Opinião

Opiniao 16 09 2015 1450

Juros altos, perdas e danos (Parte II) – Rodrigo Rodrigues Silva*Considerando que as taxas de juros no Brasil são altas, independente da sua natureza, devemos avaliar no período recente a seguinte relação: se pegarmos os anos de 2012 a 2013, mais especificamente no período de 07.03.2012 até 27.11.2013, os juros da taxa Selic foram fixados abaixo de dois dígitos. Entre os períodos de 10.10.2012 até 17.04.2013 ficamos no patamar recorde de 7,25%. Se olharmos a inflação nesse período podemos notar uma elevação acentuada em torno do teto das metas de inflação definidas pelo banco central, estourando a meta esse ano. A dívida pública bruta também aumentou de 56,4% do PIB em Julho de 2013 aos atuais 64,3% de junho do presente ano com tendências de aumento para os próximos períodos, onde todas as projeções apontam a marca recorde acima de 70%. Tendo em vista que o governo não conseguirá fechar as contas esse ano, é líquida e certa a perda de grau de investimento pelas agências internacionais de avaliação de risco. Ficará difícil arrecadar recursos no exterior, o que pode influenciar uma retomada nos aumentos dos juros futuramente.

Então temos dois fatos desse cenário: o Governo brasileiro se preocupou pouco com a inflação nesses últimos anos e aumentou os gastos públicos. Hoje, perdemos o controle sobre estas duas variáveis, isto explica em parte a subida das taxas de juros. Mas, a “tragédia grega” desta situação é que precisamos controlar a inflação e, ao mesmo tempo, controlar gastos públicos. Portanto, a administração federal se colocou numa situação onde se correr o bicho pega se ficar o bicho come.

Subindo juros para frear a inflação retrai os investimentos reduzindo a atividade econômica, por outro lado, a queda do crescimento econômico reduz a arrecadação do governo aprofundando o déficit. Os juros altos aumentam os gastos com serviços da dívida (pagamento dos juros) ampliando o próprio endividamento público. Então, tentando encontrar uma saída, o governo decidiu aumentar impostos, contudo isso também contrai a atividade econômica que novamente diminui a arrecadação. Uma verdadeira armadilha auto infligida.

Agora precisamos perguntar por que, quando tinha a oportunidade, o governo não controlou a inflação e seus gastos para evitar esta situação atual insustentável. O primeiro mandato de Dilma Rousseff tem dois atores que devem fazer parte da memoria recente do público, o Sr. Guido Mantega Ministro da Fazenda e o Sr.

Alexandre Tombini presidente do Banco Central do Brasil. Essa dupla representa dois braços da política econômica: a fiscal e a monetária. Principalmente pelo lado das finanças públicas (papel que coube ao ministro Mantega) o governo foi tomado por um pensamento conhecido como Desenvolvimentista, uma mistura da velha fé marxista recauchutada com o populismo bolivariano, com uma dose cavalar de má interpretação do trabalho do celebre economista inglês John Maynard Keynes, que se fosse vivo provavelmente afirmaria: “não sou Keynesiano!”. Este new desenvolvimentismo, acreditava que pelo lado da expansão dos gastos públicos somado a um arrefecimento dos juros para garantir o crescimento econômico, nós tornaria, portanto, num país próspero. A submissão do Banco Central aos interesses do Planalto Central foi a formula básica para que o controle da inflação fosse deixado de lado em troca de um suposto crescimento milagroso.

Entretanto, os gastos públicos tinham outro endereço que não a infla estrutura produtiva do país, se localizou na copa do mundo e olímpiadas que davam imagem e marketing ao governo e a um leque de gastos sociais como bolsa família e minha casa minha vida (importantes no sentido integrar pessoas de baixa renda no processo produtivo, mas que o governo utilizou indiscriminadamente com fins políticos e de dependência das camadas mais pobres da população, com a imagem arrogante de serem os únicos capazes de prover tal política). Portanto, num projeto político megalomaníaco de aumentar a participação do Estado na economia como motriz do crescimento econômico, acabou pelo contrário, se tornando um peso que esta afundando e levando consigo TODOS os brasileiros. Nesse quesito, podemos dizer que o governo atingiu certa igualdade de resultados, pois o indivíduo será afetado independente da sua classe social, gênero, cor ou religião; mas que sem dúvida nenhuma terá impacto nos mais pobres. Esse é o legado do partido que se dizia representante dos trabalhadores.

Logo, os juros altos junto com a inflação crescente é o retrato desta triste situação de crise que o Brasil se encontra, uma crise de caráter econômico que se tornou político, mas que em breve será social. Abandonar os pilares macroeconômicos em troca de um sonho de uma noite de verão foi um erro que no máximo custará à renúncia da presidente e olhe lá! De certo que para o Brasil e os brasileiros é a garantia de permanecer no subdesenvolvimento.

Mas não nos esqueçamos: somado a inflação e juros altos, temos o PIB caindo e desemprego subindo. Fruto de uma tradição, no Brasil e em boa parte da América Latina, que parece viver permanentemente atrelada a um pensamento do século XIX. Não notando, seus líderes e intelectuais, o quanto mal fazem a sua própria população. Por mais de um século de erros e decepções, continuam alimentando ilusões com soluções fantasiosas. Mesmo assim sou otimista, o Brasil irá patinar, porém sairá dessa situação mudando essa tendência, contudo não será sem perdas e danos.

*Doutor em Economia e professor do Departamento de Economia da UFRR [email protected] 98119-3224——————————————–No palco da vida – Afonso Rodrigues de Oliveira*“A vida é uma peça de teatro que não permite ensaio. Por isso, cante, choire, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos”. (Charles Chaplin)No palco, picadeiro ou praça pública, não importa. Onde quer que estejamos estamos desempenhando nosso papel. E só quando a alegria faz parte dele é que somos felizes. Porque a alegria está no papel que desempenhamos, quando somos o que realmente somos. Porque somos todos iguais. E quando somos conscientes disso não há por que não ser feiz. Logo, o que concluímos é que ser feliz é opção de cada um. Quando somos felizes não perdemos tempo com coisas desagradáveis. Sabemos que tudo o que acontece em nossa vida faz parte da vida. O agradável e o desagradável fazem parte do desenvolvimento racional de cada um. Aprendemos com os erros e vivemos o acerto de aprender com eles. Peneirando, com peneira ou urupema, não importa, o resultado do peneiramento é que vai nos dizer quem e o que relmente somos. É assim que aprendemos a viver no palco da vida.

O Bob Marley diz: “A vida está para quem topa qualquer parada, e não para quem para em qualquer topada”. Topadas e tropeços fazem parte do aprimoramento humano. Até mesmo quando não sabemo disso dançamos no palco do desenvolvimento. Porque a vida é um eterno ir e vir. E as idas e vindas durarão o tempo que você determinar pra você, mesmo sem a consciência de estar determinando. Simples pra dedéu. A verdade é que só quando nos atentamos para a importância que têm os grandes mestres para nosso desenvolvimento, é que nos desenvolvemos. E os mestre são aqueles que nos orientam sem a intenção de nos dirigir. Logo, tome cuidado quando alguém tentar dirigir sua vida na direção contrária à que você realmente deseja seguir.

E como tudo na vida começa pelo começo, devemos dar mais atenção e importância à orientação que damos aos nossos filhos. O Mestre Gibran Khalil Gibran nos dá a orientação fantástica: “Vossos filhos não são vossos filhos. São filhos e filhas da ânsia da vida por si mesma. Eles vêm através de vós, e não de vós. E mesmo que vivam convosco não vos pertencem”. Pense nisso, na sua preocupação com o futuro do seu filho. Não se esqueça de que ele vai viver o mundo dele e não o seu. Que cada um de nós é dono do seu próprio destino. E somos todos iguais nas diferenças. E são as diferenças que devem ser levadas em consideração. O livre arbítrio é indispensável para que vivamos nossa vida a nosso modo. A escolha do modo de viver é questão de livre arbítrio. É orientando que preparamos para o palco da vida. Pense nisso.

*[email protected]    99121-1460——————————————ESPAÇO DO LEITOR

ZIKAA leitora Clarisse Almeida comentou que, neste mês de setembro, triplicou o número de casos de familiares doentes na casa dela com a suspeita de estarem com o vírus Zika. “Isso porque, em parte, a culpa é dos próprios moradores, que acabam acumulando lixo em quintais baldios e, por outro lado, a morosidade da Prefeitura em limpar áreas mais afastadas do Centro, contribuindo para a proliferação dos mosquitos. Há quase uma semana, os moradores do bairro Cinturão Verde esperaram que fosse providenciada a retirada de galhada e lixo das ruas do bairro”, disse.CENTENÁRIOMoradores do bairro Centenário enviaram a seguinte reclamação: “Já vai fazer mais um aniversário a situação de buracos e a péssima trafegabilidade de ruas aqui no bairro Centenário. Graças ao inverno fraco, não tivemos nenhuma complicação maior. Mas agora os buracos e a poeira são visíveis por todas as ruas. Já fizemos vários comunicados, mas nenhum foi atendido”.GREVESobre a greve dos professores, o internauta Israel Monteiro comentou: “Estou preocupado com a indefinição desta situação, uma vez que meu filho está há mais de trinta dias sem ter aula. Para onde caminha este processo, já que ninguém que ceder e dar por encerrada esta greve? Faltando menos de quatro meses para o final de 2015, é uma questão que deveria já ter sido resolvida com um diálogo desarmado de ambos os lados. No final, quem sairá prejudicado são os alunos, que, com certeza, terão que romper o ano de 2016 estudando”.TELEFONIA O leitor Maurício Silva Magalhães relatou que o problema ocasionado na falha da telefonia fixa na localidade de Vila Moderna, na região Sul, deixou os moradores sem nenhuma comunicação. “Esta situação não está, infelizmente, restrita apenas a esta localidade, mas precisamos da interferência dos órgãos de defesa do consumidor para encontrem uma solução para cobrar a melhoria na prestação dos serviços da empresa”, frisou.