Sua empresa é composta de pessoas talentosas?
Flavio Melo Ribeiro*
Montagem de equipe de alto rendimento é um tema complexo, pois exige uma gama variada de requisitos e características. Porém, de nada adianta treinamentos, liderança, sistemas gerenciais caros se colaboradores e talentos, que são a base, não estiverem aptos a exercer as respectivas funções. O primeiro passo, por mais que o assunto esteja batido, é o processo seletivo. Os colaboradores são as engrenagens e os talentos, os pistões da era da informação. As forças geradoras das inovações e invenções da nossa época. Sem as pessoas capacitadas, hábeis e com recursos necessários, não teríamos o mundo organizado como ele é hoje. O problema é como garimpar essas pessoas antes que a concorrência o faça e como mantê-las na organização. Além disso, como identificar um candidato talentoso de uma pessoa esforçada com bom discurso.
Quando se fala em talento, não se quer dizer que uma pessoa já nasceu pronta sabendo fazer algo, mas que ela nasceu e desenvolveu no decorrer das experiências características que possibilitam fazer determinadas tarefas com habilidade muito superior às outras, alcançando resultados superiores. Identificar essa base é fundamental para medir a gama de possibilidade e resultado que o candidato pode alcançar. E isto não é medido no seu currículo, nem no seu discurso. Há necessidade de testes práticos, ou ligados às atividades, ou testes científicos reconhecidos que meçam isso. Há necessidade de utilizar a ciência para isso, acabou a época da seleção por intuição, por indicação, por mera rede de relações. Ou você tem os melhores para compor sua equipe, ou você está na vala comum.
O problema de onde achar o talento é que ele pode estar em qualquer lugar, às vezes mal aproveitado, realizando tarefas não condizentes com suas características e, consequentemente, apresentando resultado abaixo do que pode desempenhar. Pode estar próximo ou longe de onde você está procurando. O importante é acabar com os “jeitinhos” e a pressa pela montagem da equipe. A base desse trabalho eu tenho constatado em empresas vencedoras e são comportamento e resultado. A união dessas duas bases possibilita unir numa mesma equipe pessoas com diferentes características e mesmo assim eles tendem a buscar a solução dos problemas sem pensar em si. O que está no foco dessas pessoas é a capacidade de buscar o resultado planejado e não inflar o ego.
A montagem de uma equipe de alto rendimento requer tempo e paciência. Pode demorar mais a montá-la, porém, uma vez feito, os talentos tendem a ficar mais tempo na organização, pois é gratificante para eles terem colegas que também são talentos. Muito dessas pessoas saem da solidão existencial quando ingressam numa equipe em que os colegas as desafiam e elas podem explorar de forma saudável todo seu potencial.
*Psicólogo – CRP12/00449
——————————————-
Dedos da mesma mão
Vera Sábio*
Acredito que esta frase, de que somos dedos da mesma mão, já foi diversas vezes repetida, provavelmente todos já ouviram. Mas quero dar minha visão desta analogia.
Está cada vez mais banalizada a vida, em que motivos fúteis são responsáveis por um número absurdo de mortes, que aumenta mais e mais. Mostrando assim, que mesmo todos ouvindo que somos dedos da mesma mão, são poucos os que acreditam nisto.
No entanto, lhes afirmo: é só observar melhor e teremos certeza; somos interligados, somos frutas da mesma árvore, membros do mesmo corpo e dedos da mesma mão. Prova existe, ao constatarmos que não conseguimos viver sozinhos.
Quando reclamamos da família, no entanto todos já tivemos alguém que nos gerou, nos alimentou, nos protegeu, nos higienizou, ao contrário, não estaríamos aqui.
Eu agora para digitar, precisei de uma professora que me alfabetizou, depois de alguém que fez as peças do computador, de quem retirou a matéria-prima da qual é possível construir o que existe; enfim, passa por muitas e diferentes mãos, até que eu pudesse digitar e depois mais algumas mãos, até chegar até quem está lendo, que também precisou de outras pessoas, até conseguir ler.
A vida é contínua e intransferível, sendo impossível antecipar o fim. Visto que precisamos ter a consciência de que só atravessaremos a porta desta existência; mas, com certeza, a vida continua. Então, o que poderia ser a solução de um problema, o fim de uma dor, se tornam problemas e dores bem maiores.
Ninguém tem o direito de retirar a própria vida. Os fatos são mais ou menos assim:
“Quando somos pequenos, gostamos de dormir na cama de nossos pais e isto acontece diversas vezes. Porém, cuidadosamente, sem nos acordar, nossos pais nos colocam em nossa cama, onde acordamos no dia seguinte.”
A passagem desta vida para a eternidade ocorre mais ou menos da mesma forma. “Estamos dormindo em nossas camas, e de repente o Pai Eterno nos leva carinhosamente para dormirmos na cama dele, e lá despertamos”.
Isto é denominado de processo natural. A interrupção do processo natural é traumatizante, como se ao invés de nos colocar carinhosamente para dormir em outra cama, nos derrubasse da cama com agressões, nos assustando e deixando cheios de medo. De que forma acordaríamos?
As pessoas que retiram a própria vida estão no último nível da depressão e não conseguem pensar com sensatez, aliás, se pararem para pensar, se ligarem para o CVV (Centro de Valorização da Vida) nº 188, se conseguisse buscar ajuda e muitas alternativas, não cometeriam o ato. Pesquisas apontam que 90% dos suicídios podem ser evitados.
Revelando que, na verdade, ninguém quer se matar, o que querem é se livrar da dor que sentem no momento. Por isso, todos precisamos ficar mais atentos à quem está em nossa volta.
Muitas vezes, pessoas próximas são sorridentes, mas no fundo passam por processos de dores profundas, pedem socorro com olhares e pequenos gestos, pouco observados pela nossa vida corrida e ligada na Internet, sem tempo para dar mais atenção a quem nos rodeia.
No entanto, isso deve ser pensado a todo o dia, com maior atenção à família e gestos de amor presencial, retirando posteriormente qualquer sensação de culpa, se acaso alguém vier a se suicidar.
Não se deve, de maneira alguma, ter sensação de culpa, pois culpa é totalmente prejudicial e, de acordo com as pesquisas, leva em torno de 5 a 10 pessoas, em volta do suicida, a pensar, pela culpa, a possibilidade de cometer o terrível ato.
É urgente quebrarmos estas correntes do mal e regarmos a vida com o bem. Sermos luz a todo tempo, para que decepe quaisquer trevas e ilumine toda vida. Pois precisamos viver e viver bem, agradecendo sempre o presente que Deus nos dá a cada dia; na compreensão de que, embora sendo os dedos da mesma mão, cada dedo é diferente e segue o seu destino, um dedo não está no espaço do outro e não é responsável pela decisão do outro.
Assim saberemos o espaço de cada um, alcançaremos paz e nos livraremos de qualquer culpa. Entendendo que a vida de cada um está na sua mão; já que somos mais fortes do que imaginamos, tendo todas as condições de resolver nossos problemas nesta vida e jamais com o suicídio, que somente trará um problema ainda maior.
*Escritora, psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cega com grande visão interna.
Adquira meu livro “Enxergando o Sucesso com as Mãos”. Cel: 95 991687731
Blog: enxergandocomosdedos.blogspot.com.br
——————————————-
Os dois poderes
Afonso Rodrigues de Oliveira*
“Dos dois poderes que governam o mundo, a força e a inteligência, é a força que sai sempre vencida.” (Napoleão Bonaparte)
A inteligência sempre venceu e sempre vencerá. Os poderosos na política deveriam saber disso. Mesmo porque a população também ainda não conseguiu acordar para esta realidade. E continuamos elegendo políticos que não são políticos nem entendem de política. São mandões que nem mesmo sabem mandar. Já tivemos exemplos notáveis desse desajuste em Roraima. Governadores mandões, deputados despreparados e por aí. Mas vamos caminhar pela política dos brasis afora.
Os comentários vindos, de políticos, comentaristas e pessoas comuns não se diferenciam. As críticas feitas ao novo governo são, na maioria, decepcionantes. Não podemos criticar a administração atual baseados na anterior ou nas do passado. Estamos vivendo um momento de transformações e temos que ter, pelo menos, um pouco de paciência, com observações inerentes às transformações. Criticar é fácil pra dedéu. Difícil é saber criticar. E nunca vamos saber sem uma educação aprimorada. Porque sem ela até mesmo os bem-educados, politicamente falando, estão na iminência de cometer falhas na crítica, mirando o universo fora da política.
Vamos fazer nossa parte no desenvolvimento da nossa política, para que possamos, no futuro, saber criticar as mudanças. Não estou satisfeito com as desculpas e justificativas do presidente da República sobre suas decisões. Afinal de contas, quem está governando o País é ele. As mudanças no início de um governo sério e responsável são naturais, convenientes e respeitáveis. Desde que, claro, as decisões sejam coerentes. Mas, isso nós só veremos no futuro. E é por isso que devemos ser responsáveis nas nossas escolhas e eleições de nossos candidatos. O que significa que a responsabilidade, tanto pelos acertos quanto pelos desmandos, é dos eleitores, e de mais ninguém. Então, vamos nos preparar para as mudanças que virão. Afinal, elegemos para mudar.
Vamos sair desse balaio de gatos, deixando de lado esse ufanismo de certa forma doentio. Somos um País, país. Não podemos ficar nos espelhando na política exterior. Seria bom que ouvíssemos os críticos criticarem nossa política baseados na nossa condição de país, ainda, infelizmente, considerado terceiro mundo. E não nos esqueçamos de que somos nós, cidadãos eleitores, os responsáveis pelos que elegemos. Daí para frente, os efeitos da administração são uma responsabilidade nossa. Então, vamos parar com essa tolice de protestos, gritos e arrufos, protestando contra o resultado da nossa ação. Pense nisso.
*Articulista
99121-1460