‘Cada um no seu quadrado’ – Antonio de Souza Matos*Conforme a Wikipédia, ecumenismo é o processo de busca da unidade. Num sentido mais restrito, emprega-se o termo para os esforços em favor da unidade entre igrejas cristãs; num sentido lato, pode designar a busca da unidade entre as religiões. Embora a ideia pareça agradável, plausível, não tem respaldo bíblico.
No Antigo Testamento, Deus chamou Abrão de Ur dos Caldeus (Gên. 12) para formar um povo diferente dos demais, que se submetesse aos preceitos divinos (Êx. 20). A ordem de Deus, quanto à separação, foi clara a Israel: “Quando entrares na terra que o SENHOR teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daquelas nações. Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e, por essas abominações, o SENHOR teu Deus os lança de diante de ti. Perfeito serás com o SENHOR teu Deus …” (Deut. 18:9-14).
O objetivo de Deus, ao dar essas instruções, era manter o povo israelita afastado das práticas que atentavam contra o primeiro mandamento: “Não terás outros deuses diante de mim” (Êx.20:3). Associar-se religiosamente aos povos que habitavam a terra de Canaã implicava cometer adultério espiritual e perder, consequentemente, a identidade.
Creio que não preciso me estender mais para provar que, no Antigo Testamento, não havia espaço para o ecumenismo entre o povo de Deus. Nem é preciso dizer que a não observância do princípio da separação acarretou uma série de problemas para a nação judaica, tais como o exílio babilônico, por volta do ano 586 a.C., bem como os graves conflitos étnicos que perduram até hoje.
No Novo Testamento, não obstante a mudança de foco de Israel para a igreja, a Palavra de Deus continua reprovando a prática da união entre credos. Por exemplo, Jesus alertou os apóstolos do perigo de ser enganados por falsos mestres e falsos cristãos: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, no interior, são lobos devoradores” (Mt. 7:15). Em Romanos 16:17, Paulo ordena aos crentes que se desviem daqueles que abraçam uma doutrina diferente da ensinada pelos apóstolos: “E rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles”.
Convém esclarecer que Cristo e os apóstolos não ensinaram os cristãos a formar guetos, isolando-se da sociedade. O papel do cristão é mostrar a luz de Cristo ao mundo (Mt. 5:16) e exercer uma influência positiva na sociedade. Mas, todo cuidado é pouco em se tratando de associação para prestar culto.
Não se pode negar a contribuição social que muitas denominações cristãs e não cristãs têm dado à sociedade. Porém, a união entre elas, embora pareça politicamente correta, representa um risco para quem deseja manter a sã doutrina e viver de acordo com as Sagradas Escrituras.
*ProfessorE-mail:[email protected].——————————————————Olhe para si – Vera Sábio*Em Mateus, capítulo 7, Jesus disse:”Por que é que você vê o cisco que está no olho do seu irmão e não repara na trave de madeira que está no seu próprio olho?” Existem várias versões que mostram as palavras das escrituras sagradas de muitas maneiras diferentes, todavia com o mesmo significado.Neste trecho, Jesus nos revela o quanto é importante em primeiro lugar cuidar de si mesmo, do próprio corpo, da própria família, da própria casa, do próprio país, para depois conseguir cuidar dos outros.
O que geralmente acontece é que não gostamos de verificar as nossas falhas, onde precisamos modificar e, por isso, achamos mais fácil ficarmos atentos, observadores e indignados com que acontece na casa do vizinho.
Temos diversos problemas mundo afora, é lógico, porém, até quando vai a bondade dos governantes brasileiros em ajudar os outros países, investindo em infraestruturas, escolas, saúde etc. lá longe, na terra dos outros, para o povo estrangeiro? Enquanto isso, nosso Brasil jogado ao acaso, está de dar dó.
Temos muita riqueza em mãos de poucos, o que daria condições de não deixar ninguém morrer de fome, mas morrem. Temos verbas para boa segurança e educação, saúde de qualidade e diminuição de tanta marginalidade e preconceito, mas há pessoas extremamente ricas e outras esquecidas na pura miséria.
Com isto, lhes proponho que olhem mais para si mesmo. É imensamente triste o terrorismo em Paris. Mas vocês sabem que, pela seca, pelo abandono, pela corrupção, pela impunidade e também pela falta de manutenção e desvios de verbas, bem mais pessoas do que os terroristas mataram em Paris estão sendo mortas e destruídas com os problemas das barragens em Minas Gerais?
Vocês sabem que a ambição doentia é uma peste assassina que mata em massa, destruindo sem consciência e sem piedade a natureza nossa fonte de vida, deixando-nos totalmente jogados à sorte de um futuro incerto. onde não viveremos sem nossa mãe natureza que nos sustenta, e ainda assim existem pessoas que vendem nossas riquezas naturais para respirarem ouro e comerem o quê?
Não sou pessimista e não quero valorizar problemas como se nós fôssemos piores do que muitos povos que vivem em guerras declaradas. Somente peço que observem e valorizem a nossa Pátria, pois assim conseguiremos viver bem, combater o mal e depois da casa reorganizada, ai sim ajudar o próximo.
Descruze os braços, pois o salvador do mundo, Jesus Cristo morreu de braços abertos, lutando, esclarecendo, acolhendo e deixando o exemplo que podemos fazer muito mais do que fazemos se quisermos um futuro melhor.
*Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cega
CRP: 20/[email protected]. 991687731—————————————————–‘Paris é uma festa’ – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Dois dos poderes que governam o mundo, a força e a inteligência, é a força que sai sempre vencida”. (Napoleão Bonaparte) As aspas são porque o título é de um livro do Ernest Hemingway. Certamente quando o Hemingway escreveu o livro, Paris era realmente uma festa. Uma cidade que ainda vou checer. Acredito nos meus sonhos. Mesmo porque os terroristas não irão destruí-la. Fico aqui pensando em como o mundo vive numa erupção. Em 2005, ouvimos, pela televisão, que o governo francês estava proibindo manifestações nas ruas por conta de atentados. E como já tínhamos visto isso por aqui, no rgime militar, pensei: será que a síndrome da ditadura está rondando os governos civilizados? Pensei que proibições fossem coisa de terceiro mundo.
Como você está encarando esse vulcão em que está se transformando o mundo? Deixemos de lado as considerações técnicas, filosóficas e astrológicas. Vamos encarar os fatos de uma maneira não empírica, mas não técnica. Há coisas muito claras que estão passando despercebidas pela população mundial. Estarrece-nos, a violência que assola o mundo, hoje. Mas se jogarmos essa neura pra debaixo da cama e formos mais maduros, veremos que o mundo hoje não está mais violento do que fora no passado. A violência hoje é explícita; a violência do agora. Não importa onde ela esteja, a assistimos ao vivo e agora. Não vamos maldizer o Belzebu nem pensar que Deus quer acabar com o mundo.
Em vez de ficarmos analisando o primitivismo na França, pensemos em nós. No quanto poderíamos servir de modelo para o mundo civilizado. E tudo que precisamos fazer é entender e fazer nosso papel nesse teatro. E está aí um estágio em que não precisamos mudar; só precisamos melhorar. Ter consciência de que não somos inferiores. Só precisamos nos valorizarmos. Não somos superiores porque não acreditamos que somos. Continuamos como no tempo em que meu pai comprava lima importada para afiar os serrotes, porque as nacionais eram inferiores, porque eram nacionais.
Durante séculos vivemos imitando europeus e norte-americanos. Já fomos até chamados de país da macacobrás, e coisas tais. Agora somos nós mesmos, donos do carnaval, dos feriadões e do exclusivíssimo ponto-facultativo. Talvez se convencêssemos os europeus do valor que tem, para a paz, um ponto-facultativo, eles parariam de brigar e veriam que o Rio de Janeiro é Uma Festa. Que São Paulo também é Uma Festa. O Brasil todo é uma festa que bota Paris no bolso sem inchar a algibeira. O que não sabemos é que é nas folgas de feriadões que construímos nossa passarela para o carnaval da vida. Pense nisso.
*[email protected] 99121-1460 ————————————————–ESPAÇO DO LEITOR UERR“Mais uma vez, estamos reivindicando a situação do prédio da Universidade Estadual de Roraima em Mucajaí, o qual continua abandonado, sem condições de uso. Para terem uma ideia do descaso, o curso de Ciências Biológicas foi instalado de forma provisória na Escola Estadual Coelho Neto, o que motivou centena de pessoas a desistirem ou então solicitar transferência para o campus Boa Vista. Este ano, nem vestibular para novas turmas ocorreu em Mucajaí”, escreveu o leitor M. C. S.LEI DE INFORMAÇÃOSobre a recomendação do Ministério Público Federal aos órgãos estaduais para a adequação à Lei de Informação, a internauta Gleyce Amarante comentou: “Será que a governadora não sabe que a Lei 12.527 de 2012 é de cunho nacional, aplicável à União, aos Estados e ao Município? E que a referida lei já tem o propósito de regulamentar o direito constitucional de acesso dos cidadãos às informações públicas? A mesma não precisa de regulamentação, uma vez que já é a regulamentação do direito, portanto, deve ter sua aplicabilidade imediata”, disse.CONSTRUÇÕESMorador da rua Aquário, no bairro Cidade Satélite, pediu uma fiscalização municipal aos barracos construídos de forma irregular. “São barracos que não possuem, sequer, a licença de construção liberada pelos órgãos competentes. Pelas ruas do bairro, existem outras construções que não obedecem, sequer, ao limite estabelecido pelo município em relação à calçada. As construções avançam e ninguém, sequer, é notificado”, comentou.IMLA internauta Nara Guimarães comentou que não há palavra que classifique a situação do Instituto de Medicinal Legal. “Além de desumano, é uma falta de gestão administrativa. Não existe mais argumento para creditar às gestões passadas estes descasos. Será que em onze meses não foi possível, pelo menos, encaminhar a solução destes problemas? É lamentável como é dado o valor à vida das pessoas”, frisou.