Opinião
Opiniao 19 12 2014 422
O Nascimento de Jesus Cristo segundo Mateus – Antonio de Souza Matos* O Natal não é apenas um período de festas e de confraternização, mas a comemoração do nascimento da pessoa mais importante que já passou pela face da Terra. Conforme Mateus, um dos quatro escritores dos evangelhos, o nascimento de Jesus Cristo foi um nascimento singular pelas razões a seguir enumeradas. Foi singular porque Jesus não foi gerado como os demais homens. Ele foi concebido por obra do Espírito Santo, a terceira pessoa da trindade. Sua mãe não teve contato físico com homem nenhum. José não manteve relações sexuais com ela nem antes nem depois do casamento, salvo após o nascimento da criança, conforme nos diz Mateus: “E não a conheceu até que ela deu à luz seu filho, o primogênito…” (Mt. 1:25). Em outras palavras, foi algo sobrenatural. Não houve a participação humana no processo de sua concepção. Assim, por um lado, não se pode dizer que Ele herdou a natureza pecaminosa de Adão, transferida para toda a raça humana (Rm. 5:12). Por outro lado, não se pode afirmar que Ele não era humano, uma vez que nascera de uma mulher e possuía todas as características de um homem. O que se pode asseverar é que Jesus nasceu com uma natureza humana perfeita. A Palavra de Deus diz que “… como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hebreus 4:15). O nascimento de Jesus foi singular porque Ele veio ao mundo com a missão de pagar os pecados do homem e aproximá-lo de Deus. O anjo disse a José em sonho quando este ponderava deixar Maria ao descobrir que ela estava grávida: “E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mateus 1:21). Diferentemente de outras pessoas que vieram ao mundo para ter sucesso na vida, realizando feitos memoráveis do ponto de vista político, econômico, científico, cultural, Jesus Cristo nasceu para morrer. Sim, porque Sua morte era o único meio de expiar os pecados dos homens, judeus e gentios: “Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos aos pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados” (I Pedro 2:24). Entretanto, o homem precisa crer para ter a salvação, como o próprio Jesus ensinou: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16). E crer é muito mais do que concordar com o intelecto. É tornar-se um discípulo de Cristo, um seguidor, renunciando os interesses próprios e sujeitando-se à vontade de Deus, como fez o apóstolo Paulo: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a pela fé no Filho de Deus, o qual me amou e a sim mesmo se entregou por mim” (Gálatas 2:20). Jesus nasceu, portanto, para livrar o homem da condenação eterna, pois, por causa do pecado, que faz separação entre o homem e Deus, o destino eterno daquele é o lago de fogo. “E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Essa é a segunda morte. E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.” Embora alguns preguem que crer na existência de um inferno literal e no sofrimento eterno das almas seja demoníaco, de acordo com a Bíblia, isso é real. E foi para rasgar o véu da separação e resgatar o homem de tão horrenda condenação que Jesus nasceu no limiar do primeiro século da história (Mt. 27:51). O nascimento de Jesus foi singular também porque Ele era Deus. Disse o anjo, citando um profeta do Antigo Testamento: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. E chamarão seu nome EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco” (Mt. 1:23). Pode parecer blasfêmia para os céticos, mas Jesus não era uma simples criança que vinha ao mundo. Ele era Deus, o criador e sustentador de todas as coisas, em carne e osso. É isso que dizem os apóstolos sobre Ele no Novo Testamento: “Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele”. (Coloss. 1:16). O contexto dessa passagem não deixa dúvida de que o apóstolo Paulo estava falando acerca de Cristo. Jesus, antes de nascer em Belém da Judeia nos dias do rei Herodes e de Pilatos, já existia. Ele declarou isso aos judeus quando exercia o seu ministério terreno, e quase foi apedrejado: “Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou” (João 8:58). Apesar da clareza do texto bíblico, alguns não creem na divindade de Jesus Cristo; não creem que Ele, ao vir ao mundo, era a manifestação corpórea do Jeová do Antigo Testamento – o “Emanuel, o Deus conosco”. Não creem, mesmo Ele tendo dito a Filipe: “Estou há tanto convosco e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” (João 14:9). Mas o que é fato não pode ser contestado, quer acreditem, quer não. Vê-se, diante do exposto, que o Natal é muito mais do que festas e troca de presentes. Assim, precisamos fazer uma reflexão sobre Jesus Cristo, o aniversariante, para não mais deixá-LO de fora de nossas vidas em nossas festas de confraternização como fizeram os habitantes de Belém por ocasião do seu nascimento: “E deu à luz o seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem” (Lucas 2:7). Há lugar em sua vida para Jesus? Professor. E-mail:[email protected] ——————————————————- Não choramos à toa – Afonso Rodrigues de Oliveira* “Choramos ao nascer porque chegamos a este imenso cenário de dementes”. (Shakespeare) O mundo é realmente um cenário de dementes. Se não fosse, não estaríamos por aqui, sem rumo, nem direção. Todos nós passamos pela vida e não vivemos. De uns tempos para cá nossas vidas vão se tornando mais longas. Estamos vivendo mais. Mas a troco de quê? Para a maioria dos seres humanos a vida não é mais do que um pacote de ilusões. Quando, na verdade, ela não é isso. Nós é que não a sabemos viver. Ainda temos tolos que pensam que seu valor está na posição que ocupam. Garanto que você conhece mais de um deles. Ainda não aprendemos a nos valorizar dando-nos o valor que realmente temos como seres de origem racional. E se somos de origem racional, vivendo num mundo irracional, precisamos conhecer nossa origem para sabermos quem realmente somos. Tá lembrado do Cabo Sivirino e do Raimundinho? Dois exemplos naturais, por serem simples, de como a simplicidade não é simples. Ela tem um valor muito alto. A empáfia é o maior sinal de incompetência. A Dama de Ferro já disse que: “Estar no poder é como ser uma dama. Se precisar dizer que é não é”. É a nossa incompetência que nos faz dementes. Quanto mais incompetente, mais arrogante; quanto mais arrogante, mais demente. A Cultura Racional diz que: “O homem é o parasita mais monstruoso que existe sobre a Terra, em razão dos crimes hediondos que pratica contra as leis naturais”. E aqui, também, o termo homem refere-se ao ser humano, independentemente do seu sexo. Vê lá. Quando não temos conhecimentos sobre nossa evolução no processo de progresso a regresso, praticamos crimes contra a Natureza, todos os dias. Você pode não estar agindo corretamente quando mata, sem necessidade, uma formiga. Por que matá-la? Mas ela pode estar se atrasando na sua evolução se não morrer. Logo, você não deve se preocupar em matá-la, mesmo que não haja necessidade. Mas matou, se matou. Vá pensando nisso. A evolução humana não é tão simples assim. E ela só existe quando e onde há racionalidade. E ser racional, para o ser humano é um problema. E a maior dificuldade está em entender que somos todos iguais nas diferenças. Estamos aqui, na Terra, há exatamente vinte e uma eternidades. E continuamos praticamente os mesmo depois da degeneração que nos fez voltar à vida, agora como seres humanos e não mais racionais. E é aí que a jiripoca pia. Mesmo porque a única maneira de voltarmos ao nosso mundo de origem é nos conhecendo e reconhecendo como de origem racional. Senão vamos continuar rindo ao morrer e chorando ao nascer. Pense nisso. *Articulista [email protected] 99121-1460 —————————————————– ESPAÇO DO LEITOR TERRESTRE O leitor Genival Pereira de Araújo reclamou do que chamou de desrespeito de uma empresa de transporte terrestre. “Mandaram apenas um ônibus com capacidade para 21 passageiros, enquanto muito mais consumidores queriam ir para o Sul do Estado. Observei a revolta da maioria que desejava viajar e não conseguia. Temos que fazer valer nossos direitos de consumidores, fazer essas empresas de ônibus tratar as pessoas com mais respeito. Em pleno final de ano, disponibilizar um ônibus com 21 pessoas é no mínimo atitude de uma empresa que não tem respeito pelas pessoas”, relatou. INTERDIÇÃO 1 Sobre a interdição da BR-174 feita por indígenas, o internauta Isaías de Andrade Costa comentou: “Esta não é a primeira vez que isto acontece e com certeza não será a última. Uma rodovia federal interditada por uma pequena comunidade indígena. Como pode eles quererem seus direitos respeitados se não respeitam os direitos dos demais cidadãos? Já não basta o injustificável bloqueio que é realizado diariamente no trecho sul desta mesma rodovia, por outra comunidade indígena? Não prego a violência contra ninguém, mas, nesse caso, o Estado tem a obrigação de garantir o direito da maioria, é claro, respeitando a minoria e desbloquear imediatamente nossa rodovia”. INTERDIÇÃO 2 “O direito de ir e vir dos roraimenses está sendo violado e isso é um crime. Não entendo o motivo da Polícia Rodoviária Federal não tomar nenhuma atitude. Até quando a população vai ficar refém deste tipo de abuso e até quando os órgãos federais vão se omitir? Tem gente precisando vir para Boa Vista e os índios dizem que elas podem passar, mas a pé, deixando o automóvel no local. Como vir a pé de Pacaraima até aqui? Protestem aqui na Praça das Águas ou em outro lugar, mas respeitem o direito das pessoas de ir e vir”, argumentou João Silva. GALHADAS Reginaldo Romeu Baima comentou que a sujeira na cidade é culpa da própria população. “Eles jogam entulhos e galhadas na rua e depois ficam reclamando que a prefeitura não faz nada. Fala sério! Isso é atribuição de cada um. Coleta de lixo não inclui o serviço de poda das árvores nem de levar o entulho que você produz”, escreveu.