A felicidade de se poder plantar um sonho – Erasmo Sabino*A decisão do juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública, Hallysson de Campos, julgando improcedente a ação que suspendeu a comercialização de terrenos do loteamento Said Salomão, me traz, particularmente, uma grande felicidade. Ela vem corroborar meu entendimento de que o mercado imobiliário de Boa Vista vem sofrendo penalidade de dimensões desmedidas e teor sem sentido, colocando em risco varias atividades inerentes ao setor ao trazer insegurança jurídica às empresas e aos empresários que labutam nesse ramo.
Afinal, convenhamos, o loteamento Said Salomão é um dos maiores empreendimentos imobiliários da Amazônia. Projetado e elaborado em obediência a todas as diretrizes impostas pela legislação em vigor, é um marco na história recente da cidade por várias razões. Uma delas é seu avanço lavrado adentro rumo ao norte, expandindo a área urbana de Boa Vista na direção do BV-8, criando condições para que outros empreendimentos desse jaez sigam seus passos; outra é o fato de alguém de bom senso ter feito prevalecer a lei, fazendo justiça e colocando a verdade no seu devido lugar.
Quando digo que fico feliz por ver a Justiça devolvendo o loteamento à sua normalidade me refiro principalmente ao fato de que o empresário, ao lançar um empreendimento, deve fazê-lo não apenas pela necessidade do lucro, mas também para dar às pessoas a satisfação que elas buscam ao fazer um negócio. Mesmo porque adquirir um pedaço de chão não é tão-somente assinar um contrato de compra e venda, é também firmar um compromisso que dá o direito de conquista de um espaço onde se possa plantar um sonho.
Sempre tive comigo que o prazer de viver e a alegria das realizações não são bens quaisquer. Eles só nos chegam quando, com insistência e perseverança, lutamos para conquistá-los. Afinal, felicidade é um tesouro precioso, dádiva que nos vêm pelas mãos de Deus para morar em nossos corações. Por isso vejo a felicidade também como um milagre, aquele que só acontece quando Deus debruça Sua luz sobre nós, nos estende Suas bênçãos, nos salva do sofrimento.
Hoje posso garantir que sou uma pessoa feliz, muito feliz. Foram momentos de angústia, mas agora posso trocar a aflição pelo sorriso alegre que sempre trago em meus lábios. Minha felicidade não está nas coisas materiais, pois estas vêm e vão, a gente ganha e perde, mas na alegria de ver que a Justiça de Deus tarda, mas não falta e ela sempre chega pelas mãos dos homens. Como chegou agora para mostrar, em relação ao Said Salomão, que a verdade sempre vence.
*Empresário——————————————————
Eles e nós outros – Jaime Brasil Filho*Oponho-me ao governo Dilma. E mais: faço parte de uma minoria que é oposição à esquerda ao seu governo. E qual a diferença da maioria que lhe faz oposição? Todas.
Enquanto a direita ataca a existência do Bolsa Família, por exemplo, dizendo que ele estimula a preguiça do povo, ignorando que a segurança alimentar e o mínimo de renda são essenciais para os desvalidos e abandonados em qualquer país, especialmente neste nosso país extremamente desigual, nós, da esquerda, reclamamos é da existência do “bolsa banqueiro” e do “bolsa especulador” que os governos FHC e Lula/Dilma incrementaram, e que fizeram com que bilhões e bilhões do dinheiro dos nossos impostos fossem parar nas mãos de quem não merece mais nenhum centavo, muito pelo contrário. Para se ter uma ideia, segundo a Folha de São Paulo, no ano de 2014 o Brasil entregou R$251,1 bilhões do nosso dinheiro para os banqueiros. Ocorre que esse valor daria para financiar 10 anos de bolsa família para aplacar a fome do nosso povo. Assim, um ano de juros pagos aos abutres das finanças, equivale a 10 anos de comida na mesa do povo.
Para nós, da esquerda, o Bolsa Família e demais políticas de proteção social deveriam fazer parte das políticas de Estado, transformando-se em direito adquirido, e não, apenas, como é hoje, um mero programa de governo, sujeito ao humor político, às eleições e às variações econômicas de ocasião.
Enquanto a direita é contra as chamadas políticas de cotas por acreditar que elas privilegiam alguns em detrimento de outros, nós, da esquerda, defendemos o aprofundamento das políticas de cotas, tudo em busca da isonomia substancial prevista na Constituição e que tem como consequência o tratamento diferenciado dos cidadãos, a depender do grau de hipossuficiência de cada um, ou seja, aqueles que têm menos devem receber mais para compensar a situação de maior fragilidade e de falta de igualdade de oportunidades.
E, vamos além, nós, da esquerda, sonhamos com um mundo onde as políticas de cotas serão desnecessárias, pois não haverá necessidade de compensação alguma, já que todos teremos as mesmas oportunidades. Mas, enquanto isso não acontece, as cotas são necessárias.
A direita critica o governo Dilma por não ampliar ainda mais os tentáculos do agronegócio, produtor de commodities nos mercados internacionais de especulação de alimentos. Nós outros temos outra visão: acreditamos que o governo Dilma privilegia esse modelo de produção que tem um custo/benefício muito negativo para o país. Isto porque o financiamento da produção é feita com dinheiro de bancos públicos, por meio de empréstimos subsidiados pelo cidadão comum. Os agentes do agronegócio não pagam uma série de tributos que nós temos que pagar por eles, a contaminação do ambiente por agrotóxicos é intensa e imensa, eles quase não geram empregos, pois tudo é mecanizado e automatizado. E, por fim, a riqueza produzida fica concentrada nas mãos de poucos. Nós, que adversamos Dilma à esquerda, criticamos a falta de investimento maciço na agricultura familiar, esta, sim, produtora de comida, de alimentos que chegam diretamente à mesa dos brasileiros.
Nós, que estamos à esquerda, consideramos os governos do PT e aliados traidores dos sonhos e aspirações mais legítimas do povo brasileiro, pois fazem parte de uma falsa esquerda que apenas administra os interesses dos grandes capitalistas.
Somos intransigentes em relação à corrupção. A corrupção, o desvio de dinheiro público para fins pessoais e escusos não se justifica de forma nenhuma. Os fins não justificam os meios, não. Mas, diferentemente da direita, nós outros não acreditamos que podemos acabar com a corrupção simplesmente trocando as pessoas que estão no poder, isso porque temos consciência de que a corrupção é inerente a qualquer sistema que permita a acumulação de riqueza e a ocupação de postos de poder sem que estes estejam diretamente submetidos ao controle permanente e direto do povo. E, mais, vemos nas opções políticas apresentadas pela direita, nomes tão ruins, ou piores, quando comparados a esses que a falsa esquerda colocou para saquear o nosso dinheiro.
Citei apenas alguns poucos exemplos de pontos que diferenciam aqueles que hoje fazem oposição ao governo Dilma. Ocorre, que diante disso paira no ar, já há algum tempo, a possibilidade de que Dilma saia do poder por via de impedimento, chamado costumeiramente de impeachment.
A democracia, como outras palavras usadas e lambuzadas pelo tempo, pode ter inúmeras acepções e conceituações. No próprio berço da democracia, na antiga Grécia, os escravos, que eram maioria, não podiam votar. Se formos observar a história, podemos registrar que já houve “democracia” no Brasil, por exemplo, onde só os ricos votavam, e as mulheres somente puderam votar muito tardiamente. Na Alemanha nazista, as piores ideias eram aprovadas pela maioria e o governo possuía, pelo menos no começo da Guerra, amplo apoio popular, até porque os que eram contra já tinham sido silenciados pelo regime, de uma maneira ou de outra.
Democracia, é, portanto, daquelas palavras que servem para conduzir muitas formas diferentes de modelos e idealizações de sociedade. Assim como o amor, a justiça, a felicidade etc., democracia é dessas palavras que servem para quase tudo.
Ocorre que nós, aqui no Brasil, estamos vivendo, desde 1988, uma democracia liberal, de inspiração burguesa em sua acepção iluminista, e conformada pelos moldes republicanos clássicos. Esse tipo de democracia tem lá suas regras incontornáveis, pilares sem os quais a tirania e o autoritarismo tomam conta e a democracia se desfaz. Com esse conjunto de regras damos a conformação ao chamado Estado Democrático de Direito. Pois bem, a não ser que haja uma legítima revolução popular, as regras da nossa incipiente, mas necessária, democracia devem ser observadas.
Forçar a barra para transpor os marcos legais e constitucionais apenas porque a extrema direita e a direita mais fisiológica, que está na oposição, sentem que têm a possibilidade de chegar ao poder, não é o melhor caminho.Não adianta trocar Dilma por Temer, nem por Aécio, e muito menos por militares truculentos.
Precisamos, sim, é retomar as principais bandeiras de luta da verdadeira esquerda, e criarmos condições para a real emancipação do povo brasileiro. Precisamos lutar para a reorganização dos trabalhadores e da sociedade civil para darmos seguimento à luta que já dura mais de 5 séculos, para vivermos, um dia, em um Brasil fraterno, igualitário, soberano, realmente democrático e com justiça social.
*Defensor Público———————————————–Viajando pelo universo – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Aquilo que você é irá sempre desagradá-lo se você ficar preso ao que você não é”. (Santo Agostinho)Se você prestar bem atenção verificará que vivemos, a vida toda, sendo o que não somos. Navegando e viajando por um mar que não conhecemos. E que por isso não sabemos usar nosso timão, e deixamos que os outros nos digam por onde e como devemos navegar. Lembra-se do cabo Sivirino? Ele nos dá a lição de que necessitamos para ver com quem realmente está a razão; se com o comandante ou com o cabo. “Todo um grupo composto por milhões de Sóis, chamado “Galáxia M-82”, que explodiu há mais de 10.000.000 de anos, foi fotografado por um telescópio de 200 polegadas, de Monte Palomar em 1963”. Esse dado está no livro “Astrologia Espacial”, do Joseph F. Coodavage, numa edição de 1966.
No mesmo livro o Joseph nos chama a atenção para a iluzão que vivemos em relação à passagem acelerada do tempo. E penso nisso sempre que vejo o pessoal caminhando pelas ruas, digitando nos celulares. Uma razão para que acreditemos que o motivo que causa a aceleração do tempo é a tecnologia. Que não temos mais tempo para viver o tempo. Quando, na verdade, de acordo com o Joseph, o dia, hoje, não tem mais vinte e quatro horas. E que a mudança está relacionada aos movimentos dos Astros no universo. E que, pasmem, isso está nos levando a um próximo dilúvio. E o pior é que ninguém presta a tenção a isso nem se preocupa.
No mesmo livro ele diz que não sabemos quantos dilúvios já tivemos na Terra. Mas pelo que vivemos é simples imaginar o que acontece com o desenvolvimento da humanidade, depois de um dilúvio. E ele diz uma coisa interessante: “A ciência e a religião sempre caminharam de mãos dadas; quando a religião descobre alguma coisa que não consegue provar, fantasia; a ciência quando descobre e não consegue provar, engaveta”. E a tecnologia passa a ser, nesse caso, o bode expiatório. Estamos tendo cidades inteiras destruídas pelas chuvas; mananciais de água escorrendo pelos montes, e faltando água em nossas torneiras. Os mosquitos matando os humanos e as autoridades ensinando-nos como passar repelentes nos braços para evitar pia os mosquitos. Quer coisa mais ridícula? Há sim. muito mais ridículo é aceitarmos isso como orientação. Os terrenos contunuam baldios, cheios de água suja e lixo pra dedéu, e somos orientados para deixar as xícaras emborcadas na para os mosquitos não as usarem como vasos de desova.
Sei que você está chocado. Esperava um assunto mais agradável neste fim de semana. Mas pense bem no que estamos vivendo na nossa administração pública. Pense nisso.
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———————————————ESPAÇO DO LEITORCNH“Como venho alertando quase toda semana, e até se torna chato, nada melhor que a imprensa relatar o que realmente encontramos nas ruas da Capital, traduzindo no grande número de infrações e acidentes com vítimas fatais. Tudo por conta de quase cinco mil condutores que estão à solta no trânsito sem possuir a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para conduzir um veículo. Por outro, lado deveriam incentivar as pessoas carentes a conseguirem a habilitação”, comentou o leitor Maciel Amorim.COMPRASEduardo Lima relatou: “Ainda vejo com muita timidez as ofertas no comércio local em relação a motivar o consumidor a ir às compras de Natal. Nem mesmo o horário das compras sofreu alteração. Por exemplo, quem trabalha até as 19h encontra já quase todas as lojas do centro fechadas. Sem alternativa, o jeito é ir até os dois shoppings e pesquisar preços que não estão tão convidativos. Apesar de estarmos vivendo uma época de crises, pelo menos poderiam já se antecipar e lançar promoções, já que falta menos de uma semana para o Natal”.BR-174“A manutenção da BR 174 sul, mais precisamente na parte que compreende a reserva indígena Waimiri Atroari, precisa ser executada com urgência, em razão de parte do trecho já está encoberta pela vegetação da floresta. Veículos de carga pesada têm encontrado dificuldade para transitar na rodovia, já que as árvores estão avançando. Em alguns locais, é necessário redobrar a atenção para evitar acidentes. Esperamos que o Dnit possa providenciar o quanto antes esta manutenção”, frisou o internauta Elias Jesus Junior.PACARAIMALeitor J. Goes Miranda ([email protected]) encaminhou a seguinte reclamação: “Pacaraima se encontra um lixo só. As ruas todas sujas sem passar por uma limpeza, sem contar a quantidade de cachorros que estão espalhadas pelas ruas do município sem nenhum controle sanitário”, disse.