Opinião
Opiniao 17 04 2015 878
Somos todos bons? – Antonio de Souza Matos* “Bom mestre, que farei para herdar a vida eterna?” Ess pergunta foi feita a Jesus por um homem rico cuja vida era irrepreensível aos próprios olhos. Entretanto, a autojustificação não se sustentou quando confrontada com a verdade. O cidadão esperava que Jesus lhe respondesse: “Você é uma pessoa justa; tem a vida eterna garantida”. Mas não foi isso que ouviu. O Senhor Jesus lhe fez também uma pergunta: “Guarda os mandamentos?”. O homem redarguiu: “Quais?” Sendo judeu, conhecia muito bem o decálogo. Certamente os pais o haviam ensinado desde a infância. Logo, a indagação não evidenciava ignorância da lei. Na verdade, queria que Jesus listasse os mandamentos para responder que os observava na íntegra. Foi exatamente isso que ocorreu. Depois de Jesus enumerar alguns deles, tais como “Honra a teu pai e a tua mãe”, “Não matarás”, o homem retrucou: “Tudo isso tenho observado desde a minha mocidade”. Não há dúvida de que estava sendo sincero. Ele cria mesmo que obedecia às ordenanças da Lei de Moisés. Portanto, aguardou uma palavra de aprovação. Porém, ela não veio. O Senhor, ao invés disso, deu-lhe um conselho: “Se queres ser perfeito, vende tudo o que tens, dá aos pobres, depois vem e segue-me”. Em outras palavras, Jesus lhe disse: “Se você quer mesmo salvar-se por meio dos mandamentos, precisa fazer mais uma coisa: abrir mão dos bens materiais e dá-los aos pobres”. Relata o texto sagrado que o homem virou as costas e saiu caminhando de cabeça baixa. Com essa atitude, deixou muito claro que não estava disposto a abrir mão da riqueza terrena. Mais do que isso: revelou que não cumpria, de fato, os mandamentos, como pensava, pois transgredia o primeiro e principal deles: “Amar a Deus sobre todas as coisas”. Ele demonstrou que amava mais os bens terrenos do que a Deus. E o fato de não dispor-se a dividi-los com os pobres indicava que sua transgressão não era só essa: também não amava o próximo como a si mesmo – portanto, não obedecia ao segundo mandamento. Não creio que o objetivo de Jesus, nesse episódio, fosse ensinar a salvação por meio do voto de pobreza. O contexto nos dá indícios de que sua intenção era mostrar exatamente o contrário disso: a impossibilidade de salvação por meio da justiça própria. Se formos honestos com nós mesmos, admitiremos que não somos capazes de guardar os mandamentos, pois pecamos por palavras, pensamentos e ações. A lei diz que não devemos matar, não é? Talvez alguns achem que cumprem esse preceito, porque nunca derramaram o sangue de outrem. Todavia, o Senhor Jesus, interpretando a lei, ensinou que, se nos irarmos contra alguém, tornamo-nos assassinos. Logo, não precisamos tirar uma vida para transgredir o mandamento citado. Quem de nós, então, nunca cometeu homicídio? A lei, querido leitor, não foi dada para nos salvar, como pensam alguns, mas para revelar a nossa verdadeira condição espiritual diante de Deus, conforme diz o apóstolo Paulo: “Por isso, nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado” (Rm. 3:20). Se essa é a nossa condição, o que podemos fazer para alcançar a vida eterna? De acordo com o próprio Senhor Jesus Cristo, basta crermos nEle: “Quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá”(João 11:25b). Por quê? Porque Ele satisfez plenamente a justiça de Deus sofrendo a punição em nosso lugar, conforme nos ensina o profeta Isaías: “Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Isaías 53:5). Quando cremos, somos declarados justos: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por intermédio de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (Rm. 5:1). E é também pela graça que conseguimos vencer “o pecado que tenazmente nos assedia”. *Professor e revisor de textos ——————————— Desarme a vida e arme a paz – Vera Sábio* Não sei realmente se a lei do desarmamento deve ser reavaliada, porém o que acredito é que temos muito mais leis, diretrizes, determinações e poderes que precisam armar a paz e desarmar a vida antes de tais decisões. Querem prender a atenção do povo nas novas possibilidades de rever a menoridade, modificar a lei do desarmamento e tantos outros acontecimentos, de fato, importantes. No entanto, a prioridade maior está em não perdermos e falirmos totalmente o nosso país como os poderosos estão há anos fazendo na surdina. A educação de um povo é realmente a condição necessária para haver paz e desarmar medos, injustiças, discriminações, preconceitos, sofrimentos, fome, diferenças sociais, impunidade e tantos outros motivos que tornam a vida armada. Vivemos em um temor constante, pois não confiamos em ninguém. Afinal, sabemos como reage um ser humano acuado, quando a fome, o vício e a dor os dominou. Sem educação a paz não existe e aqueles desprovidos de conhecimentos, pensamentos críticos e noções de direitos tornam-se marginais perigosos, armados de várias maneiras destrutivas em prol do que desejam. Não há paz onde faltam educação, saúde, lazer, segurança e oportunidades de trabalho e crescimento. Pois todos estes direitos garantidos são o que permite com que a população viva bem e conquiste seus ideais pela harmonia, amor e solidariedade. Constatando, assim, que se deixarmos os cidadãos com armas de fogo, ou se diminuirmos a menoridade para que os adolescentes sejam punidos como os adultos, faremos remendos que aumentam ainda mais a revolta de uma população sem esperanças e ciente de que é cada um por si e Deus por todos; onde quem tem mais dinheiro manda mais, é livre para roubar mais e está acima da lei que pune o mais pobre, sem instrução e gerado a partir de uma desigualdade que o prepara para a marginalidade já no início da vida sofrida. A paz não chega pela guerra, a justiça não se faz através de tanta injustiça ocorrente na corrupção. O entendimento de que o direito de um acaba onde começa o do outro, só fará com que a vida esteja desarmada quando verificarmos que todos podem pagar da mesma forma pelos crimes cometidos, independentes de sua condição social ou parlamentar. Pense nisto e reforme sua consciência, tendo a lembrança de toda a realidade de quatro anos para votar com justiça nas próximas eleições. *Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cega CRP: 20/04509 [email protected] Cel.: 99168-7731 ——————————- A dificuldade está em você – Afonso Rodrigues de Oliveira* “As palestras de autoajuda pouco ajudam quando as pessoas não compreendem o funcionamento da mente”. (Augusto Cury) Simples pra dedéu, quando queremos entender. Porque, quando não entendemos como funciona nossa mente, não conseguimos viver racionalmente. E nunca iremos viver racionalmente enquanto não entendermos a racionalidade. E vamos começar, inteligentemente, não confundindo isso com religião ou coisa assim. O bem e o mal, o erro e o acerto, o bonito e o feio estão dentro de cada um de nós. E é tão simples que não conseguimos entender. Deu pra entender? Quando alguém fala alguma coisa desagradável no campo do negativismo, todos prestam atenção. Somos mais inclinados ao negativo do que ao positivo. Faz parte da evolução. E por isso não evoluímos. Uma das maiores dificuldades é fazer as pessoas entenderem e acreditarem na importância da autoestima. Porque quando a temos não necessitamos de que nos orientem; mas não devemos, em hipótese nenhuma, subestimar seu valor. E é aí que reside a autoestima. Quando cultivamos e respeitamos nossa estima somos felizes. As empresas deveriam levar este assunto mais a sério. A autoestima não é uma fantasia, mas uma necessidade para o bom desenvolvimento mental, intelectual e profissional. Pessoas com autoestima elevada são pessoas sadias. Recentemente vimos e ouvimos, pela televisão, um caso exemplar, de uma garota de vinte e um anos de idade que perdeu uma perna num acidente de automóvel. Em momento nenhum, ela se deixou abater pelo acidente. Em pouco tempo ela reativou-se e continuou tocando a vida com felicidade e otimismo. Uma demonstração autêntica de autoestima. Torne sua vida feliz. Nunca se deixe levar pelos deslizes dos desencontros. Procure transmitir alegria e felicidade para as pessoas à sua volta. Faça isso com personalidade. Nada de futilidades, vulgaridade. Ame-se no que você é para poder transmitir aos outros o que você tem de melhor que é sua autoestima. Porque é nela que está seu respeito por você mesmo. E só quando nos respeitamos e respeitamos, somos respeitados. Não há como fugir dessa realidade. E tudo isso é muito importante no meu ambiente profissional. Seu desempenho profissional depende, e muito, da sua autoestima. Valorize-se mais do que você pensa que se valoriza. O que indica que nunca atingiremos nosso pódio mais alto. Estamos sempre no caminho em direção ao nosso horizonte. Faça sempre o melhor que você puder fazer, todos os dias e a todo instante. Ame e respeite e você será amado e respeitado. Não perca tempo com coisas que abalem sua autoestima. Pense nisso. *Articulista [email protected] 99121-1460 ————————————- ESPAÇO DO LEITOR BOLETOS A internauta Marisa Carvalho enviou o seguinte e-mail: “Continuam chegando, com mais de quinze dias de atraso, as correspondências nas residências. Esta semana recebi em minha casa, no Centro, os boletos que venceram no início deste mês, e quando fui pagá-los, foram 10% de juros em mais de três faturas. Esta situação já dura há mais de dois meses e já enderecei comunicado à agência central, localizada na avenida Ene Garcez, mas, até o momento, não obtive nenhuma reposta”. JUROS O leitor Marcos Nascimento comentou a dificuldade de o trabalhador pleitear o financiamento de um imóvel residencial mediante o que ele classificou como “arrocho dos bancos federais”. “Esta semana, a Caixa Econômica anunciou mais um aumento nos juros para os financiamentos imobiliários em mais de 10%, o que, na minha avaliação, chegar a ser incoerente com a política anunciada pelo Governo Federal. O trabalhador, como sempre, continua sendo o mais penalizado”, afirmou. ESTRADA O representante da Associação dos Moradores do Bom Intento, José Nonato, relatou que os produtores estão aguardando a conclusão das obras da estrada de acesso à Vicinal Brasileirinho antes que as chuvas de inverno comecem, o que irá dificultar a conclusão da obra. “As máquinas já se encontram no local mas não existe nenhum indicativo de que as obras serão retomadas nos próximos dias. É importante que o poder público incentive quem produz no campo, pois sem as estradas e vicinais confiáveis não temos como escoar nossos produtos”, escreveu. DENGUE O leitor Mário Henrique afirmou que os casos de dengue, divulgados recentemente no Estado, podem se tornar mais agressivos. “A população deveria ser notificada em relação ao acúmulo de lixo e entulho porque, neste período do início das chuvas, torna-se mais frequente o surgimento de novos casos. Se cada um fizer a sua parte, teremos em 2015 uma redução significativa em relação ao mesmo período de 2014”, frisou.