A sociedade quer mudanças, mas não sabe descruzar os braços – Vera Sábio*”Somos livres para escolher, mas prisioneiros das consequências.”(Pablo Neruda)Entre os umbigos reluzentes e interesses pessoais estão, lado a lado, o povo desprivilegiado que quer a condição da tão bem falada elite do momento, porém, a falta de educação, saúde, segurança, dignidade e trabalho, não permite com que sonhem com um futuro melhor.
Os beneficiários de diversas bolsas, em sua maioria, estão há vários anos com a consciência de que é melhor ganhar pouco do que ter uma mudança que exija fazer mais para sair da linha da pobreza. Assim são poucos os que trabalham para isto.
É comum ouvir em tempos eleitorais que queremos mudanças, a promessa do “tal candidato” que vai fazer diferente, que vai melhorar em todas as áreas etc. Este papo tão bem conhecido faz as palavras do grande sábio Jesus serem esquecidas. “Não adianta colocar remendo novo, em pano velho”.
Desta forma, sabemos que a escolha é livre, mas somos prisioneiros das suas consequências. Não é possível ter frutas doces nascidas de pé de jiló. Ou o gigante acorda, ou sentiremos o gosto amargo das nossas escolhas erradas.
Percebemos os resmungos desgostosos daqueles que olham de canto de olho, mas nada fazem para mudar as tristes situações. Mas as criticas construtivas capazes de mudar o rumo da realidade e soltar as amarras do egoísmo, tornando um povo solidário, no qual todos sentimos a mesma dor, pouco acontece.
A governadora eleita nos afirmou que “governaria com o povo e para o povo”, e, de fato, o que realmente está sendo feito? A educação continua abandonada, a saúde precária, os presos conseguindo fugir, o trânsito matando impiedosamente. Enós, o que fazemos?
Há seis meses que ouvimos que tudo isto é resultado do ex-governador, pois realmente ele deixou o Estado em um completo abandono. Porém, até quando ficaremos colocando a culpa no passado e não realizamos o que épreciso para modificar o futuro?
*Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cegaCRP: 20/[email protected].: 99168-7731————————————-
A UFRR e seu dilema: ficar no passado ou aceitar o futuro? – Roberta Cruz*Na Universidade Federal de Roraima (UFRR) acontece uma revolução pacífica. Alunos de Antropologia, Psicologia e demais cursos, juntamente com alguns professores, reivindicam a justiça das eleições do Diretório Central dos Estudantes (DCE). O que acontece dentro do regimento interno da UFRR, que permite aos perdedores das eleições e antigos membros do DCE terem a possibilidade de não aceitar a vitória dos eleitos?
Pensando por esse ponto, sem mérito outrem, o que há na Universidade é um exemplo que serve para toda a visão dos costumes de Roraima. O passado é uma roupa que não nos serve mais, digo que se o Estado cresce, logicamente, a mente dos alunos das instituições também se modificam. Se se pretende ser uma Universidade Federal, tem que se afirmar o conceito de direito das mudanças naturais que cada vez mais acontecerão, assim valendo também para Roraima.
As reivindicações de alunos e professores são justas e não tem por que não serem validadas, mas o que se vê é um costume da velha ordem. Isso tem que ser revisto, afinal, o mundo sobreviveu pelas mudanças e graça a elas hoje temos mais mobilidade, internet e várias ferramentas que nos possibilitam existir no mundo moderno. Se podemos nos considerar cidadãos, por que não considerar algo semelhante, a cidadania desses alunos e professores, que só exigem o fato do direito adquirido?
É urgente a necessidade de rever nossos paradigmas e entender que o futuro acontece agora, não deixemos para amanhã. Os alunos estão acampados, alguns professores apoiando e isso é completamente válido. Não só pelo direito de ir e vir como simplesmente por serem alunos da Instituição que devem ser ouvidos para que a justiça prevaleça, uma vez que foram eleitos democraticamente.
Como isso pode acontecer? Simples. Os perdedores das eleições e atuais membros darem o direito desses alunos de exercerem seu mandato e cabe ao regimento interno daUFRR assegurar isso. Quando isso será feito? O tempo está passando e nenhuma providência é tomada, por isso seguem os acampamentos e reuniões entre os favoráveis aos vencedores para que não fique jamais esquecida a negligência e omissão dessas eleições históricas para a UFRR (vale lembrar que é a terceira vez em que uma chapa eleita para o DCE não consegue tomar posse). Cabe esperar e ver como esta indigna situação continuará.
O que se vê na UFRR é a revolução do novo e cabe aos gestores e demais representantes da Instituição afirmarem essas eleições e garantirem também o direito democrático desses alunos de exercerem seu mandato no DCE. Ou seja, o futuro na UFRR chegou e deve, assim, a Instituição receber as mudanças com dignidade e representação.
O que eu vi na UFRR me lembrou a UnB (Universidade de Brasília) e demais grandes universidades públicas do país. Que sejam respeitados alunos, professores, eleições e tudo que nesta narração de verdades está, nesse momento, acontecendo na UFRR. Meu voto, como estudante da Instituição, é pela justiça e direito dos eleitos à posse do Diretório Central dos Estudantes. Tenho dito!*Jornalista————————————-Eu e os cachorros – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Os homens são como os vinhos: a idade azeda os maus e apura os bons”. (Cícero)E pra você não azedar, aprenda a viver. Porque quem sabe viver sabe coar e separar a borra. Mas não devemos fazer isso centrados nisso. Quando sabemos o que fazer não precisamos nos preocupar em como fazer. Simples pra dedéu. Lembrei-me disso ontem pela manhã, com os dois cachorros que me perturbam pra dedéu, durante o dia. Eles são especiais porque são exatamente iguais a todos os outros. Concluí isso também ontem pela manhã.
Geralmente passo os dias rindo com as travessuras deles. São pequenininhos e levados. Rasgam os chinelos da dona Salete, rasgam minhas toalhas e sujam o quintal. Mas nada no mundo já me fez rir tanto quanto eles fazem. Adora suas posturas. São um par de irmãos.
Pela manhã eu limpava os jambos do quintal e nem percebi a travessura. De repente o Magno começou a gritar como se estivesse falando com sei lá o quê. Eles tinham furado a tela do portão, que foi posta ali para prendê-los, e saído para a rua. Com os gritos eles se apavoraram e foi o maior perrengue, querendo entrar pelo buraco da tela, ao mesmo tempo. Entraram, correram para o canil e ficaram encolhidinhos, deitados sobre a tábua. Ri pra dedéu e me lembrei de muitos dos momentos em que me encantei com atitudes de cachorros. Faz muitos anos que falei, aqui, de uma cadela que vi atravessar a Avenida São João, em São Paulo, com o trânsito acirrado; e ela levava cerca de quatro filhotes. Ela atravessou a avenida de uma maneira que poucos seres humanos fariam. Entrei em casa, naquele dia, encantado com a atitude daquela cadela mãe.
Recentemente dona Salete e eu vínhamos pela calça estreita, quando um cachorro branco, de coleira e com aspecto bonito, deu-nos a impressão que estava fugindo. Já estávamos no meio da calçada quando ele já ia subir. De repente, ele parou, olhou para nós, afastou-se de lado, dando-nos passagem. Agradeci-lhe carinhosamente e ele seguiu sua caminhada aparentemente preocupado. Saímos, Salete e eu, rindo discretamente, encantados com o gesto do cachorro. Ato que nem todos os seres humanos sabem fazer. É bom darmos mais atenção aos animais, lembrando-nos de que eles estão, como nós, no mesmo desenvolvimento na direção da imunização.
Há uma fervorosa tendência a se cuidar mais dos animais considerados domésticos. Verdadeira paparicagem com os cachorros e os gatos. O gato ainda é, segundo o Procópio Ferreira, o animal mais inútil no convívio com o ser humano. Mas, acho eu, a bonequinha de algodão para a carícia de quem não tem a quem acariciar. Pense nisso.*[email protected] 99121-1460
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ESPAÇO DO LEITOR BURACOSMoradores da Rua Dom Pedro I, próxima à Vila Militar no bairro Mecejana, enviaram o seguinte comentário: “Na rua, praticamente o asfalto não existe mais e tornou-se uma ‘tábua de pirulito’. Agora, no inverno, a situação está bem pior. No verão ainda solicitamos que fosse recuperado o trecho da rua, mas, infelizmente, nada foi feito. Pelo menos gostaríamos de solicitar que uma operação tapa buraco fosse realizada no local”.VIVOInternauta relatou que faz uma semana que vai a uma loja da Vivo e a informação que recebe é que o sistema está passando por reparos e não pode ser encaminhada nenhuma solicitação de manutenção nas linhas. “O interessante é que a comercialização de chips não para no comércio”, frisou.FAIXAO leitor Genésio Figueiredo pediu a atenção das autoridades de trânsito para que analisem uma faixa de pedestre do cruzamento no início da av. Mário Homem de Melo, próximo ao Banco do Brasil. “A faixa está muito próxima da esquina e, no horário de meio-dia, o trânsito fica complicado no local”, reclamou. RESPOSTA O Governo do Estado esclareceu que a atual gestão encontrou as escolas estaduais sucateadas, incluindo a Escola Estadual Mariano Vieira, em Normandia, que precisa de manutenção na rede elétrica, hidráulica, colocação de vidros, dentre outros. Afirmou que tudo foi avaliado pela Secretaria Estadual de Educação e que estão sendo realizadas ações para organizar as 382 unidades escolares, incluindo limpeza, além de buscar o melhor atendimento aos alunos.