Opinião

Opiniao 23 11 2015 1728

Aonde estamos indo? – Afonso Rodrigues de Oliveira “Aqueles que não se dedicam a pensar no que pode acontecer no futuro acabam sendo atropelados pela realidade”. Se você viveu o período anteditadura militar, vai entender meu pensamento. Só quem viveu aquele momento sabe o que realmente levou o Brasil a uma ditadura militar. E minha preocupação é que vez por outra alguém precisa nos alertar para o fato que não somos tão patriotas o quanto dizemos ser. Repito que sempre preferimos o rótulo de “macacobrás”. Estivemos sempre detrás da porta, esperando que os outros nos digam o que devemos fazer, e como fazer.

No final da década de 1940, eu estava me desligando da Escola de Base, na Base Aérea de Natal. Já falei disso aqui e não vou repetir; a bronca que aquele sargento da Aeronáutica deu na estação de rádio que só tocava músicas norte-americanas. Já nos anos sessenta, ouvimos, pela televisão, um especialista em comunicação levantar uma proposta para se mudar a letra do Hino Nacional Brasileiro, alegando que a letra do hino era muito clássica e os jovens não a entendiam. Pode haver sugestão mais estúpida e antipatriota do que essa? E olha que o histrião teve algum apoio na mídia nacional.

No início da década de 2000, eu estava em São Paulo quando minha queridíssima amiga Iren Neri, me mandou uma cópia de um artigo de um jornalista norte-americano. No artigo, o jornalista falava da última copa do mundo, e dizia que o hino mais bonito tocado durante a copa, foi o Hino Nacional Brasileiro; pela beleza e grandeza de sua letra. Ainda ontem ouvi, pelo celular de um amigo, um humorista nordestino, num programa, ridicularizando a letra do Hino Nacional Brasileiro. Todo mundo ria e batia palmas. E o público era de brasileiros.

Precisamos tomar cuidado. Estamos bagunçando a cultura e a história brasileiras, no mesmo desmando dos anos anteriores ao golpe militar. É bom que aprendamos a dormir com um dos olhos aberto. E não estou brincando. Se você for concorrer, num programa musical de alto nível, você não terá nenhuma chance, se não souber cantar com perfeição, a música norte-americana. Não importa se você cantar bem no francês, no italiano, não importa. O inglês é predominante. E se você acha que estou tentando dar uma de patriota, corta essa. É que vivi, e vivi intensamente, o período anteditadura militar. E sei que temos tudo para ser um país rico, forte e exemplar. Mas sei que não somos educados nem instruídos para isso. Ainda não acreditamos no Miguel Couto: “No Brasil só há um problema nacional: a educação do povo”. E até já tiramos a Educação Moral e Cívica, da grade escolar. Pense nisso. [email protected]———————————– Alertas da transgressão – Tom Zé Albuquerque* As redes sociais funcionam como um abismo escuro onde despenca de tudo, o que é real e o absurdo, o inacreditável, simulações, lamúrias, maledicências, comportamentos ascéticos, tiras motivacionais. E nesses dias recebi um alerta, digamos assim… bizarro, típico da malandragem brasileira.

O comunicado alarmante intitulado de IMPORTANTÍSSIMO (sim, em caixa alta), dizia que “A partir de dezembro/2015 todos seus movimentos financeiros passarão a ser enviados pelos bancos à Receita Federal, automaticamente. O seu plano de saúde e demais instituições financeiras com as quais se relaciona também enviarão”. O autor ainda replicou com maior riqueza de detalhes o teor da Instrução Normativa n°. 1571/2015, despertando os leitores que a “informação trará toda a movimentação (mês a mês) de todo valor financeiro que o contribuinte movimentar e assim confrontar os valores informados com aqueles declarados pelos cidadãos ou empresas (cruzamento fiscal)”.

Confesso que não acreditei quando li a “advertência” do preocupado postador da mensagem, porque se entendi bem, ele está prevenindo a nós, contribuintes, que a partir de agora vai ficar mais difícil sonegar os impostos da União, dinheiro este arrecadado que é (ou deve ser) aplicado em ações sociais e serviços prestados à população. Mas a mensagem dizia mais… É uma nova fase no cerco aos contribuintes, um `BBB` eletrônico e universal, do qual ninguém escapa. Opa, como assim “ninguém escapa”. O “ninguém”, creio eu, deve estar ele se referindo aos milhões de sonegadores deste país; e quando ele menciona “cerco aos contribuintes”, eu quero crer que quem se preocupa em ser cercado é porque algo de errado fez.

E complementa… “Será uma devassa… enfim, nada mais terá sigilo para a Receita”. Atente bem, caro leitor, para a aberração que está aí escrita. Há uma convocação aos brasileiros para terem muito cuidado a partir de agora com a Receita Federal, pois coibir os criminosos que se locupletam com o que é alheio vai ficar mais tenso. Boa parte da população brasileira (pelo menos aqueles que sabem do que se trata) está em polvorosa com essa “devassa” do órgão fazendário federal, o que soa como escabroso, uma vez que pagar imposto está previsto em Lei, e, portanto, deve ser cumprido. Mas no Brasil, a sua peculiar cultura doentia transforma o absurdo em normal, como por exemplo, sonegar sem ter medo, vergonha ou responsabilidade para com a sua própria sociedade.

Ao contrário de muita gente que conheço, nunca tive medo de apresentar minha declaração de imposto de renda (embora haja inúmeras restrições para se requisitá-la), e muito menos me preocupar se a Receita Federal vai saber com o que estou gastando meu dinheiro. Talvez seja porque meus rendimentos sejam ganhos de forma lícita, conquanto, quem se descabela sobre o “cruzamento fiscal” deve ser um transgressor, visto que se configura nesse mister em crime contra a ordem tributária.

A Instrução Normativa citada existe e é ementada como “Dispõe sobre a obrigatoriedade de prestação de informações relativas às operações financeiras de interesse da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB)”. Àqueles que costumar falsear informações, comprar recibos falsos, adulterar ganhos, esconder bens… deve sim ser motivo de preocupação. E essa norma, se realmente vingar na prática, permitirá que o órgão fazendário colha as fortunas latentes em termos documentais, mas estampadas a olho nu para sociedade, promovendo mais que nunca a isonomia tributária, tão clamada por nós.

Trapacear em nosso país é esporte nacional, e não sei se é o comportamento da população que descende, pelo mau exemplo, da desonestidade de vários homens públicos, ou se são estes que são escolhidos da própria sociedade e já levam consigo o instinto maligno de se apropriar indevidamente dos recursos públicos. *Administrador – email: [email protected]—————————————– A CULPA É DO CABRAL! – Ruy Chaves*Não sei se foi exatamente assim, mas os problemas do Brasil começaram com Cabral. O gajo tinha sérios problemas de GPS; desde pequeno vivia se perdendo e precisava ser levado para casa. Navegante intrépido, chegou aqui por acaso, depois de muitos tragos, certo da descoberta da Ilha de Vera Cruz, nas Índias. Por esta razão chamou nossas lindas garotas de “índias”. O Pero Vaz, em choque ao descobrir nossas garotas ingênuas em sua pureza, mandou e-mail ao Rei: “eram pardas, todas nuas, sem alguma coisa que lhes cobrisse as vergonhas”.

Fomos expulsos do paraíso! Nossas terras eram fartas, em se plantando tudo dava, mas nem plantávamos, só colhíamos. Nas águas cristalinas da Baía da Guanabara nadávamos e passeávamos de jangada. Nos rios também cristalinos não lavávamos roupas, apenas nossas purezas, e praticávamos atividades radicais subindo e descendo cachoeiras em canoas. Nas matas a farra era pular de galho em galho, brincar de pique-esconde e de arco e flecha. Na aldeia envenenávamos nossas lanças, jogávamos capoeira e lutávamos pitxuleko, arte marcial hoje conhecida como MMA.

Floresta, mar e rios abundantes, depois da caça ou da pesca voltávamos logo para a aldeia para namorar, dormir, comer e dançar forró, não necessariamente nesta ordem. Sem terremoto, maremoto, poluição nem doenças; sem inflação, desemprego, nem recessão, não pagávamos CPMF, IOF, ICMS, ISS, PIS, COFINS, IPVA, IPTU, IR, INSS, H2O. Sem patrão, horário de trabalho, nem salário, não precisávamos de carro, de trem, de ônibus, nem de moto. Não pagávamos contas altíssimas de luz, de gás, nem de celular.

Em segurança pública ideal, sem população de rua, todos morando com dignidade em confortáveis ocas, não havia roubos ou assaltos: ninguém tinha algo que despertasse cobiça, sobravam-nos somente alegria e penas coloridas. Aos domingos, na praia, todas as tribos celebravam a paz! Não sabíamos mentir, não havia corrupção, pedalada fiscal, partidos políticos, horário eleitoral gratuito, sindicatos, nem funções gratificadas. Mudar esta vida por quê?

Éramos felizes e sabíamos. Mas um dia alguém gritou Terra à Vista, o Cabral chegou, fomos tapeados com espelhos e apitos e foi assim que tudo começou. Ou não? Panta rei.*diretor da Estácio e da Academia do Concurso————————————-DEUS É SUPERIOR, O RESTO É NADA – João Silvino*Deus criou a vida e dom para que cada pessoa possa pelo menos ser gente. Deus só não esperava de sua criação, que tantos seres destruidores, gananciosos e rumívoras ainda possam ter sentimentos e estímulos. Mas no meio dessa criação divina chamada gente, alguns privilegiados com dons maravilhosos, que se destacam competentes, profissionalmente naquilo que fazem ou aprendem. Deus deuao homem além do dom, deu-lhe habilidade e percentual de sabedoria, para que usem em suas mais diversas formas civilizadas, e independentemente de qualquer comprovação num pedaço de papel.

Se um cidadão sabe escrever, contar histórias sem nunca ter ido a uma escola, se tem nas mãos a solução da cura para os males da enfermidade, tem na fala o poder da oratória, tem no intelecto a agilidade de defender, se sabe projetar e construir prédios, casas, monumentos com a máxima solidez, consegue entender a razão da existência, seja ela qual for, consegue aprender, repassar este aprendizado e ir mais além do que a capacidade humana permite, podemos dizer convictamente que é pura obra de Deus.

A comprovação por meio de documento, uma formalidade necessária, entre os segmentos e instituições organizadas é mera exigência. Em meio a tantas discussões sobre a certificação, diploma, para alguém que tenha se formado para exercer determinada profissão, não consta na pauta a capacidade. O diploma é uma formalidade absolutamente justa, e, comprova o tempo em que a pessoa se dedicou em descobrir fatos, curiosidades, origem e justifica também, os gastos monetários com idas e vindas, livros, instituições universitárias e outros.

Conhecemos vários diplomados que se formam, sem ter aprendido a lição devida. O autodidata que não tem diploma, mas sabe usar o dom com a quase perfeiçãode um diplomado, também não merece oportunidade no mercado de trabalho? Quem sabe até um diploma pelo tempo de serviços prestados usando sua competência e sabedoria para o bem de outros humanos?*Síndico – Santa ® Rosa/Guarujá/SP————————————–ESPAÇO DO LEITORSEM ASFALTOA internauta Sabine pediu que o poder público verifique a situação da avenida Sol Nascente, no bairro Raiar do Sol. “Destruíram o asfalto e agora a situação está horrível de tanta poeira. A população já não aguenta mais, pois ali há muitas crianças sofrendo”, disse. O internauta Edilson Braga respondeu que “a avenida está passando por uma obra de saneamento básico e que, assim que os serviços forem concluídos, as empresas pavimentarão as ruas novamente”.IML 1“Há muitos anos o Ministério Público Estadual vem cobrando melhorias no IML e a própria Folha já vem mostrando isto. Mas o que chama atenção é o desrespeito dos governos com a população e com a Justiça. Simplesmente fizeram a compra dos frigoríficos durante o governo Anchieta e não instalaram a energia elétrica no prédio, ou seja, maquiaram uma das coisas que deve ter prioridade. Se não for os órgãos de Justiça para cobrar do Governo, infelizmente os políticos e seus auxiliares não se importam com a população, com exceção dos três meses que antecedem a eleição”, opinou o internauta Samuel Alves França.IML 2O internauta identificado como Justiceiro do Bem comentou: “Trabalhei em uma funerária de 2000 a 2002. Nessa época, o governador era Neudo Campos. O IML sequer tinha rabecão, pois passavam meses transportando os corpos nos carros das funerárias. Essa história de culpar governos passados já não cola mais”.NOMEAÇÃOSobre a nomeação de Marcos Jorge para um cargo no Ministério do Esporte, o leitor Didi disse que: “Trabalho na secretaria de Cultura, onde ele foi titular por dez meses. Ele é uma pessoa capacitada, um grande técnico e, acima de tudo, uma pessoa de grande índole, perfil esse que é muito necessário em nosso País, e irá levar o nome do Estado a todo o Brasil. Parabéns, Marcos Jorge! Que você tenha muito sucesso nessa nova empreitada de sua vida e que você mostre toda a sua capacidade técnica e profissional!”.