Opinião

Opiniao 23 11 2019 9346

SEXO, SEXO, SEXO…

Hudson Romério*

Dizem que os ingleses não conquistaram o mundo todo porque são ruins de cama; já os portugueses e espanhóis deixaram de conquistá-lo para se deliciarem aos prazeres dela.

Tudo é sexo, desde sempre é sexo! Sexo, sexo, sexo, sexo, sexo…

Lemos a bíblia, e lá, tudo é sexo! Mesmo proibido, mas é sexo… nos versículos, capítulos, velho e novo testamento, sexo, sexo, sexo…

Fomos concebidos por um ato sexual… seja qual for a religião, caráter, moral, família tradicional ou qualquer outro tipo de família, tudo é sexo! 

(Transar, trepar, fuder, fazer amor, dá uma, trocar o óleo, gozar, virar os olhos, ter orgasmo…) 

Muitos gostam! Outros gostam muito mais… tem até os que não gostam… outros acham o sexo algo impuro – mas só existimos porque houve sexo! Sexo, sexo, sexo, sexo…

(Seios, bundas, bucetas, coxas, pernas, cabelos, bocas, pele, olhos, pés…) 

Eu gosto de sexo, também já fiz minhas peripécias sexuais, sim! (Esporádicas confesso!) Mas faço sim… rsrsrs! – corre nas minhas veias muito sangue lusitano, além de muito colesterol e álcool. Também tenho meus caprichos e fantasias – claro que aos cinquenta anos, meu desempenho já não é o mesmo de outrora, mas ainda surpreendo com algumas performances inusitadas! Afinal, tudo é sexo, sexo, sexo…

(Das noites de loucura com as duas lindas e sensuais ninfas!)

Espero que os leitores não me tenham como um depravado, um tanto pervertido, um maníaco… não é nada disso (e não sou nada disso!), muito menos estou me exibindo, expondo minhas relações e intimidades – o que quero falar é que hoje em dia o que se ver como pano de fundo, é essa busca incessante pelo sexo (perdemos o sentido de um propósito maior!) – sei que não temos resposta para tudo, que vivemos em tempos difíceis e complicados de se entender; então é, simplesmente, sexo!

Somos magros, gordos, perfeitos, imperfeitos, brancos, pretos… morenos, morenas, louras, baixos, altos, feios, bonitos, sem graça, gostosos, sem sal, sem libido, sem razão, sem propósito, sem nexo…homens, mulheres, novos, velhos… sexo, sexo, sexo…

Vivemos essa entrega pelo sexo (desse absoluto sem perspectiva), dessa busca inconsciente por essa coisa que nos faz calar, que nos perturba em todos as direções, que às vezes (e quase sempre) nos engana… chegamos até pensar que nos faz bem! É a perda gradual e aterrorizadora de nossa individualidade e da queda ao precipício da solidão e do egocentrismo.

Todas essas coisas que acontecem levam tempo e paciência para serem ruminadas e compreendidas, mas é exatamente isso que não temos hoje, tempo! (Então mergulhamos nesse abismo de prazer… efêmero e incerto)

Sexo é um ato simples, prático, rápido… inato. Sua primeira acepção foi da procriação, da descendência, da tal hereditariedade… vínculos familiares e outros padrões sociais e morais, enfim… (então!) a descoberta do sexo nos leva a uma outra dimensão (a um estranhamento que é tão íntimo e tão conhecido por todos nós!), é quando entendemos que o que nos completa é o nosso oposto, tão diferente de nós – é quando se dá a plenitude da ação, no átimo instante do gozo, transformado em amor!

*Escritor e Cronista  Tel: +55 (95) 99138.1484 [email protected]

Explicando para que servem os olhos “olhos” Vera Sábio*

Eu, uma escritora, palestrante, concursada, mãe e dona de casa, faço questão de dizer que os olhos só servem para ver.

Uns me chamarão de grosseira e mesmo insensível ao relatar algo tão óbvio, mas afirmo outra vez, tão na cara como os olhos! No entanto, existem inúmeras pessoas que ainda não têm noção disto. Não enxergo com os olhos e isso acho que há mais de 30 anos, portanto não deixei de ver muita coisa. Vi meus sonhos, persegui-os e atingi-os, o que já é uma prova suficiente para afirmar que os olhos só servem para ver. E não é a primeira vez que tento mostrar esta visão à sociedade, o que me cansa um pouco, já que é o óbvio tão pouco visto.

Ultimamente tenho uma filha de 4 anos, filha de coração, a qual adotei a 8 meses. Esta criança tão amada é por mim muito bem cuidada dentro de nossa casa. Faço por ela o que qualquer mãe que enxerga faz, inclusive ministro medicamentos. Consigo colocar a medida e ter total autonomia com ela, sem auxílio de nenhum olho extra. Agora, como todo mundo, tenho minhas limitações, e a minha é sair nos locais públicos, onde meus olhos, que estão nas pontas dos meus dedos, não podem a alcançar. Ou seja, explicando melhor, preciso de alguém que enxergue para verificar como ela está dentro de um parquinho, em um shopping, em qualquer lugar onde as crianças correm, brincam e ficam sendo observadas à distância e socorridas se preciso for.

Então estou em busca de uma babá. Tudo normal até aqui, vocês não acham? Quantas mães que enxergam possuem babás?

Porém, lá vem o maldito preconceito. É só eu falar que não enxergo, ou a candidata perceber que não enxergo, que ela terá que emprestar seu ombro para que eu possa ser conduzida nos locais que quero levar minha filha, que pronto, elas não aceitam. É ridículo e difícil de acreditar, mas as candidatas a babás pensam que terão que me ajudar a comer, a me vestir, a tomar banho, quem sabe a fazer sexo, e pronto, não querem o serviço básico de me guiar aos lugares que apenas cuidarão da minha filha, como cuidam de outra criança qualquer.

Quando será que as pessoas entenderão que os olhos só servem para ver?

*Psicóloga, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cega com grande visão interna. Adquira meu livro ‘Enxergando o Sucesso com as Mãos’ pelo cel: 991687731 Blog enxergandocomosdedos.blogspot.com.br

O espirro solar Rodrigo Alves de Carvalho*

Ficar resfriado é uma das coisas mais constrangedoras que uma pessoa pode ter. Não é a pior coisa do mundo porque existem doenças muito piores que nem é bom mencionar.

Mas o tal do resfriado é constrangedor, porque faz-nos escravos de nossas súbitas vontades de limpar o nariz, tossir e espirrar. Mais constrangedor é estarmos resfriados e ninguém mais estar. Somos os únicos a interromper uma conversa para pegar o lenço ou o papel e assoar o nariz, sem contar a assadura em nosso aparelho nasal e as feridas que sempre arrebentam em nossa boca. As malditas perebas. O pesadelo para quem pretende sair no final de semana para beijar muito. Quem é que vai querer beijar um cara com a boca infestada de pereba? Principalmente se a pereba estiver no estágio de pus.

Espirrar também é constrangedor. Estar no meio da rua e simplesmente sentir que o nariz começa a coçar, o peito se contrai, a inspiração vai ao máximo e depois o atchimmm! Tem gente que espirra baixinho, parece um desses cachorrinhos que não possuem força para latir. Outros são moderados e espirram normalmente sem causar alardes. Já há outros que
arrebentam nos decibéis, assustam quem está ao lado e pode correr perigo de matar alguém despreparado com um ataque cardíaco. Além de matar a própria pessoa que espirra. Já li que se uma pessoa segurar o espirro, ou seja, “espirrar internamente”, fechando a boca e o nariz, corre o risco de ter os olhos saltando para fora pela força do ar de nossos pulmões.

Geralmente, quem está resfriado espirra. Quem tem alergia a alguma coisa também espirra. Mas por que quem não está resfriado e não tem alergia alguma e olha para o sol também espirra?

Pode ser que tem gente que não espirra, mas eu espirro. Será que tenho alergia ao sol?

É engraçado, mas é verdade, principalmente de manhã, saio para fora de casa, meus olhos avistam o grande astro brilhante e logo solto um gostoso e alto espirro. Isso quando não espirro várias vezes consecutivas.

O que tem a ver o sol com essa vontade de espirrar? Como uma coisa pode ter relação com a outra?

O mundo nunca mais vai ser o mesmo depois dessa indecifrável pergunta!

O sol, além de proporcionar energia para todos os seres vivos na Terra, também proporciona energia para espirrarmos.

O espirro solar é diferente do espirro causado pelo resfriado. Olhando para o sol sentimos um certo prazer pelo espirro que chega, o que é diferente do espirro resfriado, já que sabemos se tratar de uma doença e de um constrangimento sem previsão para acabar.

De manhã, o ritual se repete todos os dias, acordar, escovar os dentes, tomar café, pedir benção da mãe e do pai, sair de casa, olhar para o sol, dar uma espirradinha e seguir para o trabalho.

E quando está chovendo muito e o sol não sai, o ritual não se quebra. Porque sempre que chove e tomo chuva, fico resfriado e continuo espirrando.

Agora resta saber se algum médico, ou cientista, ou astrônomo ou qualquer outra pessoa irá responder minha pergunta: “Por que espirramos quando olhamos para o sol? ”   *Nascido em Jacutinga (MG). Jornalista, escritor e poeta, possui diversos prêmios literários em vários estados e participação em importantes coletâneas de poesia, contos e crônicas. Em 2018 lançou seu primeiro livro individual intitulado “Contos Colhidos” pela editora Clube de Autores.

Vivendo a crise

Afonso Rodrigues de Oliveira*

“Bendita crise que vai me ensinar o que é verdadeiramente importante.” (Mirna Grzich)

Só amadurecemos quando aprendemos a aprender com os maus momentos na vida. E se é assim, por que ficar se martirizando com a crise? Ela sempre existiu e sempre existirá.

É uma questão de crescimento. A vida nada valeria se tivéssemos que ficar debaixo da árvore esperando o fruto cair. Ele poderia cair em nossas cabeças. É no encarar a crise que a vencemos. É quando fazemos dela uma lição para o futuro. E o futuro pode muito bem ser amanhã. Faça isso. Quando a crise chegar, procure mandá-la para escanteio. E você só conseguirá isso chutando-a para o esquecimento. Mas para esquecê-la, temos primeiro que vencê-la. E você nunca a vencerá enquanto mantiver seus pensamentos presos a ela. O certo é começar a pensar na solução esquecendo o problema. Simples pra dedéu.

Mas há uma coisa a ser levada em consideração: o simples nem sempre é fácil. E é quando não pensamos nisso que alimentamos a crise. Estamos vivendo uma crise; nada mais nada menos do que repetição de tantas outras anteriores. Então não vamos ficar nos martirizando com o que podemos resolver. E só vamos poder quando nos valorizarmos diante do inimigo. Vamos parar de gritar, espernear e fazer vandalismo, fingindo ou ignorando. Somos todos competentes para vencer. Quando nos derrotamos devemos procurar ver onde erramos. E é no conhecimento do erro que aprendemos com ele. Todo erro é uma lição. Até mesmo quando ele se espraia levando reflexões a quem não está envolvido com ele. Sempre é com ele que aprendemos a acertar. 

As crises trazem engrandecimento aos que sabem viver. Os que sabem que ela, a crise, é resultado de ineficiências. E nunca cresceremos enquanto continuarmos errando sem saber aprender com o erro. Considere a crise como bendita. Ela está mostrando-nos o caminho para a vitória. A escolha da vereda é de cada um, de acordo com sua capacidade. O gato já disse que para quem não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve. Escolha, todos os dias, o caminho ou a vereda que você deve tomar, para o seu crescimento racional. 

Seu maior poder está na sua mente. É dela que saem os seus pensamentos. E são estes que dizem quem você realmente é. Faça sua escolha, mas não fique creditando a culpa à crise. Ela é meramente o resultado da nossa capacidade no desenvolvimento humano. Então vamos fazer nossa parte, dividindo os saberes com seres responsáveis. Então vamos assumir a responsabilidade de melhorar o mundo em que vivemos, fazendo nossa parte como ela deve ser feita. E cada um de nós pode fazer isso. Pense nisso.

*Articulista [email protected] 99121-1460