que adoecem, não só de artrite reumatoide, devem sempre procurar um médico para se tratar.

Médica formada pela UFF

Título em Medicina do Trabalho/ANANT

Perita em Tráfego/ABRAMET

Perita em Perícias Médicas/Fundação UNIMED

Especialização em Educação em Saúde Pública/UNAERP

Técnica de Segurança do Trabalho/SENAI-IEL

CRM-RR 339 RQE 341

Pensando no futuro, governo, academia e iniciativa privada estudam novos parâmetros de eficiência energética

Por Homero Cremm Busnello

O Governo Federal, por meio do Ministério de Minas e Energia, está desenvolvendo novos padrões de eficiência energética, agora também para refrigeradores, freezers e outros produtos da chamada linha comercial leve, em parceria com o Inmetro e grandes fabricantes da indústria. O objetivo é minimizar o impacto dos futuros equipamentos no consumo de eletricidade, a fim de evitar a pressão sobre o meio ambiente trazida pela maior demanda na geração de energia.

Podemos traçar um paralelo com o segmento de veículos. Vamos imaginar que todos os veículos a combustão do Brasil, hoje cerca de 45 milhões, sejam todos convertidos para a eletricidade. Seria impossível dar conta da demanda por energia sem uma drástica ampliação na geração e distribuição, o que sabemos que demanda tempo, planejamento e muito investimento. Por isso existe a necessidade de se regulamentar o mercado de consumo de energia elétrica também para os veículos, assim como acontece hoje no segmento da refrigeração.

As gerações de energia solar e eólica já ocupam uma parte representativa do grid energético do país, 13,1%, dentro dos 78,1% de energia renovável que temos em nossa matriz energética [1]. Se compararmos à média mundial de apenas 28,1%, o Brasil tem uma clara vantagem competitiva. Temos um ótimo perfil geracional, o que nos leva à questão do consumo. Neste sentido, as políticas de estado devem regular as condições para que os equipamentos movidos a energia elétrica sejam cada vez mais eficientes.

Associadas ao esforço do governo brasileiro, há empresas que se concentram no desenvolvimento de sistemas refrigerados e soluções mais eficientes sob o ponto de vista do consumo energético — como a Tecumseh do Brasil, sediada há 50 anos em São Carlos, que fabrica compressores para condicionadores de ar e refrigeração.

Certos produtos, como os compressores da Tecumseh, são muitas vezes o coração de um outro produto – como um freezer, um ar-condicionado – e ajudam também outras empresas a atingirem suas metas ambientais de forma mais rápida e eficaz, desempenhando assim papel fundamental na redução do consumo de energia e da pegada de carbono de produtos fabricados por outros segmentos industriais.

Um exemplo disso são os compressores de refrigeração de alta eficiência energética da Tecumseh, que equipam os veículos elétricos, principalmente no arrefecimento da temper
atura do conjunto de baterias, aumentando sua autonomia e durabilidade, com uso de fluidos de baixo potencial de aquecimento global.

Há também outras configurações de soluções, como aparelhos eletrodomésticos, eletrônicos, lâmpadas, além de interruptores smart que são conectados à rede wi-fi e podem ser controlados remotamente ou por sistemas inteligentes.

Outros exemplos são os novos materiais condutores, que incrementam a eficiência de motores elétricos e dos próprios compressores, expandindo a capacidade e a velocidade de refrigeração de um condicionador de ar, diminuindo assim o consumo de energia quando comparado às gerações anteriores.

O que torna tudo isso possível é a estreita e intensa colaboração que essas empresas têm com universidades renomadas no Brasil e exterior e com governos e instituições reguladoras e certificadoras nacionais e internacionais, sempre em busca de soluções que reduzam o consumo energético e balizem a formação de políticas públicas voltadas à proteção e recuperação do meio ambiente.

Referência

[1] BEN 2022 – Relatório síntese. Disponível em:

 

O respeito é o básico

Afonso Rodrigues de Oliveira

“O elemento mais importante da vida em sociedade é o respeito que se tem pelo indivíduo”. (Rich De Vos)

É meio precipitado julgar o comportamento social sem analisar o crescimento populacional. A população cresce e a educação desce. Se analisarmos a queda que vem sofrendo a educação, descobriremos que necessitamos de mais ação na administração pública. E pelo que vemos nas falas dos que se sentem responsáveis, quando na verdade deveriam realmente ser, vemos que estamos vendo a vida pelo retrovisor da vida. E como seres humanos, somos inclinados ao negativismo e estamos nos deixando afundar na piroga do desconhecimento. E lá vamos nós, levados pelo desconhecimento.

Os noticiários do dia a dia, estão nos deixando alucinados, acomodados. Nem mesmo percebemos que passamos o dia todo assistindo a notícias negativas, como se o mundo estivesse na fogueira do dilúvio social. E, pelo que vemos, é provável que estejamos indo para o espaço, sem perceber. Os crimes sempre existiram e sempre existirão. Os mesmos absurdos que vemos hoje sempre aconteceram. Só não eram divulgados e em número bem inferior, devido ao número da população mundial.

Recentemente ouvimos, pela televisão, um pequeno detalhe sobre o sequestro de uma criança, em 1912, nos Estados Unidos. Faz um bocado de décadas que li esse caso, numa revista. A criança foi sequestrada, e o pai, um oficial norte-americano pagou o resgate, mas nunca recebeu o filho nem descobriu onde ele foi parar. Os criminosos continuam sequestrando e continuamos incapazes para resolver o problema mundial. E ainda não somos capazes de entender que a educação é o caminho mais curto para acerto. Só que também devemos saber que a educação não irá nos tornar racionais enquanto não aprendermos sobre a racionalidade.

Eu ainda era pré-adolescente, quando li na página do meu caderno, na escola: “A educação é como a plaina: aperfeiçoa a obra, mas não melhora a madeira”. Devemos nos educar, e educarmos, mas o mais importante é que nos preparemos para lidar com a madeira que não se aprimorou com a educação. Continuamos assistindo ao ridículo de leis ridículas e comportamentos negativos, dos que deveriam se aprimorar para lidar com o crime. Não percebemos o desencanto do policial que prende o bandido, e mais tarde ouve, pelos noticiários, que o bandido preso já tem sete passagens pela polícia. Como é que o policial pode se entusiasmar para a próxima prisão? Vamos nos educar e educar. Mas é na família que a coisa se inicia. E não deixemos de levar em consideração que as crianças de hoje já nascem no caminho da racionalidade. Pense nisso.

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99121-1460

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