Opinião

Opiniao 22 09 201 3014

Virtudes morais: transgressões e rupturas (VIII) – Sebastião Pereira do Nascimento*No cenário político atual, o que mais temos visto são pessoas se queixarem das mazelas e transgressões operantes em nosso país. Todavia, muito dessas pessoas, assim como os políticos inescrupulosos, vivem praticando corrupções através de “pequenas” atitudes quase que imperceptíveis para si, mas que são severamente maléficas a todos nós. Observando isso, percebemos que a corrupção está em todas as categorias da sociedade brasileira. O que vale definir aqui como uma “doença” incurável, onde os indivíduos de “menor” ou de “maior” posição social cometem os mesmos descalabros. Por exemplo, no caso dos indivíduos que recebem propina ou qualquer tipo de suborno de algum candidato, e logo passam a falar das atitudes imorais do mesmo, esquecem que os próprios contribuíram para tal finalidade. Sendo com isso conivente com as ultrajantes benesses, numa confirmação de que um sujeito corrupto só pode “gerar” políticos corruptos sem possibilidade de “gerar” alguém capaz de zelar pela moralidade da política. Por outro lado, é salutar dizer que ninguém nasce corrupto, uma vez que a corrupção, assim como as virtudes morais, se adquire a partir do envolvimento do sujeito com o meio em que vive. No caso das virtudes, por si só, não se manifestam para o bem se não estiverem sustentadas a um alicerce de valor a ser obedecido e outro que é regido pelo caráter de cada pessoa, como indivíduo. Esse alicerce é que leva o homem pensar sabiamente e fazer escolha para o bem. Enquanto a corrupção, ela se fortalece a partir do desprezo que a sociedade dar à consciência moral, onde o indivíduo se submete a um contínuo processo de desconstrução dos valores em detrimento das causas próprias, onde a pessoa manifesta seus mais intensos desejos de satisfazer seus apetites.Diante desse pressuposto, vimos que no Brasil boa parte das pessoas que ocupam algum cargo público – em qualquer que seja o nível –, no geral, está lá não por mérito ou competência, mas por mera indicação escusa e, no caso dos cargos eletivos, ainda reforçados pela aquiescência da própria sociedade imoral que os elegem e os colocam como seus “legítimos” representantes. Assim, temos na maior parte dos agentes públicos, os fiéis representantes dessas desprezíveis tendências que são próprias do grupo social que o designou para exercer seus cargos ou funções, onde, em especial, os “políticos”, se manifestam cinicamente sem reserva para manter os mesmos erros perpétuos ou substituir por outros não menos piores, o que consiste na máxima de que “o povo tem o governo que merece”. Isso quer dizer que o político pertence à mesma “laia” do grupo social que o elegeu, do qual herdou além do mau-caráter, a capacidade de representar tão bem o legado imoral da sua sociedade, da mesma maneira que ela o sustenta anos e mais anos no puder.Isso tudo se afirma diante de uma sociedade de baixa consciência moral, imediatista, caricata e burlesca que segue sem rumo e sem tino. Ainda que desfaçada finge ser ordeira e honesta, mas cultua em suas entranhas os piores sentimentos de desprezo e aversão às coisas públicas e às demais coisas que satisfazem o bem comum. Uma sociedade hipócrita, fútil e desalinhada de tudo. Uma sociedade doente que caminha cambaleante, onde o indivíduo passa o tempo mirando as próximas “investidas” para extorquir o patrimônio público e usufruir daquilo que não lhe pertence. Onde os plenipotenciários “escolhidos”, surgem para ruir o resto da dignidade de seus pares que apaticamente teimam em receber os subornos e elegê-los.Sobre essa apatia, José Saramago fala que “a consciência moral, que tantos insensatos têm ofendido e muito mais renegado, é coisa que existe e existiu sempre, não foi uma invenção dos filósofos…”, pois, completa Saramago, “…quando a alma ainda mal passava de um projeto confuso, e com o andar dos tempos, acabamos por ver a consciência na cor do sangue e no sal das lágrimas, e, como se tanto fosse pouco, fizemos dos olhos uma espécie de espelhos virados para dentro, onde os resultados muitas vezes mostram sem reserva, o que estávamos tratando de negar com a boca”. Notadamente, observa-se que para uma sociedade ser protagonista diante de suas próprias escolhas, deve a principio, procurar se aperfeiçoar moralmente, para que possa tomar consciência das suas decisões, sobretudo atreladas às virtudes morais, que consistem no que Aristóteles proponha de que para o indivíduo consolidar seus objetivos é necessário que tenha plena consciência e calidez dos seus atos, os quais se percebem quando de uma hora para outra os esforços já não são tão cansativos, e sim passos necessários em direção à virtude. Pois, de maneira desejável o homem moral se manifesta, sem carência e sem excesso, e torna real a decisão de resistir às tentações que podem ferir o próximo ou a si mesmo. *Filó[email protected] ——————————————O manto do riso – Afonso Rodrigues de Oliveira*“O riso é o manto da vida e por isso devemos sempre agasalhar-nos dentro dele”. (Nabor Fernandes)Ninguém ri à toa. Há sempre um motivo para o riso, mesmo quando ele se expressa num simples e modesto sorriso. Ele faz parte da simpatia. Tanto que não conhecemos alguém antipático e sorridente. Fafá de Belém disse, recentemente, pela televisão, que o motivo da sua aparência jovem é o seu riso espalhafatoso. Quem de nós ainda não sorriu diante do riso da Fafá?  Nunca prestou atenção a isso? Mas você não precisa ser espalhafatoso para ser simpático. A simpatia independe do sorriso ou do riso, mas eles fazem parte dela. Você, garota, preste atenção a isso. Alguém também já disse que não é seu vestido elegante que vai fazer de você uma mulher elegante, mas ele é essencial para sua elegância. O sorriso é seu vestido. E até o riso, de acordo com a Fafá e eu. Você já teve o prazer de conhecer uma pessoa carrancuda e feliz? Eu também não. Mas o importante é não confundir a espontaneidade com vulgaridade. Um riso alegre e sincero não pode ser confundido com um riso vulgar. E você não precisa ficar preocupado, ou preocupada, em parecer sincero; basta ser. Já conheci pessoas simples que foram beneficiadas por terem sido observadas sem saberem que estavam sendo. E isso é mais comum do que imaginamos. Onde quer que você esteja está sendo observado. E o observador tanto pode ser indiferente quanto olheiro. Mas em ambos os casos o resultado e o mesmo. Você sempre será beneficiado se seu comportamento for realmente digno. E é mais simples do que você imagina.Sua postura diz exatamente quem você é. Por isso, seja sincero com você mesmo. Só assim você poderá ser uma pessoa feliz. Bati um longo papo, ontem pela manhã, com uma mulher extraordinária. Elegante bonita, simpática e minha neta. E como me sinto feliz em me encontrar com ela, vez por outra. Falamos sobre nossas vivências. As experiências que já vivemos nas andanças, no dia a dia, na vida comum. E nada nos faz mais feliz do que saber realmente ser feliz. E ela sabe. Sabe precisamente onde estão os obstáculos e como superá-los. É na nossa conversa que transmitimos as mensagens silenciosas da felicidade. É quando o amor aflora na intensidade que só ele tem. Faça isso no seu próximo encontro com alguém que você ama. Porque o amor é o ninho da felicidade. Sorria, ria, cante e faça o que mais lhe faz feliz que é fazer com que as pessoas se sintam felizes com sua presença. Mantenha sua postura na simplicidade. A sinceridade é o esteio do respeito. Nunca envelheça. O amor rejuvenesce. Ame e seja feliz. Pense nisso.*[email protected]    99121-1460