Opinião

Opiniao 17 11 2014 286

O caos social é banal… e alimenta a indiferença – Tom Zé Albuquerque*         Virou rotina nas manchetes de jornais e revistas e em chamadas dos programas televisivos o que não deixam rastros de dúvida: a violência no Brasil só se agiganta. Antes somente em bairros pobres, agora não mais; antes nas grandes capitais, agora não mais. As pessoas de bem ficam encarceradas em suas casas, em gaiolas de grades reforçadas, câmeras e alarmes de última geração. Lá fora, os bandidos: lépidos, folgueiros e armados, muito bem armados. Os absurdos que ocorrem hoje não foram criados agora, são frutos de anos atrás. As atrocidades que ocorrerão daqui a uma década serão resultados da omissão atual do poder público. Os juvenis e adolescentes no Brasil há tempos não têm perspectivas, estudam em escolas sem estrutura, com professores desmoralizados pelos alunos e pais de alunos e pelo próprio sistema educacional, com programas educacionais retrógrados. Os jovens já vão para a aula desmotivados, sem entender bem o porquê de estarem ali. Fogem do ambiente escolar para buscar o retorno rápido, e pra isso mergulham no ócio que paviementa o consumo de droga, daí para a criminalidade, e aí a conquista de bens materiais da forma mais cruel… assaltos, execuções, extermínios. Aliás, faz-me rir quando o governo federal defende a injeção de recursos para a educação na ordem de 10% do PIB, como se mais dinheiro fosse resolver ou amenizar os inúmeros problemas de má aplicação de recursos patentes na conjuntura educacional brasileira. Falta gestão, não dinheiro. Qualquer leigo inteligente sabe que escola não pode se resumir á aula convencional; por sinal, se tem algo que não vinga por trivialidades é a educação. Alunos precisam estar espontaneamente retidos no ambiente educacional, pelo ensino, pela inovação, pela tecnologia, pela arte, pelo esporte, pela cultura. Mas não, a linha atual prefere dados estatísticos à eficácia; a empurrologia de informações predomina sem direito a reprovações. É uma modalidade covarde de assistencialismo. A pilantragem adulta que hoje aterroriza a população brasileira é a mesma que fora abandonada pelo poder público num passado recente. Entendo que não se trata apenas de direito à educação, mas todo cidadão tem o dever de estudar e crescer profissionalmente, gerando, por conseguinte, seu patrimônio, estrutura familiar, se inserindo assim na sociedade. Mas o futuro do Brasil é sombrio, não vemos nenhuma mobilização no sentido de retirar os jovens das ruas. Ao contrário, só se fala em segurança, em estratégias coibitivas de crimes, em ações ostensivas de se evitar a criminalidade, construir presídios, mas pouco ou quase nada em criar projetos em médio e longo prazo que evitem o pior nas décadas subsequentes, através de medidas que não se resumam aos argumentos politiqueiros e piegas de conceder segurança, somente. O país precisaria de um legislativo corajoso e anti-demagógico para impor políticas de proteção às fronteiras; que promovesse revisão da legislação para se evitar que a impunidade seja regra; que considerarasse que um ser humano de 16 anos não é mais criança (diferentemente dos seres humanos pueris de um século atrás); que permitisse que o cidadão de bem, comprovado sanidade e responsabilidade, possuísse arma para a proteção de sua integridade física e de sua família. Mas não, a inércia política se sobrepõe. A quem interessa a bagunça instalada, esse caótico quadro? Sinistro tudo isso, muito sinistro… *Administrador ——————————————————- DIRIGIR ERRADO FICOU MAIS CARO! – Dolane Patrícia Uma coisa que eu sempre questionei foi a dificuldade que o brasileiro tem de cumprir as leis, principalmente no que se refere as leis de trânsito. Até o cinto de segurança que é para o próprio bem do condutor, precisa ter multa para o caso de descumprimento. Elas servem como punição para quem infringe as leis do transito, no entanto a coisa ficou feia!!!! As multas ficaram até 900% mais caras. Eu sonho com o dia em que o salário vai ter um aumento desses… Com o aumento das multas, quem ganha o salário mínimo não pode nem pensar em descumprir as leis de trânsito, porque agora quem forçar uma ultrapassagem, vai ter que pagar R$ 1.915,40. A justificativa utilizada é que dessa forma vai diminuir as mortes por acidente de trânsito, além disso, se o motorista repetir a infração  em menos de 12 meses , o valor da multa dobra  na segunda autuação, para R$ 3.830,80. Foi a Dilma quem aumentou os valores das multas em maio. Aliás ela adora um aumento, energia, gasolina, juros. Enfim… De acordo com a nova Lei, a punição para quem ultrapassar pelo acostamento passa de R$ 127,69 para R$ 957,70. A disputa de racha, a exibição de manobras perigosas e a promoção de competições automobilísticas sem autorização vão custar R$ 1.915,40. Antes, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) previa uma multa de R$ 191,54. A legislação também ficou mais rigorosa para os crimes de trânsito. No artigo 302, foi incluído um parágrafo que aumenta em 1/3 a pena no caso de um homicídio culposo, quando o motorista que causou o acidente estiver sob influência de álcool, drogas ou se praticar rachas, corridas ou manobras perigosas. A pena continua a mesma: detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. A nova lei federal faz alterações no Código de Trânsito Brasileiro que chegam a multiplicar os valores das multas em até dez vezes. Os motoristas vão ter que pensar duas vezes antes de cometer infrações de trânsito. É que já está vigorando a Lei Nº 12.971, que rege o Código de Trânsito Brasileiro, e teve 11 artigos alterados, deixando as multas e penalidades mais rígidas, no intuito de promover a educação e interação de motoristas e pedestres. De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito, houve mudanças nos artigos 173, 174, 175, 191, 202, 203, 292, 302, 303, 306 e 308. “A famosa ultrapassagem pelo acostamento, comum em lugares que existem grandes congestionamentos nas rodovias ou quando apressadinhos simplesmente querem fugir da fila, recebeu aumento de 650% e agora passa a custar R$957,70 ao infrator. Ultrapassar de forma perigosa, sempre foi um dos fatores que mais causou acidentes de trânsito com vítimas fatais. Essa infração, nas suas variações, abrange também as ultrapassagens em locais sem visibilidade, curvas ou subidas. O valor da multa para esse tipo de infração antes de 01 de novembro era de R$191,54. Segundo o site olhar digital, a Comissão de Viação e Transportes aprovou a reclassificação, de média para grave, da multa aplicada ao motorista que dirige utilizando aparelho celular. A informação foi divulgada no site oficial da Câmara dos Deputados. “Conforme a proporcionalidade de penas previstas no Código Brasileiro de Trânsito, julgamos mais apropriado que se considere esses comportamentos como infração grave”, destacou o deputado Edinho Bez. “O substitutivo também altera a redação do Código de Trânsito Brasileiro para estabelecer que dirigir com um único fone de ouvido, sem referir a fonte de emissão sonora, é infração média de trânsito.” Atualmente, a lei diz que é média a infração de dirigir veículo “utilizando-se de fones nos ouvidos conectados a aparelhagem sonora ou de telefone”. “Concordamos, no entanto, com a ideia de se permitir o uso de telefone celular durante a condução de veículos desde que com o auxílio de tecnologia hands-free – que possibilita atender o aparelho ou discar sem usar o teclado, pois o condutor teria assim suas mãos livres, mantendo a conversação como se estivesse a falar com alguém sentado a seu lado”, disse Bez. O melhor mesmo é pensar duas vezes antes de falar ao celular no volante, prática comum entre os brasileiros. Já o fato de dirigir sem habilitação permanece mais do que nunca proibido, porque essa conduta também contribui para  os altos índices de acidentes no transito.  Os mestres Fernando Capez e Victor Eduardo Rios Gonçalves tratam do tema com exatidão, ipsis verbis: “Se o agente é legalmente habilitado, configura mera infração administrativa o fato de dirigir veículo sem estar portando o documento” (ASPECTOS CRIMINAIS DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO. 2ª edição. São Paulo: Saraiva, 1999. p. 55). Alguns brasileiros possuem o hábito não só de dirigir sem portar a carteira, como também dirigir sem sequer possuir carteira de habilitação. Prática  comum utilizada principalmente com os menores de 18 anos que se acham aptos para estarem ao volante, pondo em risco a vida de pessoas inocentes. O assunto é sério. Famílias muitas vezes perdem seus entes queridos pela irresponsabilidade de muitos condutores que insistem em dirigir embriagados e sem estar aptos para tomar a direção de um veículo automotor. Talvez pensando nisso, resolveram aumentar o valor das multas, pois somente quando sente no bolso, o brasileiro vê a real necessidade de cumprir as leis, não por questão de cidadania, mas por medo das multas. Devemos refletir no fato de que, todos precisamos de segurança no trânsito e cumprir as leis é uma questão de responsabilidade e de consciência, porque a pior coisa que existe, é uma pessoa estar certa no trânsito, habilitada, respeitando a velocidade e de repente aparecer um condutor que não respeita as leis do seu país e ceifar a vida de um pai de família. Cuidado com a velocidade! Não coloque sua vida em risco no transito e nem a vida de outros cidadãos, porque uma vez se arriscando em dirigir perigosamente, você pode estar indo por um caminho cheio de aventura, mas muitas vezes…sem volta! #dolanepatricia ——————————————– Ame o que faz – Afonso Rodrigues de Oliveira “Um homem é um sucesso se ele acorda de manhã e vai para a cama à noite e entre as duas coisas ele faz o que gosta de fazer”. (Bob Dylan) Há várias maneiras de ver o sucesso. Na verdade o sucesso está na felicidade. Quando não se é feliz não tem como ter sucesso. Não é pequeno o número de pessoas que têm muito dinheiro, progridem nos negócios, mas são infelizes. Às vezes as elogiamos e até as admiramos, mas não percebemos o quanto elas são infelizes. Há outras, e não são poucas, que não têm dinheiro e são muito felizes. Apenas sabem viver. E não há como não se sentir bem sucedido quando se é feliz. E só quando realmente sabemos o que queremos, somos capazes de alcançar o que queremos. E querer ser feliz já é uma característica de sucesso. Somos o que pensamos. Todos os nossos resultados são frutos dos nossos pensamentos. Estamos iniciando uma nova semana. Procure fazer com que ela lhe seja uma boa semana. E só você é capaz de fazer isso por você mesmo. E isso, por si só já é um sucesso. Logo não perca um dia de sua semana esperando que alguém faça por você o que você mesmo deve fazer. Ninguém é capaz de fazer mais por você, do que você. Comece sua semana pensando nisso e vá em frente. Procure fazer o que você faz como deve fazer. Ou seja, da melhor maneira que puder fazer. E você sempre pode fazer melhor no que fez de melhor. Quando somos pessoas de sucesso sabemos que nunca alcançaremos a perfeição. A perfeição é o pote de ouro que está, não no fim do arco-íris, mas no horizonte. E este sim, é infinito. Ou melhor, tão infinito quanto o universo. Os fracos não conseguem tentar alcançar o horizonte. Eles sabem que o horizonte é inalcançável. Não percebem que quando buscamos o horizonte não estamos tentando alcançá-lo fisicamente. Apenas buscamos o melhor na caminhada. E como somos de origem racional a tentativa de alcançar o horizonte pode estar fazendo parte da nossa caminhada para nosso retorno ao nosso mundo de origem. E só voltaremos ao nosso mundo depois de alcançarmos a racionalidade. É quando deixaremos de ser seres pensantes e passaremos a ser seres racionais. Vá pensando nisso com racionalidade e descobrirá que a perfeição está no racional. Que é quando fazemos sempre o melhor no que fazemos, não importa o que fazemos. Não é sua função que vai dizer, racionalmente, o quanto você é importante, mas como você a exerce. Atente-se para o Swami Vivecananda: “Não se mede o valor de um homem pela tarefa que ele executa e sim pela maneira de ele executá-la”. Execute sua tarefa esta semana, da melhor maneira que puder executá-la. Pense nisso. afonso_rr@hotmail-com     99121-1460 ———————————————- ESPAÇO DO LEITOR PÚBLICO 1 O internauta Jeová Leopoldo ([email protected]) escreveu para a Redação da Folha para relatar uma situação considerada, por ele, no mínimo, estranha: “Na última sexta-feira, dia 14, fui ao balneário sacolejo e percebi que estão realizando uma obra na ponte ao lado do local, inclusive tendo sido desviado o trânsito para o Município do Cantá por outro acesso. O problema foi que interpelei o pessoal da obra sobre qual o destino do madeirame que não será mais utilizado [muitas peças de madeira medindo 5m x 15 x 15cm] – anote-se que eram peças que estavam na ponte e que estão sendo trocadas, em estado bom – e o encarregado da obra, cujo nome desconheço, afirmou que a madeira estava toda vendida”, relatou. PÚBLICO 2 Ele prossegue: “Perguntei-lhe: – Com autorização de quem? Então o senhor afirmou ser o proprietário do material e que ele poderia por fogo, ‘rachar’, vender, fazer o que bem lhe conviesse. Neste instante, eu lhe disse que aquele material é do Estado, público, de todos nós e que ele não pode se apoderar dele e vendê-lo, pois, ao fazê-lo, comete crime. Vendo que os ânimos do indivíduo estavam acirrados, retirei-me”, reclamou. PÚBLICO 3 “Os pregos, madeira e tudo que ali está é patrimônio público, até mesmo as peças que estão sendo postas em substituição, pois o serviço e material estão sendo pagos com dinheiro público. Espero que a autoridade policial tome as providências pertinentes. Hoje é madeira de ponte que está sendo aviltada, amanhã é o dinheiro de toda a ponte, enquanto a impunidade imperar”, observou. DESNECESSÁRIO “Há três meses vejo um microônibus de transporte escolar do Governo do Estado, em convênio com a Prefeitura de Boa Vista, estacionado das 14h30 às 17 horas com o motor e o pisca-alerta ligados. Minha indignação é quanto ao gasto desnecessário nesse intervalo de tempo quanto à bateria e à gasolina”, denunciou um leitor que pediu para não ser identificado. ÁGUA A internauta identificada apenas como S. C. reclama da demora da Caer (Companhia de Águas e Esgotos de Roraima) em fazer reparos nos canos danificados pela Cidade. “Em tempos como esse, de forte de verão, calor intenso, de pessoas vivendo com salários baixos, dificuldades para pagar as contas e, sobretudo, em tempos em que a água já não é mais tão abundante, a exemplo do estado de São Paulo, aqui em Boa Vista não é muito raro ver a água sendo constantemente desperdiçada em canos danificados, em ruas, como vi por esses dias na Princesa Isabel e na Presidente Dutra. É difícil entender como que em uma cidade tão pequena a Caer demore tanto para mandar equipes a estes locais para resolver estes problemas. Parece mais descaso”, criticou.