Opinião
Opiniao 20 04 2015 885
“Libertas quaeseratamen” – Afonso Rodrigues de Oliveira* “Somos o único caso de democracia que condenados por corrupção legislam contra os juízes que os condenaram”. (Joaquim Barbosa) Estamos começando a perceber, mesmo sem entender isso. Mas não faz mal. Coincidentemente, ouvimos, ontem, pela televisão, que só daqui a muitos e muitos anos, as mulheres estarão em nível de igualdade com os homens. Só não nos dizem é até quando ainda vamos mastigar tais absurdos. Mas, não faz mal. Vivemos vidas e mais vidas degustando tolices e absurdos. Por tanto, vamos amenizar a dor do Joaquim Barbosa, com a sabedoria do Gibran Khalil Gibran: “A neve e as tempestades matam as flores, mas nada podem contra as sementes”. A liberdade há de chegar, ainda que tardia. Mas a responsabilidade é exclusivamente de cada um de nós, enquanto cidadão. E nunca seremos cidadãos de fato e de direito, enquanto não aprendermos a cuidar das sementes. E estas estão nos nossos filhos e netos. É com eles que iremos preparar nosso País para uma democracia. Porque até agora não conseguimos entender que vivemos numa democracia fantasiada. Mas não vamos cair na ranzinzice de querer resolver o problema com brigas e bagunças. Vamos cuidar da formação dos nossos filhos e netos para que eles saibam fazer o que até agora não fomos capazes de fazer: construir nossa liberdade. Deu pra sacar? E não vamos conseguir nossa liberdade enquanto vivermos presos à ignorância política. E essa só a conseguiremos quando formos um povo educado, civilizado e feliz. Porque quando somos felizes sabemos o que queremos para viver feliz. Parece redundância, mas não é. Nunca seremos um povo feliz enquanto não entendermos que a felicidade não está na fantasia, mas na mente sadia. E a mente sadia é que nos leva à racionalidade. E ser racional é ser senhor dos seus pensamentos no caminho do racional. E tudo está dentro de você. Tanto o bom quanto o ruim. A escolha é sempre sua. As veredas que nos levam à encruzilhada são meras veredas. O caminho você escolhe na saída da encruzilhada. Quer mesmo uma sugestão? Não entenda isso como uma tentativa filosófica. Ao contrário, é a coisa mais simples do mundo. É só você se dar o valor que você tem embutido nas suas decisões. Decida o que você realmente quer ser e você será, independentemente de sua idade cronológica ou de sua condição ou posição social. Sua posição profissional vai depender do valor que você se der. Misturou tudo? Tomara que não tenha dado angu. Falando sério. Inicie sua semana com muita felicidade, para que sua liberdade não chegue tão tarde assim. Você pode, se achar que pode. Pense nisso. *Articulista [email protected] 99121-1460 —————————————- Desarme a vida e arme a paz – Vera Sábio* Não sei realmente se a lei do desarmamento deve ser reavaliada. Porém o que acredito é que temos muito mais leis, diretrizes, determinações, e poderes que precisam armar a paz e desarmar a vida antes de tais decisões. Querem prender a atenção do povo nas novas possibilidades de rever a menor idade, modificar a lei do desarmamento e tantos outros acontecimentos de fato importantes.Mas, no entanto, a prioridade maior está em não perdermos e falirmos totalmente o nosso país como os poderosos estão há anos fazendo na surdina. A educação de um povo é realmente a condição necessária para haver paz e desarmar medos, injustiças, discriminações, preconceitos, sofrimentos, fome, diferenças sociais, impunidade e tantos outros motivos que tornam a vida armada. Vivemos em um temor constante, pois não confiamos em ninguém; afinal sabemos como reage um ser humano acuado, onde a fome, o vício e a dor os dominou. Sem educação, a paz não existe.E aqueles desprovidos de conhecimentos, pensamentos críticos e noções de direitos tornam-se os marginais perigosos, armados de várias maneiras destrutivas em prol do que desejam. Não há paz onde falta educação, saúde, lazer, segurança e oportunidades de trabalho e crescimento, pois todos estes direitos garantidos são o que permite com que a população viva bem e conquiste seus ideais pela harmonia, amor e solidariedade. Constatando assim que se deixarmos os cidadãos com armas de fogo, ou se diminuirmos a menor idade para que os adolescentes sejam punidos como os adultos. Faremos remendos que aumentam ainda mais a revolta de uma população sem esperanças e cientes, de que é cada um por si e Deus por todos, onde quem tem mais dinheiro, manda mais, é livre para roubar mais e está acima da lei que pune o mais pobre, sem instrução e gerado a partir de uma desigualdade que o prepara para a marginalidade já no início da vida sofrida. A paz não chega pela guerra, a justiça não se faz através de tanta injustiça ocorrente na corrupção. O entendimento de que o direito de um acaba onde começa o do outro, só fará com que a vida esteja desarmada quando verificarmos que todos podem pagar da mesma forma pelos crimes cometidos, independentes de sua condição social ou parlamentar. Pense nisto e reforme sua consciência, tendo a lembrança de toda a realidade de 4 anos para votar com justiça nas próximas eleições. *Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cega CRP: 20/04509 [email protected] cel. 991687731 —————————————- Quem se atreve a reformar a política? – Tom Zé Albuquerque* Que o Brasil precisa mudar quase todo brasileiro concorda. Que as mudanças devem ser viscerais, disso não há nenhuma réstia de dúvida. A propalada reforma política é a bola da vez, por isso a questão maior é saber quem está disposto a encará-la, uma vez que a cúpula que decidirá sobre qualquer alteração a ocorrer é a mesma que mais privilégios perderá. E bota privilégio nisso. Um dos pontos mais importantes seria a mudança do sistema proporcional, que gera uma esquisitice sem tamanho ao validar um mandato através do coeficiente de legenda, para o sistema majoritário por meio do voto distrital, cujo voto é destinado de acordo com a divisão do território em circunscrições menores de população aproximada com as demais áreas delimitadas. Isso acarretaria no voto direto para deputados e vereadores, assim como a aproximação natural e inevitável entre cidadãos e políticos; por conseguinte, as ações dos parlamentares seriam mais fáceis de fiscalização e a cobrança por resultados seria ferrenha. Obviamente que os custos de campanha, nesse caso, despencariam, e o número de partidos seria automaticamente reduzido, sem traumas, mas por consequência. A reforma política não pode servir de bandeira ideológica ou artifício demagógico. Ela tem que ser profunda, sem arrodeios. O que dizer, por exemplo, da extinção do financiamento de campanha por empresas privadas? O dinheiro de hoje advém, na sua maioria, de instituições bancárias e do segmento da construção civil, seletos grupos que mais lucram no país, respectivamente, pelos juros exorbitados (maiores do mundo) cobrados à população, e com a obras faraônicas para o governo, várias não concluídas, mas de valores superfaturados e com certames licitatórios duvidosos. O mais estranho é que se defende a substituição do financiador privado para que o dinheiro público financie as campanhas. Isso é descabido, vergonhoso… Édesvio de recursos públicos. Ora, por que o meu dinheiro tem que bancar campanha política? Quem quer se candidatar que arque com seus anseios. Outros relevantes pontos devem ser revistos, tais como: a eliminação da suplência (dupla) de Senador; redefinição do parco prazo para filiação partidária e domicílio eleitoral; implantação de voto facultativo; fim da reeleição de mandato; existência de candidato avulso (permissão para candidatura de candidatos sem partido); unificação das eleições em todas as esferas, ao mesmo tempo; e adoção de cláusula de desempenho (efetividade de resultados dos partidos no mandato anterior). Nota-se aí a imprescindível necessidade de se rever o bizarro sistema político/eleitoral em uso, por se alicerçar no chamado “presidencialismo de coalizão”, uma forma de prostituição partidária, num toma-lá-dá-cá sem sentido. Faltam no modelo atual uma representação política coerente, a transparência, o cuidado com a coisa pública, o respeito ao brasileiro lúcido. Creio que se o Parlamentarismo tivesse sido implantado no país – por ter estado em evidência na constituinte de 1988 –, a nossa realidade seria outra. Vale lembrar que em 1993 foi tentado reerguer esse justo regime de governo, mas fora aniquilado por um plebiscito meia-boca, massificado brutalmente pela poderosa Rede Globo na preservação do statusquo Presidencialista. Uma vantagem inquestionável do Parlamentarismo apontaria para soluções de crise, tão comum no destrambelhado e pródigo governo petista, conquanto as turbulências seriam atenuadas de forma coesa e clarificadas. Caberia para o Primeiro Ministro, nesse formato, conhecimento técnico, preparo intelectual e formação compatível para se gerir um país, mesmo que coletivamente. Ademais, não consigo entender o porquê de Deputados Federais e Senadores terem que morar em Brasília para decidirem os rumos de sua base e das decisões nacionais. Em tempos de tecnologia avançada onde até voto é eletrônico, as atuações de congressistas deveriam primar pela limpidez de suas ações, e o deslocamento até a capital federal deveria ocorrer, no máximo, uma vez por mês, somente para decisões de impreterível relevância. O cotidiano de um parlamentar deveria ser no Estado no qual fora eleito, com seu povo. Isso acarretaria numa economia absurda de verbas de gabinete, passagens aéreas, estadas em hotéis, auxílio-moradia, auxílio-alimentação e um monte de benesses que retornaria ao povo em forma de serviços à coletividade. Quem está disposto a alterar esse quadro? Nem precisa responder… *Administrador ————————————– ESPAÇO DO LEITOR MP 660 Sobre a aprovação da Medida Provisória 660 na Câmara Federal, o internauta Carlos Calheiros comentou: “Finalmente todos os trabalhadores que prestaram e prestam serviços públicos ao estado de Roraima vão gozar do reconhecimento da União Federal. Essa luta se arrasta há muitos anos, porém agora chegou a sua fase final, que será a análise documental dos servidores que podem obter o êxito no reconhecimento como servidor federal. Agora, é a aguardar a sanção presidencial para estabelecer os passos para a sua efetivação. Vale lembrar que não existe apenas um pai da ação, mas sim o envolvimento de todos os que foram excluídos do “enquadramento” de 1993 junto com parlamentares do estado, do Amapá e de Rondônia. Agora, é juntar a documentação pertinente e apresentá-la à SAMP”. CONTRADIÇÃO O internauta Cleyton Batista Paulo questionou a justificativa dada pelo Governo do Estado quanto ao pedido do vice-governador Paulo César Quartiero para negar a contratação de pessoas com o mesmo sobrenome. “O governo não compactua com nepotismo? Isso é brincadeira com a nossa cara! Agora pergunto: ‘E todos os parentes dela que foram colocados em todos esses cargos?’”, questionou. TERCEIRIZAÇÃO Sobre a lei da terceirização, que tramita no Congresso Nacional, o internauta identificado como Sousa comentou: “Esses aí [políticos] não estão lembrando que quem os colocou no poder foi toda essa população que hoje vai às ruas e cobra trabalho e não desprestígio. Infelizmente, eles só pensam no bolso deles e acham que não precisarão mais da população. Infelizmente, o povo tem problema de esquecimento e quando chegam as eleições, colocam-nos novamente no poder. Fazer o quê?”.