Opinião

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Alerta Grave: Aplicativo Discord e o risco nas redes que ronda crianças e jovens

O “Fantástico” desta semana trouxe à tona os acessos virais de um aplicativo que suscita riscos graves para a saúde física e mental de nossos jovens e crianças: Discord.

Os acessos viraram uma “Trend” e a reportagem especial do dominical da Rede Global, investiga os perigos por trás desse aplicativo de mensagens que se tornou muito popular entre os jovens. Em conversas no Discord, menores de idade são expostos a situações de importunação sexual, incentivo à automutilação e crueldade contra animais.

O famoso “Discord” se tornou palco de desafios extremos e traz em seu conteúdo vídeos perturbadores. É uma plataforma gratuita com interações, no mínimo, violentas, onde, como mencionado na reportagem, criminosos anônimos incentivam crianças e adolescentes a praticarem desafios que envolvem automutilação e até mesmo pedofilia.

Mas o que está por trás dessas tendências e buscas virais por este tipo de aplicativo extremamente perigoso? Porque situações destrutivas e que suscitam riscos á saúde física e emocional, podem viralizar entre nossas crianças e adolescentes? Qual o gatilho motivador faz com que eles busquem acompanhar e fazer parte destes aplicativos?

Psicanaliticamente falando, devemos lembrar que o ser humano possui o desejo inerente do pertencimento. Uma necessidade de pertencer a alguma tribo ou a algum grupo. Esses jovens e crianças ainda estão passando pelo processo de construção de sua personalidade e tendem a ter mais aflorado esse desejo de fazer parte de algum tipo de “comunidade”.

Motivo pelo qual, os pais ou responsáveis devem manter uma rotina de diálogo, uma comunicação aberta, uma escuta ativa, além da abertura da possibilidade e flexibilização para que os filhos possam externar seus sentimentos e suas emoções. Sem dúvida alguma, através do diálogo é possível investigar qual a motivação leva esse indivíduo a se aventurar por ações coletivas duvidosas, viralizadas nas redes sociais.

Um outro aspecto, muito importante, tem chamado a atenção já há algum tempo: a busca pela popularidade. Ser popular, ter a atenção de todos, ser querido, ser o “bom” ou a “boa”, ou mesmo ser notado. Um tipo de comportamento que denuncia sinais de autoestima baixa, complexo de inferioridade ou fobia e neurose relacionados à rejeição.

E ainda podemos levantar mais alguns questionamentos relacionados à motivação: será que esse indivíduo não está buscando ser notado, por não estar sendo visto ou acompanhado em casa? Precisa chamar a atenção de seu entorno pela impossibilidade de se expressar e ser compreendido por todos?

A subjetividade mostra que muitas são as perguntas e diversas podem ser as respostas. Mas, não podemos fechar os olhos ao que tem sido ofertado aos jovens. Pois, visto toda a urgência e velocidade tecnológica que estamos vivenciando nos últimos anos, existe uma necessidade iminente dos pais estarem atentos ao que é consumido pelos filhos nas redes sociais.

Estão se alimentando de que tipo de conteúdo? Estão gastando tempo e energia com que tipo de informação? Esse controle mais presente, recheado de diálogo e informação e sem imposições, é fundamental para que não sejam influenciados por ações destrutivas que possam afetar seu equilíbrio físico e emocional.

Por fim, o âmbito familiar é a base de construção do caráter, da personalidade, dos valores e do comportamental de nossos adolescentes. É preciso muita atenção com o que permitimos de acesso por nossos filhos.

Os perigos fazem parte da vida e a sabedoria está em fortalecer a comunicação, a educação e a formação do caráter e do estado emocional desse indivíduo que, muitas vezes clama por socorro, pede limites e acena por atenção e pela possibilidade de poder posicionar sua voz em muitos momentos.

Basta que estejamos dispostos a ouvir e atender aos apelos silenciosos. Desta forma, podemos evitar a proliferação de um exército de adolescentes perdidos e sem foco, afundados em abusos e excessos, consumidos através das redes sociais.                                       

  Dra. Andréa Ladislau / Psicanalista

O poder do humor

Afonso Rodrigues de Oliveira

“O bom humor é contagiante: espalhe-o. fale de coisas boas, de saúde, de sonhos, com quem você encontrar. Não se lamente, ajude as outras pessoas a perceber o que há de bom dentro de si”. (Aristóteles Onassis)

E todos nós podemos escolher entre o bom humor e o mau humor. Porque os dois têm o mesmo poder. O bom humor leva você para o bem, o mau humor pode levá-lo para o mal. Simples pra dedéu. Uma cara-amarrada já indica que você não está numa boa. E talvez você esteja somente sem condições emocionais de controlar sua vida. E o pior é que com a cara-amarrada você está transmitindo o mau humor para as outras pessoas. E, por incrível que pareça, muita gente cai nessa. Estou apostando que você já ouviu o que eu já ouvi de alguém, o efeito do contágio. Acredite, mas já ouvi isso: a cara feia daquele cara tá me fazendo mal.

Esteja sempre de bem com a vida. E tudo está dentro de você. Tanto o bem quanto o mal. Tudo depende de sua capacidade de dirigir sua vida na vereda da racionalidade
. Não importa nem interessa onde você está, o que realmente importa é como você está, dentro da racionalidade, no nível em que você se encontra. O que leva você a respeitar o nível das outras pessoas. Porque cada um de nós está no seu nível de racionalidade. E quando entendemos isso respeitamos as outras pessoas, independentemente das diferenças nas suas atitudes.

Não permita que os maus momentos façam de você um títere de você mesmo, ou mesma. Vamos entender isso para irmos, pouco a pouco, eliminando a cafonice dos preconceitos. Só quando entendermos que somos todos iguais nas diferenças seremos iguais. Quando você discrimina o preto porque você é branco, você está naquela do Bob Marley: “Enquanto a cor da pele for mais importante do que o brilho dos olhos, haverá guerra”. Que é o que você faz na discriminação.

Cuide do seu bom humor como uma proteção para a sua saúde. E você não precisa ser um humorista para viver seu bom humor, nem o passar para as outras pessoas. Você pode estar fazendo alguém feliz, com um simples sorriso. O importante é que o sorriso tem que ser sincero e contagiante no humor. Ajude as outras pessoas a serem felizes. E a simplicidade é um elemento importantíssimo para a felicidade. Viva seu dia, hoje, como se ele fosse o último. Porque, na realidade ele é o último. Você nunca irá encontrar seu dia de hoje, amanhã. Ele já se foi e deixou para você o que você plantou durante as vinte e quatro horas do dia que passou. Vá sempre em frente sem olhar para trás. O passado já passou. E dele só interessa o que ficou de melhor. E o bom humor indica isso. Pense nisso.

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