Opinião

Opiniao 15869

O Deus multiforme de Cioran

João Paulo M. Araujo

Em seu ensaio sobre Cioran, Fernando Savater escreveu “Nenhum tema é mais presente na obra de Cioran que o de Deus. (…) O que não tem nada a ver com uma ‘preocupação religiosa’” (SAVATER, 1974). No plano prático, podemos caracterizar Cioran como um pensador da negação, um anti-filósofo. Sua tarefa mais essencial, para usar as palavras de Susan Sontag (1969), foi pensar contra si próprio. Portanto, se há um elemento comum no pensamento de Cioran, esse elemento pode ser caracterizado como uma forma de reflexão que despreza qualquer pretensão filosófica de sistematizar o saber, uma vez que isso implica no engendramento de concepções metafísicas cuja realidade repousa na especulação. Com isso há também em Cioran, um elemento cético, que o impede de se comprometer com descrições filosóficas que extrapolem os limites da experiência imediata.

Sua escrita aforismática e fragmentária remete em grande parte às suas experiências de vida, desde o fanatismo político em sua juventude, passando pelas suas extasias musicais até o total desengano da existência. Por isso, nas palavras de William H. Gass a obra de Cioran pode ser lida como uma espécie de romance filosófico cuja miríade fragmentária de temas atuais podemos citar a alienação humana, o absurdo da existência, o tédio, a futilidade, a decadência, a tirania da história, a consciência como agonia e a razão como doença. Do estorvo que é ser no mundo ao pior crime que alguém pode cometer (gerar uma vida), vemos em Cioran um movimento circular que sempre retorna para um problema mal resolvido ou intencionalmente colocado: Deus. Traçar os sentidos de Deus no pensamento de Cioran não é uma tarefa fácil, mas, nos permite entender como o conceito do Deus judaico cristão é uma peça multiforme no jogo de considerações acerca da existência e decadência humana. Deus afirma Cioran (1937) “é um desespero que começa onde todos os outros terminam”, e nesse sentido anuncia que o destino do homem é esgotar a ideia de Deus. Isso faz com que a ideia de Deus seja considerada por Cioran como a mais prática e perigosa já concebida, por causa dela, a humanidade estará salva ou perdida.

Cioran reserva à ideia de Deus a encarnação de todas as nossas mazelas, desde a nossa queda do Éden, a uma falsa e ilusória busca de reintegração. Nesse sentido, seu antinatalismo possui ecos profundos com a metáfora da criação divina.  O mal do mundo não é mais um problema filosófico, senão que um fato desde sempre consumado por aqueles que nunca se deixaram iludir pelos sofismas de filósofos e profetas. O mal está no homem, imagem e semelhança de Deus, este por seu turno, lhe confere carne ontológica para a realização de suas ações. Deus é um malvado demiurgo, para pegar emprestado o título de uma de suas obras. Em Confissões e Anátemas, sua última obra datada de 1987 temos a seguinte consideração: “Deus não criou nada mais odioso para ele do que este mundo e, desde o dia em que o criou, ele não olhou mais para sua criação de tanto que a odeia”. O místico mulçumano que escreveu isso, não sei quem era, nunca saberei o nome desse amigo.”

Em sua obra “O breviário de decomposição”, Cioran (1949) se apresenta como um anti-profeta afirmando: “Em todo homem dorme um profeta e, quando ele acorda, há um pouco mais de mal no mundo…” e continua, “A loucura de pregar está tão enraizada em nós que emerge de profundidades desconhecidas ao instinto de conservação”. Portanto, “o profeta em cada um de nós é o grão de loucura que nos faz prosperar em nosso vazio”. Nossa tragédia, diria Cioran, consiste em termos nos tornado autoconscientes.   

Em seu movimento de negação de imagem e semelhança do criador “desfazer, descriar, é a única tarefa a que o homem pode se dedicar, se ele aspira, como tudo indica, a distinguir-se do criador” (CIORAN, 1973). No entanto, contraditoriamente, em alguns momentos a relação do homem com o criador deve ser tomada como uma experiência de semelhança. O Deus de Cioran é permeado de contradições, “existe um Deus no início, ou pelo menos no fim, de qualquer alegria” (CIORAN, 1973). Por outro lado, se Deus for apenas uma fábula humana com o intuito de estabelecer relações de dominação ou, até mesmo, um psicotrópico para suportarmos nossa consciência de finitude com delírios metafísicos da vida eterna, as contradições que encontramos em Deus não são senão as contradições que encontramos em nós mesmos. Todavia, curiosamente e paradoxalmente, Cioran se vê em Deus, mas sem acreditar nele, ou quando isso é possível, para o pensador franco-romeno você só pode amar a Deus odiando-o. Portanto, há em seu pensamento, uma obsessão de Deus, um sentido vingativo da existência, uma revolta metafísica.  

O ocidente, afirma Cioran, fez uma terrível escolha, escolheu a fé, mas na prática seguiu as forças obscuras do conhecimento; parafraseando Shestov (1866-1938), Atenas venceu a batalha histórica contra Jerusalém. Nesse sentido, é comum encontrar em seus escritos um insistente confronto entre conhecimento e fé, ateu e santo. Em Lágrimas e Santos, Cioran (1937) toma por objeto a experiência religiosa dos santos e místicos. Em seus desejos de conhecer a Deus e de unir-se a ele, muitas vezes suas experiências apontam para o nada, algo avesso às descrições religiosas dos atributos e potencialidades de Deus. Em uma de suas passagens temos: “A mística oscila entre a paixão do êxtase e o horror do vazio. Não se pode conhecer o primeiro sem haver conhecido o segundo. (…) A alma, uma vez madura para uma vacuidade duradoura e fecunda, se eleva até o desaparecimento total. (…) O êxtase é uma presença total sem objeto, um vazio pleno. (…) O vazio é a condição do êxtase como o êxtase é a condição do vazio” (CIORAN, 1937).

Cioran confere a experiência mística e ao nada uma relação de bi implicação lógica onde um elemento é condicionado pelo outro e vice-versa. Essa obsessão dos místicos e santos pelo absoluto revela nas palavras de Cioran um gosto pela autodestruição, pela erradicação da identidade pessoal. Em outros momentos, o sentimento religioso revela uma fuga ou enfrentamento de si: “Sempre que nosso cansaço do mundo assume uma forma religiosa, Deus é um mar no qual nos abandonamos para esquecer de nós mesmos. A imersão no abismo do divino nos salva da tentação de ser o que somos” (CIORAN, 1937). Com o niilismo, algo parecido ocorre, de acordo com Cioran (1937), todos os niilistas tiveram problemas com Deus, uma espécie de prova que lhes aproxima com o nada da divindade. Aqui cabe a pergunta: Dada as considerações acima, seria Cioran um místico sem Deus? Em outro texto bastante conhecido intitulado “Do Inconveniente de Ter Nascido” podemos ler: “Com que direito se põe vocês a rezar por mim? Não preciso de um intercessor, desvencilhar-me-ei sozinho. (…). Não consigo tolerar que se inquietem com a minha salvação. Uma vez que receio e fujo dela, nada é mais indiscreto do que vossas orações!” (CIORAN, 1973).

Para Cioran, nenhum Deus pode nos salvar, mas talvez nós possamos salvar Deus. A teologia e a religião são a viva prova disso. Suas provocações não escapam nem em suas considerações sobre a música, considerada por ele como um dos pilares que nos ajuda a suportar a vida. A relação estética do divino com a música é algo que acompanha a filosofia de Cioran. Quando fala de Bach (1685-1750), Cioran o eleva a uma condição divina. Em Lágrimas e Santos afirma: “Quando ouvimos Bach, vemos Deus germinar. Sua obra é geradora de divindade” (CIORAN, 1937). Ele afirma que os teólogos e filósofos perderam tantos dias e noites buscando provas da existência de Deus e esqueceram a única, a que se manifesta através da música (de Bach). Sua admiração e paixão por esse clássico compositor não é abalada pelo tempo. Em Silogismos da Amargura, (escrita 15 anos depois) nos é conhecida a emblemática passagem na qual Cioran afirma “Sem Bach, a teologia careceria de objeto, a Criação seria fictícia, o nada decisivo. Se alguém deve tudo a Bach, sem dúvida, é Deus” (CIORAN, 1952). Bach sempre ocupou um lugar de divino no pensamento de Cioran, aqui, o divino é aquilo que não muda e que sempre retorna. Passados 35 anos desde a publicação de Silogismos da Amargura, Bach reaparece como um arquétipo do divino, daquilo que jamais muda. Nas Confissões e Anátemas (1987), eis o horizonte que Cioran nunca deixou de perseguir: “O ideal seria poder repetir-se como… Bach” (CIORAN, 1987).

Há um elemento de transcendência e êxtase em Cioran quando lemos suas observações sobre a experiência musical. No Livro das Ilusões, escrito quando tinha apenas 25 anos, Cioran descreve sua experiência estética musical interior como uma perca de atração pela materialidade, uma fatalidade cósmica que lhe atira num espaço de miragens. Todavia, o estado musical não pode ser tomado como ilusão, pois, segundo Cioran, “nenhuma ilusão pode dar uma certeza de tal amplitude, nem uma sensação orgânica de absoluto” (CIORAN, 2014). Como ele mesmo define o seu êxtase musical: “Sinto que perco matéria, que caem minhas resistências físicas e que me dissolvo em harmonias e ascensões de melodias interiores. Uma sensação difusa e um sentimento inefável me reduzem a uma indeterminada soma de vibrações, de ressonâncias íntimas e de envolventes sonoridades” (CIORAN, 2014).

Para Cioran o homem não pode ser essencial senão na infelicidade, entretanto, de acordo com o filósofo franco-romeno, Mozart pode ser um alento que nos atrairia para uma dimensão mais serena, embora passageira, de felicidade. Mozart representaria nas palavras de Cioran “intervalos em minha infelicidade” e que por sua vez, “me revelou o que eu poderia ser se não fosse obra da dor” (CIORAN, 2014). No entanto, o elemento de transcendência maior sempre ocorre através da obra de Bach. Portanto, não há nada de natural na música de Bach para Cioran (2014), pois sua música não tolera nem as aparências, nem a passagem do tempo. Sua música é uma expressão da queda na temporalidade, uma nostalgia do paraíso perdido. Bach, dirá Cioran mais a frente “é uma outra palavra para o sublime, e a palavra apropriada para o consolo” (CIORAN, 2014).

Mas o que representa Deus em seu pensamento filosófico? Trata-se de uma questão cuja resposta não pode ser determinada. Dado o caráter multiforme que a palavra Deus simboliza, é difícil escolhermos uma face que represente de maneira peremptória o que pretende exatamente dizer Cioran. A esta altura já sabemos que essa estilística também faz parte do caráter fragmentário de seu pensamento, todavia, são fragmentos que se intercomunicam, que se repetem, retornam. No que concerne a esse ponto, o próprio Cioran reconhece como é difícil esgotar a ideia de Deus. Em mais uma passagem de Confissões e Anátemas, temos a seguinte declaração: “Abuso da palavra Deus, emprego-a muitas vezes, repetidamente. Faço isso cada vez que alcanço uma extremidade e preciso de um vocábulo para designar o que vem depois. Eu prefiro Deus ao Inconcebível” (CIORAN, 1987).  

Portanto, sem Deus, grande parte de suas considerações filosóficas perdem o sentido. Em sua filosofia, tudo converge numa indigestão com o divino em um círculo quase que vicioso. As contradições nos labirintos de sua linguagem, nos conduz a muitas paisagens da experiência de existir. Como já foi mencionado, esse traço cético, multiforme, aforismático e fragmentário é algo muito comum em seus escritos. Como afirma Ion Dur “Cioran é o nome de um jogo único de máscaras: o disfarce é sua verdadeira natureza. Máscara e ambiguidade definem fundamentalmente Cioran” (DUR, 2018). Talvez, Cioran seja um desses autores para nos dedicarmos apenas em momentos de melancolia e desespero, só assim não seremos tão afetados, pelo contrário, isso faria com que nos sentíssemos menos sozinhos em nossas angústias. Trata-se de um bálsamo, um sentimento de comunidade intersubjetiva de nossas melancolias. Num mundo onde a felicidade é uma constante promessa, um produto na vitrine para ser consumido, um lugar ao sol com o mote de “vencer na vida”, vejo em Cioran um pálido brilho de lucidez cercada por uma escuridão, ainda necessária.

João Paulo M. Araujo é professor de filosofia da UERR

Precisamos ampliar a conversa sobre as mulheres mães no mercado de trabalho

*Thatiana Soto Riva

O mês de maio é uma época propícia para discutirmos sobre a parentalidade. Apesar de parecer um conceito recente, parentalidade diz respeito às ações realizadas pelas pessoas que possuem a responsabilidade de cuidar de uma criança assegurando sua proteção e adaptação familiar e social.

Não necessariamente a parentalidade vai acontecer por meio da maternidade, por isso, o Dia das Mães, celebrado no segundo domingo de maio, é uma data que já não é mais comemorada por muitas organizações devido à ausência da figura materna na configuração das famílias contemporâneas. Por isso, vemos a priorização do Dia da Família, instituído pela ONU em 1993, que acontece em 15 de maio e homenageia a relação afetiva entre as pessoas que tenham ou não laços sanguíneos. Um conceito que se baseia no amor, na ajuda mútua, na partilha e que promove a formação de valores em cada um de nós.  

E mesmo que estejamos avançando nessas novas perspectivas das relações, ainda se faz muito necessário fomentar a conversa sobre a maternidade no mercado de trabalho. O impacto da maternidade para a mulher ainda gera mais complexidade nesse papel social quando comparada ao papel do homem exercendo sua paternidade. É fato que existem questões biológicas que demandam mais da mulher no nascimento de uma criança para aquelas que optam em gerar um bebê. Toda chegada de uma nova criança, nas suas diferentes formas, exige adaptações. A questão é que ainda existem questionamentos sobre o desempenho dessas mulheres no mercado de trabalho. Muitos gestores ainda pensam: será que essa pessoa da minha equipe ainda conseguirá desempenhar suas atividades profissionais com tamanha qualidade após a licença maternidade? Será que ela continua com as mesmas ambições de crescimento depois da maternidade? E nossa percepção é que esses questionamentos são geralmente direcionados mais à mulher que inicia a maternidade do que ao homem que inicia a paternidade.

Os números são avassaladores em relação a essa questão. Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), 40% das mulheres ainda perdem o emprego logo na volta da licença maternidade ou nos dois anos seguintes. O mesmo estudo aponta que os efeitos desse fenômeno são prolongados e persistentes. As mulheres voltam a ter a mesma probabilidade de estar no mercado do que tinha antes de se tornar mãe só quando seu filho ou sua filha completa 18 anos de idade.

A licença maternidade não pode ser uma marca negativa na história profissional de uma mulher. É fato que a maternidade, seja ela biológica ou por meio da adoção, muda a rotina e o olhar de uma mulher. Não somos a mesma pessoa após a experiência de ter a responsabilidade sobre o desenvolvimento de uma criança. Mas essa transformação não deveria ser vista como um obstáculo, mas sim como uma evolução por desenvolver na mulher mais habilidades comportamentais como flexibilidade, criatividade, inteligência emocional e muitas outras.

Diante do exposto, tenho orgulho em trabalhar em uma empresa que valoriza as mulheres em suas diferentes fases de vida. Nós temos inúmeros exemplos de contratação de mulheres grávidas, promoção de mulheres em período ou retorno de licença maternidade (como aconteceu comigo) e outras situações em diferentes momentos de vida profissional de uma mulher sem que a maternidade tenha sido um problema em suas carreiras. Hoje, 38% das mulheres que trabalham na Votorantim Cimentos no Brasil são mães.

Temos o compromisso de chegar a 30% de mulheres em cargo de liderança no Brasil até 2030. Acreditamos que para chegar lá precisamos dar suporte no desenvolvimento de carreira das nossas mulheres no mercado de trabalho, além é claro, de trabalhar com toda a organização para criar um ambiente inclusivo. Um exemplo de iniciativa com nosso público feminino é que, há quatro anos, criamos o Lidera VC, que é um programa com foco no desenvolvimento de mulheres líderes. Abordamos diferentes temáticas na formação a partir da perspectiva de gênero e inclusão, como estereótipos de gênero, negociação, liderança inclusiva, liderança estratégica e imagem profissional. No final deste ano, prevemos formar 250 mulheres no programa.

Na minha experiência pessoal, entendi que a maternidade nos convida para novos aprendizados e competências, e que isso acontece de forma particular para diferentes mulheres. Esse é um olhar muito individual dentro da trajetória de carreira profissional da pessoa, mas tenho clareza de que a chegada de um(a) filho(a) traz uma nova lente sob a ótica do trabalho. As prioridades mudam e surgem novos olhares e habilidades para lidar com novas situações da maternidade. Sempre fui apaixonada pelo meu trabalho, pelos projetos e me dediquei muito a isso. A chegada da minha filha trouxe uma nova perspectiva. Me desafiou a ser cada vez melhor como mulher, como mãe e como profissional. A gente aprende a somar as paixões, dividir as atenções, a gente se reinventa. E se reinventar só gera mais valor, todo mundo ganha. A maternidade e todas as suas implicações não podem ser um peso que determina a trajetória profissional de uma mulher, mas sim, um momento para um novo ciclo, novos desenvolvimentos e novas jornadas para toda rede impactada.

*Thatiana é gerente geral Global de Desenvolvimento Organizacional da Votorantim Cimentos

Não passe pela vida, viva-a

Afonso Rodrigues de Oliveira

“Não passo pela vida… e você também não deveria passar! Viva!!! Bom mesmo é ir à luta com determinação”. (Charlie Chaplin)

O importante não é passar pela vida, é vivê-la. E viver intensamente, com amor e perseverança. Todos nós, em cada um de nós, já vivemos momentos difíceis e quase insuportáveis. Mas todos os que souberam encarar e vencer as dificuldades são, com certeza, os mais fortes. O valor da nossa vitória está no valor do nosso opositor, ou inimigo. Então vamos estar sempre preparados para a luta. Mas, “Não vá meu bom Deus, pensar que a guerra que estou falando é onde estão se encontrando tanques, fuzis e canhões. Refiro-me à grande luta em que a humanidade, em busca da felicidade combate pior que leões”. Pena que não sei quem é o autor dessa letra de uma das músicas encantadoras, de minha infância. Mas as aspas lhes dão o devido respeitam.

A saudade me empurrou para a lembrança da música, porque nunca consegui, nem quero conseguir esquecer das belezas que vivi na minha infância. Sobretudo nas escolas maravilhosas em que estudei e fui feliz. Foram momentos que me enriqueceram mentalmente, com os momentos felizes e que também me trouxeram dificuldades inesquecíveis. Mas consegui superá-los. Já fui feliz, também Já amei e fui amado, fui decepcionado e decepcionei, perdoei e fui perdoado. Atividade e atitudes que engrandecem, quando somos capazes para entender as veredas curvas da vida.

Ontem comemoramos mais um “Dia das Mães”. Uma comemoração que sempre nos levara aos velhos anos passados, quando vivemos o calor do abraço carinhoso das nossa Mães queridas.

Vamos em frente, caminhando pelas lembranças dos nossos passados que nos trouxeram felicidade e as arquivaram em nossos pensamentos. O que nos orienta para não perdermos tempo com lembranças de maus momentos já passados. Mesmo sabendo que eles podem voltar vez por outra, não devemos nos preocuparmos. O importante é que vivamos cada momento de nossas vidas com muito amor e respeito.

O político Laudo Natel disse com muito amor: “Saudade é a presença da ausência”. E é muito gostoso sentir saudade. Porque só sente saudade quem foi feliz. Mas não vamos confundir a saudade com sentimentalismo, ou coisa tal. O Bob Marley também nos disse: “Não viva para que sua presença seja notada, mas para que sua falta seja sentida”. E para que sejamos lembrados do passado, é preciso que vivamos para a eternidade. O que não é impossível desde que nos valorizemos no que somo para sermos eternos. Tenho uma história muito conhecida sobre a verdade deste pensamento, mas não tenho mais espaço. Pense nisso.

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