Opinião

Opiniao 20 07 2019 8592

Dicas para se tornar uma pessoa segura – Flávio Melo Ribeiro

Uma pessoa segura é aquela que está abrigada do perigo ou riscos, por considerar que está certa do que faz e pensa. Por outro lado, a insegurança é um problema comum reclamado pelas pessoas. Tanto que falam que lhes falta segurança para falar em público, para tomar uma decisão importante, lutar pelos seus direitos, enfrentar uma discussão, ou mesmo empreender algo que deseja. Diz-se que o passarinho se sente seguro por dormir num galho de árvore, não porque acredita que o galho não irá quebrar, mas porque ele sabe voar. No caso das pessoas, existe um caminho que as levam para a segurança que é o Ser, Fazer e Ter, mas o que significa esse caminho e como trilhá-lo?

A primeira medida que a pessoa precisa tomar é refletir sobre quem ela é e o que deseja para sua vida, pois não há segurança se a pessoa não sabe qual caminho tomar, já que não tem a menor ideia para onde vai. As pessoas devem refletir sobre seus desejos e sobre o que realmente é significativo, tirando a prova da verdade, e pensando em si a partir do olhar do outro: “eu me aprovaria se estivesse olhando a partir do outro?”

Em seguida, a pessoa deve identificar e investir nas habilidades necessárias para trilhar o caminho que a levará ao seu desejo. Visto que um dos indicativos de uma pessoa segura é o fato dela saber fazer. Não basta saber para onde vai se não sabe como ir. Por exemplo, imagine alguém inseguro para falar numa reunião. O que deve fazer? É necessário identificar qual objetivo quer alcançar com a sua fala; para isso, deve pesquisar o conteúdo com intuito de organizar o pensamento e o discurso. Depois deve ensaiar diversas vezes e, por fim, acreditar que o conteúdo que irá falar é suficiente e necessário para expor suas ideias, bem como enfrentar uma discussão, caso haja divergência. Independente do que você quiser alcançar, invista no desenvolvimento das habilidades, sem se esquecer de quem é, do contexto onde se encontra e onde realmente faz sentido você chegar.

Por fim, a pessoa deve avaliar o percurso e a forma como o realizou e, se aprovar, deve ter orgulho do seu feito. O orgulho é a base para a pessoa se tornar segura. Só tome cuidado de dosar o orgulho. O ideal é a pessoa viver o orgulho das suas vitórias, ao mesmo tempo em que é humilde para reconhecer seus erros e corrigi-los.

*Psicólogo;CRP12/00449 E-mail: [email protected] Contato: (48) 9921-8811 (48) 3223-4386 Página no Facebook: Viver – Atividades em Psicologia Canal no Youtube: Flávio Melo Ribeiro

Ansiando por Deus – Antônio de Souza Matos*

Segundo o teólogo Agostinho, a alma do homem foi feita por Deus e só encontra descanso em Deus. É por isso que, quando estamos distantes Dele, nos sentimos órfãos. No entanto, em vez de O buscarmos, comumente procuramos preencher esse vazio com prazeres efêmeros.

Deus é onipresente, portanto não é Ele que se distancia de nós, mas nós que nos distanciamos Dele. Como o pai da Parábola do Filho Pródigo, Deus está sempre esperando que corramos em Sua direção e de braços abertos para nos acolher. 

No Salmo 84, o autor, que, na ocasião, estava distante de Jerusalém e do templo, para onde periodicamente as tribos de Israel se dirigiam para cultuar a Deus, declara seu amor pelo local de adoração, que, à época, era exclusivo para os judeus: “Quão amáveis são os teus tabernáculos, Senhor dos Exércitos!” (v.1). Ele declara também seu desejo de regressar à presença de Deus: “A minha alma suspira e desfalece pelos teus átrios” (v.2). O anseio do salmista por Deus é tão intenso, que ele sente inveja do pardal e da andorinha que fizeram ninhos próximos do altar: “Até o pardal encontrou casa, e a andorinha ninho para si, onde ponha os seus filhos, até mesmo nos teus altares, SENHOR dos Exércitos, Rei meu e Deus meu” (v.3). 

Por que aqueles que já experimentaram a presença de Deus, a exemplo do salmista, anseiam tanto por Ele? A resposta está nos versos seguintes do salmo. Na presença do Senhor, encontramos a verdadeira felicidade: “Bem-aventurados [felizes] os que habitam em tua casa; louvar-te-ão continuamente” (v.4). Ninguém é mais feliz do que aqueles que desfrutam intimidade com Deus, a exemplo dos levitas, que conduziam o louvor e a adoração no templo. Como diz o Salmo 16.11, na presença do Senhor “há fartura de alegrias” e “delícias perpetuamente”. 

Na presença de Deus encontramos força para prosseguir a jornada: “Bem-aventurado o homem cuja força está em ti e em cujo coração estão os caminhos aplanados, o qual, passando pelo Vale de Baca, faz dele um manancial…” (vv.5-6). No contexto citado pelo autor, o peregrino, subindo a Jerusalém, apesar do sol causticante e da aridez do deserto, sentia-se revigorado. Mesmo quando atravessava Baca, o “Vale das Lágrimas”, exultava, pois o Senhor derramava copiosa chuva para amenizar o calor e saciar-lhe a sede. A partir dali, o viajante caminhava seguro, vislumbrando o monte onde fora edificada Jerusalém. Nós também podemos atravessar nossos vales sombrios com alegria e ânimo, enquanto peregrinamos na direção da Jerusalém celestial, se estamos caminhando com Deus, pois Ele “faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor” (Isaías 40.29). 

Na presença de Deus, transbordamos de alegria a ponto de perder a atração pelos prazeres deste mundo: “Pois um só dia, SENHOR, nos teus átrios, vale mais do que mil” (v. 10). A superioridade do contentamento que emana da doce presença de Deus nos faz valorizar mais a simplicidade de uma choupana do que os requintes de uma mansão. Foi por essa razão que o apóstolo Pedro, num lugar sem o mínimo de conforto físico, disse a Jesus: “Bom é estarmos aqui!”. 

Lá no recôndito de nossas almas, há um clamor pela presença de Deus. Precisamos encontrá-Lo com urgência, pois disso depende a nossa felicidade. Mas onde podemos achá-Lo em meio a tanto burburinho? A Palavra de Deus nos dá a resposta: “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração” (Jeremias 29.13).“Disse-lhes Jesus: ‘Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim’ (João 14.6).”

Professor e revisor de textos. E-mail [email protected]

A importância de um bom papo – Afonso Rodrigues de Oliveira

“Viver é algo tão espantoso, que sobra pouco tempo para qualquer outra coisa”. (Emily Dickinson)

Você gosta de conversar? Sabe conversar, ou gosta de falar? São coisas diferentes. Quem é bom de conversa nem sempre é grande falador. O bom conversador ouve mais do que fala. E é por isso que está sempre aprendendo. Aprendemos mais com o que ouvimos do que com o que dizemos. É numa boa conversa que aprendemos o que mais nos importa. É no ouvir que respeitamos nosso interlocutor. Muitas vezes nem concordamos com o ponto de vista dele sobre determinadas coisas ou assuntos. E daí? Por que não respeitar o ponto de vista dele? Por que ele tem que ter um ponto de vista igual ao seu? Viver é algo realmente muito importante. E vivemos de acordo com o que aprendemos no aprendizado da vida. E nem sempre sabemos o que pensamos que sabemos. E muitas vezes descobrimos isso com os pontos de vista da pessoa com quem conversamos.

É tolice pensar que você vai impressionar seu interlo
cutor, falando mais do que ele. Sinceramente, ele está mais interessado no que você pode ouvir dele, do que no que ele vai ouvir de você. A satisfação em dizer e ouvir deve ser recíproca. Não tente ser agradável, apenas seja. Preste mais atenção ao que lhe dizem. Mesmo quando não aceitamos e jogamos fora o que ouvimos, aprendemos sobre o que devemos querer no que ouvimos. Mas não discorde nem discuta. O que não lhe interessar, descarte. Mas faça isso em silêncio. Nunca demonstre estar aborrecido ou contrariado. 

Procure sempre ser interessante nas suas conversas. Elas podem ser um passaporte para uma relação durável. Pessoas simpáticas têm na fala seu instrumento maior para cultivo e perpetuação da simpatia. Ninguém simpatiza com uma pessoa que fala pelos cotovelos. Normalmente os grandes faladores não têm grande controle na voz, no timbre e geralmente, nas inflexões. E isso conta ponto pra dedéu. Aliás, esse seria um bom treinamento para muitos profissionais da comunicação. Mas deixemos isso pra lá e voltemos à conversa. Seja sempre agradável com a pessoa com quem você conversa. Mesmo que você não goste dela. Ela não é responsável pelo seu gosto. 

Outro fator importante na conversa é a interrupção. Nunca interrompa a pessoa que está falando. Poucas coisas são mais irritantes do que alguém nos interromper quando estamos falando. Nunca desvie o olhar da pessoa que está falando. Taí uma das maiores demonstrações de descaso. Procure sempre ser agradável nas suas conversas. Faça isso com naturalidade. Pense nisso.

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