Opinião

Opiniao 22 07 2017 4445

CIDADE EFICIENTE – Vera Sábio*

“Não fiquem devendo nada a ninguém. A única dívida que vocês devem ter é a de amar uns aos outros.” (Romanos cap. 13)

É inteligente a cidade eficiente e acessível. Pois precisamos viver na prática o bem que o virtual nos trás.Afinal, pensemos nós, pobres cidadãos, em termos uma dívida de 260 milhões; a qual serão os nossos descendentes que terão que pagar durante 25 anos. Sem nós se quer sabermos quem serão nossos descendentes.

Nossa cidade é eficiente? Temos condições de suportar as chuvas sem ficarmos inundados? Temos calçadas acessíveis e locais públicos capazes de uma pessoa cega e uma pessoa cadeirante transitarem sem que fiquem sem o direito de ir e vir com segurança? Temos saúde de qualidade, educação eficiente, salários justos aos servidores, uns transitam seguro e não temos pedintes pelas ruas? Enfim, qual é a prioridade do povo, aquele povo sofrido que precisa do básico para sobreviver e muitas vezes nem este básico possui…

Cumprimos assim nossa dívida de amar o outro como nosso irmão e pensar no bem coletivo e não apenas naquela vontade corrupta e egoísta de querer mais e mais sem mesmo ter onde gastar tudo aquilo que for ajuntado?

Eu me sinto cada vez mais incapaz, até mesmo de escrever sobre tanta perversidade que ouço pela mídia. Pois está cada dia mais difícil pedir que as pessoas continuem acreditando em dias melhores quando não conseguimos ver a justiça acontecendo; já que bandidos criminosos que mataram em massa com os bilhões desviados, estão soltos e continua a montanha de lixos escapando do ralo da corrupção em todas as esferas, em todos os poderes e por todos os locais.

Mas aqui em Boa Vista a notícia é que teremos uma cidade inteligente… Qual o conceito de inteligência e prioridade no cenário atual?*Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cegaCRP: 20/[email protected]

Contra as multas abusivas da Receita Federal – Vitória Maria da Silva* As multas pagas ao Fisco são o terror dos contribuintes, principalmente das empresas. Muitas vezes, elas são aplicadas com valores considerados abusivos pela entrega extemporânea, com erros ou omissões em obrigações acessórias, desconsiderando o porte das sociedades e a sua capacidade contributiva.

A fim de acabar com essa prática, o Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro se uniu a outras entidades da categoria e o resultado desse esforço acaba de chegar ao Legislativo. O Projeto de Lei nº 7895, de autoria do deputado Celso Pansera, altera o artigo 8º do Decreto-Lei nº 1.598 e o artigo 57 da Medida Provisória 2.158-35. No documento, protocolado na Câmara dos Deputados, novos valores são sugeridos levando em consideração o porte do contribuinte, uma vez que uma pequena empresa, com estrutura reduzida, não pode ser penalizada da mesma forma que uma sociedade de grande porte, pelo descumprimento de uma obrigação acessória.

É importante salientar que o Projeto de Lei busca maior justiça fiscal, principalmente para as pequenas e médias empresas, já tão penalizada. Ele tem como base parâmetros já estabelecido pela legislação brasileira para outras obrigações acessórias. O Projeto também destaca a necessidade de maior transparência quanto à base de cálculo da multa, considerada imprecisa, uma vez que não define o que é o “valor das transações comerciais ou das operações financeiras” próprias ou de terceiros. A intenção é estabelecer multas fixas, de acordo com grupos de informações incorretas e prazos de apresentação extemporânea.

A redação do Projeto de Lei é fruto do trabalho conjunto do Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro, da Unipec (União dos Profissionais e Escritórios de Contabilidade do Rio de Janeiro) e do Sescon (Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis do Estado); além do escritório de advocacia Gaia, Silva e Gaede Advogados.

Esperamos celeridade e agilidade na tramitação deste Projeto. Que os senhores congressistas percebam a importância dessas mudanças para o incremento de nossas empresas, o que em última instância significa maior geração de empregos e o fortalecimento do setor produtivo brasileiro. *Presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro (CRCRJ)

Foi o Dante que falou – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Os bons governos têm por objetivo a liberdade, isto é, querem que os homens vivam para si mesmos. Os cidadãos, com efeito, não pertencem aos cônsules, nem o povo ao rei, mas pelo contrário são os cônsules que pertencem aos cidadãos e o rei, ao povo.” (Dante Alighieri)Com certeza, no dia em que formos um povo civilizado, educado e culto, entenderemos o pensamento do Dante. E olha que ele pensou isso ainda no século XIV. De lá para cá, continuamos tropeçando na ignorância e julgando o Alighieri um sonhador. Mas só quando nos educarmos, já que não nos educam, seremos capazes para entender que somos nós, cidadãos, os donos da situação. Que nossos reis e cônsules atuais não são mais do que nossos administradores eleitos e mantidos por nós. Mas só entenderemos isso quando formos educados politicamente. Então, vamos fazer nossa parte.

Conheceu o Moisés Hause? (Assim mesmo, com a).  Conheci-o aqui em Boa Vista, no início dos anos oitentas. Ele sempre nos dizia: “O exemplo é e sempre será a melhor didática”. Nunca esqueci isso desde que ele nos falou em papo coloquial. E para que sejamos educados temos que nos educar. E como sempre nos educamos para o futuro, vamos construir nosso futuro com os nossos descendentes. Preparemos nossos filhos para que eles tenham condições de preparar os filhos deles para o mundo que eles viverão.

E não nos esqueçamos de que a política faz parte da nossa educação. E é a partir daí que devemos ver a política como o indispensável para nossa segurança. Então não podemos ficar dando uma de João-sem-braço. Não iremos salvar nosso País nem nossa cidadania, elegendo patifes para nossa política. Afinal somos responsáveis pelo nosso futuro. E nosso futuro é o futuro dos nossos descendentes. É para eles que estamos preparando o mundo. E que mundo queremos lhes dar para que eles o dirijam?

Preocupa-me o despreparo demonstrado nos gritos e vandalismos pelas ruas do nosso País, em busca do acerto. Não é com arrufos nem desordem que iremos corrigir nossos erros. As eleições se aproximam e não vejo movimentos para corrigir os absurdos que vivemos. Continuamos presos às forquilhas frágeis dos elefantes de circo. Porque queiramos ou não, ainda é isso que somos em relação ao desenvolvimento do nosso cenário político nacional. Mas a solução está em nós mesmos. É só nos valorizarmos como cidadãos recrutas da cidadania. Vamos levar nossa educação para as escolas. E façamos isso através dos nossos filhos. Eduquemo-los dentro de nossos lares, dando-lhes o exemplo explicitado pelo Dante Alighieri. Prestemos mais atenção aos sábios. Pense nisso.*[email protected]