Até quando? – Antonio de Souza Matos*Sou um dos que achavam que as coisas fossem mudar com o novo governo. Mas tudo continua do mesmo jeito, senão pior. Dei entrada a dois requerimentos no setor de Recursos Humanos da Secretaria de Educação (Seed), um de desaverbação de tempo de serviço e outro de progressão por titulação, mas os processos, que seguiram para a Secretaria de Administração (Segad), não saem de lá.
O processo de desaverbação está tramitando ali desde 2014. Para sair de um setor para outro, demora uma eternidade. A desculpa é que o sistema está com defeito, portanto torna-se impossível localizar o documento, ou que a pessoa responsável pela análise está de férias ou de licença médica.
A papelada passou mais de ano na seção responsável pelo despacho final. Há poucos dias, por fim, caminhou. Mas na contramão. Foi remetida à Folha de Pagamento para esta verificar se, quando da averbação (feita em 1998), houve impacto financeiro. Na minha última visita, o processo ainda não havia chegado àquele setor. Estava em trânsito bem pertinho dali, a uns vinte passos.
Quanto ao processo de progressão vertical, vai para dois meses que saiu da Secretaria de Educação. Já andou por vários departamentos, para receber pareceres, despachos e carimbos. Mas encontra-se estacionado no Protocolo, há alguns dias, aguardando o processo anterior de progressão, que está arquivado bem distante, noutro prédio. Foi solicitado o desarquivamento para fazer a juntada da documentação. Pelo andar da carruagem, temo não ser enquadrado no novo plano de carreira do magistério como especialista.
No entanto, no ritmo em que a comissão do enquadramento vem trabalhando, talvez até eu consiga essa façanha, ainda que o processo demore mais alguns meses para sair da Segad e chegar às mãos do pessoal da comissão.
Como professor, a exemplo de meus colegas, tenho enfrentado uma verdadeira via crucis toda vez que reivindico algum direito. Isso vem ocorrendo desde que ingressei no magistério em 1990, como regente de ensino, até hoje.
Por conta do descaso do governo e de não correr atrás dos meus direitos, já perdi vários deles: anuênios, FGTS, cinco anos de serviço, além de outros. Tenho direito de receber retroativos de progressões horizontais faz um bom tempo, mas o dinheiro não sai, apesar das reiteradas promessas.
Para ninguém pensar que enlouqueci, já que solicitei a desaverbação de tempo de serviço, esclareço que o tempo solicitado não vai servir para a minha aposentadoria como professor, que é especial, razão pela qual pretendo averbá-lo na instituição onde exerço um cargo técnico.
Fica aqui o meu desabafo na esperança de que o governo comece a destravar a máquina. Não é possível que as coisas continuem como estão ad aeternum.
*Professor. E-mail:[email protected]————————————–
Bem-aventurados os limpos de coração, que receberão as bênçãos de Deus – Francisco de Assis Campos Saraiva*
Hoje concentro minha atenção para uma história de vida de um cidadão, digna dos melhores aplausos. Seu nome é Francisco de Almeida, que nasceu na Fazenda Bom Lugar, Município de Alto Longá-PI, que hoje pertence ao Município de Novo Santo Antônio-PI. Tinha como vaqueiro o legendário Joaquim Rocha, o alegre animador Quincas Rocha. Com dois anos de idade, sua família se mudou para a Fazenda Flor da Almécega, onde seu genitor foi ser vaqueiro. Na época, pertencia ao Município de Castelo do Piauí-PI, hoje, São João da Serra-PI. A Fazenda pertencia ao Senhor José Belizário da Cunha, conhecido pela alcunha de José Pombo, homem digno e respeitado por todos na região.
Francisco de Almeida nasceu no Município de Alto Longá, a 14 de Agosto de 1956. Seu Registro de Nascimento foi lavrado como sendo natural de Castelo-PI. É filho de Joaquim Francisco de Almeida e de Expedida Rosa de Almeida, ele, vaqueiro e agricultor, falecido a 18/01/2013; ela, prendas do lar. Francisco de Almeida tem 15 irmãos. Contraiu núpcias com Zenaide Pessoa da Fonseca Almeida, em 02/03/1985, advindo do casal as filhas Luana Fonseca Almeida, médica pediatra e Camila Fonseca Almeida, advogada. Francisco de Almeida nasceu em ambiente de humildade e teve uma trajetória de vida penosa, com sinuosidades difíceis em determinadas ocasiões.
Na idade infanto-juvenil, para estudar, encontrava obstáculos severos de toda natureza. Tinha aula em cada mês com pessoa diferente e em locais variados. Assim foi com a Professora Lourdes Santiago, Sr.
Sebastião Isidório, o Prof. Franklin Francisco da Cruz e o Sr. Francisco Fernandes, em diferentes locais do Município de São João da Serra-PI, contando com a boa vontade e o carinho de todos. Em 1968, foi estudar em São João da Serra, já com doze anos de idade, residindo na casa da irmã primogênita Maria Almeida, casada com Valdemar Gomes da Silva, onde cursou no mesmo ano o então Primeiro Ano “A” e Primeiro Ano “B”.
Com a Prof. Severa (Avenora), foi para o segundo ano primário. Com a Prof. Chaguinha teve aula, apenas, em março e abril/1969, por motivo de saúde da mesma. Visando não perder o ano, foi estudar em Alto Longá, em agosto de 1969, na residência do Sr. Francisco Pereira e Hilda Bezerra, auxiliado pelo filho do casal Valter Pereira. Fez um teste com a Prof. Donatília Esteves da Rocha e passou a cursar o 3º ano primário.
Em 1970 concluiu o 4º ano, tendo Marquesa Sales como Professora. Fez Exame de Admissão para o Ginásio, classificando-se em 1º lugar. Em 1971 e 1972 cursou os dois anos no Ginásio Rodrigues de Alencar. No segundo semestre de 1972, ainda em Alto Longá, foi morar na casa do Sr. Manoel Bezerra e Dona Laura, conhecida por Nenem.
Estes foram alguns de seus Professores de Ginásio, em Alto Longá: Irismar Marques da Rocha. Demerval Feitosa. Elisa Arêa Leão. Renan Alencar, entre outros. Em 1973 foi estudar em Teresina-PI, morando na Casa do Estudante do Piauí, situada na Rua Rui Barbosa, Zona Norte, recebendo ajuda do irmão Ribamar Almeida. Fez o 3º e 4º ano Ginasial. O 1º, 2º e a metade do 3º ano científico, nos anos de 1973, 1974, 1975, 1976 e 1977, no Colégio Público João Gaioso, anexo ao Colégio São Francisco de Assis, localizado na Praça Saraiva, Centro de Teresina-PI. Em 1974 começou a trabalhar na ABICIDAL, Loja de Peças de Bicicleta, até o final do ano, quando foi para um Escritório de Contabilidade Pública do amigo José da Cunha Frota, por lá ficando até 17 de Fevereiro de 1977, quando assumiu o cargo, por concurso, de datilógrafo do DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem), atualmente DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). Em 19/04/1978, por concurso, assumiu emprego no Banco do Brasil, em Pedreiras-MA. Prestou serviços ao DNER até 03/04/1978.
Retornou a Teresina-PI, no segundo semestre de 1980, transferido, a pedido, para o CESEC do Banco do Brasil. Em 1981 foi aprovado no vestibular de Ciências Jurídicas, terminando o Curso de Direito em agosto/1986 e aprovado no 1º exame da OAB. Ficou no AJURI do Banco do Brasil até 08/02/2000, tomando posse como Advogado da União, em São Luís-MA, cargo que exerce até a presente data. Não é fácil concatenar a sequência de fatos e vitórias obtidos por Francisco de Almeida, que parece ter nascido com a predestinação de um lídimo vencedor, em sua íngreme trajetória, merecedora de eloquentes aplausos.
Nasceu num ambiente humilde da mais precária deficiência de meios, se confrontando com obstáculos severos para se desenvolver culturalmente, valendo-se da boa vontade de um e de outro, que lhe ministravam aulas, sempre que podiam, atendendo a disponibilidade de cada educador. Tem a primazia de ter duas naturalidades. A de Alto Longaense, Terra Bendita que o viu nascer. E a de São João da Serra, que lhe conferiu o Registro de Nascimento. Tenho convicção, pelo cidadão emérito que o é, que tem amor fidedigno pelas cidades coirmãs, as quais se orgulham de tê-lo como filho ilustre em sua história.
Em Alto Longá encontrou o inestimável apoio dos ilustres Professores e conterrâneos Donatília Esteves da Rocha, Marquesa Sales, Irismar Marques da Rocha, Demerval Feitosa, Elisa Areia Leão, Renan Alencar e outros. Francisco de Almeida é um cidadão temente a Deus, que cultiva com plenitude as virtudes do amor e da gratidão. Foi bom filho. E é um pai amantíssimo, zeloso e dedicado. É bom esposo, fiel amigo e tem dedicação meritória aos mais necessitados. Se conduz numa lição de vida digna de exaltação. É de uma cultura geral invejável. É advogado geral da União. Poeta cordelista da melhor estirpe, com vários trabalhos publicados. Valoriza a família com inaudito orgulho, como elo valioso criado pelo Onipotente.
Parabéns, prezado amigo Dr. Francisco de Almeida, pela luminosidade prazerosamente refletida a todos que o assistem na faina dos dias que se vão. Diz o pensador: “Não sei se a vida é curta ou longa demais, mas sei que nada do que vivemos tem sentido se não tocamos o coração das pessoas”. Continue assim, meu caro amigo, nessa trajetória de vida luminar ao agrado de todos que o contemplam. Que Deus o abençoe ricamente junto a todos que lhe são caros. “Vós sois meus amigos, se fazeis o que vos mando.” (João 15.14).
*Oficial R1 do Exército e Empresário. titular e dir. 5éc. do Lab. Lobo D’Almada, Membro da ALB e da ALLCHEE-mail: [email protected]——————————————Procure seu motivo – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Se um homem não tem um motivo muito forte para morrer, então, ele não merece viver”. (Martin Luther King)O Martin teve um motivo muito forte para sua morte. O Gandhi também. E tantos outros como, Cristo, Moisés, Platão, Krishina e todos os grandes vultos da história da humanidade. Todos eles sofreram sacrifícios como tributos pelas suas ideias. Todos nós devemos ter motivos que justifiquem nossa luta, no que quer que façamos. Logo, tudo que você fizer, faça bem feito. Faça com que todas as suas ações façam de você o que você espera delas. Sua vida é resultado do que você faz da vida. Não perca tempo com os aborrecimentos. Alguém já disse que “Não importa o que fizeram de você. O que importa é o que você vai fazer com o que fizeram de você”. Cada um de nós deve cuidar de sua própria vida, fazendo dela um instrumento para melhorar a vida das outras pessoas. Porque só assim estará justificando o propósito da vida. A vida é curta.
A vida só é longa dentro do tempo curto que limita a vida dos que não têm tempo a perder. Para os que lutam pelo desenvolvimento da humanidade não há tempo a perder. De acordo com o pensamento dos ativistas, nem todos os seres humanos fazem parte da humanidade. Só faz parte, verdadeiramente, da humanidade, todo aquele que trabalha e vive para o desenvolvimento dela.
Para a pessoa grandiosa, e realmente dedicada ao desenvolvimento da humanidade, sua vida não é mais do que mera medida do tempo. E o tempo é o mesmo para todas as pessoas positivas ou não. A diferença está em como cada um usa seu tempo. Se para benefício próprio ou para beneficiar as outras pessoas. Essa é a diferença que faz a diferença entre os que vencem e os que não. E não fracassam os que vivem e morrem em defesa dos mais fracos. Todos os grandes homens da humanidade foram grandes orientadores; guias e condutores de vidas. Cada um deles dedicou sua vida à vida de cada seguidor. E nenhum deles buscou nem almejou destaques nem privilégios. Daí a grandeza de espírito que fez de cada um deles um vulto da história, com o poder de fazer história.
Faça você também a sua história. Não se sinta incapaz nem incompetente. Lembre-se de que é você que tem que mostrar qual é o seu valor. E se você acha que não consegue ser o que os outros foram, lembre-se das palavras do Henry Ford: “Se você acha que pode você está certo. Se acha que não pode, está igualmente certo”. Vá em frente seja qual for a direção que você tomou. Desde, é claro, que você saiba o que você realmente quer. Porque para quem não sabe o que quer, qualquer coisa serve. Pense nisso.
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