Opinião

Opiniao 22 12 2015 1848

A crise da ética – Marlene de Andrade*

Vivemos a civilização do espetáculo midiático. É tanta confusão que os valores espirituais, éticos e morais estão cada vez mais ficando para trás. Já no ensino médio, os adolescentes começam usar bebidas alcoólicas e, às vezes, até drogas ilícitas. Brigas na escola? Infelizmente, se tornaram algo do dia a dia. Outro agravante é que grande parte das crianças de hoje manda mais em casa do que os pais e, quando eles percebem seus filhos desobedecendo, em vez de lhes repreender, solicitam-lhes que, “por favor”, se comportem. Portanto, a maioria dos pais hoje em dia é extremamente obediente aos filhos. É a famosa inversão dos valores, pois hoje muitos pais se curvam aos filhos.

A nova disciplina familiar faz com que as crianças e adolescentes estejam sempre ganhando, mas elas nunca estão satisfeitas, pois são extremamente consumistas. Outro dado importante é que as crianças de hoje em dia, na grande maioria das vezes, são extremamente egocêntricas. Vivemos em um mundo de conveniências e elas, infelizmente, não todas, vêm sendo criadas desde pequenas para se tornarem ricas, bonitas e atraentes custe o que custar. Quanto à educação informal, ou seja, familiar, tarefa dos pais, está sendo terceirizada, sabe-se lá para quem.

Outro fato chocante é perceber que a criança dos dias atuais está perdendo muito rapidamente sua ingenuidade infantil. Vivemos tempos de depravação total. Se um menino hoje de 14 ou15 anos disser que é casto, vai ser ridicularizado por todos os colegas, quiçá até pelos próprios professores e parentela. As meninas, por sua vez, desfilam de shorts curtinhos se apresentando em público com trejeitos extremamente sensuais. Não há mais modéstia no se vestir e bem cedo já estão namorando e por isso a gravidez na adolescência só vem aumentando. Além de tudo isso, os meninos estão querendo virar meninas e o inverso também é verdadeiro. E não me venham dizer que isso é pré-conceito, porque na verdade isso tem a ver com conceito bíblico, os quais me permitam, é o correto.

Felizmente, ainda existem famílias funcionais, porém elas estão sendo cada vez mais raras devido ao número crescente de divórcios. Lamentavelmente, a pós-modernidade trouxe grande massificação. Vivemos uma realidade cujo contexto social cursa com uma diversificação de modelos morais e religiosos extremamente aviltantes. É como se o mundo estivesse se desencaixando cada vez mais e caminhando a passos largos para o caos.

“…Nos últimos dias sobrevirão tempos terríveis. Os homens serão egoístas, avarentos, presunçosos, arrogantes, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem amor pela família…” (2ª Timótio 3: 1 e 2).

*Especialista em Medicina do Trabalho/ANAMThttps://www.facebook.com/marlene.de.andrade47

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Afinidades no amor – Flavio Melo Ribeiro*

A base do amor não é construída por diferenças ou oposições, mas por afinidades. Porém as afinidades não garantem um amor forte ou duradouro, elas facilitam que as pessoas se conheçam, se identifiquem e sintam vontade de se encontrar novamente. Mesmo as diferenças e oposições que existam entre o casal servem para gerar mudança e constituir uma afinidade. Esta pode ser ilusória, situar apenas na expectativa que o outro, ou o mundo, mude para constituir o desejo de um amor verdadeiro. Mas o amor vai além das afinidades, é um estado emocional que ao se constituir não é mais controlado pela pessoa. Ela apenas o vive, bem ou mal; sendo correspondido ou repelido. Da mesma forma quando o amor se desfaz, não há reflexão baseada na razão que o faça voltar. Por isso o ditado que diz que “quando a mulher cansa não é mais reconquistada”, isto não é uma questão de gênero, também é válido para o homem.

Quando o amor acabou porque se cansou de tentar encaixar o que não tem jeito, por esperar uma mudança no outro que nunca vai existir, porque sua própria personalidade foi tão judiada por relações ruins no passado ou por não se perdoar por ter aceitado o que hoje percebe que era inaceitável, a alternativa talvez seja ficar sozinho e se perceber quem realmente é, o que está fazendo consigo e com os outros. Porque aceitar o que não tem afinidade ou se guiar pelas mágoas do passado é não estar preparado para amar e constituir uma relação saudável. É sinal de insegurança, que leva para comportamentos de dependência ou egocentrismo pensando apenas em si por medo de repetir as vivências ruins que se submeteu. Dependendo da personalidade se torna sem graça ou depressivo, se for forte, pode levar o outro para o redemoinho das suas inseguranças.

Se não quer separar, converse com o outro, diga o que não está bem, peça ajuda para ultrapassar as intempéries da personalidade. De qualquer forma a saída é um novo amor, mesmo que seja com a mesma pessoa. Não aceite continuar igual, pois a relação como está já demonstrou que fracassou. Ambos precisam se descobrir, sem ser egoísta, mas saber o que gosta, o que quer, quais são as verdadeiras afinidades, construir um projeto a dois sem privar a liberdade do outro. Viva o respeito sejam o meio de realização do outro. Isto também é válido para quem se separou e quer voltar.

*Psicólogo CRP12/[email protected]

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A vida – Afonso Rodrigues de Oliveira*

“A arte da vida consiste em fazer da vida uma obra de arte”. (Gandhi)

A vida é uma obra de arte. Cabe a você produzir nela a obra que você quer expor para o mundo. Somos todos o artista da própia vida. Estamos sempre no palco da vida. E ela é cheia de imprevistos. Mas quando sabemos fazer a arte, sabemos que até mesmo os imprevistos podem ser previstos. É só você aprender a se preparar para eles. O imprevisto é como um todo. E para prevê-lo basta você não o ver como forma. Pense positivamente em tudo o que você quer. Pense e veja. Mesmo porque ninguém tem competência para fazer isso por você. Você é único na preparação do que você quer. Mude sua visão sobre as coisas e os acontecimentos, se eles não estiveram de acordo com o que você deseja e quer.

Nada está parado no Universo. A vida estrá em constante e permanente mudança. Tudo muda a todo tempo. Quando você olhar para uma rosa e achar que a Natureza é perfeita porque está exposta na beleza da rosa, pare e pense: se a Natureza fosse perfeita a rosa não murcharia. Mas o fato de ela murchar não significa que a Natureza não é perfeita. Contraditório? Coisa nenhuma. A Natureza no nosso pequeno universo está em permanente evolução. Provavelmente chegaremos a um dia em que a rosa não mais murchará. Mas a evolução depende de sua própria evolução. Você, seja quem você for, está no estágio da rosa. Você está num estágio de evolução racional.

Nada está parado no Universo. E são os movimentos que trazem os novos eventos. E nós fazemos parte dos eventos. Estamos em permanente evolução, não queiramos ou não percebamos. Muitas vezes você pode estar parando, não prestando atenção nem dando importância às coisas mais simples à sua volta. Mas é nelas, as coisas mais simples, que você vai encontrar a felicidade em viver. Porque esta está dentro de você.

Sua beleza está no que você é no que vê. Veja-se como um ser de origem racional. E se nada lhe interessar neste assunto, saiba que “o nada sempre serve de ponto de partida às pessoas que, ricas em imaginação, são capazes de convertê-lo em tudo”. O que lhe parece sem importância e que não serve pra nada, pode muito bem ser a solução para o que você realmente quer. A surpreza só é surpreza porque vem exatamente de onde menos se espera. Mas não se esqueça de que tudo está no amor. É preciso que amemos para que tenhamos a mente aberta. Porque esta é como um paraquedas: só funciona quando aberta. “Todos somos muito ignorantes: o que acontece é que nem todos ignoramos as mesmas coisas”, (Einstein). Ame, ria, cante, chore e dance, para viver a vida com amor. Pense nisso.

*[email protected] 99121-1460

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ESPAÇO DO LEITOR

ESTRUTURA“Até que enfim, nossa solicitação de melhorias nos distritos policiais localizados no interior do Estado foi acolhida. Ficamos satisfeitos com o trabalho realizado pelo Ministério Público, que ajuizou ação civil pública, endereçada ao governo estadual, para que promova melhorias pontuais, na delegacia do Município de Caracaraí, constatada a precariedade pelo próprio órgão em visita ao local”, relatou um servidor que preferiu anonimato.

ATRASOA dona de casa Iranilde Bezerra Alencar comentou: “Até que enfim, o Crédito do Povo está sendo pago nesta semana que antecede o Natal, já que, ao ligarmos para a Setrabres, a informação era que ainda não tinha definição para o pagamento. Acredito que a maioria das famílias que fazem jus ao benefício terá, agora, a certeza da compra de alimentos para a ceia em família”.

EDUCAÇÃO Sobre a proposta de inclusão de mais duas escolas estaduais que passariam a adotar o ensino militar, o leitor José Carlos de Oliveira escreveu: “Admitir a militarização de uma escola pública é assinar o atestado de incompetência na rede estadual de educação e a falência do nosso sistema. A Polícia Militar já tem dificuldade em resolver os problemas de violência nas ruas, então como vai resolver dentro das escolas? E mais: falar em planejamento pedagógico atrelado à obediência é discurso de quem não conhece prática educativa, pois a educação existe para desenvolver a criatividade, o senso investigativo e a autonomia dos estudantes, e não para torná-los simples cumpridores de ordem”.

BOLSA José Augusto Souza Magalhães Ramos enviou o seguinte e-mail: “O que o Governo Federal deveria ter executado, e não fez, era capacitar as famílias e dar condição para os beneficiários saírem desse assistencialismo e ganharem seu sustento. O Bolsa Família nada mais é do que um sistema de troca de voto. Sou professor da rede municipal e tenho observado que a maioria de meus alunos que recebe essa bolsa não tem perfil para recebê-la. Deveriam avaliar melhor este programa”.