Virtudes morais: transgressões e rupturas (VII) – Sebastião Pereira do Nascimento*Considerando as tendências mundiais relativas à superficialidade humana, percebe-se que no gosto da sociedade atual todo o esforço atribuído é para tratar, portanto, de pensar o homem moderno como uma criatura orientada para consentir tacitamente o desfrute banal da beleza, do modismo e do consumismo. Não o bastante, este consentimento se amplia na medida em que se oferece mais oportunidade ao indivíduo, numa nítida apologia ao sistema capitalista neoliberal. Sendo tudo isso, associado ao contentamento de prazer a todo custo, o que pode levar o indivíduo ao entorpecimento ou a uma disfunção patológica. Na visão da filósofa Annah Arendt, o desejo extremado pelo novo, no contexto alienante da sociedade de consumo, longe de representar uma abertura existencial para a contínua capacidade de transformação das condições corriqueiras de vida e uma experiência pessoal mais criativa, significa a impotência humana de preservar sua serenidade psíquica, bombardeada por estímulos sensórios intensos. Para Jean Baudrillard, o consumo, que é indissociável da moda, mascara uma inércia social profunda, onde ela própria é fator de falência social, na medida em que, por meio das mudanças à vista, e muitas vezes cíclicas, de objetos, de vestuários e de ideias, nela se ilude e desilude a exigência de mobilidade social real. Contextualizando esse universo, Aristóteles proponha dizendo que para uma pessoa desempenhar calidamente suas vontades e seus desejos é necessária a concordância das virtudes cardinais (prudência, temperança, fortaleza e justiça) que são as orientadoras do juízo humano. Nesse conjunto, estão as afirmações que buscamos para infundir bons hábitos na sociedade a partir dessas virtudes morais; pois, é em torno delas que estão inseridos todos os valores fundamentais das disposições que incidirão contra os diferentes males transgressores da sociedade contemporânea. Portanto, na obra Ética a Nicômaco está assimilado que é por meio dessas disposições que o bom homem adquire a regularidade das práticas morais. As quais se tornam um estado de espírito e um critério de orientação tendente ao agir de modo adequado, no momento certo, e na medida certa em todas as circunstancias que a vida nos impõe cotidianamente. Embora tem-se considerado que a virtude seja uma qualidade moral particular de cada indivíduo, todavia, sabe-se também que ela não é de sua natureza própria, mas provinda de uma conduta remetida para cada ser humano. Portanto, Aristóteles assemelha as virtudes com as artes, visto que ambas são adquiridas pelo exercício contínuo, e vistas como ações livres e espontâneas que repetida várias vezes mantém-se e atualizam-se com o exercício frequente. Aqui acrescento ainda que o pensar profundo, consequente das virtudes morais requer, necessariamente, o agir ético. O pensar bem com logicidade e coerência faz com que o sujeito seja capaz de escolher a melhor opção, do ponto de vista moral, entre várias alternativas possíveis e, além disso, obriga a atitude de coerência entre o pensar e o agir. E é dentro desse juízo de valor que as virtudes aristotélicas podem contribuir para a ruptura dos sôfregos e intrigantes desejos da modernidade, sendo esses passíveis de serem bombardeados por estímulos intensos e reparadouros da serenidade humana. A partir disso, conforme a maneira de se posicionar diante desses valores, as virtudes se anteciparão indicando se estamos infligindo, ou não, os princípios dos valores estabelecidos pela convenção. Isso quer dizer que o resultado de nossos atos praticados está sujeito à sanção, ou seja, à aceitação ou à repreensão. Sendo todo esse arsenal de ideias orientado pela ética, pois é ela que regula o cumprimento das virtudes e os desejos mais avassaladores. Peter Singer enfatiza dizendo que “…é a ética que se dedica a questões sobre valores, juízos morais e como devemos conduzir a nossa vida, pois quando adotamos uma postura moral devemos considerar as questões do ponto de vista de todos os que serão afetados. Isto significa que temos de nos colocar imaginariamente na posição deles, assim como na nossa, e de decidir o que fazer depois de dar tanto peso às preferências alheias como o que damos às nossas”. A partir desse pressuposto de Singer, ratifico ainda que são todos esses mecanismos que fazem com que qualquer pessoa limite-se ao desempenho moral de suas ações, devendo considerar apenas os valores humanos mais profundos e responder sempre suas ações no âmbito das tendências éticas. Isso nos faz ressaltar que a virtude moral, como uma qualidade particular do ser humano, é indispensável para que ele possa reconhecer e praticar sua vontade sem excesso, em vez de praticar o extremado desejo pela neofilia.*Filó[email protected] ————————————-Como nos expressamos – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Quando sua vida é uma expressão de sua felicidade interna, você se sente ligado ao poder criativo do universo. Tendo estabelecido essa ligação, você sente que é capaz de conquistar tudo que deseja”. (Deepak Chopra)O segredo está em descobrirmos a importância da nossa comunicação conosco mesmo. Mesmo porque só somos felizes quando queremos ser. A paz interior não significa embrenhar-se no silêncio da natureza, para refletir. Ao contrário, podemos ser feliz onde quer que estejamos independentemente do ambiente. Ou somos capazes de vencer os desencontros do contraditório ou nos entregamos ao contrário. E continuamos lutando conosco, dentro de nós mesmos. Simples pra dedéu. Quer mesmo ser feliz? Então não perca seu tempo com coisas, ou o que quer que seja que lhe traga aborrecimentos e tristeza. O universo é criativo, e nós fazemos parte dele. Estamos aqui há vinte e uma eternidades porque quisemos estar. E sua evolução depende exclusivamente de você. Ninguém pode fazer por você, o que você mesmo, ou mesma, pode e deve fazer em termos de felicidade. A única pessoa no universo que tem o poder de fazer você se sentir feliz ou infeliz, é você mesmo. Nada nem ninguém tem poder sobre você. E só quando você se conscientiza disso pode se sentir feliz; porque se sente em liberdade mental, racional e espiritual. Sorria para a vida. Nenhum acontecimento desagradável pode ser superior a você. Então não permita que ele faça de você um farrapo humano. Procure viver seu dia como ele deve ser vivido e não como os dissabores dizem para você viver. Só quando nos amamos nos valorizamos. Nosso valor vai depender do valor que nos dermos. Não mantenha no seu círculo de amizade, pessoas que não lhe tragam prazer com sua presença. E elas podem estar presentes mesmo estando ausentes. Todos nós já vivemos o dissabor de perder amizades que pareciam valiosas. O que é verdadeira imaturidade. Amizade de verdade não se perde.
Quando ela se perde é porque não era amizade. Então não temos por que nos sentir mal com a aparente perda. Ame-se de verdade e nada lhe parecerá impossível. Não permita que ninguém dirija sua vida. Você é um ser de origem racional. E a racionalidade implica poder sobre você mesmo. Não perca tempo com leituras negativas, informações desagradáveis, ou qualquer coisa que posse tirar você do caminho da racionalidade. O poder de Deus está na sua própria alma. Acredite nisso e você será feliz. Tudo de que você necessita para ser uma pessoa feliz está dentro de você. Mantenha sua cabeça erguida. A cabeça erguida, mas sem arrogância nem empáfia. Pense nisso.*[email protected] 99121-1460